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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE PSICOLOGIA
SUPERVISÃO DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

Tomás Hoechner Silveira Martins

Seminário de Estágio Supervisionado em Psicologia Clínica


BI: Grupos de Psicoeducação Sobre Transtornos Mentais

Porto Alegre
29/05/2022
Tomás Hoechner Silveira Martins

Seminário de Estágio Supervisionado em Psicologia Clínica


BI: Grupos de Psicoeducação Sobre Transtornos Mentais

Relatos da vivência realizada no Hospital


Psiquiátrico São Pedro, contextualizando as
atividades praticadas pelo estagiário de
clínica na instituição.

Professora Orientadora e Supervisora: Maria Isabel Wendling


Supervisora Local: Renata Brasil Araújo

Porto Alegre
29/05/2022
SUMÁRIO

1.DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 4
2. INTRODUÇÃO 5
2.1 INFORMAÇÕES SOBRE O HOSPITAL, SUPERVISÃO LOCAL E
INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA 5
2.2 ROTINA DO ESTAGIÁRIO DE CLÍNICA 6
3. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO 12
4. DESENVOLVIMENTO 13
4.2 TCC E PSICOTERAPIA EM GRUPO 14
4.3 PSICOEDUCAÇÃO DOS TRANSTORNOS MENTAIS 17
7. RELATADA (15/05/2023) 19
6.CONCLUSÃO 20
7.AUTOAVALIAÇÃO 20
8. REFERÊNCIAS BIBILIOFRÁFICAS 21
1.DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome: Tomás Hoechner Silveira Martins

Instituição de ensino: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(PUCRS)

Matrícula: 18105915-5

Nível: 9° semestre

E-mail: tomashsm@hotmail.com

Professora Orientadora e Supervisora: Maria Isabel Wendling

Supervisora Local: Renata Brasil Araújo

Local de Estágio: Hospital Psiquiátrico São Pedro (Unidade Mário Martins Masculina

e Ambulatório de Dependência Química)

Carga Horária Semanal: 16h na unidade de internação e 4h no ambulatório de

dependência química

Turno e Duração do Estágio: Manhã (Janeiro de 2023 à Janeiro de 2024)


2. INTRODUÇÃO

2.1 INFORMAÇÕES SOBRE O HOSPITAL, SUPERVISÃO LOCAL


E INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA
O Hospital Psiquiátrico São Pedro, fundado em 1874, é um hospital público que
proporciona saúde mental para a população e contribui para a formação docente de
diversos profissionais na área da saúde. A Unidade Mário Martins Masculina é uma das
diversas unidades do hospital São Pedro, é composta por pacientes diagnosticados com
transtornos psicóticos, transtornos do humor, transtornos por uso de substâncias,
deficiência intelectual, transtornos de personalidade, transtorno de conduta e outras
diversas comorbidades. Esses pacientes ficam, em média, internados de 30 dias a 2
meses. Porém, nos casos de pacientes que têm questões judiciais ocorre de terem seu
tempo de internação acima da média esperada. Pacientes que aguardam uma vaga em
um residencial terapêutico por não ter uma rede de apoio em que possa ser cuidado, ou
quando o ajuste dos medicamentos é complexo, de modo que ele apresente algum tipo
de risco para si ou para os outros, o período de internação pode chegar a 1 ano.

Grande parte das alas de atendimento psicológico no São Pedro são com a
abordagem psicanalítica. A única supervisora que utiliza as metodologias e teorias das
terapias cognitivo comportamentais é a Psicóloga Doutora Renata Brasil Araujo, com
formação em Terapia Cognitivo-Comportamental e Terapia de Esquemas. Renata
trabalha no hospital há mais de 20 anos e era coordenadora da Unidade Jurandy
Barcellos e Ambulatórios de Dependência Química e terapeuta cognitivo
comportamental. Por conta da pandemia de COVID-19, a Unidade Jurandy Barcellos,
conhecida como unidade de desintoxicação para pacientes do sexo masculino, se tornou
a Unidade de enfermaria para pacientes que estiverem internados e testaram positivo
para COVID-19. Por conta disso, a equipe de estagiários e psicólogos de Renata
migraram para a Unidade Mário Martins Masculina e continuaram seu trabalho no local,
até que ocorra a reabertura da unidade de desintoxicação em um novo local situado no
próprio hospital, o qual possui diversos espaços e unidades fechadas e não utilizadas.
Por conta do ocorrido, os pacientes diagnosticados com transtorno por uso de múltiplas
ou especificas substância são internados na Unidade MMM (Mário Martins Masculina)
para conseguir ser tratada sua possível abstinência ou redução do uso de substâncias.
Atualmente, por conta do crescimento dos Centros de Atenção Psicossocial
(CAPS) na última década a internação de indivíduos com transtornos mentais é
geralmente indicada apenas para casos graves em que o paciente apresente algum tipo
de risco para si ou para outros, fazendo com que o investimento no Hospital São Pedro
tenha diminuído drasticamente ao longo dos últimos anos. Grande parte dos pacientes
que internam na Unidade Mário Martins, os quais residem em diversos municípios e
regiões do Rio Grande do Sul, são atendidos pelo CAPS mais próximo de sua moradia.
No momento que o CAPS avalia que o sujeito necessita de internação, em que é
examinado seu contexto social, estado mental e possíveis riscos, o indivíduo é
encaminhado para uma internação psiquiátrica, onde ele terá um tratamento psiquiátrico
intensivo, com ajustes farmacológicos diários, exames de seu estado mental, sendo
acompanhada sua evolução ao longo de tempo de internação.

