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NOTA FINAL

CURSO DE MEDICINA - AFYA


Aluno:
Componente Curricular: Integração Ensino Serviço Comunidade IV

Professor (es):

Período: 202301 Turma: Data:

N1_ESPECIFICA_IESC 4_24ABRIL2023

RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA


PROVA 07197 - CADERNO 002

1ª QUESTÃO
Enunciado:

Amanda, nova moradora no bairro, compareceu a unidade de saúde com seu filho Elber, 09
meses, para consulta médica. Durante o atendimento, informa que foi bem assistida pelos
profissionais da maternidade onde teve a criança, que, inclusive, a ensinaram alguns exercícios
para facilitar no momento do parto e que contou com a presença do acompanhante a todo
momento. Foi comunicada pela obstetra, após o parto, que seu filho havia nascido com baixo
peso e era necessário a utilização e acompanhamento no método canguru, que persistiu por 15
dias até receber alta. Hoje, após consulta realizada pela médica, Dona Amanda participou de
uma atividade educativa sobre prevenção de acidentes na infância, onde foram abordados
temas como quedas, queimaduras, choques elétricos, dentre outras.

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) estrutura-se em 07 (sete)


eixos estratégicos. Nesse sentido, após análise do caso descrito, assinale a alternativa que
apresenta os dois eixos que foram contemplados através das ações e relatos de Dona
Amanda.

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Resposta comentada:

As ações estratégicas do eixo de atenção humanizada e qualificada à gestação, ao


parto, ao nascimento e ao recém-nascido:

A prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis.


A atenção humanizada e qualificada ao parto e ao recém-nascido no momento do
nascimento, com capacitação dos profissionais de enfermagem e médicos para
prevenção da asfixia neonatal e das parteiras tradicionais.
A atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso, com a utilização do “Método
Canguru”.
Oferta da Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru, e
cuidado ampliado ao recém-nascido e à sua família, desde a identificação da gravidez
de risco, passando pela internação neonatal, estendendo-se até o domicílio. Esse
método prioriza o contato pele a pele prolongado entre a mãe (ou pai) e seu recém-
nascido, o mais precoce possível, facilitando a formação de vínculos, aumentando as
taxas de aleitamento materno exclusivo e com uma série de outros benefícios
(BRASIL, 2007a; BRASIL, 2013i).
Acompanhante em tempo integral para o recém-nascido internado, mesmo que em
UTI Neonatal, conforme definido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º
8.069, de 13 de julho de 1990) e reiterado pela Portaria GM/MS n.º 930, de 10 de
maio 2012, e também pela Portaria GM/MS n.º 1.153, de 22 de maio de 2014, da
nova Iniciativa Hospital Amigo da Criança (BRASIL, 1990b: BRASIL, 2012a).

As ações estratégicas do eixo: Atenção Integral à Criança em Situação de Violências,


Prevenção de Acidentes e Promoção da Cultura de Paz:

A reflexão por parte dos profissionais de saúde é importante na abordagem dos casos
de “acidentes” e prevenção de situações que coloquem em risco a integridade física e
mental da criança, de modo a contribuir para a desconstrução do caráter imprevisível
de eventos cuja cadeia causal pode ser identificada e rompida
Os acidentes na infância representam importante causa de morte, gerando enorme
sofrimento às famílias, e são responsáveis por custo econômico elevado ao sistema de
saúde, principalmente nos casos em que deixam sequelas e invalidez por toda a vida.
De acordo com os dados da PNDS 2006, as principais causas de acidentes com
crianças, registrados nos serviços de saúde, são as quedas (81%), as queimaduras
(10%), os choques elétricos (8,6%), as mordeduras de animais (7,6%) os
afogamentos (6,1%), as intoxicações (4,9%), os esmagamentos (4%), os acidentes
de transporte (4%), o envenenamento (1%) e outros tipos de acidentes (1,3%).

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementação /


Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: Política-Nacional-de-Atenção-
Integral-à-Saúde-da-Criança-PNAISC-Versão-Eletrônica.pdf (fiocruz.br).

