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Brazilian Journal of Development 28358

ISSN: 2525-8761

A criança com câncer em cuidados paliativos e a assistência de


enfermagem: uma revisão integrativa

The child with cancer in palliative care and nursing care: an


integrative review

DOI:10.34117/bjdv8n4-367

Recebimento dos originais: 21/02/2022


Aceitação para publicação: 31/03/2022

Alisson Junior dos Santos


Enfermeiro, Mestrado em Ciências – Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto/Universidade de São Paulo - EERP/USP
Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Unidade Passos
Endereço: Avenida Juca Stockler, 1130 - Bairro: Belo Horizonte – Passos/MG, Brasil
E-mail: alisson.santos@uemg.br

Maria Júlia Andreazi


Graduanda em Enfermagem
Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Unidade Passos
Endereço: Avenida Juca Stockler, 1130 - Bairro: Belo Horizonte – Passos/MG, Brasil

Marialice Vilela dos Santos Pagotto Ferreira


Graduanda em Enfermagem
Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Unidade Passos
Endereço: Avenida Juca Stockler, 1130 - Bairro: Belo Horizonte – Passos/MG, Brasil

Amanda Aparecida Borges


Enfermeira, Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de São Carlos
UFSCAR
Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Unidade Passos
Endereço: Avenida Juca Stockler, 1130 - Bairro: Belo Horizonte – Passos/MG, Brasil
E-mail: amanda.borges@uemg.br

Gleida Maria Martins


Enfermeira, Especialista em Cardiologia e Cuidados Intensivos pelo Centro
Universitário Hermínio Ometto de Araras - UNIARARAS
Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Unidade Passos
Endereço: Avenida Juca Stockler, 1130 - Bairro: Belo Horizonte – Passos/MG, Brasil
E-mail: gleida.martins@uemg.br

RESUMO
No Brasil, o câncer é a primeira causa de morte por doença na população pediátrica. Tal
situação ocorre devido ao diagnóstico tardio e as más condições de acesso aos serviços
de saúde dos pacientes. Existem diferentes tratamentos para a cura do câncer em crianças,
porém, pode ser que ainda assim não haja resposta. Com isso, torna-se necessário a
implementação do cuidado paliativo. Os cuidados paliativos buscam amenizar o
sofrimento do paciente e da família através de um cuidado humanizado e de respeito. A

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assistência à criança com câncer em cuidados paliativos requer dos profissionais de


enfermagem, comprometimento aliado ao saber e a habilidade para praticar o cuidado.
Os cuidados paliativos em crianças com câncer é um assunto abrangente e desafiador para
os profissionais envolvidos. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura,
tendo como objetivo identificar através das produções científicas, os principais aspectos
relacionados às crianças com câncer em cuidados paliativos e a assistência de
enfermagem. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, os artigos
selecionados foram analisados utilizando a abordagem qualitativa com categorização do
conteúdo. Diante disso, entende-se que os estudos evidenciam a importância do processo
da criança com câncer em cuidados paliativos, sendo permeado por diversas
particularidades e que necessitam serem analisadas, proporcionando meios para que
sejam desenvolvidas estratégias que garantam a qualidade e segurança do cuidado.

Palavras-chave: assistência de enfermagem, criança, câncer pediátrico.

ABSTRACT
In Brazil, cancer is the leading cause of death from disease in the pediatric population.
This situation occurs due to late diagnosis and poor access to health services for patients.
There are different treatments for curing cancer in children, however, there may still be
no answer. With this, it becomes necessary to implement palliative care. Palliative care
seeks to alleviate the suffering of the patient and family through humanized and respectful
care. Assistance to children with cancer in palliative care requires from nursing
professionals a commitment combined with knowledge and the ability to practice care.
Palliative care in children with cancer is a broad and challenging subject for the
professionals involved. This is an integrative literature review study, aiming to identify,
through scientific production, the main aspects related to children with cancer in palliative
care and nursing care. After applying the inclusion and exclusion criteria, the selected
articles were analyzed using a qualitative approach with content categorization.
Therefore, it is understood that the studies show the importance of the process of the child
with cancer in palliative care, being permeated by several particularities that need to be
analyzed, providing means for the development of strategies that guarantee the quality
and safety of care.