2.2 ROTINA DO ESTAGIÁRIO DE CLÍNICA


A rotina do estagiário clínico do núcleo de TCC do São Pedro é dividida em 2
ambientes do Hospital. Segundas, quartas, quintas e sextas o trabalho é feito na unidade
MMM e terças-feiras no ambulatório de DQ. Na unidade, é realizado atendimento
psicológico e grupoterapia com os pacientes, reuniões de equipe, seminários
orquestrados tanto pela supervisora quanto pelos estagiários de clínica, supervisão
semanal em formato de entrevista dialogada com relatos dos atendimentos, assembleias
com os pacientes e reuniões semanais com todos os estagiários de psicologia, nas quais
são e apresentadas dúvidas de cada caso para, assim, juntamente com a supervisora
local, serem definidos os planos de tratamento para cada paciente.

As grupoterapias são orquestradas pelos estagiários de clínica. Atualmente, são


realizados grupos de sentimentos em que utilizamos instrumentos terapêuticos para
refletirmos sobre os sentimentos dos pacientes. É um grupo mais aberto em que os
estagiários podem criar dinâmicas utilizando diversos instrumentos com o foco de
motivar os pacientes. Ele visa um compartilhamento das dificuldades similares que os
pacientes enfrentam, reflexões sobre diversos sentimentos que os pacientes possam ou
não estar sentindo no momento de internação e fortalece o vínculo entre os estagiários e
pacientes participantes. Também há o grupo de psicoeducação a respeito de transtornos
mentais e medicações. Nesse grupo, o psicólogo responsável deve oferecer informações
e tirar dúvidas dos pacientes a respeito do seu tratamento. Os pacientes são convidados
a falar a respeito do motivo de estar internados e podendo ou não falar de seus possíveis
diagnósticos. O psicólogo pergunta aos pacientes sobre o que eles sabem de transtornos
mentais e os remédios que estão tomando para, assim, trazer informações e orientações
a respeito do tratamento a fim do fornecer maior conhecimento aos pacientes sobre seus
funcionamentos e como o transtorno afeta suas vidas.

A assembleia é realizada todas as semanas e tem como principal foco tirar


dúvidas dos pacientes quanto ao funcionamento da unidade, transmitir comunicados e
regras da instituição e anotar as reclamações dos pacientes para encaminhar à equipe de
enfermagem. As assembleias são coordenadas por uma psicóloga já formada que
trabalha na instituição a qual é acompanhada por um estagiário que irá realizar
anotações dos comentários feitos pelos participantes.

Nas reuniões de equipe, participam a equipe de psicologia, psiquiatria,


enfermagem e assistência social. Elas também ocorrem todas as semanas, e abordamos
cada caso separadamente, discutindo a respeito da evolução do paciente, tratamento e
possibilidade de alta. As reuniões de equipe têm caráter de grande interdisciplinaridade,
ocorrendo trocas de informações de cada pacientes, discutindo hipóteses diagnósticas,
troca de aprendizados entre a psiquiatria e psicologia, do tratamento farmacológico e
das técnicas e instrumentos de psicologia. É um espaço aberto e extremamente rico em
aprendizagem, onde todos podem contribuir.

O principal trabalho de um estagiário de psicologia clínica na unidade MMM é


tratar os pacientes internados utilizando técnicas e instrumentos da terapia cognitivo
comportamental, entrevista motivacional, prevenção da recaída, entrevistas diagnósticas
e aplicação de instrumentos e testes para melhor compreensão do caso. Quando o
paciente é internado, a primeira etapa é realizar a sua entrevista diagnóstica para assim
seguir com seu tratamento psicológico. Na maioria das vezes será necessário contatar
familiares dos pacientes para confirmar fatos que o paciente relatou na entrevista,
compreender a história de vida do paciente a partir da perspectiva de um parente
próximo e algumas situações em que o paciente possa estar muito desorientado e
desorganizado psiquicamente, sendo necessário compreender seu caso a partir do relato
de um terceiro que seja próximo do paciente. Assim será viável investigar possíveis
usos de substância, quando se iniciaram os sintomas, contexto de vida atual do paciente
e outras fases de sua vida. Também é necessário, quando há uma hipótese diagnóstica
para o paciente, aplicar testes, escalas e instrumentos para ter maior fidedignidade no
diagnóstico ou descartar outras hipóteses.

