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ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMILIA

MARIANE FERNANDES

ATENÇÃO PRIMARIA
A SAÚDE MENTAL

Antonio A N do Santos Larissa Oliveira da Silva


Carolina Izabel de Lima Robson de Sousa Santana Santos
Fábia Gabrielle O. S. da S. de Pontes Stefany Ribeiro Pereira

RIO DE JANEIRO

2023
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Antonio A N do Santos -20135011019
Carolina Izabel de Lima -2173501105
Fábia Gabrielle O. S. da S. de Pontes -21835011002
Larissa Oliveira da Silva -20135011027
Robson de Sousa Santana Santos -20135011024
Stefany Ribeiro Pereira -20735011007

ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE MENTAL

Seminário apresentado no curso de


graduação do Centro Universitário CBM-
UniCBE para obtenção de nota sob
orientação da Profª Mariane Fernandes.

RIO DE JANEIRO

2023

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SUMÁRIO

1. Introdução...............................................................................................................4

2. (CAPS )....................................................................................................................4
3. Objetivos gerais.....................................................................................................6
4. Funções do enfermeiro.........................................................................................6
5. Conclusão...............................................................................................................7
6. Referência...............................................................................................................8

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Introdução

A Atenção Básica tem como um de seus princípios possibilitar o primeiro


acesso das pessoas ao sistema de Saúde, inclusive daquelas que demandam um
cuidado em saúde mental. Neste ponto de atenção, as ações são desenvolvidas em
um território geograficamente conhecido, possibilitando aos profissionais de Saúde
uma proximidade para conhecer a história de vida das pessoas e de seus vínculos
com a comunidade/território onde moram, bem como com outros elementos dos
seus contextos de vida.

Podemos dizer que o cuidado em saúde mental na Atenção Básica é


bastante estratégico pela facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-
versa. Por estas características, é comum que os profissionais de Saúde se
encontrem a todo o momento com pacientes em situação de sofrimento psíquico. No
entanto, apesar de sua importância, a realização de práticas em saúde mental na
Atenção Básica suscita muitas dúvidas, curiosidades e receios nos profissionais de
Saúde.

No ano de 2003, foram incluídas as equipes de saúde mental nas Estratégias


de Saúde da Família (ESF). Com objetivo de tratar os pacientes mentais no contexto
familiar, pois assim apresenta maiores chances de resultados positivos. Sendo
assim, as equipes da atenção básica devem desenvolver o cuidado integral, com
vistas na promoção da saúde, que são medidas importantes, seja no aspecto físico,
psíquico ou social para esse indivíduo Devemos ressaltar que os cuidados de
enfermagem vão além das práticas e procedimentos, devemos promover proteger e
preservar o bem-estar e qualidade de vida do paciente. A constituição de novos
saberes e fazeres de cuidado em saúde mental é essencial ao enfermeiro que é um
profissional presente na equipe da atenção básica.

CAPS

A Atenção Básica é elemento estratégico no enfretamento da dependência e


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transtorno mental, que deve se completar com outros dispositivos de reorganização
da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), como os Centros de Atenção
psicossociais com as diferentes modalidades (CAPS), Residências terapêuticas,
ambulatórios, centros de convivências culturais, consultório de rua, unidades básicas
de saúde e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Organiza os CAPS em seis
modalidades, a saber: CAPS I atende regiões com população acima de quinze mil
habitantes para todas as faixas etárias com sofrimento psíquico de transtornos
mentais graves, persistentes e substancias psicoativas; CAPS II atende regiões com
população acima de setenta mil habitantes; para pessoas de todas as faixas etárias
com sofrimento psíquico de transtornos mentais graves, persistentes, incluindo
substâncias psicoativas; CAPS III atende a região com população acima de cento e
cinquenta mil habitantes, com características de sofrimento psíquico de transtornos
mentais graves, persistentes, incluindo substâncias psicoativas, além disso,
oferecem serviços de atenção vinte e quatro horas, todos os dias.

Os CAPS ainda podem ser classificados em CAPSAD que atende a


população com sofrimento psíquico decorrente do uso de álcool, crack e outras
drogas em regiões acima de setenta mil habitantes em toda faixa etária; CAPSAD III
no qual atende regiões com população acima de cento e cinquenta mil habitantes,
em todas as faixas etárias que apresentam sofrimento psíquico decorrente do uso
de álcool, crack e outras drogas. Oferecem serviços vinte e quatro horas todos os
dias sem exceções para feriados e finais de semana, além do acolhimento noturno
e, CAPSI, que é indicado para o atendimento a crianças e adolescentes com
sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes,
relacionados a substâncias psicoativas. É indicado para regiões acima de setenta
mil habitantes.

No Brasil, na perspectiva da atenção psicossocial, a rede de saúde


mental é composta por diversas ações e serviços, tais como, centros de atenção
psicossocial (CAPS), ambulatórios, residenciais terapêuticos, leitos de atenção
integral em saúde mental em hospital geral, cooperativas de trabalho e geração de
renda, ações de saúde mental na APS, entre outros (BRASIL, 2009).

