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Ministério da Educação

Universidade Federal de São Paulo


Campus Baixada Santista
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Rebekka Christina Abate de Oliveira Cunha

ESPIRITUALIDADE NO CUIDADO CENTRADO DO PACIENTE PARA ESTUDANTES


DE FISIOTERAPIA

SANTOS - SP

2023
REBEKKA CHRISTINA ABATE DE OLIVEIRA CUNHA

ESPIRITUALIDADE NO CUIDADO CENTRADO DO PACIENTE PARA ESTUDANTES


DE FISIOTERAPIA

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Universidade
Federal de São Paulo como parte
dos requisitos para obtenção do
título de bacharel em Fisioterapia.

Orientadora: Profa. Dra. Mariana Chaves Aveiro


Co-Orientadora: Profa. Dra. Patrícia Rios Poletto

SANTOS
2023
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus Orixás, guias, mentores e guardiões espirituais que sempre me
iluminaram e trouxeram proteção e sorte em minha vida.
À minha família, em especial minha mãe, Cátia, e meus avós, Sueli e Miguel, por sempre me
apoiarem, cuidarem de mim com muito amor e carinho, me possibilitando a fazer tudo que imagino
e me dando a confiança de saber que com esforço e dedicação consigo alcançar tudo que almejo.
À minha orientadora, Mariana Aveiro, que desde meu segundo ano de graduação esteve comigo me
ensinando e me apoiando, sempre com muita paciência e dedicação durante todo o processo que foi
definir e realizar esse projeto.
À minha co-orientadora, Patrícia Poletto, que com carinho sempre demonstrou suporte e abertura
para o que eu precisasse durante toda a graduação.
Às minhas amigas, Natália, Rafaella, Verônica, Rafaela, Isabella, Fernanda e Camila que tornaram
os dias bons em dias melhores, e os dias difíceis em dias mais leves. Me proporcionaram uma
jornada com muitas risadas, fofocas, alegria, apoio e amor.
À minha melhor amiga Julia e ao meu melhor amigo Márcio, que apesar da distância sempre estão
presentes me dando apoio, e me mostraram que os amigos são a família que podemos escolher.
RESUMO

Objetivo: Esse estudo visou compreender os saberes dos estudantes de fisioterapia sobre
espiritualidade no cuidado centrado ao paciente. Métodos: Os participantes foram 40 estudantes de
fisioterapia da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista, que estão
matriculados no estágio obrigatório, e que responderam um questionário virtual com perguntas
objetivas que foram elaboradas pela autora a partir da literatura e o questionário World Health
Organization Quality of Life - Spiritual, Religiousness and Personal Beliefs (WHOQOL-SRPB)
que é composto por 32 itens, organizados em oito facetas: (1) conexão a ser ou força espiritual; (2)
sentido na vida; (3) admiração; (4) totalidade e integração; (5) força espiritual; (6) paz interior; (7)
esperança e otimismo e (8) fé. Essas oito categorias se agrupam em quatro seções: (1) Conexão
Espiritual, Fé, Força Espiritual; (2) Paz interior, Totalidade e Integração; (3) Sentido na Vida,
Esperança e Otimismo e (4) Admiração. Resultados: Os resultados foram analisados pelo método
descritivo, em que dos 40 participantes, 55% pensam que a espiritualidade influencia muito na
saúde do paciente, e 60% relatam ser pertinente abordar a espiritualidade no atendimento, sendo
que esse mesmo número se sente pouco preparado para tal abordagem. Além disso, 87,50% relatam
que o tema “Espiritualidade e Saúde” deveria ser incluído no currículo de fisioterapia, e os
resultados do WHOQOL-SRPB mostraram maior pontuação na faceta “Sentido da Vida” com
média de 17,3(±2,2). Conclusão: Conclui-se que os estudantes compreendem e reconhecem a
espiritualidade como importante para o cuidado centrado na pessoa, entretanto tem dificuldades em
abordar a espiritualidade nas práticas de estágio. Na percepção dos estudantes esse tema deveria ser
melhor abordado durante a formação.
Palavras-chave: espiritualidade; Modelos Biopsicossociais; Especialidade de Fisioterapia

ABSTRACT

Goals: This study pretended to comprehend the knowledge of physiotherapy students


about spirituality in patient centered care. Methods: The participants were 40 students of
physiotherapy from Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista, who
are on mandatory internship , where they answered a virtual questionnaire composed of
questions based on different studies and a questionnaire from World Health Organization
Quality of Life - Spiritual, Religiousness and Personal Beliefs (WHOQOL-SRPB)which
is composed of 32 items, organized into eight facets: (1) connection to being or spiritual
strength; (2) meaning in life; (3) admiration; (4) wholeness and integration; (5) spiritual
strength; (6) inner peace; (7) hope and optimism and (8) faith. These eight categories are
grouped into four sections: (1) Spiritual Connection, Faith, Spiritual Strength; (2) Inner
Peace, Wholeness and Integration; (3) Meaning in Life, Hope and Optimism and (4)
Admiration. Results: The results were analyzed through the described method, where it
was found that of the 40 participants 55% think that the health of the patients are a lot
affected by their spirituality, 60% reports being relevant to approach spirituality during the
treatment, while this same number of people feel less prepared to give this approach
during the treatment, other than that 87,50% reports that the theme “Spirituality and
Health” should be included on the physical therapy curriculum, and the WHOQOL-SRPB
results showed that the facets with the biggest points are the “Meaning of Life” facet with
17,3(±2,2). Conclusion: It was concluded that the students understand and recognize that
spirituality is as important for the patient centered care, however they showed difficulties
in addressing the spirituality during the internship practice. In the perception of the
students this theme should be better addressed during the academic education.
Key-words: Spirituality; Models, Biopsychosocial; Physical Therapy Specialty
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………..8
2. JUSTIFICATIVA…………………………………………………………..10
3. OBJETIVOS………………………………………………………………..11
3.1 OBJETIVO GERAL…………………………………………………...11
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS…………………………………………11
4. MÉTODOS………………………………………………………………….11
4.1 PARTICIPANTES……………………………………………………...12
4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO…………………………………………12
4.3 CRITÉRIOS DE NÃO INCLUSÃO…………………………………..12
4.4 PROCEDIMENTOS…………………………………………………...12
5. RESULTADOS……………………………………………………………..14
6. DISCUSSÃO………………………………………………………………..20
7. CONCLUSÃO……………………………………………………...…….,..23
8. REFERÊNCIA………………………………………………………......…24
9. APÊNDICES…………………………………………………………..…...28
9.1 APÊNDICE A……………………………………………..……..…….28
9.2 APÊNDICE B………………………………………………..……..….34
9.3 APÊNDICE C………………………………………………..………...36
9.4 APÊNDICE D…………………………………………………...….…..3
8