Como a supervisora de estágio é a Renata Brasil, que é especialista na área de


desintoxicação e terapias cognitivo-comportamentais, os estagiários utilizam de seus
próprios instrumentos, principalmente com pacientes que fazem uso abusivo de algum
tipo de substância. Além da entrevista motivacional que serve para incentivar o sujeito a
parar ou diminuir o uso de alguma substância, utilizando de técnicas que induzem o
paciente a refletir sobre os prejuízos da droga, também utilizamos baralhos que servem
para os indivíduos questionarem seu uso de drogas, criar metas e objetivo, mudança de
estilos de vida e identificar situações de risco, evitando assim um possível lapso ou
recaída do paciente.

Também são realizados semanalmente seminários a respeito de diversos tópicos


da terapia cognitivo-comportamental e suas diferentes abordagens, técnicas cognitivas,
protocolos para o tratamento de diversos transtornos, estrutura de entrevista, conceitos
do tratamento de desintoxicação e funcionamento de fármacos combinados com
psicoterapia cognitivo comportamental.

No ambulatório de Dependência Química os estagiários de psicologia clínica


realizam atendimentos de, em média 50 minutos, e têm, no máximo, 4 pacientes por
conta da carga horária do dia. Nos atendimentos também é necessário realizar uma
entrevista diagnóstica com os pacientes, a qual deve ser muito aprofundada, podendo
utilizar testes e escalas para fundamentar as hipóteses diagnósticas a fim de formular um
plano de tratamento para o paciente. Também no processo diagnóstico deve-se avaliar a
motivação do paciente de diminuir ou parar seu uso de substâncias, e, de acordo com
isso, pode, se necessário, ser realizada a Entrevista Motivacional a fim de motivar o
sujeito a parar o uso abusivo de alguma substância. Nessa abordagem, são utilizados
mecanismos como perguntas e técnicas em que o indivíduo começará a ver possíveis
prejuízos que a droga causou ou pode causar para si, gerando reflexões. Durante o
processo motivacional também pode-se utilizar de técnicas da Terapia Cognitiva
Comportamental que modificam os comportamentos, pensamentos, crenças e hábitos
disfuncionais do indivíduo.

As abordagens de TCC que são utilizadas pelos estagiários de psicologia clínica


durante o período de estágio são os modelos de TCC Beck e Terapia de esquemas. No
modelo de TCC Beck a sessão é dividida em agenda do paciente, em que ele escolhe os
assuntos que gostaria de falar, checagem de humor da semana, a qual o paciente indica a
intensidade e frequência de 0 a 10 para diferentes humores e emoções que são avaliadas
em todas as sessões, e fissura das substâncias que o paciente faz ou fazia uso. Ao final, é
entregue um resumo do que foi trabalhado em sessão e um exercício de casa em que o
paciente deve fazer e trazer para ser discutido na próxima sessão. O objetivo principal
do modelo é flexibilizar as crenças disfuncionais que o indivíduo tem sobre si, o mundo
e o futuro. Com esse objetivo são utilizadas técnicas que buscam mudar as percepções
do paciente, analisando seus pensamentos, questionando e testando as evidências que
comprovam a veracidade dessas crenças.

A terapia de esquemas de Jeffrey Young, utilizada para o tratamento de


indivíduos com transtornos de personalidade, também segue princípios teóricos muito
parecidos com a TCC de Beck, porém na TE (Terapia de Esquemas) as Crenças
Disfuncionais são agrupadas e chamadas de Esquemas Iniciais Desadaptativos, os quais
são formados na infância do sujeito e carregam grande bagagem. O principal objetivo da
TE é desencadear os esquemas do paciente, que geralmente são evitados pelos pacientes
por conta da intensidade emocional que carregam. Ao desencadear esses esquemas será
possível, assim como na TCC Beck, questionar sua veracidade e flexibilizá-los mais,
para que o paciente consiga ter percepções diferentes acerca deles. Diferente do modelo
de Aron Beck, a TE é um modelo terapêutico mais intenso e demorado, foca muito na
aliança e confiança da relação terapêutica e tem uma média de alta do paciente maior
que outras linhas da TCC, durando em média 2 anos.

Os pacientes que recebem tratamento psicológico no ambulatório de


desintoxicação também recebem tratamento farmacológico. Diferente do funcionamento
da Unidade de Internação, em que ocorre semanalmente reuniões de equipe para discutir
os casos, no ambulatório é necessário discutir e conversar pessoalmente com os
psiquiatras dos respectivos pacientes que são atendidos pela equipe de psicologia.
Nesses diálogos geralmente é conversado sobre o atual estado mental do paciente,
questões importantes que o paciente traz em sessão, sintomas e hipóteses diagnósticas,
fatos importantes da vida do paciente que possam interferir no seu tratamento e
resultados de testes e instrumentos.