Keywords: nursing care, kid, pediatric cancer.

1 INTRODUÇÃO
Os cuidados paliativos em crianças com câncer é um assunto que abrange desde o
câncer em si, a família da criança, a situação de saúde, até os desafios que os profissionais
enfrentam para um cuidado humanizado.
Segundo estudos, o câncer na população infantil é a primeira causa de morte por
doenças. Isso ocorre devido o diagnóstico tardio e as más condições de acesso aos
serviços de saúde. No Brasil, o número vem crescendo anualmente.

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Existem diferentes tratamentos para a cura do câncer em crianças, porém, pode


ser que ainda assim não haja resposta. Com isso, torna-se necessário a implementação do
cuidado paliativo.
Os cuidados paliativos buscam amenizar o sofrimento do paciente e da família
através de um cuidado humanizado e de respeito. A assistência ao paciente requer dos
profissionais comprometimento aliado ao saber e a habilidade para praticar o cuidado,
possibilitando assim a resolução de diversos problemas.
Ao abordar as dificuldades enfrentadas, identifica-se a falta de preparo dos
profissionais, falta de organização e integração da equipe, além da indisponibilidade de
dados que auxiliem na avaliação dos resultados. Sendo assim, dentro deste contexto, a
Oncologia Pediátrica no Brasil ainda requer avanços para superar tais dificuldades.
Em virtude do que foi mencionado, o presente estudo tem como objetivo
identificar, nas produções científicas, os aspectos relacionados aos cuidados paliativos
junto às crianças com câncer.

2 OBJETIVO
Identificar nas produções científicas, os principais aspectos relacionados aos à
assistência de enfermagem junto a crianças com câncer em cuidados paliativos.

3 MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. De acordo com Soares et al
(2014) a revisão integrativa é um método que reúne os resultados obtidos de publicações
científicas anteriores sobre um determinado tema, com o objetivo de sintetizá-los,
fornecendo informações mais amplas sobre o fenômeno analisado, agregando
conhecimentos e oferecendo elementos para a elaboração de intervenções de
enfermagem.
A revisão integrativa é uma ampla abordagem metodológica, pois permite a
inclusão de estudos experimentais e não experimentais para a compreensão do fenômeno
analisado (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
Com o intuito de responder aos objetivos propostos elaborou-se a seguinte questão
norteadora: “Quais são os principais aspectos relacionados ao cuidado de enfermagem de
crianças com câncer em cuidados paliativos? ”.
A busca dos artigos para responder a esta questão foi realizada nas bases de dados
incorporadas na BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) sendo elas, Literatura Americana e

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do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analyseisand Retrieval


System Online (MEDLINE) e a Scientific Electronic Library Online (SCIELO),
utilizando-se os seguintes descritores: Cuidados Paliativos; Enfermagem; Assistência de
Enfermagem; Criança; Câncer pediátrico; Oncologia, através do operador booleano AND.
O levantamento foi realizado no período de agosto a setembro de 2021. Foram
considerados os artigos publicados nos últimos dez anos, obedecendo os seguintes
critérios de inclusão: artigos disponíveis eletronicamente na íntegra, no idioma português
e dentro do período estabelecido. Como critérios de exclusão, foram definidos:
dissertações, teses, editoriais, cartas ao editor, resumos de eventos e artigos duplicados
(Figura 1).
Foi-se utilizado a abordagem qualitativa com análise por categorização junto aos
artigos selecionados para o estudo.

Figura 1 - Fluxograma de busca e inclusão dos estudos

Fonte: Elaborado pelos autores (2021).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a seleção dos artigos definidos para o estudo, os mesmos foram
organizados e descritos de acordo com a tabela abaixo:

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N° Ano Base Título Artigo Autor (es) Tipo de estudo Objetivo


publicação
1 2020 LILACS Cuidados paliativos em SANTOS, Estudo exploratório Investigar a vivência de enfermeiros ao
BDENF Oncologia: vivência de G.F.A.T.F.; et com abordagem cuidar de crianças com câncer sob
enfermeiros ao cuidar de al. qualitativa cuidados paliativos.
crianças em fase final da
vida.
2 2019 LILACS Nursing interventions in SOUSA, Revisão integrativa Identificar nas produções científicas as
BDENF palliative care in Pediatric A.D.R.S.; intervenções de enfermagem nos
Oncology: an integrative SILVA, L.F.; cuidados paliativos em crianças e
review. PAIVA, E.D. adolescentes com câncer.

