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Recife
2022
TATIANA DRIELY VASCONCELOS MACHADO
Recife
2022
Catalogação na Fonte
Bibliotecário: Rodriggo Leopoldino Cavalcanti I, CRB4-1855
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Profª Drª. Wedna Cristina Marinho Galindo (Orientadora)
Universidade Federal de Pernambuco
____________________________________________
Profª Drª. Juliana Monteiro Costa (Examinador Externo)
Faculdade Pernambucana de Saúde
____________________________________________
Profª Drª. Klaylian Marcela Santos Lima Monteiro (Examinador Interno)
Universidade Federal de Pernambuco
AGRADECIMENTOS
Palavras-chave: serviços de saúde mental; pessoal da saúde mental; hospitais gerais; hospitais
psiquiátricos.
ABSTRACT
The hospital institution exercises an important place in mental health care. Historically, it was
present in different ways (psychiatric hospital/general hospital) and with different
participation in the services offered in the mental health network. These characteristics
provided a space for meanings to be constructed and consolidated in relation to their role in
care. This research aimed to analyze the meanings of hospital care in mental health care for
undergraduate psychology students, assuming that it is pertinent to understand how these
individuals realize the subject as they will soon be in the job market as professionals. Fifty-
one students regularly enrolled in undergraduate courses in Psychology in the city of
Recife/PE participated in the research, answering an online questionnaire about the subject.
The concept of device transmitted by Foucault and the understanding of discourse as a
practice interlaced with power and social relations guided the discussion of the material,
which the treatment and analysis were supported by the Content Analysis proposed by Bardin.
It was identified that the institution is associated with a dispute with anti-asylum disciplines
and that it cannot be a paradigm. It was identified that the hospital is in dispute in the
discursive field, with references to aspects associated with the anti-asylum struggle and
indications of content that can be associated with the asylum paradigm. We understand that
the Psychiatric Counter-Reform, in progress in Brazil, may be supporting this disputed field.
The participation of psychology in mental health care from the hospital also appears in
tension. Sometimes this knowledge is presented as a guardian of humanized processes with
the population, as welcoming or listening. Sometimes the role of psychologists seems reduced
to the classic therapeutic setting of clinical psychology. The teaching in psychology has the
task of seeking to move away from teaching aligned with the asylum paradigm, so that the
transformations designated by the Psychiatric Reform Movement can capacitate professionals
in developing to work in the mental health care network. It is recommended that future
research deepens knowledge about professional practices around mental health in the hospital
environment. Investigations about hospital patients conceptions with health professionals will
also be welcome.
Keywords: mental health services; mental health personnel; hospital, general; psychiatric
hospitals.
LISTA DE TABELAS
CT Comunidade Terapêutica
RP Reforma Psiquiátrica
5 RESULTADOS ........................................................................................................... 41
6 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO
O hospital ocupa um lugar importante na assistência à saúde mental. No Brasil,
entendemos que é uma instituição protagonista neste campo por estar presente na assistência
ao longo dos anos, mesmo que de formas diferentes e após modificações nas políticas
públicas.
O percurso da assistência à saúde mental no Brasil tem marcas históricas com
propostas antagônicas: o modelo manicomial e o psicossocial. O primeiro segue a direção de
um tratamento asilar, em que o hospital psiquiátrico é central e de maior importância. São
associadas a esse modelo referências terapêuticas como isolamento e tratamento
prioritariamente medicamentoso.
Seguindo por outro caminho, aberto após o movimento da Reforma Psiquiátrica, está o
modelo psicossocial que tem outro entendimento acerca da forma de se fazer assistência em
saúde mental, se voltando para a construção de uma rede de serviços para a saúde mental, nos
diversos níveis da saúde e tendo uma perspectiva biopsicossocial dos sujeitos em adoecimento
psíquico. O hospital está presente aqui como forma de suporte em nível terciário da atenção à
saúde, ou seja, como sendo um dos serviços de saúde dessa rede construída para assistência.
Para isso foram estruturados seis capítulos nesta pesquisa. No primeiro é apresentado
o objeto de pesquisa sendo realizado um breve histórico do percurso do Hospital na
assistência em saúde mental, além de aspectos referentes à temática de saúde mental na
formação em psicologia nos curso de graduação. O capitulo seguinte aborda os fundamentos
da pesquisa, pondo em diálogo a perspectiva do hospital como dispositivo, apresentando a
conceituação do termo e como se entende o tema na pesquisa. Além disso, é posto e discutido
a perspectiva do discurso como prática.