1.INTRODUÇÃO

Espiritualidade é derivada da palavra em Latim spiritus, a qual significa uma parte


importante do indivíduo que controla sua mente, e por sua vez controla seu corpo (NEUMANN,
2010). Logo, espiritualidade representa a busca do significado e propósito da vida, com objetivo de
transcendência (OLIVEIRA et al, 2018), uma força inerente ao ser humano que o motiva a
encontrar o significado na dor, na morte e a entender os processos aos quais passa durante a vida
(BALDACCHINO, 2015), além de ajudar a desenvolver maneiras saudáveis em lidar com o
estresse e emoções negativas (SAMUEL et al, 2011), sem estar ligada intrinsecamente à religião.
A espiritualidade pode estar na natureza, na arte, em valores pessoais e científicos
(ANANDARAJAH e HIGHT, 2001). Ela é interna, independente e pessoal (HYMAN e HANDAL,
2006; ZIMMER et al, 2016), e também pode estar associada na maneira em que são formadas as
relações intrapessoais e interpessoais (AUSTIN et al, 2018).
Enquanto que a religiosidade é constituída de crenças, regras, doutrinas, ética, moral, rituais,
textos e organizações práticas ligadas a um poder maior (HOOD e SPILKA, 2003), a espiritualidade
engloba desde práticas não religiosas e não teístas até experiências extremamente religiosas (SAAD
et al, 2017).
Ao observar como a espiritualidade é algo tão intrínseco ao ser humano num contexto de
suas relações com o meio, com a sociedade e consigo mesmo, Saad et al (2017) trazem que a
maneira como o ser humano encara o processo de saúde-doença também se altera quando levado
em consideração sua espiritualidade, por ele conseguir lidar melhor com o processo em que está
passando. Segundo Sulmasy (2002), ao olhar para o processo de saúde-doença de uma forma
humanística, o olhar para o paciente deve ser de forma completa, enxergando o paciente na
totalidade da sua existência. Dessa forma o profissional da saúde promoverá um cuidado pautado
no modelo biopsicossocial-espiritual, o qual preza por uma boa relação profissional-paciente e pela
decisão conjunta do tratamento, da prevenção e da promoção de saúde (OLIVEIRA et al, 2018).
A revisão da forma como as pessoas devem ser acolhidas e assistidas nos serviços, se deve
9

primeiramente com a resolução publicada na Emenda da Constituição de 7 de abril de 1999 da


Organização Mundial de Saúde (OMS), na qual foi incluído o âmbito espiritual no conceito de
saúde.
Segundo Kristeller et al (2005), de acordo com evidências, as pessoas preferem que os
profissionais de saúde demonstrem interesse em sua espiritualidade e a relacione ao seu tratamento.
Isso é embasado no fato da espiritualidade ser um fator motivador para as pessoas conseguirem
passar pelo seu processo de doença (LUCCHETTI et al, 2010). Em 1999, a Association of
American Medical Colleges (AAMC) sugeriu que o profissional de saúde consiga fazer uma
anamnese espiritual onde ele compreenderá a relação do processo saúde-doença ao qual o paciente
está passando e a influência de suas crenças nesse processo (ANTOINE et al, 2022).
Baldacchino (2015) irá definir o cuidado espiritual pelo profissional de saúde como os atos
de reconhecer, respeitar e atender as necessidades espirituais do paciente, seja mostrando empatia e
suporte para que o indivíduo esteja bem o suficiente para entender o processo ao qual está
passando, e assim, crie estratégias para enfrentar sua doença (SAFFARI et al, 2013;
KOCISZEWSKI, 2003). Tendo isso em vista, para que o cuidado espiritual seja aprendido pelos
estudantes, Hodge (2004) define que os estudantes precisam passar por um processo de auto
conhecimento para entender os próprios valores, e assim desenvolver a empatia de entender o
ponto de vista do paciente e como ele vê o mundo, e assim implementar intervenções individuais
durante o atendimento, promovendo um cuidado centrado na pessoa.
O Cuidado Centrado no Paciente (CCP) foi primeiro referido no artigo Crossing the Quality
Chasm: A new health system for the 21st Century, de 2001, como um cuidado “respeitoso e
responsivo às preferências, necessidades e valores individuais do paciente, garantindo que os
valores dos pacientes guie todas as decisões clínicas”, ou seja, o atendimento centralizado no
paciente é o resultado da relação empática e com confiança entre profissional da saúde e paciente,
em que ambos participam ativamente do processo saúde-doença (FERLA et al, 2022).
A inclusão da espiritualidade no cuidado clínico e na educação dos profissionais de saúde
também é recomendado pela OMS que em 2022 reforçou esse conceito ao mudar a definição de
saúde para a combinação do bem estar físico, psíquico, social e espiritual, e pela Joint Commission
of Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO). Em consonância, a Association of
American Colleges defende a implementação da espiritualidade dentro do ensino a profissionais de
saúde (RIBEIRO et al, 2021). Com isso, diversos estudos foram feitos com estudantes de medicina
10