3 2019 LILACS Representações sociais de SILVA, Pesquisa descritiva Descrever a compreensão de cuidadores
BDENF familiares de pacientes S.E.D.; et al. com abordagem de clientes pediátricos FPTA sobre o
pediátricos fora de qualitativa câncer e sua repercussão para o cuidado
possibilidades em domicílio.
terapêuticas atuais.
4 2019 BDENF Profissionais de VERRI, E.R.; Estudo qualitativo, Investigar a compreensão e a prática dos
enfermagem: et al. exploratório e profissionais de enfermagem sobre os
compreensão sobre descritivo cuidados paliativos pediátricos
cuidados paliativos
pediátricos.
5 2018 BDENF Cuidados paliativos SOUZA, Revisão de literatura
Analisar as evidências científicas
pediátricos: análise de T.C.F.; et al. acerca dos cuidados paliativos
estudos de enfermagem. pediátricos.
6 2015 MEDLI Cuidados paliativos em SILVA, A.F.; Pesquisa qualitativa, Revelar as percepções, expertises e
NE oncologia pediátrica: et al exploratória e práticas de equipes multiprofissionais
percepções, saberes e descritiva que prestam cuidados paliativos às
práticas na perspectiva da crianças em uma unidade de oncologia
equipe multiprofissional. pediátrica
7 2015 LILACS Criança com câncer em CARMO, Pesquisa qualitativa Descrever as especificidades do
processo de morrer e sua S.A.; cuidado de enfermagem à criança com
família: enfrentamento da OLIVEIRA, câncer em processo de morrer e sua
equipe de enfermagem. I.C.S. família e analisar a atuação da equipe de
enfermagem frente à criança com
câncer em processo de morrer e sua
família.
8 2015 BDENF Cuidados paliativos em RODRIGUES, Revisão integrativa Analisar a produção de conhecimento
crianças com câncer: A.J.; acerca dos cuidados paliativos em
revisão integrativa. BUSHATSKY crianças com câncer publicadas por
, M.; enfermeiros
DELGADO,
W.
9 2014 LILACS Indícios da integralidade SILVA, M.M.; Pesquisa descritiva O objetivo foi identificar evidências de
BDENF do cuidado na prática da et al. com abordagem atenção integral na prática profissional
equipe de enfermagem na qualitativa da equipe de enfermagem no contexto
atenção paliativa dos cuidados paliativos oncológicos.
oncológica.
10 2014 LILACS Relações estabelecidas REIS, T.L.R.; Estudo descritivo de O objetivo deste estudo foi
BDENF pelos profissionais de et al. abordagem compreender as relações estabelecidas
enfermagem no cuidado qualitativa pelos profissionais da equipe de
às crianças com doença enfermagem no cuidado às crianças
oncológica avançada. com doença oncológica avançada, sem
possibilidades terapêuticas.
11 2014 LILACS A atuação do enfermeiro MONTEIRO, Pesquisa qualitativa Objetivou-se conhecer a ação de cuidar
BDENF junto à criança com A.C.M.; et al. do enfermeiro à criança com câncer em
câncer: cuidados cuidados paliativos.
paliativos.

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12 2013 MEDLI A importância da FRANÇA, Pesquisa de campo Investigar e analisar a comunicação em


NE comunicação em J.R.F.S.; et al. com abordagem contextos de cuidados paliativos sob a
cuidados paliativos de qualitativa perspectiva dos enfermeiros, a partir da
oncologia pediátrica: Teoria Humanística da Enfermagem.
foco na Teoria
Humanística da
Enfermagem.

13 2013 LILACS Pain and the dying CORDEIRO, Estudo descritivo, Descrever as possibilidades de cuidados
BDENF process: nurses F.R.; et al. exploratório, com de enfermagem para o paciente em
perspectives using the abordagem oncologia em estado terminal sob a
creative and sensible qualitativa perspectiva da equipe de enfermagem.
method.