2 O OBJETO DE PESQUISA
A assistência por meio de leitos em hospitais não são recursos recentes, há registros
desde a Idade Média da existência desses leitos reservados para o tratamento de loucos, apesar
de serem diferenciados em comparação as demais patologias (eram leitos fechados, como
jaulas). No entanto, o acesso a eles era restrito apenas às loucuras consideradas curáveis,
como melancolia e episódios de violência, ficando os demais tipos de loucuras sem nenhum
tipo de assistência (FOUCAULT, 1975).
1978, p. 54).
Para além dos Hospitais Gerais, Foucault (1998) faz alusão a outro tipo de instituição
hospitalar anterior ao século XVIII, a qual estava ligada a um caráter assistencialista aos
pobres enfermos, tendo em vista que esses indivíduos precisavam de assistência e, estando
doentes, poderiam representar um risco de contágio para a população em geral, caso não
fossem tratados. Dessa forma, essas instituições tinham um intuito caridoso, mas também
14
propiciavam a exclusão e segregação desses sujeitos que eram acolhidos. Tal instituição não
era médica e não objetivava a cura dos indivíduos, era comandada em sua maioria por
religiosos e possuía intuitos ligados a isso também.
Philippe Pinel, médico que ficou conhecido como o fundador da psiquiatria, foi
responsável pela medicalização do Hospital de Bicêtre em Paris (AMARANTE, 2007). Nessa
(concretas)
considerados por Pinel os dois pilares do tratamento que o médico chamou de alienismo
(FOUCAULT, 1975; AMARANTE, 2015).
O tratamento moral pineliano, como ficou popularmente conhecido, trouxe aos loucos
um cuidado psiquiátrico sistemático, porém baseado na disciplina, controle e que buscava ter
uma função corretiva para com os pacientes. Entendia-se que era necessária a retirada do
sujeito do seu local de convivência habitual, e a partir do seu isolamento ter controle sob suas
condições de vida, sendo o hospital psiquiátrico o local em que isso seria realizado.
As sanções e punições, em caso de não seguimento das regras, era uma prática
entendida como parte do tratamento. Os castigos podiam envolver desde a privação de visitas
até a diminuição dos alimentos, colete de força e reclusão em solitária, por exemplo (ENGEL,
2001).
Nos hospitais psiquiátricos (ou manicômios) para além da assistência e terapêutica que
eram ofertadas aos pacientes, é importante ressaltar que a arquitetura, a dinâmica e as relações
eram consideradas os instrumentos para cura (FOUCAULT, 1998). De acordo com Amarante
(2015, p. 76) o ambiente do asilo
chegam à percepção dos loucos, seja
Contudo, esse modelo de hospital psiquiátrico foi sendo alvo de diversas críticas dos
estudiosos contemporâneos de Pinel e da sociedade como um todo no que diz respeito ao
autoritarismo, a superlotação, além disso:
diversas em diferentes
países, mas que tinham em comum a busca por uma nova forma de assistência à saúde mental.
Algumas dessas reformas propunham, mesmo que de maneiras diferentes, que o modo como
a instituição hospitalar figurava na atenção à saúde mental deveria ser modificado para que se
pudesse proporcionar uma melhor assistência e cuidado aos sujeitos.
17
Em 1989, foi realizada em Santos uma intervenção pelo poder público municipal na
Casa de Saúde Anchieta, hospital privado que prestava serviços ao Estado, em razão da
violação de direitos, atrocidades e maus tratos que aconteciam aos pacientes que lá estavam
internados (YASUI, 2006; KINOSHITA, 2009). Esse momento é entendido como um marco
tornava a internação como não obrigatória, além de estabelecer que o acesso aos
estabelecimentos de saúde mental deve ser livre, podendo o paciente sair da instituição sem
restrições (BERTOLOTE, 1995)
Corroborando com esses ideais, no Brasil é aprovada a lei 10.216/01, conhecida como
a Lei da Reforma Psiquiátrica, que dispõe sobre os direitos das pessoas portadoras de
transtorno mentais e redireciona o modelo assistencial. Com relação aos internamentos e
tratamentos ligados a lógica do isolamento, a lei
suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem
Por meio dessa lei também ocorreu uma mudança gradativa do direcionamento dos
recursos financeiros, migrando do serviço hospitalar para os extra-hospitalares (Centro de
Atenção Psicossocial [CAPS] e centros de convivência, por exemplo), o que possibilitou o
investimento para construção e aprimoramento dos serviços substitutivos ao hospital
psiquiátrico (GARCIA, 2011).
A instituição da RAPS na assistência a saúde mental foi um marco, pois criou uma
rede de serviços substitutivos ao hospital, descentralizando a instituição como local de
cuidado ao sofrimento psíquico. Afirmando, dessa forma,
20
mudar
2018, p. 81).