2ª QUESTÃO

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Enunciado:

Uma menina de 2anos, procedente da região sudoeste da Bahia, é atendida na Unidade Básica
de Saúde com queixa de tosse e febre há 2 dias. Na história pregressa, há relato de
internações prévias por vários episódios de bronquite e pneumonia. Ao exame físico, observa-se
que seu peso está abaixo do percentil para sua estatura que, por sua vez, está abaixo do
percentil 3 para sua idade. Realizada ausculta, criança com chiado encaminhada para a sala de
procedimento para nebulização. A menina apresenta dermatite de fralda de repetição. Ao
verificar a caderneta da criança consta vacinas em atraso. Mãe resistente a vacinação.
Somente consta a BCG e hepatite B. Orientada a mãe em relação aos cuidados higiênicos do
domicílio e da criança, bem como a importância da atualização das vacinas. Ao terminar a
consulta a criança foi direcionada para a sala de vacina.

Considerando o caso supracitado quais foram os eixos estratégicos da Política Nacional de


Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), contemplados no atendimento:

I. Aleitamento materno e alimentação complementar

II. Promoção e Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento

III. Atenção Integral a Crianças com Agravos Prevalentes na Infância e com Doenças Crônicas

IV. Atenção Integral à Criança em situação de Violências, Prevenção de Acidentes e Promoção


da Cultura de Paz.

V. vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno.

Marque a alternativa correta:

Resposta comentada:

Promoção e Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento- No exame físico foi


identificado a qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da primeira
infância pela Atenção Básica à Saúde. O acompanhamento sistemático do crescimento, com o
devido registro do ganho de peso, altura e Índice de Massa Corporal (IMC), nas curvas de
crescimento, faz parte da rotina das UBS, permitindo a identificação de crianças com ganho
pondero- estatural alterado em relação aos padrões, risco nutricional.

Atenção Integral a Crianças com Agravos Prevalentes na Infância e com Doenças


Crônicas- No caso, na história pregressa, há relato de internações prévias por vários episódios
de bronquite e pneumonia. Em relação às chamadas “doenças prevalentes na infância”, as
doenças diarreicas e respiratórias persistem com importância como causas de adoecimento

Atenção Integral à Criança em situação de Violências, Prevenção de Acidentes e


Promoção da Cultura de Paz. qualificação da atenção à criança em situação de

negligência e/ou abandono, visando à implementação de linhas de cuidado na Rede de Atenção


à Saúde- No caso a criança apresenta dermatite e atraso vacinal a exposição da criança a
qualquer uma das formas de violência, principalmente na fase inicial da vida, pode comprometer
o crescimento e o desenvolvimento.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da criança


Brasília (DF), 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.

3ª QUESTÃO

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Enunciado:

O diagnóstico da pneumonia na criança é feito pelo médico por meio da avaliação dos sinais e
sintomas apresentados pela criança e da frequência respiratória, além de ser normalmente
recomendada a realização do raio-X do tórax para verificar o grau de comprometimento dos
pulmões

PORQUE

É nesta situação de adoecimento que a criança, conduzida pela família, percorre vários serviços
da rede de atenção à saúde, como unidades de atenção primária, unidades de pronto
atendimento, hospitais secundários ou terciários, buscando resolutividade, sendo fundamental a
coordenação do cuidado da criança com pneumonia possibilitando o diagnóstico e o tratamento
precoces, bem como a continuidade do cuidado.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

Resposta comentada:

A pneumonia é a principal causa de morte de crianças menores de cinco anos de idade e uma
das doenças de maior prevalência na infância, tendo ocasionado a morte de quase 1 milhão de
crianças menores de cinco anos em 2015 no mundo, cerca de uma criança a cada 35
segundos, mais do que a malária, a tuberculose, o sarampo e a aids juntos.

