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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM


CAMPUS ANANINDEUA
DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA
DOCENTE: SUZIANE SANTOS

TITULO

DISCENTES:

ALINE FABÍOLA MIRANDA DOS SANTOS - 26157108


CLAUDIA CAMILA DE FARIAS NASCIMENTO - 26158953
MILENA DA SILVA SOUSA – 26157189
RAFAELA BARROS ARAÚJO - 26151013
TURMA 107NMC MANHÃ

Ananindeua
2020
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
CAMPUS ANANINDEUA
DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA
DOCENTE: SUZIANE SANTOS

TITULO

Introdução: A estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI)


tem por finalidade promover uma rápida e significativa redução da mortalidade na infância,
tendo em vista a diminuição da incidência ou gravidade dos casos de infecções respiratórias
agudas, doenças diarreicas e desnutrição, que são umas das principais causas associadas ao
óbito infantil que poderiam ser evitadas utilizando medidas preventivas, diagnóstico precoce e
tratamento adequado e assim, permitindo ao enfermeiro atuar na atenção básica de forma
resolutiva e embasada (MELLO et al, 2011). Então, cabe ao profissional de saúde acolher a
criança e seu acompanhante, compreender a extensão do problema que a aflige e propor
procedimentos de fácil aplicação e comprovada eficácia (PARANHOS; PINA; MELLO,
2011). Objetivo: Descrever a atuação do enfermeiro frente às doenças prevalentes na infância
(AIDPI). Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com dados coletados
nas bases de dados Lilacs, Medline e Biblioteca Virtual SciELO. Foram selecionados artigos
que atenderam aos critérios de inclusão e as palavras chaves para nortear a pesquisa foram:
Saúde da Criança; Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância e Cuidados de
enfermagem. Resultados e discussão: O Brasil, em 1996, adotou a AIDPI com intuito de
diminuir os altos índices de mortalidade infantil no país, a maioria nas regiões Norte e
Nordeste. Tratou-se de uma estratégia para o seguimento da saúde da criança a ser utilizada
na atualmente Estratégia saúde da família (ESF), para avaliação dos fatores que afetam a
saúde infantil como subsídio para intervenções e orientações adequadas (BRANQUINHO;
LANZA, 2018). Segundo Veríssimo et al (2003) a estratégia consiste em um conjunto de
critérios simplificados para avaliar, classificar e tratar as doenças prevalentes nas crianças
menores de cinco anos, constituindo-se num enfoque altamente de promoção da saúde. Logo,
o enfermeiro é fundamental frente à AIDIP, já que sistematiza a tomada de decisões do
profissional no âmbito curativo, de prevenção e promoção à saúde, relacionados ao
aleitamento materno, promoção de alimentação saudável, crescimento e desenvolvimento,
imunização, assim como o controle dos agravos à saúde (CARVALHO; SARINHO, 2016).
Nessa perspectiva, Branquinho e Lanza (2018) enfatiza sobre a importância do profissional
em reconhecer a qualidade da consulta de puericultura para a garantia da saúde da criança e
compreender como um acompanhamento sistemático e periódico. Para Mello et al (2011) a
AIDPI propõe “olhar” a criança como um todo e não apenas o motivo da consulta. Assim o
profissional não perde de vista outros problemas, que por não constituírem queixa principal
poderia ser ignorado. Ademais, considera que crianças, saudáveis ou doentes, inserem-se em
contexto social e familiar que determina condições de alimentação, moradia, educação, renda
familiar, saneamento básico, entre outros, constituindo-se em importante ferramenta para
atenção integrada e integral à saúde da criança. Ademais, a utilização da Caderneta de Saúde
da Criança demonstrou que tal instrumento amplia o campo de práticas na visão do
enfermeiro, permitindo um diálogo com a mãe e a família sobre as condições de saúde da
criança, mas, ao mesmo tempo, apresentou alguns problemas como o preenchimento
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incompleto desse instrumento por parte dos profissionais e a limitação do conhecimento de