14 2013 LILACS Morte digna da criança: SOUZA, L.F.; Revisão integrativa O objetivo deste estudo foi identificar o
BDENF percepção de enfermeiros et al. significado e as intervenções de
de uma unidade de enfermeiros que atuam em oncologia
oncologia. pediátrica na promoção de morte digna
da criança.
15 2013 LILACS Cuidados paliativos à FRANÇA, Pesquisa de campo, Este estudo objetivou compreender a
BDENF criança com câncer. J.R.F.S.; et al. com abordagem experiência existencial de enfermeiros,
qualitativa no cuidar de crianças com câncer sem
possibilidades terapêuticas.
16 2012 LILACS O enfermeiro e o cuidar MONTEIRO, Revisão de literatura O estudo objetivou analisar
BDENF da criança com câncer A.C.M.; compreensivamente o cuidado do
sem possibilidade de cura RODRIGUES, enfermeiro à criança hospitalizada
atual. B.M.R.D.; portadora de doença oncológica fora de
PACHECO, possibilidade de cura atual.
S.T.A.

17 2012 LILACS Espacialidade do ser- MUTTI, C.F.; Investigação Compreender o significado para equipe
BDENF profissional-de- PADOIN, fenomenológica de enfermagem de cuidar de crianças
enfermagem no mundo S.M.M.; heideggeriana que têm doença oncológica avançada,
do cuidado à criança que PAULA,C.C. cuja enfermidade não responde mais
tem câncer. aos tratamentos curativos.

18 2012 LILACS Cuidado de enfermagem MUTTI, C. F.; Investigação Compreender o significado, para equipe
BDENF à criança que tem doença et al. fenomenológica de enfermagem, de cuidar de crianças
oncológica avançada: ser- que têm doença oncológica que não
com no cotidiano responde mais aos tratamentos
assistencial. curativos.

4.1 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS


EM CRIANÇAS COM CÂNCER
Os enfermeiros oncológicos desempenham um papel fundamental no apoio aos
objetivos dos cuidados paliativos pediátricos. É por meio destes profissionais que as

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relações de confiança e implementação das melhores práticas para o cuidado podem ser
desenvolvidas à medida em que a doença progride junto às crianças com câncer.
Rodrigues, Bushatsky e Delgado (2015) consideram que estes profissionais
precisam apresentar um plano de cuidado paliativo efetivo com o objetivo de preservar a
qualidade de vida da criança, oferecendo tempo e informação para o processo de tomada
de decisões, bem como, possibilitar a comunicação no planejamento do cuidado desejado
pela criança e família e, desta forma, gerar tranquilidade e um senso de controle em
momentos difíceis.
O conceito de cuidar em oncologia pediátrica é desafiador e gera um desgaste
emocional do profissional, uma vez que essa doença é uma das que mais causam dor,
sofrimento, medo, ansiedade e estresse, tanto para o paciente quanto para a família e para
os profissionais que cuidam de tais crianças. A proximidade durante a rotina assistencial
transfere à equipe de enfermagem a responsabilidade de realizar os cuidados à criança
com câncer, o que fortalece o vínculo desta com a equipe e gera inúmeros sentimentos no
momento em que a criança encontra sua finitude (REIS et al., 2014).
Os profissionais que atuam nesta área, especialmente quando a criança é
diagnosticada sem possibilidades terapêuticas, passam a utilizar estratégias de defesa na
tentativa de se adaptarem à situação vivenciada, de maneira a reduzir seu caráter aversivo.
Diante da convivência com a criança nos momentos mais difíceis, o enfermeiro busca se
afastar na tentativa de evitar o envolvimento emocional e esforça-se para limitar sua
relação com a criança aos procedimentos técnicos e à rotina assistencial (SILVA et al.,
2015; SANTOS et al., 2020).
De acordo com Silva et al (2014), o paciente pediátrico em cuidados paliativos,
para grande parte dos profissionais de saúde, entre eles os da enfermagem, enfrentam
inúmeros desafios afim de promover uma assistência qualificada e humanizada durante o
processo de cuidar.
Monteiro, Rodrigues e Pacheco (2012) salientam que a dor é considerada como
um dos sintomas mais persistentes do câncer. Neste sentido, o controle da dor é tratado
como um princípio básico para a qualidade de vida, porém crianças, o tratamento da dor
é bastante crítico, em virtude da dificuldade de avaliar a dimensão da dor nessa faixa
etária. Apesar dessa dificuldade, o cuidado realizado pela equipe de enfermagem deve ser
centrado em intervenções que busquem minimizar a ocorrência da dor.
Outro fator relevante dentro deste contexto refere-se às questões de
farmacocinética e farmacodinâmica, que na criança oncológica sofre interferência diante

