Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISSN: 2525-8761
DOI:10.34119/bjhrv4n1-135
RESUMO
A cultura da Segurança do Paciente tem passado por inúmeras transformações nas ultimas
décadas. No âmbito da nefrologia, medidas que gerem melhoria de qualidade e segurança
ao serviço, aos profissionais e aos pacientes, tem sido pouco exploradas. O presente
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1621
ISSN: 2525-8761
estudo teve como objetivo verificar na literatura da área, as referências utilizadas para
planejar a implantação das práticas de Segurança do Paciente em unidades de
hemodiálise, bem como demonstrar sua importância nesses serviços especializados e que
oferecem alta complexidade tecnológica e atendimento ao paciente renal em tratamento
hemodialítico. Uma revisão integrativa, dos artigos publicados entre 2007 e 2017, foi
realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed, Medline, Scielo e Science Direct.
Também foram utilizados os descritores pré-determinados em inglês e português,
abrangendo artigos que utilizavam "segurança do paciente", "hemodiálise", "qualidade"
e seus respectivos descritores em português, utilizados em combinação. As referências
bibliográficas dos trabalhos identificados pela pesquisa eletrônica foram revisadas para
identificar estudos adicionais. Resultados obtidos: foram identificados artigos referentes
aos processos de implantação de práticas de Segurança do Paciente em unidades de
hemodiálise, adaptado de outras áreas, contudo este processo de edificação está em
construção. Conclusão: para que as políticas de Segurança do Paciente sejam aplicadas e
implementadas, é necessário reestruturar os serviços com foco na formação de
profissionais, na segurança e em uma política administrativa que esteja disposta a
modificar os padrões usuais, pensando na melhoria contínua dos serviços oferecidos. Para
isso, além dos profissionais envolvidos, é necessário incluir pacientes e familiares nessa
prática.
ABSTRACT
The culture of Patient Safety has undergone countless transformations in recent decades.
In the field of nephrology, measures that generate improvement in quality and safety at
work, for professionals and patients, have been little explored. This study aimed to verify
in the literature of the area, the references used to plan the implementation of the practices
of Patient Safety in hemodialysis units, as well as demonstrate their importance in these
specialized services that offer high technological complexity and care to the renal patient
in hemodialysis treatment. An integrative review, of the articles published between 2007
and 2017, was performed in the electronic databases PubMed, Medline, Scielo and
Science Direct. The pre-determined descriptors in English and Portuguese were also used,
covering articles that used "patient safety", "hemodialysis", "quality" and their respective
descriptors in Portuguese, used in combination. The bibliographical references of the
works identified by the electronic survey were revised to identify additional studies.
Results obtained: articles referring to the implementation of practices of Patient Safety in
hemodialysis units, adapted from other areas, were identified, however this building
process is under construction. Conclusion: for the Patient Safety policies to be applied
and implemented, it is necessary to restructure the services focusing on professional
training, safety and an administrative policy that is willing to modify the usual standards,
thinking about the continuous improvement of the services offered. For this, besides the
professionals involved, it is necessary to include patients and relatives in this practice.
1 INTRODUÇÃO
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1622
ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1623
ISSN: 2525-8761
2 MATERIAL E MÉTODOS
Através da análise de artigos originais, publicados entre os anos de 2007 e 2017,
foi desenvolvido este estudo pelo método de revisão integrativa. A opção por pesquisas
dos últimos anos, se deu pela busca por novas informações sobre o tema em questão e sua
análise atual. Esta modalidade de revisão busca através de métodos de pesquisa
criteriosos, explanar o tema em questão de maneira sistemática, ordenada e abrangente.
Assim, tende a fornecer melhores conhecimentos produzidos sobre o tema proposto, uma
vez que devem ser avaliados criticamente por profissionais com habilidades clínicas, a
fim de que, posteriormente, este conhecimento possa ser incorporado na prática
assistencial 6.