2.1.3 A Contrarreforma
A assistência a saúde mental no Brasil, por meio da RAPS, passou a atuar numa
perspectiva antimanicomial de forma a se adequar aos preceitos do movimento da Reforma
Psiquiátrica. Entretanto, nos anos recentes alguns aspectos do modelo asilar voltaram a ser
possibilitados em razão de influências conservadoras e neoliberais nas políticas públicas. por
meio de legislações (GUIMARÃES & ROSA, 2019).
Dilma Rousseff, o que agrava a instabilidade em todos os âmbitos do país. Vale salientar que
todo o processo do impeachment, desde a instauração, foi questionado, de forma que
(NOGUEIRA,
2016, p. 249)
hospital psiquiátrico, que na lógica da Reforma sofreu uma amortização gradativa, sendo
Nessa nova organização da rede, o dispositivo hospitalar figura por meio do hospital
psiquiátrico e das enfermarias especializadas em hospital geral, não sendo mais incentivado o
22
fechamento dos leitos (BRASIL, 2019). Ainda que diferente dos moldes pré-Reforma
Psiquiátrica (em relação as condições das instituições e suporte terapêutico, por exemplo) há,
assim, a concretização do retorno de uma perspectiva asilar no âmbito da saúde mental e
consequente perca de muitos dos avanços conquistados ao longo das décadas.
dos aspectos psicológicos o que era mais difundido era uma concepção individualista. De
acordo com Bernardes (2010) antes mesmo da regulamentação da profissão já se tinha uma
formação que resultava em profissionais liberais, autônomos e que atuariam em consultórios
privados. Ferreira Neto (2010) refere que a tradição da formação clínica perdurou por muito
tempo, sendo prevalente até a década de 1990, e suas consequências prosseguem até hoje.
Quanto a um dos principais argumentos que sustentam as DCNs, Bernardes (2012) comenta
3 FUNDAMENTOS DE PESQUISA
Neste capítulo serão abordados dois tópicos que embasam teoricamente o estudo. A
noção de dispositivo apresentada por Foucault é o primeiro deles e norteia o entendimento
acerca da instituição hospitalar nesse estudo. Na sequência são expostas, tendo como base
teórica o mesmo autor, considerações sobre a perspectiva do discurso como prática,
ponderando-o como manifestação que influencia e é influenciada pelo contexto político e
socioeconômico.
O conceito de dispositivo passa a ser discutido por Foucault em sua obra no momento
de transição do período arqueológico para o da genealogia (MALAMUT, MODENA,
PASSOS, 2011).
A episteme era
conjunto de relações que liga tipos de discursos e que corresponde a uma dada época
episteme estava restrito a ordem do
discurso de forma que o próprio Foucault passa a sentir falta em seu trabalho da análise de
28
O outro aspecto levantado pelo autor com relação ao dispositivo diz respeito à sua
função de responder a determinada urgência de acordo com o momento histórico em que
surge. Isso evidencia a dinamicidade que é atrelada ao dispositivo para que este possa se
modificar e tornar-se responsivo a uma urgência ou demanda que surja no momento histórico.
O dispositivo tem uma função estratégica dominante, pois é atravessado por relações de
poder, sustenta saberes, possibilita desenvolver ou inibir determinadas forças, bem como
organizar e influenciar os sujeitos que estão em seu contexto.
Agambem (2009) discute outro aspecto no que diz respeito aos dispositivos de que
estes sempre implicam um processo de subjetivação. De forma que devem produzir além dos
discursos, o seu sujeito, tendo em vista que realizam uma atividade de governo que não tem
nenhum fundamento no ser (MALAMUT, MODENA, PASSOS, 2011). É necessário, então,
Foucault ainda compreende que o dispositivo formado por três dimensões: o saber, o
poder e os modos de subjetivação, estas não possuem contornos definitivos, são variáveis e se
29
A instituição hospitalar médica pode ser entendida, então, como um local de produção
das técnicas de intervenção médicas e da prática disciplinar. Aspectos como a classificação
dos doentes, a posição das salas, as rotinas estabelecidas e a constante observação dos sujeitos
contribuem para essa forma de entendimento da instituição frente à sociedade. Ademais, a
figura do médico é de protagonismo, responsável por definir toda a dinâmica e hierarquia da
instituição.
Com efeito, a doença mental era assistida por meio de um delimitado conjunto de
estratégias de poder, visto que os manicômios também respondiam às demandas sociais para
garantir a ordem social com promessas de cura, em razão da suposta eficiência terapêutica que
o isolamento proporcionava.