e enfermagem no Brasil, trazendo que ao implantar uma eletiva ou matéria na grade curricular sobre
espiritualidade na saúde, levou a um cuidado mais humanizado durante as práticas profissionais
(DAL-FARRA et al 2010; RIGHETTI e FELIPPE, 2005).
De acordo com Anandarajah e Mitchell (2007), após uma eletiva sobre espiritualidade e
cuidados, na Escola de Medicina de Brown, os estudantes tiveram mais acesso a recursos em como
ajudar o paciente e como abordar as questões espirituais no atendimento. Puchalski e Larson (1998)
também trazem o resultado de como os estudantes tiveram um maior entendimento do papel que a
espiritualidade tem na recuperação e melhora do paciente.
A proposta que está vindo à tona nas Faculdades de Medicina do mundo, como nos Estados
Unidos e no Brasil, é de implantar na matriz curricular, em atividades de extensão, vivências/
encontros acadêmicos, estágios, ou através de ligas acadêmicas cursos sobre espiritualidade e saúde.
Onde os tópicos abordados estão dentro do espectro do efeito da espiritualidade na saúde, aspectos
éticos pertencentes à espiritualidade e a saúde, história espiritual e o impacto da espiritualidade na
tomada de decisões dentro do campo da saúde (COSTA et al, 2019).

2. JUSTIFICATIVA

A espiritualidade é algo inerente ao ser humano, com isso a Organização Mundial da Saúde
compreende o indivíduo como um ser biopsicossocial e espiritual. Em consequência, o cuidado
centrado na pessoa, família e comunidade deve englobar também o aspecto espiritual pelo
profissional de saúde, para que as pessoas recebam um atendimento englobando todos seus
aspectos. Como é uma área nova de pesquisa, há poucos estudos com estudantes da área da saúde e,
ainda menos, com estudantes de fisioterapia e sua relação com a espiritualidade durante o exercício
da profissão, com isso é importante analisar como o estudante matriculado no estágio obrigatório
entende sobre espiritualidade e se ele compreende como abordar a espiritualidade das pessoas
durante suas práticas profissionalizantes.
A pesquisa proposta de saber a visão do estudante estagiário sobre a espiritualidade e como
colocá-la em prática durante os atendimentos vêm para analisar se há necessidade de mudanças do
projeto pedagógico do curso de fisioterapia, na percepção dos estudantes, relativas a esse tema.
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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Esse estudo tem o objetivo de investigar os saberes dos estudantes de fisioterapia sobre o que
é espiritualidade e como o saber da espiritualidade pode interferir e melhorar o cuidado centrado na
pessoa, família e comunidade.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender quais são os conceitos de espiritualidade dos estudantes de fisioterapia no


último ano do curso;
Identificar o papel e a importância da espiritualidade em sua qualidade de vida e futuras
práticas profissionais.
Avaliar a percepção do estudante sobre a formação na graduação em fisioterapia da Unifesp
para compreensão da espiritualidade nas práticas de cuidado;
Investigar como os estudantes gostariam que fosse abordado o tema espiritualidade na
formação acadêmica.

4. MÉTODOS

O presente estudo foi submetido para apreciação pelo comitê de ética da UNIFESP, por
meio da Plataforma Brasil (número do parecer do CEP: 5.243.450 - Apêndice A). Os participantes
foram convidados a participarem do estudo através de meios virtuais como e-mail e WhatsApp,
com o seguinte texto de recrutamento:

“Olá, estamos fazendo a pesquisa “Espiritualidade no cuidado centrado no paciente para


estudantes de fisioterapia”. Como você está matriculado no estágio obrigatório em
fisioterapia, convido-o a responder o questionário, disponibilizado no link do Google
Forms abaixo. O questionário eletrônico possui perguntas objetivas e você levará cerca de
10 minutos para respondê-lo. Ao final do questionário você receberá um folder com
informações sobre espiritualidade no atendimento clínico e referências caso queira saber
12

mais sobre o assunto. Segue o link para o questionário e para o Registro de consentimento
livre e esclarecimento. Muito Obrigada, Profa Mariana e Rebekka”

Após concordarem em participar, manifestaram concordância respondendo “Concordo” ao


final do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Uma cópia assinada do Registro de
Consentimento Livre e Esclarecido foi disponibilizada para download ao final do texto.

5.1 PARTICIPANTES

Foram convidados a participarem do estudo estudantes de fisioterapia da Universidade


Federal de São Paulo, campus Baixada Santista que estão matriculados no estágio obrigatório em
fisioterapia.

5.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Estudantes do curso de graduação em fisioterapia da UNIFESP que estão matriculados no


estágio obrigatório.

5.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Estudantes que não realizaram no mínimo 33% da carga horária total do estágio obrigatório.

5.4 PROCEDIMENTOS

Os questionários foram realizados por meio de um questionário virtual organizado na


Plataforma Google Forms.
Inicialmente foi feita uma caracterização geral dos participantes, em seguida responderam a
um questionário que aborda conceitos de espiritualidade e conhecimento sobre espiritualidade na
formação acadêmica em Fisioterapia para avaliar se os estudantes do último ano de fisioterapia
entendem e colocam em prática o reconhecimento da espiritualidade no cuidado centrado ao
paciente, em que as perguntas foram desenvolvidas a partir dos estudos de Borges et al (2013),
13