A supervisão das sessões clínicas do ambulatório é realizada todas as semanas às


quintas-feiras. Toda semana os estagiários optam por um atendimento para realizar uma
entrevista dialogada, a qual a supervisora Renata Brasil revisa, expõe comentários
críticos durante a leitura, aponta os equívocos e acertos de cada intervenção e
comentários feitos pelo estagiário durante a sessão, traz seu ponto de vista acerca do
caso e questões que o paciente trouxe em sessão que poderiam ser melhor trabalhadas.
Além do caso dialogado os estagiários devem trazer um resumo dos outros casos
atendidos na semana, especificando o que foi trabalhado com os pacientes para a
supervisora fazer comentários do que poderia ser feito, como deveria trabalhar tais
assuntos em sessão e outras questões importantes do paciente que devem ser trabalhadas
em próximas sessões. Durante a supervisão os estagiários também têm total liberdade
para trazer suas dificuldades no estágio, contratransferências dos atendimentos, tanto do
ambulatório quanto da unidade de internação, questões de funcionamento da instituição
e relações profissionais no São Pedro. É uma supervisão aberta para questionamentos,
sem julgamentos e com grande caráter afetivo entre os estagiários e supervisora.

Os pacientes que recebem tratamento psicológico no ambulatório de


desintoxicação também recebem tratamento farmacológico. Diferente do funcionamento
da Unidade de Internação, em que ocorre semanalmente reuniões de equipe para discutir
os casos, no ambulatório, é necessário discutir e conversar pessoalmente com os
psiquiatras dos respectivos pacientes que são atendidos pela equipe de psicologia.
Nesses diálogos geralmente é conversado sobre o atual estado mental do paciente,
questões importantes que o paciente traz em sessão, sintomas e hipóteses diagnósticas,
fatos importantes da vida do paciente que possam interferir no seu tratamento e
resultados de testes e instrumentos.

A supervisão das sessões clínicas do ambulatório é realizada todas as semanas às


quintas-feiras. Toda semana os estagiários optam por um atendimento para realizar uma
entrevista dialogada, a qual a supervisora Renata Brasil revisa, expõe comentários
críticos durante a leitura, aponta os equívocos e acertos de cada intervenção e
comentários feitos pelo estagiário durante a sessão, traz seu ponto de vista acerca do
caso e questões que o paciente relatou em sessão que poderiam ser melhor trabalhadas.
Além do caso dialogado, os estagiários devem fazer um resumo dos outros casos
atendidos na semana, especificando o que foi trabalhado com os pacientes para a
supervisora fazer comentários do que poderia ser feito, como deveria trabalhar tais
assuntos em sessão e outras questões importantes dos pacientes que devem ser
trabalhadas em próximas sessões. Durante a supervisão, os estagiários também têm total
liberdade para falar de suas dificuldades no estágio, contratransferências dos
atendimentos, tanto do ambulatório quanto da unidade de internação, questões de
funcionamento da instituição e relações profissionais no São Pedro. É uma supervisão
aberta para questionamentos, sem julgamentos e com grande caráter afetivo entre os
estagiários e supervisora.
3. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO

Data do atendimento: 15/05/23

Tempo do atendimento: 30 minutos

Número de participantes: 14 pacientes e 2 estagiários de psicologia (um realizando

anotações e outro mediando o grupo)

Sexo: Masculino

Tema do grupo: Psicoeducação sobre os transtornos mentais, medicações e tratamento.

Principais Diagnósticos: Transtorno afetivo bipolar, Esquizofrenia, Transtorno por

uso de SPAs, Déficit intelectual e outras comorbidades.

Abordagem Terapêutica: Terapia Cognitivo Comportamental

Instituição: Hospital Psiquiátrico São Pedro (Unidade Mario Martins Masculina)

Frequência do atendimento: Grupoterapia semanal.


4. DESENVOLVIMENTO

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E VIVÊNCIA DO ESTAGIÁRIO NOS


ENCONTROS DE GRUPOTERAPIA
O estagiário de psicologia como orientador nas grupoterapias de psicoeducação
desempenha um papel importante. Ao iniciar cada sessão, o estagiário conduz as
apresentações dos participantes, compartilhando também sua própria função na
instituição e no grupo. Esse momento é de extrema importância para estabelecer um
vínculo inicial e criar um ambiente acolhedor. Após as apresentações, o orientador
convida os pacientes, desde que se sintam confortáveis, a abordarem questões mais
pessoais relevantes para o grupo, enfocando a psicoeducação sobre transtornos mentais
e medicações. Pede-se aos participantes que compartilhem se já passaram por algum
tipo de tratamento, os motivos que os levaram a buscar ajuda, se já fizeram uso de
medicações ou se tiveram experiências prévias de internação, juntamente com os
motivos que justificaram tal internação.

