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Centro Universitário da Fundação

Educacional Guaxupé

POLÍTICA NACIONAL DE
SAÚDE MENTAL

PROFª. MS. DANIELA AP. SALGADO TARGINO


2018
A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei
10.216/01, busca consolidar um modelo de atenção à
saúde mental aberto e de base comunitária, com uma
rede de serviços e equipamentos variados tais como:
• Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),
• Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT),
• Centros de Convivência e Cultura e os leitos de
atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III).
PROGRAMA DE VOLTA PARA A CASA

Este Programa atende ao disposto na Lei 10.216, de


06.04.2001, que no Art. 5º, determina que os pacientes
há longo tempo hospitalizados, ou para os quais se
caracterize situação de grave dependência
institucional, sejam objeto de política específica de alta
planejada e reabilitação psicossocial assistida.

Oferece uma bolsa para egressos de longa internação.


CAPS

Centro de Atenção Psicossocial

É o surgimento destes serviços que passa a


demonstrar a possibilidade de organização de
uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico
no país.
CAPS
Funções:
 Prestar atendimento clínico em regime de atenção
diária, evitando assim as internações em hospitais
psiquiátricos;
 Promover a inserção social das pessoas com
transtornos mentais através de ações intersetoriais;
 Regular a porta de entrada da rede de assistência
em saúde mental na sua área de atuação e dar
suporte à atenção à saúde mental na rede básica.
CAPS

 Estes serviços devem ser substitutivos, e


não complementares ao hospital
psiquiátrico.

 Cabe aos CAPS o acolhimento e a atenção às


pessoas com transtornos mentais graves e
persistentes, procurando preservar e fortalecer
os laços sociais do usuário em seu território.
CAPS
 O CAPS deve ser instalado em espaço físico próprio
e adequadamente preparado para atender à sua
demanda específica. O imóvel deve ter estilo
residencial, estar localizado em bairro de fácil acesso
à população e contar com um ambiente que favoreça
o acolhimento e a hospitalidade.
 É preciso que o usuário se sinta o mias confortável
possível e encare o serviço como um território livre
para ser acessado sempre que necessário.
CAPS- ESTRUTURA FÍSICA
 Consultórios para atividades individuais (consultas,
entrevistas, etc);
 Salas para atividades grupais;
 Espaço de convivência;
 Salas para oficinas;
 Refeitório (o CAPS deve ter capacidade para oferecer
refeições de acordo com o tempo de permanência de
cada paciente na unidade);
 Sanitários;
 Área externa para oficinas, esportes e demais atividades.
CAPSI (INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA)

 O CAPSi é um serviço de atenção diária destinado ao

atendimento de crianças e adolescentes gravemente

comprometidos psiquicamente.

 Estão incluídos nessa categoria os portadores de autismo,

psicoses, neuroses graves e todos aqueles que, por sua

condição psíquica, estão impossibilitados de manter ou

estabelecer laços sociais.


CAPSI (INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA)

 O tratamento tem mais probabilidade de sucesso quando a


criança ou adolescente é mantida em seu ambiente doméstico e
familiar.

 As famílias devem fazer parte integrante do tratamento, quando


possível, pois observa-se maior dificuldade de melhora quando
se trata a criança ou adolescente isoladamente.

 O tratamento deve ter sempre estratégias e objetivos múltiplos,


preocupando-se com a atenção integral a essas crianças e
adolescentes, o que envolve ações não somente no âmbito da
clínica, mas também ações intersetoriais.
CAPSI (INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA)
 As equipes técnicas devem atuar sempre de forma
interdisciplinar, permitindo um enfoque ampliado dos
problemas, recomendando-se a participação de médicos
com experiência no atendimento infantil, psicólogos,
enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos,
assistentes sociais, para formar uma equipe mínima de
trabalho.

 Atividades de inclusão social em geral e escolar em


particular devem ser parte integrante dos projetos
terapêuticos.
CAPSI (INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA)

 Deve-se ter em mente que no tratamento dessas crianças e


adolescentes, mesmo quando não é possível trabalhar com
a hipótese de remissão total do problema, a obtenção de
progressos no nível de desenvolvimento, em qualquer
aspecto de sua vida mental, pode significar melhora
importante nas condições de vida para eles e suas famílias.
CAPSI (INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA)

Em geral, as atividades desenvolvidas nos CAPSi são as


mesmas oferecidas nos CAPS, como atendimento individual,
atendimento grupal, atendimento familiar, visitas domiciliares,
atividades de inserção social, oficinas terapêuticas, atividades
socioculturais e esportivas, atividades externas.

Elas devem ser dirigidas para a faixa etária a quem se destina


atender. Assim, por exemplo, as atividades de inserção social
devem privilegiar aquelas relacionadas à escola.
CAPSad (ÁLCOOL E DROGAS)

Os CAPS I, II e III destinam-se a pacientes com transtornos


mentais severos e persistentes, nos quais o uso de álcool e
outras drogas é secundário à condição clínica de transtorno
mental.