Costa et al (2019) e Ferreira et al (2018), utilizando a Escala de Likert, aplicada com 4 pontos
(Apêndice B – Roteiro de Avaliação).
Para finalizar responderam ao questionário World Health Organization Quality of Life -
Spiritual, Religiousness and Personal Beliefs (WHOQOL-SRPB) (Apêndice C), o qual avaliou
aspectos de espiritualidade, religiosidade e qualidade de vida dos estudantes, para entender qual a
relação dos participantes com a espiritualidade e como eles entendem essa relação com sua
qualidade de vida.
O questionário World Health Organization Quality of Life - Spiritual, Religiousness and
Personal Beliefs (WHOQOL-SRPB) foi desenvolvido por um grupo de especialistas do mundo
reunidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o intuito de avaliar a relação da
espiritualidade, da religiosidade e das crenças pessoais com a qualidade de vida e o bem-estar dos
indivíduos (FLECK e SKEVINGTON, 2007). É composto por 32 itens, organizados em oito
facetas: (1) conexão a ser ou força espiritual; (2) sentido na vida; (3) admiração; (4) totalidade e
integração; (5) força espiritual; (6) paz interior; (7) esperança e otimismo e (8) fé. Essas oito
categorias se agrupam em quatro seções: (1) Conexão Espiritual, Fé, Força Espiritual; (2) Paz
interior, Totalidade e Integração; (3) Sentido na Vida, Esperança e Otimismo e (4) Admiração
(FORTI et al, 2020). O WHOQOL-SRPB em português brasileiro apresentou boas qualidades
psicométricas, sendo válido e fidedigno para uso no Brasil ( PANZINI et al, 2011).
O cálculo foi realizado seguindo as orientações do Manual do WHOQOL-SRPB da
Organização Mundial da Saúde (2002). Cada faceta do SRPB tem 4 perguntas, sendo que a pessoa
precisa responder pelo menos 1 (uma) pergunta daquela faceta, para que seja válida. Para o cálculo,
somam-se os valores correspondentes às respostas às perguntas da faceta, divide-se pelo número de
perguntas respondidas, e, multiplica-se o resultado por 4 (quatro). Cada faceta tem score mínimo de
4 e máximo de 20.
Após responderem aos questionários, os estudantes receberam um “folder” (Apêndice D)
com informações sobre espiritualidade em saúde, e, indicações de referências básicas e de
aprofundamento sobre o tema, para leitura e estudo.

6. RESULTADOS

O questionário virtual foi enviado para cerca de 40 estudantes que estavam concluindo os
14

blocos de estágio obrigatório em que 16 responderam e, por conta da baixa adesão, também foi
enviado para 31 estudantes que já haviam realizado 33% da carga horária do estágio obrigatório em
que 24 responderam. Após serem respondidos os questionários, os dados foram resumidos e
avaliados através de estatística descritiva e apresentados por meio de tabelas e figuras.
Na Tabela 1 foram apresentados os dados sociodemográficos dos participantes da pesquisa.
Foi observado que 84,2% dos participantes se identificam como do gênero feminino, 77,5% se
identificam como de cor branca e 35% dos participantes recebem renda de um a três salários
mínimos.
Tabela 1: Caracterização da Amostra, Santos (2022).
Variável Caracterização Frequência Absoluta (n) Frequência Relativa (%)
Gênero Feminino 32 80%
Masculino 6 15%
Não declarou 2 5%
Estado Civil Solteiro 37 97,5%
Casado 2 5%
União Estável 1 2,5%
Raça (auto declaração) Amarelo 2 5%
Branco 31 77,5%
Pardo 3 7,5%
Preto 4 10%
Renda Familiar Até 1 salário mínimo 5 12,5%
De 1 a 3 salários mínimos 14 35%
De 4 a 7 salários mínimos 13 32,5%
De 8 a 12 salários mínimos 3 7,5%
Mais de 12 salários 2 5%
mínimos
Não respondeu 3 7,5%

Os participantes da pesquisa relataram terem realizado em média entre 2 a 3 estágios cada,


dentre os estágios obrigatórios do Curso de Fisioterapia: estágio eletivo, em saúde da mulher, em
saúde coletiva e saúde do trabalhador, em neurofuncional do adulto e da criança, em
musculoesquelética (ambulatorial e hospitalar) e cardiorrespiratória. Também responderam ter
participado de projetos acadêmicos de extensões variadas (80%), monitorias do Eixo Biológico e
Eixo Trabalho em Saúde (32,5%), iniciações científicas em diversas áreas da fisioterapia (35%),
15

PET - Saúde da Criança (2,5%) e PET Saúde - Interprofissionalidade (7,5%), Liga Acadêmica de
Fisioterapia Cardiorrespiratória (LAFISCAR) (10%) e Liga Acadêmica de Fisioterapia em Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde (LAFIPICS) (7,5%).
Na parte do questionário com a intenção em saber sobre o que o participante entende sobre
espiritualidade e como pensa que se dá a relação entre saúde e espiritualidade, é possível perceber a
ideia da humanização da saúde como resultado dessa relação, e 77,5% compreende a
espiritualidade em ser a busca de sentido e significado, como mostra a tabela 2
Tabela 2: Sobre espiritualidade, Santos (2022).
Pergunta Opções de resposta Frequência Absoluta (n) Frequência Relativa (%)

O que você entende por Postura ética e humanística 15 37,5%


espiritualidade:
Busca pelo sentido e 31 77,5%
significado para a vida
humana

Crença e relação com 21 52,5%


Deus/religiosidade

Crença de algo 28 70%


transcendente à matéria

Crença na existência da 17 42,5%


alma e da vida após a
morte

Você relaciona o assunto Humanização da medicina 33 82,5%


“Saúde e Espiritualidade” e outras áreas da saúde
com:
Qualidade de vida 26 65%

Saúde total/holística 27 67,5%

Interferência positiva ou 19 47,5%


negativa da religiosidade
na saúde

Interferência do 17 42,5%
transcendente/imaterial na
saúde

Abordagem do viver e do 26 65%


morrer

Nenhuma das anteriores 2 5%


16

Em relação ao cuidado centrado na pessoa foi questionado se os participantes conheciam o


conceito, em que a maioria respondeu positivamente, e se entendem que a abordagem da
espiritualidade contribui no cuidado centrado na pessoa, algo que todos concordaram, como segue
na tabela 3 a seguir.
Tabela 3: Cuidado Centrado no Paciente, Santos (2022).
Pergunta Opções de resposta Frequência Frequência
Absoluta (n) Relativa (%)
Você conhece o conceito cuidado centrado na Sim 38 95%
pessoa?
Não 2 5%
Na sua opinião, a abordagem da espiritualidade Sim 40 100%
pode contribuir para o cuidado centrado na
pessoa? Não 0 0%