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de aspectos relacionados à faixa etária e desenvolvimento físico. Assim, necessita-se de


grande atenção para a prescrição e administração de analgésicos nas crianças oncológicas
que sofrem com a dor (CORDEIRO et al., 2013).
De acordo com Monteiro et al (2014) a analgesia pode não ser alcançada com as
doses padrão recomendadas e as crianças que sofrem da dor relacionada à doença ou ao
tratamento pode requerem doses maiores. No entanto, percepções incorretas sobre
dependência e depressão respiratória impedem o controle adequado da dor em uma
criança com câncer.
O controle inadequado da dor pode ser extremamente perturbador não só à
criança, mas também a família e aos cuidadores. A dor na doença oncológica é
multifatorial. Primeiro, avaliação adequada da dor é muitas vezes difícil de alcançar com
crianças, especialmente se não forem verbais. A dor deve ser frequentemente avaliada por
meio de escalas de avaliação, comunicação com a família e criança e observação de
comportamentos relacionados à dor (SOUZA et al., 2013).
O alívio da dor é atualmente visto como um direto humano básico e, portanto,
trata-se não apenas de uma questão clínica, mas também de uma situação ética que
envolve todos os profissionais de saúde. Sendo assim, o adequado preparo dos
enfermeiros é estratégia fundamental para o controle da dor e sintomas prevalentes em
pacientes pediátricos com câncer sob cuidados paliativos, pois são estes profissionais que
mais frequentemente avaliam a eficácia das medidas de suporte implementadas. É
inviável a promoção de uma morte digna em uma criança, se esta estiver com sofrimento
físico e/ou emocional (SILVA et al., 2014; SOUZA et al., 2018).
Os métodos não farmacológicos não anulam as medicações, porém, é importante
lembrar que a dor tem influência do meio social, das condições psicológicas e emocionais
(SANTOS et al, 2020).
Sousa, Silva e Paiva (2019) afirmam que a relação entre o enfermeiro e a criança
é que constitui o processo de cuidar, o qual integra técnica, intuição, comunicação,
diálogo e sensibilidade. A criação de vínculo entre o profissional de enfermagem e o
paciente com câncer infantil torna-se inevitável pelo seu longo tempo de
acompanhamento, fato que potencializa a construção de uma relação singular, pautada na
confiança, na esperança e no respeito. O vínculo ocorre por meio dos atos de escutar, de
dialogar, o que possibilita que a criança adquira confiança em quem a cuida. Nesse
sentido, o cuidado adquire dimensões significativas, em virtude das trocas e do
compartilhar de emoções e sentimentos.

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O estabelecimento do bom humor, no ambiente onde se assistem pacientes sem


possibilidades terapêuticas, denota a ideia de bem-estar do paciente e a importância dos
relacionamentos, o que vai ao encontro da filosofia dos cuidados paliativos. Nessa prática,
o humor é um importante componente da comunicação e do cuidado afetuoso, por ser
apreciado em uma dimensão do cuidado emocional, propicia relações terapêuticas que
minimizam a angústia referente à complexa condição de terminalidade do paciente e
proteger sua dignidade e seus valores (CARMO; OLIVEIRA, 2015).
As ações de cuidado não devem somente se prender a cumprir atribuições técnicas
de realização de procedimentos das práticas paliativas, mas também devem representar
um elo entre os integrantes deste processo. O cuidar envolve atitudes e ações simples
como o toque, a escuta, sensibilidade e estar perceptivo ao sofrimento do outro.
Portanto, a assistência à criança com câncer deve abranger as necessidades físicas,
psicológicas e sociais, incluindo personalização de assistência, promoção de cuidados não
traumáticos, preparação de procedimentos e adoção de medidas para alívio da dor e
desconforto, e incluir a família no processo de cuidar (FRANÇA et al., 2013).

