Você está na página 1de 7

Introdução

Neste trabalho iremos apresentar as importâncias, funções, objetivos, como


funcionam e o que são os Centros de Atenção Psicossocial, mais conhecidos como
CAPS. O tema escolhido veio após um debate e votação do grupo, visto que a
referência temática proposta pelo professor João Luiz da Silva Rosa era
“Determinantes da Saúde no Brasil” e o sub tópico escolhido por este grupo foi
“Serviços Sociais de Saúde” e por isso escolhemos falar de assunto, para
apresenta-lo e mostrar toda a sua importância para a população brasileira.
O primeiro Centro, surgiu em meio a um cenário político, econômico e social
perturbado pois, as crises do período militar ocasionaram diversas criações de
movimentos sócias, como a reforma do sistema de saúde. No ano de 1986
aconteceu o oitavo Congresso Nacional da Saúde que, focaram nas demandas de
reforma do movimento sanitarista, vale ressaltar que a criação do Sistema Único de
Saúde (SUS) foi em 1988. O CAPS inicial foi fundado na cidade de São Paulo, que
ficou conhecido como CAPS da Rua Itapeva. Em 2002 os CAPS foram integrados
no SUS regulamentados pela Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002.
Sobre os Centros de Atenção Psicossocial.
São unidades de referência para acolhimento e tratamento de pessoas com
crises em saúde mental, atendimento e reinserção social de pessoas com
transtornos mentais graves e persistentes e/ou com transtornos mentais decorrentes
do uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas. Os CAPS oferecem atendimento
interdisciplinar, composto por uma equipe multiprofissional que reúne médicos,
assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre outros, em articulação com as
demais unidades de Saúde e com unidades de outros setores (educação,
assistência social, etc.) quando necessário, sempre incluindo a família e a
comunidade nas estratégias de cuidado.
 O acesso aos CAPS pode ser feito por demanda espontânea, por intermédio
de uma unidade de atenção primária ou especializada, por encaminhamento de uma
emergência ou após uma internação clínica/psiquiátrica.  Os CAPS funcionam de
segunda a sexta, com atendimento das 8h às 17h. Os CAPS III têm funcionamento
24h, durante os sete dias da semana, oferecendo a possibilidade de acolhimento
noturno para a clientela já atendida, conforme avaliação da equipe.
A Prefeitura do Rio conta com 18 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 6
Centros de Atenção Psicossocial Álcool Outras Drogas (CAPSad) - dois deles com
unidades de acolhimento adultos (UAA) - e 8 Centros de Atenção Psicossocial
Infantil (CAPSi), totalizando 32 unidades especializadas próprias. Outras 3 unidades
das redes estadual e federal completam a rede de 35 CAPS dentro do município do
Rio de Janeiro.
Eles têm como função dar atenção a saúde mental. Fiscalizam casos de
distúrbios mentais diariamente evitando a lotação em hospitais psiquiátricos, dar
suportes à saúde mental nas redes básicas, oferecer suporte e orientações para as
famílias carentes, promover a reinserção social através de atividades de lazer,
trabalhos comunitários, projetos culturais e fortalecimento dos laços familiares,
elaborar planejamentos adaptados para determinada área em virtude de
particularidades na localização, condições sociais, culturais e econômicas, acolher e
atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando
preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território.
O CAPS funciona em forma de acolhimento. Ele é composto por uma equipe
de multiprofissionais como: médicos, psiquiatras, psicólogos, assistente social e etc.
Tendo em vista o atendimento de qualquer pessoa que adentra.
É necessário que tenha espaço próprio e adequadamente preparado para
atender sua demanda, devendo conter pelo menos os seguintes recursos físicos:
• Consultórios para atividades individuais (consultas, entrevistas,
terapias);
• Salas para atividades grupais;
• Espaço de convivência;
• Oficinas;
• Refeitório (o CAPS deve ter capacidade para oferecer refeições de
acordo com o tempo de permanência de cada paciente na unidade);
• Sanitários;
• Área externa para oficinas, recreação e esportes.
De acordo site do Ministério da Saúde, os Centros de Atenção Psicossocial
podem constituir diferentes modalidades de serviços que variam de acordo com o
número de habitantes da região (CAPS I, CAPS II e CAPS III, atendimento a todas
as faixas etárias, transtornos mentais médios e graves – inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas – e para municípios com pelo menos 15 mil, 70 mil e 150 mil
habitantes, respectivamente) e de acordo com a especificidade do atendimento
(CAPS i, voltado exclusivamente para crianças e adolescentes, e CAPS ad Álcool e
Drogas, especializado em transtornos causados pelo uso de álcool e outras drogas
em todas as faixas etárias).
No momento em que a pessoa é inserida e atendida em um CAPS, ela tem a
oportunidade de praticar diversos tipos de atividades com recursos terapêuticos
como:
• Atendimento individual;
• Atendimento em grupo;
• Atendimento para a família;
• Atividades comunitárias;
• Assembleias ou Reuniões de Organização do Serviço;
Mesmo sendo a psicoterapia individual uma atividade importante para a
qualidade da saúde mental, o carro-chefe das ações dos CAPS é o desenvolvimento
de atividades em grupo e oficinas terapêuticas. “Porque o centro vai estar sempre
voltado para os cuidados psicossociais, então a reinserção social é muito
importante. O trabalho no coletivo, em grupo, permite que esse sujeito, aos poucos,
vá recuperando o seu potencial de inserção social”, acrescenta Paola. Dessa forma,
busca-se oferecer aos pacientes locais em que possam realizar oficinas culturais
(como dança, música, teatro) e atividades físicas (judô, capoeira, futebol). A própria
estrutura dos CAPS também é montada pensando no público que será atendido. No
caso dos Centros infantis, por exemplo, para que o ambiente seja acolhedor e
adequado, são inseridos brinquedos e outros recursos e o PTS precisa contemplar o
paciente e seus familiares. “Por causa do nível de autonomia do sujeito, o cuidado
na infância é muito diferente do cuidado na vida adulta. 