alguns desses indivíduos a respeito do mesmo. No estudo, observou que alguns profissionais
descrevem sobre as deficiências na estrutura dos serviços, relacionado à disponibilidade de
instrumentos/equipamentos para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
da criança como contribuintes para a realização de ações inadequadas nesse processo.
Quando as equipes de saúde da família prestam assistência de forma integral às crianças
juntamente com a família no âmbito da atenção primária, tornar possível obter resultados
satisfatórios podendo diminuir o número de mortalidade de crianças menores de cinco anos,
como por exemplo, as crianças com pneumonia e as complicação das doenças, diarreia,
desnutrição (SIMIÃO et al., 2017). Diante da análise dos dados obtidos notamos alguma
dificuldade principalmente na atenção primária, seja por falta de conhecimento do enfermeiro
na prestação da atenção integrada à criança. A importância da comunicação também é
destacada na adesão ao seguimento e referência da criança. Embora seja influenciada por
fatores como a percepção dos cuidadores sobre os sinais de severidade da doença, a melhora
da criança, o custo da alimentação, alojamento durante a hospitalização, as barreiras
geográficas e a dinâmica familiar, a adesão também sofre influência da interação com os
serviços de saúde, com destaque para a falta de clareza nas orientações de referência e
seguimento, por parte dos trabalhadores, e insatisfação dos usuários com avaliação hospitalar
anterior e experiência negativa com o serviço. Sabe-se que dos diversos benefícios que a
aplicação de tal estratégia pode resultar, não só nos serviços de saúde, mais também em
domicílios e comunidade tornando uma peça essencial para as mudanças no olhar integral da
saúde infantil, não somente nas queixas mais em sua totalidade. Conclusão: Destarte,
conclui-se que a atuação do enfermeiro frente às doenças prevalentes na infância, por meio da
(AIDPI), inserido no programa de estratégia de saúde da família (ESF), é imprescindível para
a prevenção e tratamento das mesmas, uma vez que ela sistematiza a tomada de decisões do
profissional no âmbito curativo, de prevenção e promoção a saúde, relacionados ao
aleitamento materno, promoção de alimentação saudável, crescimento e desenvolvimento,
imunização, assim como o controle dos agravos à saúde (CARVALHO; SARINHO,2016).
Entretanto, o estudo apontou que na pratica existe uma deficiência no acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento da criança, devido à baixa disponibilização de equipamentos
necessários para a realização de ações desse processo. Ademais, notou-se deficiências por
parte do enfermeiro em relação a sua aptidão na prestação da atenção integrada à criança. É
destacado também, um défice na adesão ao seguimento e referência da criança, originado
principalmente pela baixa interação com o serviço de saúde, pelo fato de as orientações de
referência e seguimento não serem expostas pelos profissionais de forma clara, além de
insatisfação com os serviços hospitalares por parte dos usuários. Desta forma, torna-se
necessário que o Ministério Da Saúde implemente constantes cursos de capacitação referentes
a essa área de atuação, direcionado para profissionais enfermeiros, além de manter uma
contínua análise da qualidade e das necessidades do serviço, disponibilizando os instrumentos
sempre quando necessário. Pois dessa forma, será possível obter resultados quantitativos nos
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serviços prestados, e com isso, uma redução da taxa de mortalidade por doenças prevalentes
na infância.

Descritores:

Referências:

Epóxi CH, Fujimori E, Cursino EG, Chiesa AM, Veríssimo MDLÓR, Mello DF. Atenção Integrada
As Doenças Prevalentes Na Infância (AIDPI) Na Prática De Enfermeiros Egressos Da USP. Rev
Gaúcha Enferm, Porto Alegre (RS) 2011 Jun; 32(2): 241-7.

Paranhos VD, Pina JC, Mello DF. Atenção Integrada Às Doenças Prevalentes Na Infância E O
Enfoque Nos Cuidadores: Revisão Integrativa Da Literatura. Rev. Latino-Am. Enfermagem
19(1): [09 Telas] Jan-Fev 2011.

Carvalho EB, Sarinho SW. A Consulta De Enfermagem No Acompanhamento Do Crescimento E


Desenvolvimento De Crianças Na Estratégia Saúde Da Família. Rev Enferm UFPE 2016; 10(6):
4804-12. DOI: 10.5205/Reuol. 8200-71830-3SM.1006sup 201612.

Veríssimo mdrv, mello df, bertolozzi mr, chiesa am, sigaud chs, fujimori e, lima rag. A formação do
enfermeiro e a estratégia atenção integrada às doenças prevalentes na infância. Rev bras enferm,
brasília (df) 2003 jul/ago; 56(4): 396-400.

Simião cks, sousa dlb de, silva ast da et al. Atenção integrada às doenças prevalentes na
infância: prática do enfermeiro. Rev enferm ufpe on line., recife, 11(supl. 12):5382-90,
dez., 2017.

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