Utilizou-se a bases de dados eletrônicos Medline, Cinahl, Lilacs, Cochrane e
SciSearch. Quanto a seleção dos descritores foi utilizada o processo de revisão mediante
consulta ao Medical Subject Headings (MESH) e aos Descritores em Ciências da Saúde
(DECs). A utilização pré-determinada dos descritores em inglês, abrangeram artigos que
utilizaram “Patient safety”, “hemodialysis”, “quality” em combinação. Esses estudos
reportaram temáticas em relação à segurança do paciente no âmbito da hemodiálise em
estudos transversais e de coorte em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1624
ISSN: 2525-8761
3 RESULTADOS DA SELEÇÃO
4 CONTEÚDO DA REVISÃO
A DOENÇA RENAL CRÔNICA E AS TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL
A Doença Renal Crônica (DRC) refere-se à perda progressiva da função renal,
podendo comprometer a qualidade de vida do doente, possuindo elevada taxa de
morbimortalidade. As causas mais frequentes são Hipertensão Arterial Sistêmica e
Diabetes, causando Nefroesclerose Hipertensiva e Nefropatia Diabética,
respectivamente7. É avaliada por meio do grau de lesão renal, através da queda da taxa de
filtração glomerular (TFG), sendo estagiada em níveis, no qual o estágio cinco é o mais
grave e corresponde à insuficiência renal terminal, que, por sua vez, pode manifestar
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1625
ISSN: 2525-8761
CULTURA DE SEGURANÇA
Estruturar um serviço que vise contemplar a segurança do paciente é uma tarefa
árdua, uma vez que é necessário reestruturar ações e modos de pensar em saúde.
A temática voltada para a segurança do paciente em serviços de saúde, não é
recente. Com início em meados dos anos 1950, andando lado a lado com processos que
visavam à qualidade do cuidado nos serviços de saúde, inicialmente com serviços de
12
auditoria médica, normas para licenciamento e normas de práticas clínicas . Avedis
Donabedian, realizou estudos que tiveram um profundo impacto sobre os sistemas de
gestão nas áreas da medicina e seus princípios são considerados de grande importância
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1626
ISSN: 2525-8761
para a excelência hospitalar. Baseou-se nesta linha de pesquisa para descrever este
processo no contexto da hemodiálise.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem desenvolvido ações
visando proteger a saúde da população e intervir nos riscos advindos do uso de produtos
e dos serviços, através de práticas de vigilância, controle, regulação e monitoramento
sobre os serviços de saúde e o uso das tecnologias disponíveis para o cuidado 13.A partir
de 2004, a ANVISA incorporou ao seu escopo de atuação as ações previstas na Aliança
Mundial para a Segurança do Paciente, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Desde então, a Agência vem intensificando suas atividades no campo de serviços
de saúde em parceria com o Ministério da Saúde (MS), a Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS/OMS) e demais entidades do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
(SNVS). Do mesmo modo, práticas de vigilância e monitoramento sobre o uso de sangue,
saneantes, materiais, dispositivos, equipamentos e medicamentos, aliam-se à vigilância e
controle de Eventos Adversos (EAs), incluindo as Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde (IRAS), em busca de uma atenção qualificada à saúde 13.
Inicialmente é preciso definir as nomenclaturas que compreendem os incidentes e
Eventos Adversos. Cabe ressaltar que incidente é um evento ou circunstância que poderia
ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente. Estes podem ser oriundos
de atos intencionais ou não intencionais. Os erros são, por definição, não-intencionais, já
o risco é a probabilidade de um incidente ocorrer. Os incidentes podem ser subdividos
em quatro tipos: 1) circunstância notificável: incidente com potencial significativo para o
dano, sem ocorrência de dano ou lesão; 2) Near Miss (quase erro): incidente que não
chegou a atingir o paciente, pois foi detectado antes de ocorrer; 3) incidente sem danos:
é um evento que atingiu o paciente, mas nenhum dano foi observado; 4) incidente com
dano ou eventos adversos propriamente dito: incidente que atinge o paciente e resulta em
lesão ou dano 14.
Eventos Adversos (EA’s) são incidentes que resultam em danos à saúde,
decorrentes de falhas nos processos ou estruturas assistenciais. Entendendo por dano
qualquer comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele
oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção,
podendo ser físico, social ou psicológico 14.
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1627
ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1628
ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1629
ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1630
ISSN: 2525-8761
17
do gerenciamento de risco . A gestão de riscos compreende a aplicação sistêmica e
contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise,
avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança,
a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional 17
Para implantar um projeto de melhoria da qualidade usando a ideia de mudança e
as ferramentas de melhoria da qualidade na prática clínica, é necessário diagnosticar
soluções dos problemas encontrados nos processos, escolher os indicadores de processo
e de resultado a serem trabalhados no ambiente clínico18. Logo, a melhoria de qualidade
envolve um esforço coordenado entre profissionais de saúde e outras partes interessadas
para diagnosticar e tratar problemas no sistema de saúde.