Os CAPS se diferenciam como CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad,
de acordo com os tipos de demanda dos usuários atendidos, da capacidade de
atendimento e do tamanho.
Os CAPS I oferecem atendimento a municípios com população entre 20 mil e
50 mil habitantes (19% dos municípios brasileiros, onde residem aproximadamente
17% da população do país), tendo uma equipe mínima de 9 profissionais de nível
médio e superior. O foco são usuários adultos com transtornos mentais graves e
persistentes, transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Pode
acompanhar por volta de 240 pessoas por mês, de segunda a sexta-feira,
funcionando das 8 às 18 horas.
Os CAPS II oferecem atendimento a municípios com mais de 50.000
habitantes (equivalente a 10% dos municípios, onde residem aproximadamente 65%
da população brasileira). O público-alvo são adultos com transtornos mentais
persistentes. Opera com uma equipe mínima de doze profissionais, com nível médio
e superior, tendo um suporte para acompanhar cerca de 360 indivíduos por mês, de
segunda a sexta-feira, com horário de funcionamento das 8 às 18 horas – pode
oferecer um terceiro período, funcionando até as 21 horas.
Os CAPS III são caracterizados por serem os serviços de maior porte da rede.
Com uma previsão de cobertura para municípios com população acima de 200.000
habitantes, que representam uma baixa parcela dos municípios do país, apenas
0,63%, entretanto, concentram cerca de 29% de toda a população do Brasil. Podem
funcionar 24 horas, inclusive feriados e fins de semana. Os CAPS III trabalham com
uma equipe mínima de 16 profissionais com instrução entre nível médio e superior,
equipe noturna e de final de semana.
Este tipo de CAPS oferece acolhimento noturno, se necessário, realizando
internações curtas, de algumas horas a no máximo 7 ou 10 dias. Essa permanência
e internações temporárias devem ser compreendidas como recurso terapêutico, que
visa a evitar as internações em hospitais psiquiátricos, promovendo uma atenção
integral às pessoas que buscam o serviço do CAPS.
O CAPSi é um tipo de serviço especializado em atender crianças e
adolescentes com transtornos mentais e se operacionaliza em municípios com
população acima de 200.000 habitantes. O funcionamento acontece de segunda a
sexta-feira, das 8 às 18 horas, podendo também ter um terceiro período,
funcionando até às 21 horas.
O trabalho é realizado com uma equipe mínima de 11 profissionais com
instrução entre nível médio e superior, com capacidade média de realizar 180
acompanhamentos com crianças e adolescentes por mês.
Os CAPSad focam o atendimento a pessoas que utilizam o álcool de maneira
prejudicial e outras drogas, em cidades com mais de 200.000 habitantes, ou aquelas
que estejam nas fronteiras, ou, ainda, as que façam rota de tráfico de drogas e
possuem relevantes cenários epistemológicos, que precisem deste tipo de serviço
para responder de forma eficaz à demanda da saúde mental.
É composta por uma equipe mínima de 13 profissionais, entre nível médio e
superior, e pode realizar 240 atendimentos por mês, de segunda a sexta-feira,
podendo ter um terceiro período, funcionando até às 21 horas.
Os usuários que permanecem um turno de quatro horas nos CAPS devem
receber uma refeição diária; os assistidos em dois períodos (oito horas), duas
refeições diárias; e os que estão em acolhimento noturno nos CAPS III e
permanecem durante 24 horas contínuas devem receber quatro refeições diárias. A
frequência dos usuários nos CAPS dependerá de seu projeto terapêutico. É
necessário haver flexibilidade, podendo variar de cinco vezes por semana com oito
horas por dia a, pelo menos, três vezes por mês. - BRASIL, 2004, p.19
Para ser atendido num CAPS pode-se procurar diretamente esse serviço ou
ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de
saúde. A pessoa pode ir sozinha ou acompanhada, devendo procurar,
preferencialmente, o CAPS que atende à região onde mora. Segundo dados do
manual de saúde mental, as pessoas atendidas nos CAPS são:
"(...). Aquelas que apresentam intenso sofrimento psíquico, que lhes
impossibilita de viver e realizar seus projetos de vida. São,
preferencialmente, pessoas com transtornos mentais severos e/ou
persistentes, ou seja, pessoas com grave comprometimento psíquico,
incluindo os transtornos relacionados às substâncias psicoativas (álcool e
outras drogas) e também crianças e adolescentes com transtornos mentais.
Os usuários dos CAPS podem ter tido uma longa história de internações
psiquiátricas, podem nunca ter sido internados ou podem já ter sido
atendidos em outros serviços de saúde (ambulatório, hospital-dia,
consultórios etc.). O importante é que essas pessoas saibam que podem
ser atendidas e saibam o que são e o que fazem os CAPS."

