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Clínica Ampliada em Saúde Mental

Saúde mental e clínica ampliada na prática cotidiana


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Nesta webaula, abordaremos os seguintes tópicos: espaços diversificados que compõe o campo de atuação em
saúde mental, o adulto, a criança, o adolescente e o campo da saúde mental, e, por fim, rede de assistência em
saúde mental e clínica ampliada.

Espaço diversificados que compõe o campo de atuação em saúde mental


Rede de atenção psicossocial (RAPS)
Objetivo:

Ampliar o acesso á atenção psicossocial da população.

Promover vinculação das pessoas em sofrimento mental ou com necessidades decorrentes ao uso de drogas
aos pontos de atenção.

Articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, acolhimento e
acompanhamento.

A RAPS encontra-se organizada nos seguintes componentes:

Unidade básica de saúde;


Núcleo de apoio à saúde da família;
Atenção Básica em Saúde Consultório na rua
Centros de convivência e cultura.

Atenção Psicossocial
Centros de atenção psicossocial ( nas suas diferentes modalidades).
Estratégica

Samu 192;
Atenção de Urgência e Sala de estabilização;
Emergência UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro,
unidades básicas de saúde.

Atenção Residencial de Unidade de acolhimento;


Caráter Transitório Serviço de atenção em regime residencial.

Enfermeira especializada em hospital geral;


Atenção Hospitalar Leitos de SM de hospital geral. 

Estratégias de  Serviços residenciais terapêuticos;


Desinstitucionalização Programa "De Volta para Casa".

Estratégias de  Iniciativas de geração de trabalho e renda;


Reabilitação Psicossocial Empreendimentos solidários e cooperativas sociais. 
Fonte: BRASIL, 2014.

Atenção básica em saúde


Unidade Básica de Saúde/ Equipe da Saúde da Família/ Núcleo de Apoio à Saúde da Família.

 •  Consultório de Rua.

 -  Enfermeiro, médico, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, técnico de enfermagem, técnico
em saúde bucal.

 -  1 CR a cada 80 – 1000 pessoas em situação de rua.

Centro de Convivência.

CAPS
Divide-se nos seguintes tipos:

CAPS I 

Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes.

CAPS II 

Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.

CAPS III 

Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; transtornos
mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com
pelo menos 150 mil habitantes.

CAPS ad III álcool e drogas 

Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias;
transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil
habitantes

CAPS i 

Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.

CAPS ad álcool e drogas 

Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende
cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.

Serviço de Urgência e Emergência

SAMU – 192.

UPA 24H.
Pronto Socorro.

Atenção Residencial de Caráter Transitório


Unidades de Acolhimento – definido pelo CAPS, até 6 meses.

 -  Serviço de Atenção em Regime Residencial – até 9 meses.

 -  Serviço de Atenção em Regime Residencial – até 9 meses.

Atenção Hospitalar

 -  Enfermarias especializada em hospital geral.

 -  Hospitais Psiquiátricos.

 -  Hospital-Dia.

Estratégias de desinstitucionalização

 -  Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT).

 -  Programa de Volta para Casa.

Estratégias de Reabilitação Psicossocial

 -  Iniciativas de Geração de Trabalho e Renda.

 -  Cooperativas.

 -  Economia Solidária.

O adulto, a criança, o adolescente e o campo da saúde mental


Criança e adolescente
Sujeitos de Direitos.

O ECA afirma: art 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando--lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Saúde como direito.

Grupo vulnerável.

Importante o papel da Educação.

 -  Escola como ambiente importante para o desenvolvimento.

 -  Promoção de ambiente saudável.

 -  Denuncias em casos se suspeitas que direitos estejam violados.

Dependência Química.

 -  Período de muitas mudanças.

 -  Importante trabalhar com estratégias amplas.

Acolhimento Institucional – esgotado os recursos para manutenção do convívio familiar de família de origem,
situações de risco.
Quando houver a necessidade de acolher institucionalmente crianças ou adolescentes, devem ser
observados os princípios:

Da excepcionalidade.

Da provisoriedade. 

Da preservação e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. 

Da garantia de acesso e do respeito à diversidade e à não discriminação. 

Da oferta de atendimento personalizado e individualizado. 

Medidas socioeducativas.

 -  Ato infracional.

Situação de Violência.

 -  “Nenhuma criança e adolescente seja objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão” (art. 5º do ECA).

Adulto
Mulheres –maiores tentativas de suicídio.

Homens – mais óbitos por suicídio.

Questões de gênero.

Idoso.

Rede de assistência em saúde mental e clínica ampliada

Clínica Ampliada: articulação e inclusão de diferentes enfoques.

Compartilhar com os usuários diagnósticos e condutas em saúde, individual ou coletivamente: necessidade


da adesão do sujeito no projeto.

Idoso.

Proposta da Clínica ampliada


Compreensão ampliada do processo saúde-doença: compreensão de aspectos diferentes envolvidos
(econômica, culturais, étnicas).

Construção compartilhada dos diagnósticos terapêuticos: complexidade e sentimento de desamparo dos


profissionais.

Ampliação do objeto de trabalho: antes recebiam “pedaços de pessoas”. Agora, pessoas que atendem
pessoas.