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Objetivo Gerais
Descrever a atuação do enfermeiro na assistência em saúde mental nos
serviços de Atenção Básica a partir de uma revisão integrativa da literatura dos
últimos dez anos.

Funções do enfermeiro

É comum que a grande maioria dos enfermeiros reconheça como ações


dentro de um tratamento de saúde mental apenas a administração de remédios e o
encaminhamento do paciente para serviços especializados. No entanto, o
atendimento da enfermagem deve ir muito além, acolhendo e escutando o paciente
com atenção e cuidado.

O enfermeiro que está tendo o primeiro contato com um paciente que sofre de
transtornos mentais deve aprender a direcionar a sua atenção em primeiro lugar no
paciente e nas suas necessidades. Como esse primeiro contato pode ser
estressante, uma assistência humanizada e diferenciada será de grande valia para o
sucesso do tratamento.

Escutar o paciente com atenção e interesse e, principalmente, valorizar a


comunicação não verbal, devem ser peças-chaves em todos os atendimentos.Para o
enfermeiro que nunca teve nenhum contato com a área de saúde mental, a falta de
procedimentos invasivos parece incoerente. No entanto, a comunicação é um
poderoso instrumento transformador nas relações entre profissionais e pacientes.

A construção de um vínculo de confiança entre enfermeiro e paciente é a


melhor ação terapêutica para esses casos.

Além disso, é preciso que o enfermeiro esteja preparado para:

 Realizar avaliações biopsicossociais da saúde;


 Criar e implementar planos de cuidados para pacientes e familiares;
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 Participar de atividades de gerenciamento de caso;
 Promover e manter a saúde mental;
 Fornecer cuidados diretos e indiretos;
 Controlar e coordenar os sistemas de cuidados;

Todos esses pontos, juntamente com uma relação terapêutica, trazem muitos
benefícios ao tratamento, como a redução da ansiedade e do estresse, o aumento
do bem-estar, a melhora da memória, da qualidade de vida e das funções psíquicas
e a reintegração social do paciente.

Conclusão
O objetivo da enfermagem psiquiátrica é o comprometimento com a qualidade
de vida do indivíduo. Com essa base, o enfermeiro deve ser preparado para
trabalhar assumindo novas tarefas e se capacitando para as transformações e
atualizações propostas pela política de saúde mental. No primeiro contato com o
paciente, que é em curto prazo durante a entrevista o profissional, deve-se começar
perguntando e ouvindo com muita atenção toda a história do paciente, não somente
o motivo que a fez procurar o serviço, mas também toda a sua história de vida, a
cultura que ele pertence os motivos que o fizeram adoecerem, os problemas
emocionais e o que causa sofrimento nele. Quanto mais o profissional passar
confiança para o paciente, mais ele conseguirá sanar as dúvidas existentes de uma
maneira mais eficaz do que se fosse iniciar qualquer outro tipo de tratamento nesse
indivíduo. Além de conversar e também é importante orientar a família, que é uma
maneira a mais de se obter resultado positivo no tratamento desse paciente. Já em
longo prazo, mantendo o acompanhamento com o indivíduo, deve-se observar se
esse está tendo melhora no seu quadro de saúde mental com as devidas
intervenções que foram tomadas acerca dos problemas apresentados
Os profissionais de saúde da Atenção Básica devem ter uma visão aberta,
ampla e sensível sobre os transtornos mentais e a dependência química, para que
sejam capazes de ajudar o paciente em todo o processo de tratamento sem que
haja julgamentos. Quando se refere à reinserção social do paciente na sociedade,
toda a equipe multidisciplinar deve utilizar suas habilidades e práticas em que a
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escuta e o diálogo passam a ser primordiais no tratamento para a construção da
confiança entre profissional-usuário, tendo assim mais chances de obter resultados
satisfatórios.
A mudança deveria ocorrer lá de baixo, começando nas secretarias de saúde
em que elas atuariam, dando incentivo e treinamentos para os enfermeiros e toda a
equipe multidisciplinar da atenção básica. Com esse treinamento, podemos ter
enfermeiros capazes de acolher esse paciente, criar um vínculo e acompanhar todo
o seu tratamento, criando atividades de promoção à saúde voltada para os
transtornos mentais e sempre procurar manter os profissionais atualizados e
capacitados, visando uma interação com a população e a aplicação de meios de
tratamentos mais eficazes voltados para a saúde mental.

Referências bibliográficas
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2018
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Ministério da Saúde; 2013. [acesso em 2020 Ago 4]. Disponível em:
https://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_34_saude_mental.pdf

4. Silva PO, Silva DVA, Rodrigues CAO, Santos NHF, Barbosa SFA, Souto
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VD, et al. Cuidado clínico de enfermagem em saúde mental. Rev enferm UFPE
[Internet]. 2018 [acesso em 2020 Ago 5]; 12(11): 3133-46. doi: http://dx.doi.
org/10.5205/1981-8963-v12i11a236214p3133-3146-2018

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