Uma vez concluídas as apresentações, o estagiário de psicologia assume o papel


de mediador no grupo. Com base nas informações compartilhadas pelos participantes,
ele tem a responsabilidade de selecionar uma temática para discussão. Por exemplo,
pode-se optar por abordar um transtorno mental mencionado por diversos participantes.
Dentro do contexto do grupo de psicoeducação, o orientador tem a função de explicar e
ensinar aos pacientes sobre diferentes temas relacionados ao tratamento e transtorno
mental, desempenhando um papel de professor. No entanto, é essencial que ele promova
a participação ativa dos pacientes, estimulando a participação ativa dos pacientes por
meio de perguntas abertas, incentivando os participantes a compartilharem seus
conhecimentos e experiências, fortalecendo a troca de informações no grupo.

É importante considerar que, devido à gravidade dos pacientes internados, é


comum que pelo menos um deles apresente algum grau de desorganização durante o
grupo, o que pode interferir no fluxo da atividade. Portanto, o mediador deve adotar
uma postura empática e, ao mesmo tempo, confrontativa, a fim de aproveitar melhor o
potencial do grupo. Também pode ocorrer situações em que algum participante esteja
centrando muito a atenção do grupo para si ou se expondo com questões muito pessoais;
nesses momentos, o orientador deverá sinalizar o paciente, reforçando a importância de
falar com seu terapeuta pessoal após o grupo. A postura empática do orientador é
essencial para criar uma atmosfera de confiança e apoio mútuo, ao expressar empatia,
ele demonstra compreensão e acolhimento em relação aos desafios e experiências dos
pacientes, o que encoraja a comunicação dos participantes, e fazendo com que se sintam
mais à vontade para compartilhar suas histórias, dificuldades e progressos, promovendo
a coesão do grupo e facilitando o aprendizado coletivo.

Por fim, o objetivo principal do grupo de psicoeducação é fornecer informações


e recursos que ajudem os participantes a compreender e lidar melhor com seus
transtornos mentais. Através de orientações, ensinamentos e discussões, o grupo busca
promover o autoconhecimento a respeito da doença e seus funcionamentos, o
autocuidado e a importância do tratamento. Ao final do grupo o mediador informa que o
grupo está se encerrando, resumindo os principais assuntos abordados e solicitando um
feedback aos participantes.

4.2 TCC E PSICOTERAPIA EM GRUPO


De acordo com Neufeld et al. (2017), atualmente existem diversos formatos de
grupos terapêuticos que são desenvolvidos para atender diferentes objetivos e
populações, devido às demandas em constante evolução geradas pelas mudanças sociais
e culturais. Com a ampliação da prática da Terapia Cognitivo-Comportamental em
Grupo (TCCG) e seus resultados positivos, observa-se que tanto pesquisadores
consagrados na área quanto pesquisadores mais jovens estão investindo em trabalhos
com grupos. Isso ocorre por meio do desenvolvimento de modelos e protocolos
inovadores já conhecidos e executados nas práticas da TCC e adaptados às
grupoterapias. As abordagens cognitivo-comportamentais estão constantemente
evoluindo para que os resultados pretendidos sejam alcançados no trabalho com grupos
e ocorra o desenvolvimento dos profissionais que atuam dom este tipo de terapia.

Segundo Neufeld (2011, 2015), um grupo na TCC deverá garantir uma


homogeneidade em sua composição, levando em consideração demandas, características
individuais de cada participante e fatores como: Idade, escolaridade, cultura para que os
objetivos e metas entre os participantes do grupo sejam similares. É importante
considerar que um grupo composto por pessoas de diferentes faixas etárias, como idosos
e adolescentes, terá probabilidade menor de atingir plenamente seus objetivos
terapêuticos e proporcionar a melhor intervenção possível. Os fatores terapêuticos da
homogeneidade, como a universalidade e o compartilhamento de informações, acabam
sendo dificultados devido à grande diferença de valores e costumes entre os pacientes.
No caso das sessões de grupoterapia na unidade de internação MMM, mesmo que não
ocorra uma homogeneidade de idade, valores e costumes, todos os participantes têm
uma característica em comum: Estão em um momento de internação por conta de um
transtorno mental.

De acordo com White e Freeman (2003), a estrutura de sessão em grupo da TCC


também segue, assim como na terapia individual, um protocolo e cronograma
preestabelecidos, porém, permite flexibilidade quando necessário e a adaptação dos
conteúdos aos participantes. Os temas que divergem dos objetivos da sessão podem ser
acolhidos ou até mesmo se tornar o foco de alguns encontros, desde que dentro dos
limites do objetivo do grupo. Além disso, é possível que sejam realizadas sessões
individuais adicionais, conforme requerido pelos terapeutas ou pacientes, dentro de um
limite preestabelecido, para abordar pontos que talvez não possam ser aprofundados
adequadamente durante as sessões estruturadas.

