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O Centro de Atenção Psicossocial, conhecido pela sigla CAPS, surgiu em 1987, no Estado de
São Paulo. Com recursos federais e de caráter público, objetivou o atendimento de pessoas com
saúde mental fragilizada, modelo que posteriormente foi seguido em todo o país, com intuito de
promover a reabilitação psicossocial. Disserte sobre o Centro de Atenção Psicossocial.

O Centro de Atenção Psicossocial chamado de CAPS apresenta -se de várias modalidades e


estar voltada para à atenção básica de saúde, fornece serviços de saúde de caráter aberto e
comunitário formado por equipes multiprofissionais e que atuam sobre a ótica interdisciplinar
realizando atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas
com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja
em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao
modelo asilar. Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), são dispositivos estratégicos de
referência e possibilitam ações integradas por equipes CAPS e Estratégia e Saúde da Família.

BRASIL, 2004b, ressalta que: “cabe aos CAPS o acolhimento e a atenção às pessoas com
transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais
do usuário em seu território. De fato, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora de
autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória
do seu tratamento.” Os CAPS se diferenciam pelo porte, capacidade de atendimento, clientela
atendida e organizam-se no país de acordo com o perfil populacional dos municípios
brasileiros.

Modalidades do Centro de Atenção Psicossocial: CAPS I – são de menor porte, atendem


municípios com demandas de 20.000 a 50.000 habitantes; a equipe deve ter no mínimo 9
profissionais entre nível médio e superior; atendem adultos com transtornos mentais severos
e persistentes e transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas, e funcionam cinco
dias úteis da semana e têm capacidade para o acompanhamento de cerca de 240 pessoas por
mês.

CAPS II – são de médio porte, atendem a municípios com mais de 50.000 habitantes; clientela
de adultos com transtornos mentais severos e persistentes; conta com equipe mínima de 12
profissionais, entre profissionais de nível médio e nível superior e capacidade para o
acompanhaxmento de cerca de 360 pessoas por mês; funcionam durante os cinco dias úteis da
semana.

CAPS III – maior porte na rede, coberta em mais de 200.000 habitantes, conta com serviços de
alta complexidade, funcionam por 24 horas em todos os dias da semana e em feriados;
máximo cinco leitos, realiza quando necessário, acolhimento noturno (internações curtas, de
algumas horas a no máximo 7 dias); conta com equipe mínima de 16 profissionais, entre os
profissionais de nível médio e superior, além de equipe noturna e de final de semana; - estes
serviços têm capacidade para realizar o acompanhamento de cerca de 450 pessoas por mês.

CAPSi – atende crianças e adolescentes com transtornos mentais; atendimento para


municípios com mais de 200.000 habitantes; funciona cinco dias úteis da semana e têm
capacidade para realizar o acompanhamento de cerca de 180 crianças e adolescentes por mês;
conta com equipe mínima de 11 profissionais de nível médio e superior.
CAPSad - especializados no atendimento de pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e
outras drogas; atende cidades com mais de 200.000 habitantes, ou que, por sua localização
geográfica (municípios de fronteira, ou parte de rota de tráfico de drogas) ou cenários
epidemiológicos importantes; funcionam cinco dias úteis da semana e têm capacidade para
realizar o acompanhamento de cerca de 240 pessoas por mês; com equipe mínima composta
por 13 profissionais de nível médio e superior.

Os CAPS oferecem diversos tipos de atividades terapêuticas, por exemplo: psicoterapia


individual ou em grupo, oficinas terapêuticas, atividades comunitárias, atividades artísticas,
orientação e acompanhamento do uso de medicação, atendimento domiciliar e aos familiares.

O Movimento Preventivista tinha como ideal a prevenção do processo de doença através da


interferência ao agente causador, da melhoria da higiene do ambiente e de outros fatores
predisponentes, como: educação, promoção da saúde e mudanças de hábito. Assim, este
movimento expandiu o paradigma microbiológico da doença para a população, associando a
redução da doença para uma esfera de organização e higiene do espaço humano. Disserte sobre
o Movimento Preventivista.

O Movimento Preventivista surgiu em 1955 a 1956, a partir da ideia de avaliar o ensino da


medicina preventiva e social no Brasil e da difusão das ciências sociais positivistas como base
de análise do fenômeno saúde/doença. O movimento se deu pela pretensão de instaurar a
compreensão sobre os cuidados com a higiene, os custos da atenção médica, tendo como
pensamento dar responsabilidade ao Estado e reavaliar as práticas e a educação médica.

Esse movimento culminou para a reestruturação pedagógica, modernizando o curso de


medicina com a inclusão de novos conteúdos à grade curricular que abordavam as ações sobre
prevenção, epidemiologia, administração em saúde e a readaptação de conduta profissional
de saúde adequando-se às mudanças, como também, a instauração de um campo de saberes e
práticas que se integrassem com a sociedade de forma mais ampla.

O Movimento Preventivista acompanhava os movimentos internacionais, de onde surgiu a


idealização de uma Medicina Comunitária para assistir comunidades de baixa renda,
populações menos favorecidas, como também a assistência ao público idoso, que por estar
fora de mercado de trabalho ficava desprovido dos serviços de saúde. Com esse movimento
surgiram outros entre eles a medicina social, a reforma sanitária e outros que buscavam uma
saúde ampla que atendessem a todos. Conforme essa proposta, surgiu assim os centros
comunitários de saúde, com auxílio do governo federal e de algumas organizações, que
prestavam assistência preventiva e cuidados elementares a comunidades de difícil acesso e
carentes.

Portanto, com os avanços de pesquisas e estudos, ficou evidente que a prevenção de doenças
era uma estratégia mais efetiva para o controle de patologias agudas e crônicas do que
esperar a evolução da doença. A partir dessa preocupação, surgiu o que hoje chamamos
de medicina preventiva.

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