É nesta situação de adoecimento que a criança, conduzida pela família, percorre vários serviços
da rede de atenção à saúde, como unidades de atenção primária, unidades de pronto
atendimento, hospitais secundários ou terciários, buscando resolutividade, sendo fundamental a
coordenação do cuidado da criança com pneumonia possibilitando o diagnóstico e o tratamento
precoces, bem como a continuidade do cuidado.

Diante da complexidade clínica da criança e a partir do entendimento de que as práticas de


cuidado da família inscrevem-se em um quadro de relações sociais, os profissionais de saúde
devem considerá-la em seus planos terapêuticos.

ALVIM C.G.; LASMAR L.M.L.B.F. Saúde da criança e do adolescente: doenças


respiratórias. Nescon UFMG Editora Coopmed, 2009.

SATO, M; SUCUPIRA, ACSL. Criança com sibilância. In: GUSSO, G.; LOPES, J. M. C.
(Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática.
Porto Alegre: Artmed, 2018. Cap. 115.

4ª QUESTÃO

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Enunciado:

Em atendimento a adolescente do sexo feminino, o médico da Estratégia de Saúde da Família,


faz a anamnese, a mesma acompanhada da mãe, tem 14 anos e 6 meses de idade, relata não
ter menstruado até o momento. O que causou estranheza, já que as mamas iniciaram o
crescimento desde os 10 anos. Diante da situação apresentada analise as afirmativas abaixo:

I – O período apresentado pela adolescente é classificado como puberdade precoce e deve


receber acompanhamento na atenção primária.

II – Adolescentes que apresentam características atrasadas mesmo com o desenvolvimento das


mamas, não passarão pela puberdade.

III – Pode-se afirmar que a adolescente apresentou uma telarca em periodo adequado para
idade, visto que as caracteristicas sexuais secundárias iniciaram desde os 10 anos.

IV – Pode-se considerar que a ausência da menstruação ou amenorréia após os 16 anos é


puberdade tardia.

Marque a alternativa correta:

Resposta comentada:

A alternativa correta é a número III e IV.


Para a puberdade tardia em meninas, as principais características de ausência do
desenvolvimento da mama até os 13 anos, um período de tempo de mais de cinco anos entre
o início do crescimento das mamas até o primeiro período menstrual. E considera também a
ausência da primeira menstruação ou amenorréia após os 16 anos de idade.

Considera-se tardia a telarca e pubarca que ocorrem em idades superiores a 13 e 14 anos.

Brasil, Ministério da Saúde. Saúde Sexual e Reprodutiva caderno 36. 2013.


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf

5ª QUESTÃO
Enunciado:
Em uma consulta de rotina de puericultura a médica Karla pergunta a mãe se ela vem
observando o desenvolvimento de sua criança como foi orientada na última consulta. A mãe
informa a médica que sua criança é muito "molinha" e tem a mesma idade da de sua vizinha
que já faz um monte de coisas. Diante do relato da mãe, assinale a alternativa que apresenta
os principais marcos de desenvolvimento para uma criança com 7 meses de vida.

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Resposta comentada:

O acompanhamento do desenvolvimento da criança na atenção básica objetiva sua promoção,


proteção e a detecção precoce de alterações passíveis de modificação que possam repercutir
em sua vida futura, para tanto as avaliações do desenvolvimento infantil devem sempre levar
em consideração as informações e opiniões dos pais e da escola sobre a criança.

As alternativas que apresentam ficam em pé sem apoio é um marco de desenvolvimento dos


10 meses; a criança a partir dos seis meses deve ficar sentada sem apoio, caso não ocorra,
deve-se ficar atento a alguma alteração no desenvolvimento psicomotor; inicia a virada da
cabeça na direção de objetos é um marco dos 4 meses de vida, o que demonstra retardo do
desenvolvimento

Referência

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. P
122-123

6ª QUESTÃO

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Enunciado:

Marina traz sua filha de 6 meses à unidade de saúde da família para acompanhamento de
puericultura. Refere que a lactente se encontra em aleitamento artificial e com alimentação
complementar desde os 4 meses de idade, quando voltou a trabalhar.

