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PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E

SUCESSÕES

Guarda de filhos. Espécies (unilateral, compartilhada,


alternada e nidal). Regime de Convivência. Alienação
Parental. Guarda de seres sencientes.

Professora Silvia Felipe Marzagão


AUTORIDADE
PARENTAL
GUARDA
CONVIVÊNCIA
Visão pós
ruptura
CASAL CONJUGAL
X
CASAL PARENTAL
- Em questões de guarda o cliente é a CRIANÇA

A atuação - A expectativa do cliente é moldada pelas


orientações do advogado

profissional do - Expectativa do cliente x análise jurisprudencial

familiarista
(IMPORTANTÍSSIMO!)

- Aliados multidisciplinares: psicólogo


(terapêutico e judicial), psiquiatra, assistente
social.
Consenso Litígio
- Previsibilidade: ajuste da guarda e - Imprevisibilidade: vida fica
convivência no tempo que permite "suspensa" até decisão
ajustes para a família; judicial

- Certeza: como combinarem, será; - Incerteza: decisão pode


mudar a todo momento
- Custos menores: poupa as
crianças, não terá gastos com - Custos maiores: perícias,
perícias terapias

- Adaptação à realidade familiar: - Generalizações: família é


regime bem adaptado àquela casa mais uma entre muitas
DIREITO DE FAMÍLIA
PRÉ CONSTITUIÇÃO

FAMÍLIA V Í NC UL O DE SI G UAL DADE PÁTR IO


I NSTI TU I Ç Ã O M A TRI MO NI AL PO SI TI V ADA
ENTES COM O
PODER
Proteção ampla ao Marido como chefe da
MEROS ELEMENTOS casamento entidade familiar e mulher Sujeição plena ao
DA " FAMÍLIA" (curador Art. 222 - colaboradora poder paterno
CC1916)
Pátrio Poder x Poder
Familiar
EVOLUÇÃO
Democratização da família consolidado na
incorporação da igualdade dos membros
igualmente respeitados
AUTORIDADE PARENTAL
Criança e Adolescente como sujeito de direitos
AUTORIDADE PARENTAL

Consiste no conjunto de responsabilidades e


incumbências de natureza patrimonial e existencial,
atribuído conjuntamente aos pais, independente de
sua situação conjugal, com relação aos filhos
absolutamente ou relativamente incapazes

Marília Pedroso Xavier


A autoridade parental deve ser entendida com a
complexidade de uma relação que conjuga direitos e
deveres e que DEVE ser sempre observada em
consonância com os prevalecentes interesses das crianças
e adolescentes

Crítica: Superior interesse - situações concretas


ectos Existenciais Constitucionais da
Autoridade Parental

Dever de Criar Dever de Assistência Dever de Educação


Início no pré-Natal. Necessidades básicas: Abrange a educação formal
Suprimento de necessidades cuidados nas (matricular na escola) e
biopsíquicas enfermidades,afeto, cuidado informal (ensinamentos
em geral (alimentar, vestir, etc) familiares)
ectos Patrimoniais da Autoridade
Parental Administração e
usufruto dos bens
dos filhos menores
de idade
Os pais são
administradores e
usufrutuários legais dos
bens dos filhos até que
atinjam a maioridade
GUARDA

Exercício da autoridade parental


com a tomada conjunta de
decisões que viabilizem, na
prática, ser pai ou mãe de um
ser humano em
desenvolvimento

Termo guarda é imprescindível?


Guarda de Filhos
COMO FICA APÓS A RUPTURA?

REGRA: Quando não houver acordo entre pai e mãe quanto à


compartilhada guarda do filho, encontrando -se ambos os genitores
aptos a exercer o poder familiar, SERÁ APLICADA A
GUARDA COMPARTILHADA, salvo se um dos genitores
Artigo 1584, § 2°
declarar ao magistrado que não deseja a guarda do
menor
Expressão “sempre
que possível ” (Lei

Exposição
11.698/08) sendo
interpretada como
“sempre que houver

motivos da consenso”

Lei 13058/14
Se a interpretação
correta fosse a do
consenso, não
seria necessária a
CNJ: Resolução 25/2016 lei determinando
compartilhamento
.
E a guarda
provisória?
Artigo 1585: não será proferida sem
oitiva do outro genitor (apenas em
casos excepcionais). Nada impede que
a guarda provisória seja compartilhada.

A guarda unilateral só será concedida


provisoriamente em casos
EXCEPCIONAIS.

- guarda provisória unilateral x solução


das ações
A realidade pós rupturas
- guarda materna como regra, pai como expectador

- 70% dos dívórcios atribuem guarda unilateral para a mãe

- Isso é benéfico para a mulher?