4.2 A CRIANÇA COM CÂNCER, ENFERMAGEM E A FAMÍLIA


Uma das situações mais desafiadoras na prática de enfermagem é cuidado
prestado à criança e, consequentemente, à sua família, uma vez que a assistência deve
atender as necessidades emocionais, físicas e espirituais.
Quando uma criança é diagnosticada com câncer, consequentemente, afeta toda a
família. É um abalo emocional, pois, muda toda a rotina e eles irão lidar com sentimentos
de medo, insegurança e desespero (ALVES et al., 2016).
Nesse mundo intersubjetivo, acontece a interação entre o enfermeiro, a criança e
a família, o que permite a compreensão e o consentimento mútuos que ocorrem na
situação comum de dar e receber apoio, seja no âmbito emocional, espiritual ou religioso
(MONTEIRO et al., 2014).
Para Carmo e Oliveira (2015) é imprescindível oferecer apoio aos pais para
lidarem com as percas no seu dia a dia. Sendo assim, a religiosidade e/ou espiritualidade
é um meio de enfrentamento para essas situações que causam instabilidade emocional.
A comunicação parece difícil entre a equipe de enfermagem e a família, pois
tendem a dizer o que a família quer ouvir ou não sabe o que dizer. Uma comunicação
eficaz pode ter um efeito positivo na saúde emocional e gestão de sintomas de um
paciente, no entanto, muitas das vezes esta comunicação não é eficaz. Os profissionais de

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saúde subconscientemente podem tentar se proteger, resultando em exploração limitada


de sentimentos com as crianças e suas famílias (SOUZA et al., 2018).
Para Rodrigues, Bushatsky e Delgado (2015) o vínculo formado entre o
profissional e a criança/família é visto como uma relação de apego, concebida como
qualquer forma de comportamento que uma pessoa alcança e mantém a proximidade com
outro indivíduo diferente e preferido. Para a criança, a pessoa que a trata de forma
maternal, mantendo uma boa interação social e respondendo aos seus sinais e
necessidades, torna-se a figura de apego. A família espera dos programas de cuidados
paliativos habilidades profissionais, confiança nos membros da equipe e a segurança do
cuidado.
Torna-se relevante ressaltar a preocupação dos profissionais da equipe de
enfermagem em considerar o familiar com uma unidade de cuidado, o que vai ao encontro
da contextualização, valorizando a estrutura social na qual a pessoa faz parte
(CARVALHO et al., 2020).
Neste sentido França et al (2013) considera que a equipe de enfermagem possui
um importante papel na assistência prestada junto aos pacientes oncológicos pediátricos
e seus pais ao longo dos cuidados paliativos.
Na abordagem paliativa, cuidar envolve atos humanos no processo de assistir o
doente com câncer e sua família. A arte de cuidar funda-se na fonte da vida, enredada em
uma troca mútua de sentimentos e experiências, os quais avivam, nos seres envolvidos, a
confiança, a empatia e o respeito que brotam do estar com outro de forma autêntica (REIS
et al., 2014).
Mutti, Padoin e Paula (2012) reforçam que o trabalho no âmbito da equipe de
enfermagem é marcado pela relação de interdependência e valorização da comunicação.
A relação é estabelecida na busca do apoio mútuo, diante da demanda de trabalho diária,
ampliando as possibilidades de atendimento das necessidades da pessoa e dos seus
familiares.
Pensando no convívio e relação com a criança com câncer e a família, a equipe de
enfermagem deve ouvir, conversar sobre o momento vivido, auxiliando assim na
manifestação dos medos e preocupações.
De acordo com Monteiro et al (2014), a implementação de estratégias para o
cuidado, tais como a comunicação, criação de vínculos e ações multidisciplinares para o
atendimento das necessidades da pessoa e dos seus familiares, podem possibilitar o
fortalecimento dos laços entre os mesmos.