Para pacientes cujo principal problema é o uso prejudicial de


álcool e outras drogas passam a existir,

a partir de 2002, os CAPSad.


CAPSad (ÁLCOOL E DROGAS)

Os CAPSad tem como atividades:

 Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de


orientação, entre outros)

 Atendimentos em grupo ou oficinas terapêuticas

 Visitas domiciliares.

 Condições para o repouso, bem como para a


desintoxicação ambulatorial de pacientes que necessitem
desse tipo de cuidados e que não demandem por atenção
clínica hospitalar.
ATUAÇÃO PREVENTIVA DO CAPSad
A prevenção teria como objetivo impedir o uso de substâncias
psicoativas pela primeira vez, impedir uma “escalada” do uso
e minimizar as conseqüências de tal uso.

As estratégias de prevenção devem contemplar:

 Fornecimento de informações sobre os danos do álcool e


outras drogas,

 Alternativas para lazer e atividades livres de drogas;

 Devem também facilitar a identificação de problemas


pessoais e o acesso ao suporte para tais problemas;
ATUAÇÃO PREVENTIVA DO CAPSad

 Devem buscar principalmente o fortalecimento de vínculos


afetivos, o estreitamento de laços sociais e a melhora da
auto-estima das pessoas.

Os CAPSad devem construir articulações consistentes com os


Hospitais Gerais de seu território, para servirem de suporte ao
tratamento, quando necessário.
CAPSi
• 1 médico psiquiatra, ou neurologista ou pediatra com formação em
saúde mental
• 1 enfermeiro
• 4 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias
profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta
ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo ou outro profissional
necessário ao projeto terapêutico
• 5 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem,
técnico administrativo, técnico educacional e artesão.
CAPSad

• 1 médico psiquiatra
• 1 enfermeiro com formação em saúde mental
• 1 médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e
acompanhamento das intercorrências clínicas
• 4 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias
profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta
ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto
terapêutico
• 6 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem,
técnico administrativo, técnico educacional e artesão
CLASSIFICAÇÃO DO CAPS
TIPO POPULAÇÃO TURNO RECURSOS ATIVIDADES
HUMANOS
CAPS I Entre 20.000 02 turnos: 01 médico psiquiatra Atendimento
a 70.000 8hs às 18hs ou médico com individual
05 dias/ sem formação em saúde Atendimento em
mental grupos
01 enfermeiro Atendimento em
03 profissionais de oficinas Visitas
nível superior de domiciliares
outras categorias Atendimento à
profissionais família
04 profissionais de Atividades
nível médio comunitárias
01 turno-01
refeição
02 turnos-02
refeições
CLASSIFICAÇÃO DO CAPS
TIPO POPULAÇÃ TURNO RECURSOS ATIVIDADES
O HUMANOS
CAPS Entre 70.000 02 turnos: 01 psiquiatra Atendimento
II e 200.000 8hs às 18hs 01 enfermeiro com individual
formação em saúde Atendimento em
05 dias da mental grupos
semana 04 profissionais de Atendimento em
nível superior de oficinas
3º turno até outras categorias Visitas
21hs profissionais domiciliares
06 profissionais de Atendimento à
nível médio família
CLASSIFICAÇÃO DO CAPS
TIPO POPULAÇÃ TURNO RECURSOS ATIVIDADES
O HUMANOS
CAPS Acima de 24hs 02 psiquiatras; IDEM CAPS I
III 200.000 diariamente, 01 enfermeiro com Acolhimento
inclusive formação em saúde noturno contínuo,
feriados e mental. máximo 05 leitos,
fins de 05 profissionais de repouso e/ou
semana. nível superior de observação.
outras categorias 24h – 04 refeições
profissionais
08 profissionais de Tempo máximo -
nível médio 07 dias corridos ou
10 intercalados.
HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS

 São considerados Leitos de Atenção Integral em Saúde


Mental todos os recursos de hospitalidade e acolhimento
noturno da rede de atenção à saúde mental (leitos dos
Hospitais Gerais, dos CAPS III, das emergências gerais,
dos Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e
Drogas)
HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS

 Estes leitos devem ofertar o acolhimento integral ao


paciente em crise, devendo estar articulados e em diálogo
com outros dispositivos de referência para o paciente.

 A tendência é de que esta rede de leitos de atenção


integral, à medida de sua expansão, e à medida da
expansão de toda rede aberta de atenção à saúde mental,
apresente-se como substitutiva à internação em hospitais
psiquiátricos convencionais.
RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência
terapêutica ou simplesmente "moradia" – são casas
localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às
necessidades de moradia de pessoas moradoras de
transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não.

O número de usuários pode variar desde 1 indivíduo até um


pequeno grupo de 8 pessoas, que deverão contar sempre
com suporte profissional sensível às demandas e
necessidades de cada um.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde
mental no SUS: os centros de atenção psicossocial /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL.


<www.portal.saude.gov.br/saude>.

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