Foi realizada as antropometrias e colocados nos respectivos gráficos.

ABAIXO GRAFICO DE PESO X IDADE DA CRIANÇA:

Analise o gráfico de peso x idade e responda:

a) Identifique se o padrão de crescimento está adequado para essa criança e justifique.

b) Descreva duas condutas de orientação que deve ser dada a essa mãe em relação ao desvio
de crescimento de seu filho.

Resposta comentada:

A criança encontra-se com baixo peso para idade conforme Z >/= -3 e <-2

Já que acriança completou 6 meses de idade, deve-se verificar como está sendo a oferta da
alimentação e oferecer as orientações adequada para introdução alimentar de uma criança com
6 meses,( 2 a 3 colheres das de sopa por refeição aumentando até 125ml(1/2 copo de 250
ml), 2 a 3 refeições /dia(1 papa de fruta e uma salgada)

Dependendo do apetite 1 a 2 lanches)

Além de aconselhar o retorno ao aleitamento materno em livre demanda após as refeições,


uma vez que é bom para saúde da criança que o mesmo seja mantido pelo menos até 2 anos
de idade.

Referência:

GUSSO, G; LOPES, J M C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade - Princípios, Formação


e Prática. 1. ed. Artmed. 2018. 2 vol.

7ª QUESTÃO

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Enunciado:

O médico de uma Unidade Básica de Saúde realiza uma visita para puérpera e recém-nascido.
No domicílio, encontram-se a mãe e a criança dois dias após a alta hospitalar. Mãe possui 19
anos, primeiro filho. Recém-nascido masculino, 5 dias de vida. idade gestacional- IG ao nascer
35 semanas. Peso ao nascer: 2.480gr. Estatura: 47cm. Perímetro cefálico: 32,5cm. Apgar 5/8.
Ao verificar o cartão da criança, não há registro da realização do exame do teste do
coraçãozinho na maternidade. Peso na alta: 2.250gr. Mãe relata que criança chora bastante e
que está com dificuldade de amamentar.

Considerando a avaliação do recém-nascido e o acompanhamento da prematuridade na


Atenção Primária à Saúde, assinale a opção correta.

Resposta comentada:

A triagem para cardiopatias congênitas críticas, está indicada para todas os RN, segundo
PNAISC.

A criança não precisa ser referenciada para o acompanhamento especializado na rede de


atenção à saúde, pois a perda de peso apresentada, está dentro da normalidade. O RN perde
peso ao nascer.

A avaliação do peso, comprimento e perímetro cefálico sempre são necessários na primeira


consulta da criança e demais consultas de puericultura do RN.

Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


atenção básica. Saúde da Criança: Crescimento e desenvolvimento. Brasília, 2012.

8ª QUESTÃO
Enunciado:

O exame físico da criança com pneumonia deve ser apenas focado no exame do aparelho
respiratório, frequência respiratória, orofaringe, nasofaringe, otoscopia e presença de sinais de
alerta como esforço respiratório.

PORQUE

O médico da família e comunidade deve levar em consideração que a maioria das pneumonias
acontece após uma infecção viral de vias aéreas superiores e que o uso precoce de antibiótico
não previne as complicações de pneumonia bacterianas.

Analisando a relação proposta entre as duas asserções acima, assinale a opção correta.

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Resposta comentada:

No exame físico da criança com pneumonia deve ser apenas focado no exame do
aparelho respiratório, frequência respiratória, oro, naso, otoscopia e presença de sinais de
alerta como esforço respiratório. INCORRETA, pois deve-se aproveitar a oportunidade
para fazer uma avaliação geral, com um foco maior no aparelho respiratório.

O médico da família e comunidade deve levar em consideração que a maioria das pneumonias
acontece após uma infecção viral de vias aéreas superiores e que o uso precoce de antibiótico
não previne as complicações bacterianas. CORRETA

A segunda não é justificativa da primeira.