No entanto, os profissionais de saúde muitas vezes não têm treinamento em
métodos de melhoria de qualidade, o que dificulta sua participação em iniciativas de
melhoria. Inicialmente busca-se formar uma equipe engajada em processo de mudança
para melhoria, e após, com a utilização de algumas metodologias e ferramentas, organiza-
se as ações de segurança. Os projetos podem ser adaptados de outras áreas e adequados
para os profissionais de saúde na área da nefrologia poderem usar para iniciar seus
próprios projetos de melhoria de qualidade 19.
Para atingir mudanças sustentáveis, as iniciativas de melhoria de qualidade devem
se tornar uma nova forma de trabalhar, em vez de algo que é apenas acrescentado ao
cuidado clínico de rotina. Contudo, a maioria das mudanças organizacionais não se
sustentam. As ameaças à sustentabilidade podem ser identificadas tanto no início de um
projeto como quando ele está pronto para a implementação. Ferramentas que ajudam a
sustentar a melhoria incluem painéis de controle de processos, painéis de desempenho,
padrões de trabalho e reuniões rápidas de melhoria.
Muitas dessas ferramentas baseiam-se nos princípios da gestão, que são sistemas
transparentes e simples que permitem a cada profissional distinguir rapidamente as
condições de trabalho normais das anormais. Mesmo quando os métodos de melhoria de
qualidade são aplicados adequadamente, o êxito de um projeto ainda depende de fatores
contextuais 19. Observa-se que existe um movimento internacional por apelo a mudanças
culturais para a Segurança do Paciente na saúde. Porém, as mudanças não têm sido
suficientes até o momento, pois apresentam “manifestações superficiais” que ainda não
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1631
ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1632
ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1633
ISSN: 2525-8761
itens foram sintetizados para a verificação e aplicação nas sessões de hemodiálise. Desta
forma, podem ter aplicação diária e contínua, enquanto os demais itens devem ser
verificados individualmente e a parte 26.
O Home Pause Cheklist ficou dividido em 3 etapas sendo itens a verificar-se antes
27
de iniciar a sessão, ao iniciar a sessão e ao término da sessão . Os itens a serem
identificados antes de iniciar a sessão foram:
• Identificação confirmada;
• Dialisador e dialisato corretos;
• Mudanças nas orientações e prescrição;
• Exames laboratoriais;
• Prescrição de medicamentos;
• Alergias;
• Dificuldades com acesso venoso;
• Fluxo sanguíneo adequado.
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1634
ISSN: 2525-8761
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1635
ISSN: 2525-8761
5 CONCLUSÃO
A segurança do paciente está sendo abordada há mais de duas décadas através de
uma aliança internacional para modificar os modos de cuidar e garantir uma assistência
segura, através da utilização de ferramentas de avaliação do processo de cuidar.
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1636
ISSN: 2525-8761
A construção deste processo é bastante complexa, haja vista que mesmo em países
pioneiros da prática, os profissionais ainda encontram diversas barreiras. Especificamente
no campo da nefrologia, é ainda um tema pouco abordado nacionalmente e precisa de um
empenho maior dos profissionais, para que sejam construídas ferramentas de gestão
individualizadas para esta especialidade, e possa tratar os eventos de maneira a identificar
suas causas, construir barreiras e garantir uma assistência segura e de qualidade.
Para que as políticas de Segurança do Paciente sejam aplicadas e implementadas,
é necessário reestruturar os serviços com foco na formação de profissionais, na segurança
e em uma política administrativa que esteja disposta a modificar os padrões usuais,
pensando na melhoria contínua dos serviços oferecidos. Para isso, além dos profissionais
envolvidos, é necessário incluir pacientes e familiares nessa prática.
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1637
ISSN: 2525-8761
REFERÊNCIAS
1. Precil Diego Miranda de Menezes Neves; Ricardo de Castro Cintra Sesso; Fernando
Saldanha Thomé; Jocemir Ronaldo Lugon; Marcelo Mazza Nasicmento; Censo Brasileiro
de Diálise: análise de dados da década 2009-2018. Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Censo Brasileiro de Diálise. 2018.
2. Kliger AS. Maintaining Safety in the Dialysis Facility. Clinical Journal of the
American Society of Nephrology: CJASN. 2015, 10 (4):688-695.