Na tabela 4, foram apresentados os dados sobre a formação acadêmica e a espiritualidade,


em que foi evidenciado a falta de abordagem sobre o tema pelos professores e dentro do currículo
acadêmico. Os participantes também foram questionados se gostariam que o tema fosse abordado
na Universidade e como eles gostariam que fosse incluído no currículo de fisioterapia. Segundo
alguns relatos, foi abordado somente em alguns momentos de algumas unidades curriculares, como
mostrado na figura 1. Também foi mostrado o interesse nesse tema ser abordado de forma
integrada nas disciplinas (42,5%), em disciplinas eletivas e através de eventos (ambos com 27,5%
de interesse).

Figura 1: UCs e Espiritualidade, Santos (2022)


17

Tabela 4: Formação acadêmica e espiritualidade, Santos (2022).


Pergunta Opções de resposta Frequência Absoluta (n) Frequência Relativa (%)

Professores abordam o Nunca 20 50%


tema espiritualidade.
Raramente 19 47,5%

Algumas vezes 1 2,5%

O curso de fisioterapia Pouco 33 82,5%


fornece informações sobre
espiritualidade
Não 7 17,5%

Estudantes de fisioterapia Sim 24 60%


deveriam ser preparados
para abordar esse tema. Pouco 16 40%

Tema “Espiritualidade e Sim 35 87,5%


Saúde” deveria ser incluído
no currículo. Não 5 12,5%

Você participou de alguma Sim 8 20%


atividade sobre o tema.
Não, mas gostaria 24 70%

Não, não gostaria 4 10%

Suas crenças mudaram Sim 18 45%


depois que entrou na
Universidade Não 22 55%

Sua experiência como Sim 11 27,5%


estudante foi responsável
por essa mudança. Não 8 20%

Não se aplica 21 52,5%

No questionário também foi abordado sobre a religiosidade e espiritualidade e sua relação


com a saúde, para entender como os estudantes compreendem essa relação, se eles se sentem
preparados para abordar esse assunto com os pacientes caso seja necessário, entre outros dados
conforme está na tabela 5. Foi relatado o medo de impor ponto de vista religioso (75%), medo de
18

ofender o paciente (65%) e a falta de treinamento (45%) como os principais itens que desencorajam
a conversa sobre espiritualidade com o paciente, de acordo com os estagiários que participaram da
pesquisa.
Tabela 5: Espiritualidade e Saúde, Santos (2022).
Pergunta Opções de resposta Frequência Absoluta (n) Frequência Relativa (%)
O quanto você acha que a Extremamente 13 32,5%
religião/espiritualidade
influencia na saúde de seus Muito 22 55%
pacientes. Pouco 4 10%
Muito pouco ou nada 1 2,5%
A influência da Geralmente positiva 28 70%
religião/espiritualidade na
saúde geralmente é Igualmente positiva e 12 30%
positiva ou negativa negativa

Espiritualidade/religiosida Enorme 6 15%


de dos fisioterapeutas
interfere no atendimento Grande 20 50%
do processo saúde-doença Pequena 11 27,5%
e na relação
fisioterapeuta-paciente Não interfere 3 7,5%

O quanto você se Muito 10 24%


considera preparado para
abordar aspectos Pouco 24 60%
religiosos/espirituais com Nada 6 15%
seus pacientes
O quanto você acha Muitíssimo 5 12,5%
pertinente tal abordagem
Muito 24 60%
Pouco 9 22,5%
Nada 2 5%

Por último, foram analisados os resultados do WHOQOL-SRPB os quais mostrou que os


estagiários apresentaram pontuações maiores para a faceta de “Sentido de Vida” com média de
17,3(±2,2), seguindo pelas facetas de “Totalidade e integração” 16,2(±2,4), “Admiração” 16,2(±2,8),
“Esperança e Otimismo” 16,2(±2,9), “Conexão a ser ou força espiritual” 15,9(±3,0), “Força
espiritual” 15,6(±3,4), “Fé” 15,5(±3,4) e “Paz Interior” 15,2(±3,0). Os dados estão representados na
Figura 2 e Tabela 6.
Figura 2: Dados da WHOQOL-BRPB, Santos (2022).
19

Os dados estão expressos em média e desvio padrão.

Tabela 6: Dados WHOQOL-BRPB, Santos (2022).


Variável Média Desvio Padrão
Conexão a ser ou força espiritual 15,9 3,0
Sentido na vida 17,3 2,2
Admiração 16,2 2,8
Totalidade e Integração 16,2 2,4
Força Espiritual 15,6 3,4
Paz Interior 15,2 3,0
Esperança e Otimismo 16,2 2,9
Fé 15,5 3,4

7. DISCUSSÃO
Dos estudantes que participaram do estudo, a maioria se identificou como feminina, branca
e com renda média de 1 a 3 salários mínimos, o que condiz com o estudo do IBGE de 2019 que
mostrou que 78,8% dos estudantes no ensino superior são brancos na faixa etária de 18 a 24 anos.
Observa-se, ainda, uma maior porcentagem de pessoas brancas no curso de Fisioterapia da Unifesp,
mesmo com a instituição das cotas sociais e raciais, apesar do Estado de São Paulo apresentar uma
maior proporção de pessoas que se autodeclaram negros e pardos (30,95%). Guimarães et al(2022)
traz dados da FONAPRACE (2018) o qual estima cerca de 50,3% de estudantes pardos e negros
nas universidades públicas, entretanto nossa amostra apenas teve a participação de 17% de pessoas
20

que se declaram pardas e negras.