É importante salientar o status dos sujeitos, entendido como passivo frente a essas
anteriores à vontade individual de um
sujeito que, aqui, é considerado como o objeto, como uma variável da própria visibilidade,
(Ibidem, p.81)
A terceira dimensão dos dispositivos são as linhas de força envolvem trajetos das
curvas anteriores, agem como setas, cruzam-nas, vão e vem; e, dessa forma, passam por todos
31
os locais do dispositivo, penetram nas coisas e palavras (DELEUZE, 1990). Essas linhas
dizem respeito à dimensão do Poder que ligado a aspectos do Saber condicionam o
conhecimento e a verdade, evidenciando que o dispositivo sustenta saberes, mas também é
sustentado pelas mesmas ideias que propõe. (DREYFUS E RABINOW, 1995; FOUCAULT,
1998).
Os dispositivos, então, são então compostos por diferentes curvas, linhas e regimes
que se encontram, cruzam, perpassam e tencionam de forma que é preciso desbravá-lo para
conhecer e compreendê-lo em profundidade. Para Deleuze:
Pode-se, então, inferir que o modo como a legislação é posta ao longo da história: as
leis, normas, o protagonismo do hospital ou a construção de uma rede de atenção a saúde
mental são os regimes de visibili
são nem sujeitos nem objetos, mas regimes que é necessário definir em função do visível e do
enunciável, com suas derivações, suas transformações, suas mutações. Ibidem, p.156).
Podemos relacionar ainda aspectos das linhas de força, perpassada pelos regimes de
enunciação e visibilidade, com as formas de tratamento e terapêutica associadas ao dispositivo
hospitalar. Compreende-se essa linha ligada às produções discursivas e a aspectos da
32
objetivação dos dispositivos, de forma que a ponta do serviço e como este é feito, sugere
locais por onde as linhas de força estão presentes.
2008, p. 142).
O discurso deve ser entendido a partir das relações com os acontecimentos que
ocorrem contemporaneamente a ele, fenômenos políticos, econômicos e/ou sociais. Além
disso, é dinâmico e fluído sendo necessário compreendê-lo a partir de uma ótica de
O discurso (...) não é uma consciência que vem alojar seu projeto na forma
externa da linguagem; não é uma língua, com um sujeito para falá-la. É uma
prática que tem suas formas próprias de encadeamento e de sucessão
(Foucault, 2010, p. 193).
Dessa forma, sujeitos, objetos e discursos são envoltos por relações de poder. Para
Foucault, os discursos são criados por meio de uma série de procedimentos para que seja
possível controlar sua produção (SILVA & JÚNIOR, 2014). Ao controlar a produção
discursiva alcança-se também os sujeitos, pois não há um sujeito preestabelecido que emana
os sujeitos são construídos e/ou produzidos pelos discursos que
Ibidem, p.12). Compreender as relações de poder diz
necessária para esse entendimento. Para uma análise aprofundada dessa questão é salutar
perceber aquilo que é passado a longo da história, muitas vezes de maneira despercebida.
O poder opera por meio do discurso, que muitas vezes se torna um dispositivo
estratégico das relações que ele engendra. Este discurso forma o saber e define de que forma o
sujeito estará inserido, que posições e funções ele ocupará diante dele. Apesar dessas regras
de apropriação e utilização do discurso, Foucault refere que mais importante de quem
pronunciou é a materialidade do discurso, ou seja, o que foi dito em determinado período:
Infere-se, dessa forma, a ampla dimensão dos discursos por meio das práticas
discursivas, da possibilidade de perpetuação de saberes e poderes o que impacta os
indivíduos, a sociedade e seus contextos sociais, econômicos e políticos. Sendo assim, por
meio do discurso podemos, nesta pesquisa, buscar a compreensão de como o dispositivo
hospitalar é entendido pelos estudantes na área da saúde mental, tangendo um relevante grupo
de pessoas para a temática visto que serão futuros profissionais da psicologia.
36
4 PROCEDIMENTOS DA INVESTIGAÇÃO
4.3 SUJEITOS
Participaram da pesquisa cinquenta e um estudantes de graduação de psicologia de
instituições de ensino localizadas no município de Recife. Os critérios de inclusão para
participação na pesquisa foram ser estudante de psicologia matriculado em Instituições de
Ensino Superior (IES) públicas ou privadas do município de Recife, em Pernambuco. Além
disso, ser maior de 18 anos e concordar com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) foram outros critérios para ser incluído na pesquisa.
Optou-se por não delimitar outras variáveis como período que está sendo cursado,
realização ou não de estágios, idade e gênero, por exemplo. Contudo, é válido salientar que
tais marcadores foram considerados durante a análise do material em razão de elementos que
pudesse emergir em sua razão.
37
4.4 INSTRUMENTOS
A prospecção de participantes da pesquisa foi realizada por meio de contato com
professores e coordenadores de instituições de ensino de graduação de psicologia em Recife.
Docentes de dez IES que contam com curso de graduação de Psicologia, foram contatados.