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4.3 O CUIDADO PALIATIVO DA CRIANÇA COM CÂNCER EM DOMICÍLIO


O cuidado quando realizado em domicílio engloba vários aspectos, relevantes no
contexto o qual a criança com câncer se insere, podendo se destacar: o perfil
socioeconômico, a situação conjugal, a escolaridade e a religião (SILVA et al., 2019).
Verri et al (2019) afirma que, ao cuidar de uma pessoa na sua fase final de vida,
consequentemente, ocorre uma sobrecarga que pode levar ao cuidador desenvolver uma
série variada de problemas advindos desta problemática do qual está inserido.
O cuidador se sente estressado, ansioso e até mesmo impotente diante da situação.
Dessa forma, a maioria prefere o atendimento hospitalar aos cuidados em casa. Os
profissionais devem deixar claro que mesmo diante da impossibilidade de cura ainda é
possível cuidar com carinho, amor e afeto para uma melhor condição de vida (SOUSA;
SILVA; PAIVA, 2019).
É importante destacar que, no cuidado paliativo, as medidas de suporte e conforto
para o alivio do sofrimento, em virtude do avanço da doença, devem ser priorizadas
visando ao bem-estar dessa criança. Diversas estratégias podem ser estimuladas pela
equipe que assiste à criança, possibilitando assim um elo de compromisso para a oferta
de um cuidado integral, mesmo sendo que estes cuidados sejam realizados fora do
ambiente de saúde (REIS et al., 2014).
Os cuidados paliativos buscam promover a humanização no momento final da
vida, através de uma abordagem que proporcione o morrer com dignidade (BOTOSSI,
2021).
Diante da vivência do cuidador familiar em domicílio, nota-se que a família busca
formas de se adaptar a essa nova realidade. Sendo assim, o profissional tem seu papel
como uma rede de esclarecimento e apoio, sendo que, quanto maior os vínculos, maior
os benefícios à ambos (PAULA et al., 2019).

5 CONCLUSÃO
Com a análise dos artigos selecionados, foi possível observar quanto aos diversos
aspectos que envolvem os cuidados paliativos em crianças com câncer.
Neste contexto, percebe-se o importante papel que a equipe de enfermagem
desenvolve dentro das perspectivas dos cuidados paliativos, promovendo a
implementação de intervenções que auxiliem na melhoria da qualidade de vida da criança
com câncer. Destaca-se aqui a relevância quanto às intervenções não farmacológicas que
podem ser aplicadas durante este processo.

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A assistência à criança com câncer deve abranger as inúmeras necessidades do


qual se apresentam, sejam elas necessidades físicas, psicológicas e sociais, prezando por
um cuidado holístico, integrativo, humanizado e acolhedor.
Outro importante aspecto a ser levantado como desafiador diz-se acerca da relação
entre criança, família e equipe de enfermagem. O diagnóstico de câncer na criança aliado
cuidado paliativo, estabelece a ocorrência de inúmeros sentimentos o qual todos estarão
envolvidos. Torna-se imprescindível que o apoio mútuo seja aplicado afim de que o elo
criado seja um meio de sustentação e fortalecimento para o enfrentamento desta condição.
Os profissionais de enfermagem precisam estar aptos para o auxílio e
compreensão da criança e família, podendo assim favorecer para o entendimento da
doença, criando um contexto participativo nas decisões para a prestação do cuidado.
Diante disso, entende-se que os estudos evidenciam a importância do processo da
criança com câncer em cuidados paliativos, sendo permeado por diversas particularidades
e que necessitam serem analisadas, proporcionando meios para que sejam desenvolvidas
estratégias que garantam a qualidade e segurança do cuidado.

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REFERÊNCIAS

ALVES, K.M.C.; et al. The experience of parents of children with cancer in treatment
failure conditions. Texto & contexto enferm., Florianópolis, v.25, n.2, 2016. Disponível
em: < https://www.scielo.br/j/tce/a/sbvdvXChgtDXTw9yG43GRFD/?lang=en>. Acesso
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