Transformação dos meios ou instrumentos de trabalho: possibilidade da comunicação transversal na equipe


e entre equipes. Técnicas que permitam a clínica compartilhada.

Suporte para profissionais de Saúde: para que possam lidar com suas dificuldades.

Projeto terapêutico singular


Propostas terapêuticas articuladas para um sujeito ou coletivo.
Feito a partir de discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, apoio Matricial.

Situações complexas, espaços de atenção à saúde mental.

O Projeto Terapêutico Singular:

1. Definir hipóteses diagnósticas

Avaliação orgânica, psicológica e social.

Compreender riscos e vulnerabilidade.

O que o sujeito faz com tudo que fizeram dele, potencialidades.

2. Definições de metas

Propostas de curto, médio e longo prazo, que vão ser negociadas com o sujeito.

3. Divisão de responsabilidades

Tarefa de cada um.

Escolher um profissional de referência – articula e “vigia o processo”.

Informado pelas ações planejadas.

Não depende da formação, mas do vínculo.

4. Reavaliação 

Momentos de discussão sobre a evolução e se necessários correções.

Escolha dos casos para as reuniões de PTS.

Na atenção básica, usuários ou famílias em situações graves.

Na atenção hospitalar ou centro de especialidades, todos os pacientes precisam do PTS.

As reuniões para a discussão – qual o vínculo desses profissionais com o usuário e família.

Deve ser reservado um tempo fixo, semanal, quinzenal para as discussões.

Tempo de um PTS.

Depende do serviço: atenção básica ou centros de especialidades com pacientes crônicos podem durar mais
tempo.

Quando é possível mudanças- postura da equipe é importante.

 -  Evitar atitude passiva do usuário.

 -  Situações com poucas opções terapêuticas: pode auxiliar para diminuição do sofrimento.

Anamnese.

Importante na história clínica compreender sentimentos envolvidos em relação ao sintoma:

“Exemplo: no caso de um usuário que apresenta falta de ar, é interessante saber como ele se sente naquele
momento: com medo? Conformado? Agitado? O que melhora e o que piora os sintomas? Que fatos
aconteceram próximo à crise?” (BRASIL, 2009, p.49)

Compreender o sentido da doença para o usuário:

 -  “Exemplo: por que você acha que adoeceu? Em doenças crônicas como a diabetes, quando a sua
primeira manifestação está associada a um evento mórbido, como um falecimento familiar ou uma briga,
as pioras no controle glicêmico estarão muitas vezes relacionadas a eventos semelhantes (na perspectiva
do sujeito acometido pela diabetes). “(BRASIL, 2009, p.50)

Compreender se há negação da doença e se tem ganhos secundários com a doença.

Perceber a contratransferência: quais sentimentos o profissional desenvolve pelo usuário


Projetos e desejos do usuário.

Conhecer atividades de lazer.

Reuniões de Equipe
Importante que tenha interação entre os profissionais.

Importante para a valorização de cada integrante pois todos têm papeis importantes dentro do PTS.

Questionamentos na formulação do projeto terapêutico singular


Questionamentos importantes na formulação do Projeto Terapêutico Singular (BRASIL, 2009, p.58):

Quem são as pessoas envolvidas no caso?  

De onde vêm? Onde moram? Como moram? Como se organizam? 

O que elas acham do lugar que moram e da vida que têm? 

Como lidamos com esses modos de ver e de viver?

De que forma o caso surgiu para a equipe?  

Qual é e como vemos a situação envolvida no caso? 

Essa situação é problema para quem? 

Essa situação é problema de quem? 

Por que vejo essa situação como problema? 

Por que discutir esse problema e não outro? 

O que já foi feito pela equipe e por outros serviços nesse caso?

O que a equipe tem feito com relação ao caso?

Que estratégia/aposta/ênfase têm sido utilizadas para enfrentar o problema? 

Como este(s) usuário(s) tem/têm respondido a essas ações da equipe?

A que riscos (individuais, políticos, sociais) acreditamos que essas pessoas estão expostas? 

Que processos de vulnerabilidade essas pessoas estão vivenciando? 

O que influencia ou determina negativamente a situação?

Como essas pessoas buscam redes para ampliar essas possibilidades? 

Como os modos de organizar o serviço de saúde e as maneiras de agir da equipe podem estar
aumentando ou diminuindo vulnerabilidades na relação com essas pessoas?

O que os usuários consideram como suas necessidades?

Quais objetivos devem ser alcançados no Projeto Terapêutico Singular? 

Quais objetivos os usuários querem alcançar? 

Que hipóteses temos sobre como a problemática se explica e se soluciona? 

Como o usuário imagina que seu “problema” será solucionado?

Que ações, responsáveis e prazos serão necessários no Projeto Terapêutico Singular? 


Com quem e como iremos negociar e pactuar essas ações? Como o usuário e sua família entendem
essas ações? 

Qual o papel do(s) usuário(s) no Projeto Terapêutico Singular? Quem é o melhor profissional para
assumir o papel de referência? Quando provavelmente será preciso discutir ou reavaliar o Projeto
Terapêutico Singular?

Qual a importância dos centros de convivência?

Dispositivo de promoção de saúde mental.

Busca de significado da vida.

Construção de Vínculos.

Rede Social.

Território.

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