Buscou-se contato com coordenadoras/es dos cursos, mas tal comunicação não foi efetivada
com sucesso, entende-se que o contexto da pandemia do novo corona vírus esteja na base das
dificuldades, tendo em vista o momento de isolamento social em que muitas das instituições
não estavam com funcionamento presencial.
A comunicação com docentes foi feita via e-mail e aplicativo de mensagem por
celular, sendo feita uma breve apresentação da pesquisa e repassada uma mensagem pré-
elaborada (com o link de acesso para o questionário) para que pudesse ser repassada para os
alunos, também de forma on-line. A divulgação da pesquisa foi feita também, pelos mesmos
meios, por parte da orientadora da pesquisa, em seus contatos de docentes.
A coleta realizada por meio de um questionário on-line por meio da plataforma
que ficou disponível para receber respostas pelo período de um mês.
Para que o participante pudesse responder ao questionário era necessário a leitura e a
concordância com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), incluído no
questionário. O e-mail do participante foi considerado como a assinatura do TCLE e também
como forma de limitar a resposta do questionário a uma única vez por sujeito.
O questionário foi dividido em etapas , incluindo aspectos sociodemográficos e
questões discursivas. Após a apresentação da pesquisa e o TCLE, iniciava-se a seção
que focava nos dados sociodemográficos e relacionados ao curso de graduação em
psicologia, de forma a se conhecer melhor os participantes.
Na seção seguinte, foram apresentadas
obrigatória para avançar o questionário e a ordem em que foram apresentadas foi igual para
todos os participantes. Por fim, na etapa seguinte, havia um espaço para que o participante
pudesse fazer observações que julgasse pertinente, o preenchimento desse espaço era opcional
(para visão detalhada do questionário, consultar Apêndice A).
Foi estabelecido o prazo de um mês para recepção das respostas e ao final desse
período, os dados foram sistematizados (pela plataforma) em uma planilha cujas perguntas
38
significação e se refere ao conteúdo que deve ser considerado como unidade base, já a
unidade de contexto são trechos maiores do que a unidade registro e que auxiliam na
compreensão desta.
39
5 RESULTADOS
1
As respostas dos participantes serão apresentadas no corpo ). A
identificação entre colchetes refere-se ao número de identificação dos participantes ([P/nº do
participante])
42
parte dos participantes (32) estudam em IES cujo curso de graduação em psicologia tem mais
de 40 anos (tabela 3). Das instituições com menos de cinco anos de reconhecimento do curso
de graduação participaram 13 estudantes. A menor participação foi entre estudantes (6) de
instituições de 8 a 13 anos de reconhecimento.
Categoria Número de
participantes
Até cinco anos de reconhecimento 13
De oito a treze anos de reconhecimento 6
Mais de quarenta anos de reconhecimento 32
Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados da pesquisa
A maioria dos participantes da pesquisa (23), estava cursando o 3º ou 4º ano do
curso; 9 estudantes informaram estar no último ano do curso. No que diz respeito ao campo de
estágio a maior parte dos alunos referiu a clínica, (21) e 11 alunos ainda não estavam
realizando estágios.
5.2.1 O hospital
As referências ao hospital destacam vários de seus aspectos informando sobre suas
funções e funcionamento. Ao hospital é referida a função de vigilância diante de necessidades
da população, no campo da saúde mental. O hospital também é considerado como um dos
principais serviços quando há a necessidade de cuidado em saúde, é visto como a instituição
Observa-se que a doença está sempre em evidência no que diz respeito à instituição
hospitalar, tanto no que se refere ao físico quanto ao psicológico. No percurso de um
adoecimento é inevitável se passar por um hospital, para que seja possível oferecer cuidado
físico e psíquico no atravessamento da experiência do adoecimento. [P49].
Questões e reflexões relacionadas à finitude da vida são outros aspectos que emergem
quando se trata dessa temática tendo em vista ser uma possível consequência das internações
e adoecimentos com os quais se tem contato nesses locais.
pacientes de modo integral, ou seja, tanto no que se refere aos cuidados físicos como aos
cuidados psíquicos. Ressalta-se que mesmo sendo percebido como um local em que a
permanência ocorre por um curto período de tempo, os aspectos voltados ao apoio,
acolhimento e empatia são evidenciados.
Embora seja um local vinculado aos aspectos médicos, o mesmo hospital é entendido
como um serviço de saúde amplo, multidisciplinar, que Seria um espaço de tratamento
multidisciplinar visando o bem-estar das pessoas atendidas [P22]. É referido como uma
instituição composta por equipe multidisciplinar assistentes sociais,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, médicos de outras especialidades, nutricionistas e
demais profissionais que possam contribuir nas diversas linhas de tratamento . [P22].