Segundo Neufeld (2011), os grupos de psicoeducação tem, como objetivo


oferecer informações e autoconhecimento aos pacientes, principalmente sobre sintomas,
demandas e transtornos dos participantes. As sessões geralmente deverão ser semanais e
pautadas na psicoeducação e resolução de problemas. White e Freeman (2003) referem
que a psicoeducação pode ocorrer desde a primeira sessão, abordando o modelo
cognitivo e fornecendo informações quanto a demanda dos pacientes, tratamento e
prognóstico. Para evitar que o grupo se torne uma aula expositiva, o terapeuta deve
envolver os membros por meio de questionamentos, “brainstorming” ou do uso de
recursos como vídeos, materiais impressos e outros disparadores. Cada encontro de
TCC em grupo tem como objetivo a apresentação de tema específico, que garante o
seguimento do protocolo de intervenção.

Conforme Yalom e Leszcz, (2008), o ser humano normalmente busca ajuda


acreditando que seu problema pode ser raro ou inédito e ao descobrir que outras pessoas
também passam por dificuldades parecidas, o fator de homogeneidade entra em cena.
Na prática, como todos os indivíduos participantes do grupo estão internados e que
antes de internarem não estavam bem psicologicamente, acaba ocorrendo o fenômeno
de coesão grupal, que segundo Bieling et al. (2008), acaba gerando o senso de
pertencimento e impulsionando a sensação de conexão entre os pacientes. Outro fator
importante citado por Yalom e Leszcz, (2008) a respeito do altruísmo no processo de
coesão grupal, e que envolve os sujeitos oferecerem ajuda e suporte aos outros. Isso
pode ser expresso por meio de ações como fornecer conselhos, oferecer suporte
emocional ou simplesmente ouvir de forma empática. O ato de ajudar os outros é
considerado tão valioso quanto receber ajuda. O altruísmo pode manifestar-se de várias
maneiras, desde pequenos atos de gentileza até esforços significativos para melhorar a
qualidade de vida das pessoas.

De acordo com Bieling et al. (2008), o papel de um terapeuta em um grupo vai


muito além dos desafios do atendimento individual, ele deve saber equilibrar sua
atenção às diferentes demandas, objetivos e principalmente às relações interpessoais.
Segundo Neufeld et al. (2017), é importante levar em consideração questões como
formação, treinamento, aderência à teoria e habilidades para lidar com pacientes em um
contexto grupal. O relacionamento terapêutico desempenha um papel crucial tanto nas
relações estabelecidas com o terapeuta quanto entre os membros do grupo. Dependendo
do estilo de liderança adotado, o relacionamento terapêutico pode ser dificultado ou
pouco desenvolvido, prejudicando a coesão grupal. Assim como na prática individual,
espera-se que os terapeutas de grupo possuam características básicas da psicologia e
TCC como: empatia, utilização de intervenções baseadas em evidências, ênfase no
questionamento socrático e no empirismo colaborativo, clareza sobre os métodos
utilizados e informações sobre a demanda e o tratamento, incentivo ao feedback e
intervenção em possíveis dificuldades encontradas no relacionamento terapêutico.
4.3 PSICOEDUCAÇÃO DOS TRANSTORNOS MENTAIS
Segundo a APA (2014), o transtorno bipolar (TB) é um quadro clínico grave
caracterizado por recorrentes episódios de mania, mistos e depressão, que podem
evoluir para cronicidade, especialmente quando não tratados. Ele é classificado de
acordo com o tipo e o número de episódios que a pessoa apresenta. O tipo I é
caracterizado pela presença de, ao menos um, episódio de mania ao longo da vida. Já no
tipo II, a pessoa deve apresentar um episódio de hipomania e outro de depressão maior
em algum momento da vida. Algo importante destacar é que para a realização de
qualquer diagnóstico do DSM-5 (APA, 2014), é necessário que ocorra algum tipo de
prejuízo na vida do indivíduo para que seja realizado o diagnóstico. Durante um
episódio de mania ou hipomania, uma pessoa pode apresentar um humor expansivo,
excessivamente alegre, chamado de eufórico, ou um humor irritadiço, caracterizado por
um humor disfórico. Em ambos os casos, é comum que a pessoa tenha fala e
pensamentos acelerados, impulsividade aumentada, autoestima elevada e necessidade
reduzida de sono. Além disso, podem ocorrer agitação psicomotora, envolvimento em
atividades prazerosas com alto potencial de perigo, comportamento sexual exagerado e
grande distração. Esses sintomas não precisam estar presentes simultaneamente, mas
devem ocorrer por, pelo menos, uma semana ou exigir internação para que o
diagnóstico de mania seja feito.

Os sintomas da Esquizofrenia são classificados, segundo a APA (2014), em 4


tipos: sintomas positivos em que o paciente apresenta alucinações e delírios, e
negativos, em que ocorre uma significativa perda das funções sociais e de afeto do
paciente, desorganização, o paciente apresentará alterações de pensamento e
comportamento bizarros e mágicos, cognitivos que são caracterizados pelo prejuízo da
memória, no processamento de informações e na resolução de problemas.