Ao refletir sobre o perfil do universitário participante da pesquisa, é interessante entender
que a expansão da universidade pública ocorreu a partir de 2008 com as reformas do REUNI
(Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Tais
reformas possibilitaram a integração dos estudantes com rendas de até 3 salários mínimos,
população que anteriormente não conseguia participar do ambiente acadêmico. Isso pela academia
ser, desde seu início no Brasil, um ambiente elitista de caráter colonial, o qual reforçava a exclusão
social das classes (MAIA et al, 2021).
Haddad et al (2010) mostrou em estudo, entre 1991 e 2008, que o gênero feminino é
predominante na formação na área da saúde, com exceção dos cursos de medicina e educação
física, possível explicação para a maior parte de mulheres estagiárias de fisioterapia que
participaram desta pesquisa.
Grande parte dos estagiários que responderam a pesquisa relataram perceber a relação saúde
e espiritualidade como a humanização da medicina, pensando na Política de Humanização do SUS,
isso quer dizer praticar o trabalho em saúde a partir de um olhar acolhedor e levando em
consideração a singularidade do indivíduo, com a participação de todos os grupos de trabalho das
unidades de saúde e criando um ambiente saudável (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).
A ideia da humanização do atendimento na saúde se traduz em abordar no seu cuidado em
saúde todos seus aspectos biológicos, sociais, espirituais, mentais e emocionais (FERREIRA et al,
2018), como também em uma rede transversal de atendimento em que há a corresponsabilidade e a
criação de vínculo entre os pacientes/usuários, os trabalhadores e os gestores (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2009), dessa forma criando um plano terapêutico singular para todos os usuários.
A pesquisa também demonstrou que os estudantes fazem a diferenciação entre
religiosidade e espiritualidade, em que a maioria entende a espiritualidade de acordo com Koenig et
al (2012) como sendo a busca pelo significado e sentido de vida, e também como sendo a crença
em algo que transcende a matéria, assim definida por Puchalski (2009).
Em relação à formação acadêmica em fisioterapia e o tema espiritualidade, foi relatado a
falta desse tema no currículo, sendo abordado somente em alguns momentos das seguintes
unidades curriculares (UC’s): Trabalho em Saúde, Inserção Social, Saúde da Mulher,
Cardiorrespiratória; e em atividades extracurriculares: Extensão Meditando no Campus e Baú de
Histórias; Liga Acadêmica de Fisioterapia sobre Práticas Integrativas e Estágio de Nefrologia no
21

Hospital São Paulo (HSP). Tais unidades curriculares, projetos de extensão, liga acadêmica e
estágio têm em comum a discussão sobre o cuidado humanizado e centrado no paciente.
Além disso, nas UC’s de Saúde da Mulher e Cardiorrespiratória, na extensão Baú de
História (no qual é realizado nas alas pediátricas da Santa Casa de Santos) e no estágio de
Nefrologia do HSP o estudante começa a estudar os cuidados paliativos. Esses cuidados são a
melhora da qualidade de vida de pacientes e seus familiares frente a processos de doenças
ameaçadoras da vida (ARRIEIRA et al, 2018). Além dos cuidados paliativos o estudante tem o
primeiro contato com a morte, com isso percebendo a importância da espiritualidade para esses
pacientes graves ou terminais, por diminuir o sofrimento (TAVARES et al, 2016) e ajudar a
enfrentar a doença e a morte (GISKE e CONE, 2015).
Também foi relatado o maior interesse na abordagem de espiritualidade de forma integrada
nas unidades curriculares do curso de fisioterapia, entrando de acordo com o estudo de Luchetti et
al (2013) o qual traz que 62,6% dos estudantes de medicina entrevistados de 12 escolas médicas
brasileiras acreditam importante abordar a espiritualidade de forma incorporada no currículo.
Nos Estados Unidos 90% das universidades da área da saúde e no Reino Unido 59% das
universidades de saúde abordam o tema espiritualidade inserido no currículo, enquanto no Brasil a
espiritualidade é abordada em cerca de 40,5% das universidades da área da saúde (SOUSA et al,
2021). Vale ressaltar alguns exemplos como a Universidade Federal do Ceará e a Faculdade de
Medicina do Triângulo Mineiro que oferecem no curso de Medicina uma optativa chamada
“Medicina e Espiritualidade”. Há também um Núcleo de Pesquisa sobre Espiritualidade e
Religiosidade da USP associado ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo
(LUCCHETTI et al, 2012).
A falta de abordagem da espiritualidade nas unidades curriculares dos cursos da área da
saúde resulta como relatado na presente pesquisa à falta de preparo para abordar o lado espiritual
do paciente e a dificuldade em discutir esse assunto de forma eficaz, portanto os resultados desse
estudo poderão embasar a atualização da matriz curricular do Curso de Fisioterapia da UNIFESP,
especialmente, atualização das ementas dos módulos.
Tendo em vista a pouca inserção da espiritualidade na formação do profissional de saúde,
Damiano et al (2018) traz alguns autores os quais propuseram modelos de integração desse tema no
currículo, como Koenig (2013) em seu livro “ Espiritualidade no Cuidado com o Paciente” e
Osório et al (2017).
22

Em relação aos resultados do WHOQOL-SRPB, observamos maiores valores na faceta que


relaciona a espiritualidade ao sentido de vida, algo que segundo Monteiro et al (2020) a busca pela
espiritualidade ocorre como mecanismo de ressignificação do sentido da vida, ou seja, os
participantes relacionam a espiritualidade como um mecanismo de dar sentido à vida. Já nas facetas
de totalidade e integração, esperança e otimismo que também obtiveram maiores resultados, algo
possivelmente explicado pois os estudantes podem sentir que a espiritualidade traz o conforto,
tranquilidade e esperança, dessa forma traz um sentido de integralidade para o indivíduo
(ARRIERA et al, 2018).