Contrapondo-se a um modelo de assistência voltado ao protagonismo médico, tal equipe
multiprofissional é de suma importância para a oferta de uma assistência global ao paciente,
de modo que possibilitaria um cuidado de forma inclusiva, o que traria mais conforto e apoio
ao paciente.
O psicólogo no hospital, atuante na equipe multidisciplinar, tem como função
possibilitar o acolhimento no que se refere aos sentimentos e emoções tendo em vista que os
pacientes estão vivenciando uma situação de adoecimento que tem influência nessas questões.
Além disso, ao profissional de saúde mental (não necessariamente ao psicólogo) na instituição
hospitalar, é atribuída a responsabilidade de realizar intervenções psicossociais.
No entanto, a falta de profissionais da área de saúde mental para responderem à
demanda [P51] e a forma como algumas equipes profissionais atuam nas instituições
hospitalares. Falta de empatia por parte de alguns profissionais que não são da área de
[P3], são alguns dos
obstáculos dessa assistência.
todos os casos de distúrbios mentais [devem ser atendidos]. [P6]. Como condição para o
atendimento eficiente também identificamos a necessidade de adequada estrutura (física, de
equipe e equipamentos).
Os demais serviços de saúde que compõe a rede são vistos como aqueles que ofertam
um tratamento e acompanhamento em saúde mais humanitário do que o que é ofertado nas
instituições hospitalares.
culmina muitas vezes na busca quando os quadros estão em estado avançados e, muitas
vezes, a única referência é uma emergência psiquiátrica 24].
Participantes da pesquisa sugeriram estratégias de fortalecimento da rede de saúde
mental, como investimento em emergências psiquiátricas e leitos psiquiátricos em hospital
[P07] e o investimento nos centros de atenção psicossocial para o acompanhamento
dos casos mais leves e das fases menos críticas dos casos graves [P07]. Há muito a se fazer
ainda pela saúde mental dentro das políticas públicas de saúde. Demos grandes passos, mas
é necessário insistir no aprimoramento e consequente desenvolvimento destas políticas
[P51].
As mudanças podem possibilitar melhorias no cenário da assistência em saúde para
além das questões práticas
[na
atualidade] de substituição por um modelo baseado em comunidades
terapêuticas desvinculadas do sistema de saúde, que na prática seria
um retorno às práticas manicomiais do século passado, com o
abandono de todo o avanço ético e científico dos internamentos para
tratame 7]
Além disso, é importante ampliar a atenção à saúde em qualquer âmbito da
saúde, mesmo em entidades em que os atendimentos não sejam voltados
[P3]. Concomitante, possibilitar cada vez mais da
psicologia, com práticas éticas e baseadas nos avanços técnico científicos
[P7].
50
6 DISCUSSÃO
Compreendemos que o sentido para hospital como equipamento que acolhe situações que
envolvem saúde mental está em disputa no campo discursivo. A contrarreforma
(GUIMARÃES & ROSA, 2019), que sugestiona uma remanicomialização do cuidado em
saúde, é um dos aspectos que sustenta essa disputa tendo em vista que há o incentivo da
retomada dos hospitais como equipamento de destaque na assistência em saúde mental.
fornece um panorama de como essa percepção é repassada aos alunos pelos processo de
ensino-aprendizagem, seja em sala de aula ou em estágios, além de como esses estudantes
vem captando a composição e atuação da rede de saúde mental após as diversas e constantes
mudanças que vem ocorrendo.
pessoa com transtorno mental, oferecendo suporte e contenção temporários, até que a pessoa
-se que a intenção de
ofertar esse tipo de assistência nos hospitais pode estar ligada a continuar promovendo certo
tipo de controle ao usuário que necessita da atenção em saúde mental.
(anátomo-patológico).
Atenta-se aqui para a força que o paradigma manicomial possui na atenção em saúde
mental e ainda está presente nos discursos dos estudantes participantes da pesquisa. Aspectos
percebidos do paradigma manicomial podem ser discutidos a partir da ótica das quatro
dimensões do processo da Reforma Psiquiátrica proposta por Amarante (AMARANTE, 2007;
YASUI, 2006). A dimensão epistemológica é importante na desconstrução dos saberes postos,
principalmente aqueles que alicerçam a psiquiatria, de forma que se possa tecer novas linhas
de articulação para que seja possível a construção de um novo paradigma em saúde mental.