3. Thomas- Hawkins C, Flynn L. Patient safety culture and nurse-reported adverse events
in outpatient hemodialysis units. Res Theory Nurs Pract. 2015. 29 (1):53-65.
6. Mendes KDS, SILVEIRA RCCP, GALVÃo CM. Revisão integrativa: método de pesquisa
para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm.
2008, 17(4):758-64.
7. Pendse S, Singh A, Zawada Jr. E. Início da diálise. In: Daugirdas JT, Blake PG, Ing
TS. Manual de diálise. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. p.13-9.
8. Cohen SC, Holder-Perkins V, Kimmel PL. Problemas psicossociais nos pacientes com
doença renal em estágio terminal. In: Daugirdas JT, Blake PG, Ing TS. Manual de diálise.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. p. 421-6.
10. Guerrero VTG, Mujica AED, Albornoz KV. La educación como estrategia para
mejorar la adherencia de los pacientes em terapia dialítica. Rev Cubana Enferm.
2010;26(2):52-62.
11. Madeiro AC, Machado PDLC, Bonfim IM, Braqueais AR, Lima FET. Adesão de
portadores de insuficiência renal crônica ao tratamento de hemodiálise. Acta Paul
Enferm. 2010;23(4):546-51.
12. Kohn LT, Corrigan JM, Danaldson MS (org) To Err is Human: Building a Safer
Health System.Washington (DC). National Academies Press (US); 2000.
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1638
ISSN: 2525-8761
14. World Health Organization (WHO). Conceptual Framework for the International
Classification for Patient Safety. Taxonomy. World Alliance for Patient Safety, 2009.
17. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: Uma Reflexão
Teórica Aplicada à PráticaAgência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa,
2017.
18. McQuillan RF, Silver SA, Harel Z, Weizman A, Thomas A, Bell C, Chertow GM,
Chan CT, Nesrallah G. How to Measure and Interpret Quality Improvement Data. Clin J
Am Soc Nephrol. 2016. 11(5):908-14.
19. Silver SA, McQuillan R, Harel Z, Weizman AV, Thomas A, Nesrallah G, Bell
CM, Chan CT, Chertow GM. How to Sustain Change and Support Continuous Quality
Improvement. Clin J Am Soc Nephrol. 2016.11(5):916-24.
20. Jacobs R, Mannion R, Davies HT, Harrison S, Konteh F, Walshe K. The relationship
between organizational culture and performance in acute hospitals. Soc Sci Med.
2013,76(1):115-25.
21. Sue H, et al. More holes than cheese. What prevents the delivery of effective, high
quality and safe health care in England?, Ergonomics. 2016. 61(1): 5-14.
22. World Health Organization (WHO). World Alliance for Patient Safety. Forward
program 2008 – 2009. 2008.
23. Bray BD, Boyd J, Daly C, Doyle A, Donaldson K, Fox JG, et al. How safe is renal
replacement therapy? A national study of mortality and adverse events contributing to the
death of renal replacement therapy recipients. Nephrol Dial Transplant. 2014; 29:681–7.
25. Silver SA, Thomas A, Rathe A, et al. Development of a hemodialysis safety checklist
using a structured panel process. Can J Kidney Health Dis. 2015;2:5. Published 2015 Feb
12. doi:10.1186/s40697-015-0039-8
26. Alison Thomas, Samuel A. Silver, Andrea Rathe, Pamela Robinson, Ron Wald,
Chaim M. Bell, Ziv Harel, Feasibility of a hemodialysis safety checklist for nurses and
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021
Brazilian Journal of of Health Review 1639
ISSN: 2525-8761
patients: a quality improvement study, Clinical Kidney Journal, Volume 9, Issue 3, June
2016, Pages 335–342, https://doi.org/10.1093/ckj/sfw019
28. Renal Physicians Association. Patient safety improvement plan basic [Internet]. 2018
[cited 2018 jul 01].Avaliabe from:
https://cdn.ymaws.com/www.renalmd.org/resource/resmgr/patient_safety_reports/poste
rs/patient_safety_plan_basics_-.pdf
29. Renal Physicians Association. Dialysis Safety: What Patients Need To Know
[Internet]. 2018 [cited 2018 jul 01]. Available from:
https://cdn.ymaws.com/www.renalmd.org/resource/resmgr/patient_safety_reports/poste
rs/RPA_safetyFlier2_6_12F_Hi_Re.pdf
Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.1, p 1620-1639 jan./feb. 2021