ALVIM C.G.; LASMAR L.M.L.B.F. Saúde da criança e do adolescente: doenças


respiratórias. Nescon UFMG Editora Coopmed, 2009. SATO, M; SUCUPIRA, ACSL.
Criança com sibilância. In: GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de
família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Cap. 115.

9ª QUESTÃO
Enunciado:

Mariana, vem com sua filha Carla de 10 anos a Unidade de Saúde. Mariana está angustiada e
envergonhada pois descobriu que seu atual marido, vem abusando da menor. Refere que sua
filha vinha apresentando-se calada, inclusive na escola, onde já foi alertada pela professora. Hoje
a menor estava chorosa e queixando de dor na barriga. Daí observou presença de sangue na
roupa intima da criança. Contudo pede para o Dr. Marcos, não comentar o fato com ninguém,
pois seu marido é violento e tem medo de sofrer agressão. Após examinar a criança Dr. Marcos
conclui tratar-se de caso de violência sexual.

Considerando o caso relatado no texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta


entre elas:

I. O Estatuto da Criança e do Adolescente, determina que todo caso suspeito ou confirmado de


violência contra crianças e adolescentes é de notificação compulsória imediata e deve ser
registrada por meio do SINAN.

Porque

II. A notificação dos casos de violência, contribui para que a violência ganhe visibilidade,
permitindo o dimensionamento epidemiológico do problema e a criação de políticas públicas
voltadas à sua prevenção.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:

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Resposta comentada:

A notificação é compulsória em situações de violência contra crianças, adolescentes, mulheres e


pessoas idosas. A Ficha de Notificação/Investigação Individual de Violência Doméstica, Sexual
e/ou outras Violências é única, independentemente do sexo, faixa etária, raça/cor/etnia, classe
social, religião ou orientação sexual da vítima. Encontra-se implantada no sistema SINAN. O
correto preenchimento da ficha de notificação dos casos de violência é parte importante do
atendimento feito pela equipe.

A notificação é um poderoso instrumento de implementação de políticas públicas, uma vez que


ajuda a dimensionar os problemas de saúde, a determinar a necessidade de investimentos em
núcleos de vigilância e de assistência, o desenvolvimento de programas e ações específicas e
também

REFERÊNCIAS:

SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA

Cadernos de Atenção Básica, nº 26:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf

10ª QUESTÃO
Enunciado:
Um profissional de saúde de uma ESF em uma comunidade carente do município de Laranjais
procurou a diretora da escola local, onde há um grande número de adolescentes grávidas. A
diretora questiona o que poderia ser feito para ajudar na prevenção da saúde destas jovens. O
profissional propõe ações conjuntas com a escola em acordo com o Programa de Saúde na
Escola (PSE) para que tal realidade possa ser modificada. Considerando o caso apresentado,
elabore 3 ações intersetoriais de enfrentamento, considerando a integração das estratégias
localmente.

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Resposta comentada:

Exemplos de ações que podem ser realizadas, considerando que devem ser desenvolvidas sem
atitudes preconceituosas e repressoras:

- Encontros de mobilização e sensibilização sobre a importância de implementar, de forma


contínua, atividades nos temas que envolvem a sexualidade, desconstruir mitos, apresentar
dados epidemiológicos sobre DST/HIV/aids e hepatites virais, dados sobre gravidez na
adolescência, marcos legais sobre direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes e jovens;

- Atividades que utilizem metodologias participativas (oficinas temáticas, vídeo de debates,


gincanas, rodas de conversa, debates a partir de expressões artísticas, intervenção na
comunidade);

- Debates com toda a comunidade escolar sobre a importância da participação juvenil;

- Envolver os educandos nos processos de planejamento, execução e avaliação das atividades;

- Processos de formação de estudantes nos temas de sexualidade, promoção da saúde,


prevenção das DST/HIV/aids e hepatites virais, saúde sexual e saúde reprodutiva para atuarem
na perspectiva da educação entre pares.

Referência:

BRASIL, Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Passo a passo PSE programa saúde
na escola Brasília, 2011.

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