Observou-se nos resultados da pesquisa que há uma cobrança para que sejam
promulgadas leis e portarias que regulamentem práticas que estejam de acordo com um
paradigma psicossocial de atenção em saúde mental e que, além disso, consolidem e
fortaleçam com mais investimentos financeiros desse modelo dentro da assistência (abrindo
mais leitos psiquiátricos em hospitais gerais e incentivos aos centros de atenção psicossociais,
por exemplo) principalmente levando em consideração o desmonte que vem ocorrendo nos
últimos anos na área da saúde mental. Aqui se percebe um movimento associado ao que está
na alçada na dimensão jurídico-política, voltada para a busca da construção de um alicerce
que sustente as premissas da Reforma Psiquiátrica.
Destarte, há uma demanda pela modificação na forma como os serviços são ofertados
aos usuários que procuram as instituições, de forma que sejam oferecidas terapêuticas e
práticas alinhadas com o novo paradigma em saúde mental. Relacionando com a dimensão
técnico-assistencial identificamos uma ponte entre a prática e a teoria, ou seja, materializar
nos serviços aquilo que é proposto pela teoria. Intenciona-se o detrimento da perspectiva
manicomial e o avanço do entendimento dos hospitais como lugares de acolhimento ao
sofrimento psíquico, às famílias dos usuários e articulação de uma rede que possibilitem
novas formas de cuidado e aproximação do serviço de saúde/usuário.
53
mentais. Sugere-se a realização de outros estudos para que o conhecimento sobre o sujeito
54
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo buscou compreender quais sentidos os estudantes de graduação possuíam
sobre a atenção hospitalar no contexto da assistência em saúde mental. Foi identificado que o
hospital é um estratégico e importante equipamento que compõe a rede de saúde mental sendo
protagonista na dicotomia paradigma manicomial/paradigma psicossocial.
Foi percebido que o paradigma manicomial não só continua presente, como vem sendo
reforçado, possivelmente pela força do movimento da Contrarreforma. Nesse sentido, o
dispositivo hospitalar segue transmitindo ao longo dos anos referências associadas ao controle
dos sujeitos, estabilização dos sintomas e busca pela normalidade.
A formação dos profissionais que atuam e que atuarão no contexto da saúde mental é
de fundamental importância para que ocorra uma quebra nesse ciclo e haja a consolidação dos
preceitos do paradigma psicossocial. Mesmo com avanços legislativos, nas políticas públicas
e até de conhecimentos técnicos na área, é salutar que o profissional de saúde esteja alinhado
com as novas políticas e despido dos entendimentos prévios, em sua maioria, relacionados ao
paradigma manicomial. Dessa forma, entende-se que um olhar atento para as metodologias e
conteúdos dos cursos de graduação em psicologia contribuirão para um progresso nesse
âmbito.
Apesar de possibilitar a ampliação do quantitativo/diversidade de sujeitos e de ter sido
utilizado em virtude da pandemia Covid-19, cabe a autocrítica para o uso do questionário on-
line como forma de coleta de dados. A expectativa inicial era acessar uma quantidade
significativa de respondentes e ter um panorama amplo do que discentes teriam a dizer sobre
o hospital na saúde mental. Inclusive projetou-se trabalhar com um software para tratamento e
análise de dados textuais. Mas, o volume obtido de respostas não permitiu o uso do software.
Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas com outros instrumentos para aprofundar
compreensões sobre aspectos indicados pela presente pesquisa.
Bem como, sugere-se novos estudos para detalhamentos de aspectos relacionados às
práticas profissionais em saúde mental, principalmente na área da psicologia, na qual foi
identificado que não existe uma prática psicológica especializada, mas sim um conhecimento
transposto da psicologia clínica.
Ouvir outros atores envolvidos na instituição hospitalar no que se refere à saúde
mental, como profissionais de saúde, usuários, familiares, gestores apresenta-se como uma
importante estratégia de investigação. Resultados de pesquisas assim contribuirão com a
56
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo (L. A. Reto & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa,
Portugal: Edições 70, 1977.
BRASIL. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. Brasília, DF, 2016, Abri. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.html.
COSTA, J. P. da, COSTA, A. L. F., LIMA, F. C., SEIXAS, P. de S., PESSANHA, V. C.,
YAMAMOTO, O. H. A produção científica sobre a formação de psicólogos no Brasil.
Psicologia em Pesquisa, UFJF, 6 (2), 130-138, Julho-Dezembro de 2012.
DELEUZE, Gilles. ¿Que és un dispositivo? In: Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa,
1990, pp. 155-161. Tradução de Wanderson Flor do Nascimento.
DREYFUS, H., RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica para além do
estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
HIRDES, A. A reforma psiquiátrica no Brasil: uma (re) visão. Ciência & Saúde Coletiva.
14 (1): 297-305. 2009.