A função do psicólogo nos CAPS


As funções de um psicólogo nos Centros de Acolhimentos Psicossociais vão
de atividades de acolhimento e recepção, debates de casos em equipe,
psicoterapias, elaborações de planos individuais, psicoterapias individuas ou em
grupo, trabalho de oficinais, apoio aos familiares, atividades de reinclusão social do
indivíduo e outras coisas mais.

Conclusão

Concluímos que a importância dos Centros de Acolhimentos Psicossociais é


indiscutível para a sociedade, pois estes transformam e trabalham com empenho
total para ajudar e contribuir para a melhora de seus pacientes. Vimos que a
trajetória do CAPS veio desde antes da criação do SUS e que ele foi fundamental
para a criação deste. O Governo deve olhar com mais cuidado para todos os
projetos que envolvem a saúde dos cidadãos, trazendo mais investimento e
incentivo para que todos se tratem e tenham a oportunidade de ter uma vida e saúde
saudáveis.

Borba C. e Mello J. Centros de Atenção Psicossocial oferecem


atendimento para diversos tipos de aflições mentais. Disponível em: <
https://www.ufrgs.br/humanista/2018/01/18/centros-de-atencao-psicossocial-
oferecem-atendimento-para-diversos-tipos-de-aflicoes-mentais/> Acesso em: 13 de
outubro de 2021.
Caps. Disponível em: <https://www.google.com/url?
sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.saude.sc.gov.br/index.php/informacoes-
gerais-documentos/conferencias-e-encontros/conferencia-estadual-de-saude-
mental/textos/3156-caps/
file&ved=2ahUKEwjgmKfe8srzAhXxFbkGHYWqDhoQFnoECDQQAQ&usg=AOvVaw
395nT9x7pAsS5ncndFmf1d> Acesso em 14 de outubro de 2021.
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Disponível em:
<https://www.rio.rj.gov.br/web/sms/caps > Acesso em 13 de outubro de 2021.
PITTA, Ana; VENÂNCIO, Ana. SAÚDE MENTAL NO SUS: OS CENTROS DE
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL, 1ª ed, Brasília-DF: Editora MS, 2004. p.15. Disponível
em: < http://www.ccs.saude.gov.br/saude_mental/pdf/sm_sus.pdf > Acesso em:15,
out de 2021.
Saúde mental e atenção básica: Qual a função dos CAPS? Disponível em:
<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/saude-mental-
e-atencao-basica-qual-a-funcao-dos-caps/51518> Acesso em: 13 de outubro de
2021.
Tipos de atendimento em CAPS. Disponível em:
<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/tipos-de-
atendimento-e m-caps/42432 > Acesso em: 14 de outubro d 2021.
Você sabe o que são os Caps e como eles funcionam? Disponível
em:<https://www.fiotec.fiocruz.br/index.php/noticias/projetos/5324-voce-sabe-o-que-
sao-os-caps-e-como-eles-funcionam> Acesso em: 14 de outubro de 2021.

Você também pode gostar