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que os estudantes compreendem e reconhecem a espiritualidade como


importante para o cuidado centrado na pessoa, entretanto tem dificuldades em abordar a
espiritualidade nas práticas de estágio. Na percepção dos estudantes esse tema deveria ser melhor
abordado durante a formação.
Mesmo com a maior inserção da espiritualidade nos cursos da área da saúde das
Universidade brasileiras nos últimos anos, os estagiários percebem a falta dessa abordagem da
espiritualidade associada à saúde no currículo acadêmico do curso de fisioterapia da Unifesp. Seria
importante mudanças nesse aspecto, para ampliar o desenvolvimento de práticas humanizadas. A
Política Nacional de Humanização existe desde 2003, e deve permear de forma transversal todas
políticas, programas e serviços de saúde, buscando favorecer um atendimento completo,
individualizado e empático. Para um cuidado integral, humanizado e centrado na pessoa, os
profissionais de saúde precisam aprender a lidar com todos os aspectos os quais englobam as
pessoas, inclusive o aspecto espiritual.

A pesquisa teve como uma limitação importante a quantidade de participantes, pois com a
pandemia e o consequente atraso dos estágios na Unifesp, além da dificuldade em conseguir a
adesão dos estagiários em responder a pesquisa, foi necessário esperar que a turma que começou o
estágio no ano de 2022 tivesse realizado ao menos dois estágios para responderem ao questionário
desta pesquisa. E outro fator limitante foi a falta de artigos direcionados à fisioterapia em relação à
espiritualidade, sendo a grande parte direcionada à medicina e outros a relação à área da saúde em
23

geral.

9. REFERÊNCIAS

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2016.

10. APÊNDICES
27

10.1 Apêndice A
28

10.2 Apêndice B

ROTEIRO FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA:


Adaptado dos estudos de: Borges et al (2013); Costa et al (2019); Zanet et al (2018).
Dados sociodemográficos:
Nome: ________________________________________________________________
E-mail:________________________________________________________________
Data de nascimento:_________________________ Idade:______________________
Gênero:_____________________________ Estado Civil:________________________
Em que cidade e Estado você nasceu? ______________________________________
29

Como você se declara, segundo o IBGE?


( ) Amarelo
( ) Branco
( ) Indígena
( ) Pardo
( ) Preto
( ) Não quero responder
Renda familiar total:
( ) Até 1 salário-mínimo
( ) 1 a 3 salários-mínimos
( ) 4 a 7 salários-mínimos
( ) 8 a 12 salários-mínimos
( ) +12 salários-mínimos
( ) Não quero responder
Formação acadêmica:
Quais estágios obrigatórios em Fisioterapia você realizou? (pode escolher mais de uma resposta)
( ) Neurofuncional da criança
( ) Neurofuncional do adulto
( ) Musculoesquelética Ambulatorial
( ) Musculoesquelética Hospitalar
( ) Saúde da Mulher
( ) Saúde do Trabalhador
( ) Saúde Coletiva
( ) Cardiorrespiratória
( ) Eletivo
Onde foi seu estágio eletivo? ________________________________________
Você realizou estágios não obrigatórios (não curriculares)?
( ) sim
( )não
Quais estágios? ____________________________________________________________
Você participou de projetos de extensão, Iniciação Científica, PET, ou outros?
30

( ) sim
( )não
Quais???______________________________________________________________
Sobre espiritualidade:
O que você entende por espiritualidade? (pode assinalar mais de uma resposta):
( ) postura ética e humanística
( ) busca de sentido e significado para a vida humana
( ) crença e relação com Deus/religiosidade
( ) crença em algo transcendente à matéria
( ) crença na existência da alma e na vida após a morte
( ) nenhuma das anteriores
Você relaciona o assunto “saúde e espiritualidade” com: (pode assinalar mais de uma
resposta):
( ) humanização da medicina (e outras áreas da saúde)
( ) qualidade de vida
( ) saúde total / holística
( ) interferência positiva ou negativa da religiosidade na saúde
( ) interferência do transcendente / imaterial na saúde
( ) abordagem do viver e do morrer
( ) nenhuma das anteriores
Sobre religiosidade/espiritualidade e saúde:
Em geral, o quanto você acha que a religião/espiritualidade influencia na saúde de seus
pacientes?
( ) Extremamente
( ) Muito
( ) Pouco
( ) Muito pouco ou nada
A influência da religião/espiritualidade na saúde geralmente é positiva ou negativa?
( ) Geralmente positiva
( ) Geralmente negativa
( ) Igualmente positiva e negativa
31

( ) Não tem influência


Em sua opinião, com que intensidade a espiritualidade/religiosidade dos fisioterapeutas
interfere no entendimento do processo saúde-doença e na relação fisioterapeuta-paciente?
( ) Enorme intensidade
( ) Grande intensidade
( ) Pequena intensidade
( ) Não interfere
Você sente vontade de abordar o tema fé/espiritualidade com os pacientes?
( ) Sim, raramente
( ) Sim, frequentemente
( ) Não
O quanto você se considera preparado para abordar aspectos religiosos/espirituais com seus
pacientes?
( ) Muitíssimo preparado
( ) Muito preparado
( ) Pouco preparado
( ) Nada preparado
O quanto você acha pertinente tal abordagem?
( ) Muitíssimo pertinente
( ) Muito pertinente
( ) Pouco pertinente
( ) Nada pertinente
Quando é apropriado para o fisioterapeuta rezar com seu paciente?
( ) Nunca
( ) Somente se o paciente solicitar
( ) Sempre que o fisioterapeuta achar que é apropriado
Você alguma vez já perguntou sobre a religião/espiritualidade dos seus pacientes?
( ) Sim
( ) Não
Alguma das afirmações seguintes desencoraja você a discutir religião/espiritualidade com seus
pacientes? (pode assinalar mais de uma resposta):
32