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MALAMUT, B., MODENA, C., PASSOS, I. A rede de atenção à saúde mental na visão de
médicos psiquiatras: A Stultifera Navis contemporânea. Cadernos Brasileiros de Saúde
Mental, v. 3, n. 6, p. 126-150. Florianópolis, 2011.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social teoria, método e criatividade. 21ª Ed. Rio de Janeiro:
Vozes, 2002.
PERON, P. R. A trágica história do hospital psiquiátrico colônia. Psic. Rev. São Paulo,
volume 22, n. 2, 261-267, 2013.
Sobre a pesquisa
saúde mental. A Pesquisa está organizada para reunir o que estudantes têm a dizer sobre o
assunto.
Para participar dessa pesquisa é necessário que você seja maior de 18 anos e esteja cursando a
graduação em Psicologia em universidades/faculdades da cidade do Recife-PE.
4- OBSERVAÇÕES, em que você poderá fazer demais considerações sobre o tema e sobre a
própria pesquisa, se julgar necessário
Vide anexo
Sobre você
Idade (registre sua idade em anos e meses, considerando o seguinte formato: 20a05m (= 20
anos e cinco meses). Considere a data de resposta ao questionário como referência para o
cálculo. ___________
63
Campo de Estágio Específico (Selecione o local que corresponde ao seu estágio, caso esteja
concluindo o curso):
( ) Assistência Social
( ) Clínica
( ) Comunitária
( ) Educação
( ) Jurídica
( ) Organizacional
( ) Saúde
( ) Social
( ) Outros
Queremos conhecer o que você pensa sobre a temática da atenção hospitalar na atenção à
saúde mental
Quais serviços de saúde mental você conhece (ouviu falar, visitou, leu sobre...)?
Para quais situações sobre saúde mental a população pode ter atendida no Hospital?
Quais intervenções em saúde mental que ocorrem em Hospital podem ocorrer em outras
unidades de saúde?
Que relações (de aproximação, distanciamento) você identifica entre o Hospital e outras
unidades de saúde no que se refere à atenção em saúde mental?
Observações
Use esse espaço para fazer comentários que queira em relação ao assunto abordado, caso
julgue necessário.
( ) Não
( ) Sim
Pedimos que você compartilhe este Formulário com colegas que possam nos ajudar. Temos
projetada que cada pessoa possa compartilhar com, pelo menos, três colegas.
65
MESTRADO EM PSICOLOGIA
Convidamos o (a) Sr. (a) para participar como voluntário (a) da pesqu
pesquisador (a) Tatiana Driely Vasconcelos Machado, endereço: Av. Acadêmico Hélio
Ramos, s/n Cidade Universitária Recife PE - CEP 50670-901 (7º andar do CFCH
Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE) telefone: (81) 995213920, e-mail:
tati_driely@hotmail.com. Está sob a orientação de: Prof. Dr. Wedna Cristina Marinho
Galindo Telefone: (81) 99720312, e-mail wedna.galindo@gmail.com.
Todas as suas dúvidas podem ser esclarecidas com o responsável por esta pesquisa.
Apenas quando todos os esclarecimentos forem dados e você concorde com a realização do
estudo, pedimos assinale o campo que concorda em participar desta pesquisa. Uma via lhe
será enviada por email.
Você estará livre para decidir participar ou recusar-se. Caso não aceite participar, não
haverá nenhum problema, desistir é um direito seu, bem como será possível retirar o
consentimento em qualquer fase da pesquisa, também sem nenhuma penalidade.
- RISCOS: O participante pode ser exposto por participar dessa pesquisa se referem a
questões como desconforto em decorrência do caráter subjetivo e temática, bem como
cansaço visual, físico e mental em virtude da participação por dispositivo eletrônico via
questionário on-line. De forma que é orientado ao participante estar em um local confortável e
ajustar o brilho do dispositivo eletrônico de modo conveniente ao início do questionário. A
sua na pesquisa pode ser encerrada a qualquer momento, além disso a pesquisadora estará a
disposição para minimizar possíveis inconvenientes ou para quaisquer dúvidas, podendo ser
contactada via e-mail.
Nada lhe será pago e nem será cobrado para participar desta pesquisa, pois a aceitação
é voluntária, mas fica também garantida a indenização em casos de danos, comprovadamente
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Em caso de dúvidas relacionadas aos aspectos éticos deste estudo, você poderá
consultar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da UFPE no endereço:
Avenida da Engenharia s/n 1º Andar, sala 4 - Cidade Universitária, Recife-PE, CEP: 50740-
600, Tel.: (81) 2126.8588 e-mail: cepccs@ufpe.br
____________________________________________
(assinatura da pesquisadora)
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu
consentimento em participar da pesquisa.
Obs.: Não marque a opção "aceito" deste termo se ainda tiver dúvida a respeito.
* o Aceito
o Não aceito
*Obrigatório
Endereço de e-mail *