Em relação a Deficiência Intelectual, outro transtorno incluso ao DSM-5, é um


transtorno do desenvolvimento em que o indivíduo apresenta déficits funcionais
intelectuais, adaptativos, sociais e práticos em seu dia a dia. Geralmente, terá
dificuldades em atividades que exijam raciocínio lógico, pensamento abstrato e juízo
crítico, prejudicando consideravelmente seu desempenho acadêmico. O transtorno é
especificado em diferentes tipos de gravidade, podendo ser de leve até profundo.
Como falado anteriormente, nas vivências de um estagiário nos encontros de
grupoterapia da MMM, é comum que algum participante do grupo, por conta da
gravidade da doença, apresente algum grau de desorganização durante as sessões,
interferindo no fluxo do grupo. Bieling et al. (2008) identificaram a possibilidade da
participação de pacientes difíceis em sessões de grupo como algo frequente. Por isso, os
terapeutas devem adotar estratégias específicas para lidar com pacientes difíceis nos
grupos terapêuticos, dependendo do perfil comportamental de cada um. Essas
estratégias incluem: empatia, reforço positivo, extração sutil dos conteúdos e discussão
aberta dos sentimentos e dificuldades enfrentadas pelos pacientes no grupo.

Os 3 transtornos especificados compartilham de sintomas comuns e que podem


acabar atrapalhando as sessões de grupo terapia. A própria dificuldade de comunicação
presente tanto na esquizofrenia quanto na deficiência intelectual dificulta para que os
pacientes consigam expressar seus pensamentos e emoções de forma clara, afetando
diretamente na troca de experiência durante as sessões. Algo compatível nos 3
transtornos é a interferência cognitiva, que afeta o conteúdo dos pensamentos, altera a
concentração, a memória e o raciocínio. Esses sintomas podem prejudicar a capacidade
de acompanhar as discussões em grupo, assimilar informações e participar de maneira
significativa nas atividades propostas. A própria instabilidade afetiva e emocional
presente nos transtornos também irá afetar na participação dos grupos, interação e
coesão entre os participantes. Por isso é importante de que os estagiários estejam cientes
desses sintomas e desafios, adaptando as abordagens terapêuticas para atender às
necessidades individuais dos participantes. Estratégias como oferecer suporte
individualizado, promover uma comunicação clara e acessível, e criar um ambiente
acolhedor e inclusivo potencializa os efeitos da grupoterapia para pessoas com essas
condições.

Segundo Neufeld et al. (2017), a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma


abordagem eficaz no tratamento da esquizofrenia e do transtorno bipolar. Seus objetivos
incluem fornecer psicoeducação, abordar crenças disfuncionais, reduzir a angústia
causada pelos sintomas e dar ênfase na importância do tratamento combinado
(psicoterapia TCC e farmacológico). A TCC também visa educar os pacientes sobre o
tratamento, ensiná-los a monitorar os sintomas e fornecer estratégias para lidar com os
problemas associados aos transtornos. Durante as sessões de grupoterapia, a
psicoeducação da doença quanto à importância do tratamento e do monitoramento de
sintomas ajudam os pacientes a terem um controle do transtorno, podendo melhorar
drasticamente a sua qualidade de vida.

7. RELATADA (15/05/2023)
O grupo se inicia com o mediador Tomás (estagiário condutor) apresentando o
objetivo do grupo e convidando os pacientes, desde que se sintam confortáveis, a
falarem sobre questões mais pessoais relevantes para a temática do grupo. Pede-se aos
participantes que compartilhem se já passaram por algum tipo de tratamento, os motivos
que os levaram a buscar ajuda, se já fizeram uso de medicações ou se tiveram
experiências prévias de internação, juntamente com os motivos que justificaram tal
internação.

Após todas as apresentações, o orientador opta por falar do Transtorno do


Humor Bipolar (THB), já que foi um dos diagnósticos mais citados na apresentação e
alguns pacientes relataram tomar medicações especificas para o transtorno
(estabilizadores de humor). O estagiário faz uma pergunta aberta questionando o que os
pacientes sabem a respeito do transtorno ou se imaginam o que deve ser. Após os
pacientes descreverem alguns sintomas típicos do THB, o mediador psicoeduca quanto
ao transtorno, explicando dos episódios depressivos e maníacos, buscando sempre
instigar os pacientes a falarem de determinado assunto.