( ) Falta de conhecimento
( ) Falta de treinamento
( ) Falta de tempo
( ) Desconforto com o tema
( ) Medo de impor pontos de vista religiosos aos pacientes
( ) Conhecimento sobre religião não é relevante no tratamento médico
( ) Não faz parte do meu trabalho
( ) Medo de ofender os pacientes
( ) Medo de que meus colegas não aprovem
Quais das ferramentas ou tratamentos espirituais você acha que poderiam ser recomendados
para seus pacientes? (pode assinalar mais de uma resposta):
( ) Reza/prece
( ) Leitura religiosa
( ) Água fluidificada/água energizada/água benta
( ) Desobsessão/exorcismo/“descarrego”
( ) Imposição de mãos/Reike/passe/Johrei
( ) Trabalhos de caridade em templos religiosos
( ) Outros. Quais?
__________________________________________________________
Sobre formação acadêmica em Fisioterapia e o tema Espiritualidade:
Os professores da universidade abordam o tema espiritualidade com os estudantes?
( ) Frequentemente
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Se você respondeu “raramente”, algumas vezes” ou “frequentemente”, indique as unidades
curriculares, projetos de extensão ou outras atividades da universidade em que o tema
espiritualidade foi abordado:
_____________________________________________________________________
______________________________________________________________________ _________
As escolas/cursos de fisioterapia fornecem todas as informações necessárias nesse
33

campo?
( ) Não
( ) Pouco
( ) Sim, muito
Os estudantes de fisioterapia deveriam ser preparados para abordar esse tema?
( ) Não
( ) Pouco
( ) Sim, muito
Você acha que o tema “Espiritualidade e Saúde” deveria ser incluído no currículo de
Fisioterapia?
( ) Sim
( ) Não
Como esse tema deveria ser abordado nos currículos de Fisioterapia?
( ) Disciplina obrigatória
( ) Disciplina eletiva
( ) Integrada em diversas disciplinas
( ) Através de eventos, cursos, projetos de extensão, atividades extracurriculares, outros.
Você já participou de alguma atividade com o tema “Espiritualidade e Saúde” durante a sua
formação universitária?
( ) Sim
( ) Não, mas gostaria
( ) Não, e não gostaria
Como você buscou conhecimento sobre “saúde e espiritualidade”? (pode assinalar mais de uma
resposta):
( ) Eu não busquei
( ) Conferências e outros eventos
( ) Livros relacionados ao tema
( ) Artigos científicos
( ) Com docentes da universidade
( ) Dentro da minha religião
( ) Outros.
34

Quais?___________________________________________________________
As suas crenças mudaram depois que você entrou na universidade?
( ) Sim
( ) Não
A sua experiência como estudante de fisioterapia foi responsável por essa mudança?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não se aplica
Sobre Cuidado Centrado na pessoa e Espiritualidade
Você conhece o conceito de “Cuidado centrado na pessoa”?
( ) Sim
( ) Não
Na sua opinião, a abordagem da espiritualidade pode contribuir para o cuidado centrado na
pessoa?
( ) Sim
( ) Não

10.3 Apêndice C

Instrumento de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde - Módulo


Espiritualidade, Religião e Crenças Pessoais (WHOQOL-SRPB, em português):

*Resposta em escala Likert de 5 pontos (1=nada a 5=extremamente)

(1) Conexão a ser ou força espiritual

1. Até que ponto alguma ligação a um ser espiritual ajuda você a passar por
épocas difíceis?
2. Até que ponto alguma ligação com um ser espiritual ajuda você a tolerar o
estresse?
3. Até que ponto alguma ligação com um ser espiritual ajuda você a
35

compreender os outros?
4. Até que ponto alguma ligação com um ser espiritual conforta/ tranquiliza
você?
(2) Sentido na vida
1. Até que ponto você encontra um sentido na vida?
2. Até que ponto cuidar de outras pessoas proporciona um sentido na vida para
você?
3. Até que ponto você sente que a sua vida tem uma finalidade?
4. Até que ponto você sente que está aqui por um motivo?
(3) Admiração

1. Até que ponto você consegue ter admiração pelas coisas ao seu redor?
2. Até que ponto você se sente espiritualmente tocado pela beleza?
3. Até que ponto você tem sentimentos de inspiração (emoção) na sua vida?
4. Até que ponto você se sente agradecido por poder apreciar as coisas da
natureza?
(4) Totalidade & Integração
1. Até que ponto você sente alguma ligação entre sua mente, corpo e alma?
2. Quão satisfeito você está por ter um equilíbrio entre mente, corpo e alma?
3. Até que ponto você sente que a maneira em que vive está de acordo com o
que você sente e pensa?
4. Quanto às suas crenças ajudam-no a criar uma coerência entre o que você faz,
pensa e sente?
(5) Força espiritual
1. Até que ponto você sente força espiritual interior?
2. Até que ponto você pode encontrar força espiritual em épocas difíceis?
3. Quanto a força espiritual o ajuda a viver melhor?
4. Até que ponto a sua força espiritual o ajuda a se sentir feliz na vida?
(6) Paz interior
1. Até que ponto você se sente em paz consigo mesmo?
2. Até que ponto você tem paz interior?
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3. Quanto você consegue sentir paz quando você necessita disso?

4. Até que ponto você sente um senso de harmonia na sua vida?

(7) Esperança e otimismo


1. Quão esperançoso você se sente?
2. Até que ponto você está esperançoso com sua vida?

3. Até que ponto ser otimista melhora a sua qualidade de vida?


4. Quanto você é capaz de permanecer otimista em épocas de incertezas?
(8) Fé
1. Até que ponto a fé contribui para o seu bem-estar?
2. Até que ponto a fé lhe dá conforto no dia-a-dia?
3. Até que ponto a fé lhe dá força no dia-a-dia?
4. Até que ponto a fé o ajuda a gozar(aproveitar) a vida?

10.4 Apêndice D
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