Outros
7.2%

A Compartilhada

Realidade pós
31%

Mãe

Rupturas
57%

Pai
4.8%
Dados de 2020
60%
6 em cada 10
crianças/adolescentes
estão sob guarda
exclusivamente da mãe

6 milhões de crianças
sem pai no registro
O que é guarda compartilhada?
Divisão efetiva das responsabilidades Recriação, pós ruptura, do modelo ideal
perante a prole, caracterizada pela de criação com respeito às funções
tomada conjunta de decisões acerca dos parentais de maneira equânime
fatos relevantes que dizem respeito às
vidas dos filhos.
Vantagens do compartilhamento

Compartilhamento de Coparentalidade
responsabilidades preservada

Resguardo do Efetivação
desenvolvimento plena da
psíquico da prole autoridade
parental
Guarda unilateral
CC 2002 pós Lei 13.058/14:
EXCEÇÃO

Quando um dos genitores


não tem condição do
exercício da guarda ou não
tem interesse no exercício

- Não querer exercer (é


possível frente ao melhor
interesse da criança?) x
abandono afetivo
Guarda Alternada
EXISTE NO NOSSO ORDENAMENTO? NÃO!

- Sucessão de guardas unilaterais

- Não tem previsão legal no Brasil!

- convivência alternada x guarda alternada – não confundir!


- Filhos ficam na casa (ninho) e os adultos se revezam

- Eventuais questões com rotina/orientações

- custos
Convivência
Na lei: tempo equilibrado
C.C art. 1583, parágrafo 2º

- Convenção internacional dos


Criança: Art. 9º, item 3

- Qual regime sugerir?


Convivência
STÁ NA HORA DA
ISITA IR EMBORA!

Pais e filhos CONVIVEM. Use sempre


a palavra correta!

Lembrem-se: Filho não é visita


Filho não é visita!
Rotina Exclusão é insegurança
na vida da criança

x
Pai Vinculação ocorre
somente com convívio

Crianças afastadas dos


pais são mais propensas à
depressão na adolescência
ia Avoenga

o à convivência familiar -

único: O direito de visita


lquer dos avós, a critério
ados os interesses da
olescente.

das crianças/adolescentes
Convivência na pandemia
- deve ser mantida. Suspensão em casos
muito excepcionais (pais médicos?)

-pais que se recusam a vacinar/cuidados


com a quarentena

- Contato virtual x convivência

- aglutinação de períodos
En ?
tipo de guarda

tipo da conviência: explicar o máximo


possível!

deveres específicos de cada um: quem leva,


quem compra, quem paga.

questões da pandemia!
E na prática?
Acordo: cláusulas com
responsabilidade de
cada um

Pacto de
coparentalidade

Direito/dever
PATOLOGIAS NAS QUESTÕES DE
GUARDA
Criança e Adolescente desconsiderados como sujeito de direitos
Alienação Parental
Lei 12.318/10

Art. 2º: Considera-se ato de alienação


parental a interferência na formação
psicológica da criança ou do adolescente
promovida ou induzida por um dos genitores,
pelos avós ou pelos que tenham a criança ou
adolescente sob a sua autoridade, guarda ou
vigilância para que repudie genitor ou que
cause prejuízo ao estabelecimento ou à
manutenção de vínculos com este.
Alienação Parental

-Art. 2º, incisos I a VII:

ROL EXEMPLIFICATIVO

Na prática: ação própria ou incidental a ação de guarda

- Revogação da Lei?
Abuso sexual

falsas alegações x abusos como lidar quando o cliente


reais relata a suspeita?

Ação: alternativas à Alienação x Abuso


suspensão da visita quando
não há prova contundente
Abuso Sexual

sinais na criança

perícia: entrevista não descreve


comportamentos

Reações corporais e descrição de


comportamentos (quente, frio,
melecado, cheiro ruim)
renting
Share (compartilhar) e
Parenting (criação, cuidado
parental)

Prática de compartilhar fotos e


informações acerca dos filhos
e do exercício da
parentalidade
renting
ultrapassar limite do
compartilhamento razoável

criação de perfis próprios para as crianças

Obrigação de Não fazer com multa


E na prática (litígios)?
Petição inicial:

1) fotografias;
2) declarações ou escrituras de declaração;
3) gravações;
4) laudos técnicos de profissionais de
atendem a criança.

a guarda provisória
E na prática (litígios)?
Principal prova: pericial

Quando meu filho pode escolher?

Real observância do direito da criança de ser


Oitiva da
Audiências tradicionais
Criança em
CPC 699: oitiva com especialista Juízo
(abuso ou alienação)

Lei nº 13.431/2017: Depoimento


especial (sala especial de oitiva da
criança que ocorre
concomitantemente à audiência com
Juiz, MP e Partes) equipe técnica
as

- testemunhas (familiares, empregados,


funcionários da escola, pediatras)

- gravações (sempre degravar)

- gravações com a criança?

- perícia técnica: assistente pode mudar


tudo!
Audiências

Peça chave nos litígios de família!

- preparação prévia
- roteiro de perguntas
- contradita pronta
- postura do advogado x Juiz x MP
Faça a sua parte!

Lembre-se da função social do


operador do Direito.

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