No entanto, durante a explicação, um dos participantes interrompe com um


discurso delirante, demonstrando sintomas da sua condição. Tomás, então, retomou a
palavra, tentando acalmar a situação. Durante a conversa, os pacientes compartilharam
suas experiências em outras internações e discutiram sobre as medicações que já haviam
utilizado. Tomás, em seguida, utilizou uma forma mais didática para explicar as
oscilações de humor presentes no THB com um gráfico linear, que seria o humor
“normal” (eutimia) e as oscilações para cima ou para baixo como os períodos de
depressão e mania. Após a psicoeducação do transtorno, o mediador do grupo pergunta
aos pacientes o que sabem das medicações para o THB, explicando quanto ao
funcionamento do remédio e seu tratamento, dando ênfase que é um transtorno que não
tem cura, porém ao tratá-lo, o paciente poderá ter uma vida normal.
Durante a explicação farmacológica, um dos pacientes pergunta sobre o motivo
de estar tomando uma medicação antipsicótica para o tratamento de THB. Tomás
explica a respeito do funcionamento da medicação e como ela age juntamente com o
antipsicótico, podendo funcionar também como um estabilizador de humor atípico. O
mediador também explica as outras funções de um antipsicótico no tratamento da
insônia e sintomas psicóticos. Além disso, ele também abordou brevemente a
esquizofrenia e seu tratamento.

Ao final do encontro, Tomás resumiu brevemente os assuntos tratados durante a


sessão e solicitou feedback do grupo, encorajando os participantes a compartilharem
suas opiniões e impressões da sessão.

6.CONCLUSÃO
No contexto da terapia em grupo, trabalhar com pacientes graves pode
apresentar desafios significativos. A natureza da condição desses pacientes pode
dificultar a participação ativa e consistente durante as sessões. No entanto, apesar das
dificuldades, a implementação de grupoterapias para pacientes graves pode ser uma
estratégia terapêutica altamente benéfica. A psicoeducação desempenha um papel
fundamental nesse contexto, proporcionando aos participantes uma compreensão mais
clara de sua condição, seus sintomas e os possíveis mecanismos de enfrentamento. Por
meio da psicoeducação, os pacientes podem adquirir habilidades e conhecimentos que
os ajudem a lidar melhor com os desafios emocionais e comportamentais.

Além disso, a incorporação de técnicas da TCC nos grupos oferece um conjunto


valioso de ferramentas terapêuticas. A TCC nos grupos enfoca na identificação e na
modificação comportamentos disfuncionais e estratégias de enfrentamento. Essas
técnicas podem ser adaptadas e aplicadas aos contextos grupais, permitindo que os
participantes se beneficiem da interação social e do apoio mútuo.

Mesmo com a grande desorganização e desorientação por parte dos pacientes,


muitas vezes, foi possível criar uma atmosfera de compreensão, empatia e apoio mútuo.
Os membros do grupo podem se identificar com as experiências uns dos outros,
compartilhar reflexões e estratégias relacionadas as dificuldades de ter um transtorno
mental grave, e oferecer encorajamento e suporte. Pode-se concluir que a terapia em
grupo pode ser um valioso complemento ao tratamento individual, ampliando as
possibilidades de tratamento.

7.AUTOAVALIAÇÃO

Nesta nova etapa de estágio, tenho me desenvolvido, cada vez mais, como um
psicoterapeuta. Tenho notado um crescimento significativo em minha prática,
aperfeiçoando minhas técnicas e me aprofundando em abordagens terapêuticas
específicas, em particular na terapia do esquema. Mesmo tendo a opção de estagiar em
outros locais, optei por continuar meu estágio no Hospital Psiquiátrico São Pedro, onde
conseguirei desenvolver ainda mais minhas habilidades como futuro psicólogo clínico,
aumentar minha rede de relacionamentos profissionais e possivelmente trabalhar em
uma unidade de internação especificamente para dependentes químicos. Nesses últimos
meses, consegui reconhecer mais minhas realizações, principalmente no ambiente
profissional e acadêmico, conseguindo, cada vez mais aperfeiçoar teorias e técnicas a
fim de me tornar um profissional qualificado.

NOTA: 1,0
8. REFERÊNCIAS BIBILIOFRÁFICAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais: DSM-5 (5a ed.; M. I. C. Nascimento, Trad.). Porto Alegre, 2014

NEUFELD, Carmem Beatriz; RANGÉ, Bernard P. Terapia Cognitivo-

Comportamental em Grupos: das evidências à prática. Porto Alegre: Artmed, 2017.

400 p.

NEUFELD, C. B. Intervenções em grupos na abordagem cognitivo-comportamental. In

B. Rangé (Org.), Psicoterapias cognitivo-comportamentais: Um diálogo com a

psiquiatria (2. ed., pp. 737-750). Porto Alegre: Artmed, 2011.

NEUFELD, C. B. Aspectos distintivos de las terápias cognitivo conductuales en grupos.

Anais del Congreso Español de Psicología Clínica, 2015.

WHITE, J. R., & Freeman, A. S. Terapia cognitivo-comportamental em grupo para

populações e problemas específicos. São Paulo: Roca, 2003

BIELING, P. J., McCabe R. E., & Antony, M. M. Terapia cognitivo-comportamental

em grupos. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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