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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO

DO JUIZADO ESPECIAL CIVIL DA COMARCA DE XXXXX - XX

FRANCISCO SANTOS, brasileiro, solteiro, advogado, portador da


cédula de identidade nº 00000000000000 SSP/XX, inscrito sob o CPF nº
0000000000000000, residente e domiciliado na Rua 00, n° 00, Centro,
XXXXXX - XX, vem perante Vossa Excelência, atuando em causa própria,
com fundamento no artigo 5º, V e X, da Constituição Federal c/c Lei n.
9.099/95 e art. 186 do Código Civil e art. 42 do Código de Defesa do
Consumidor, propor a presente AÇÃO DE COBRANÇA em face de
XXXXXXXX ADVOGADOS, inscrito sob o CNPJ n° 00000000000000,
estabelecido na Avenida xxxx, Quadra xx, lote xx, 0° andar, Condomínio
xxxxxxxxxxx, Bairro xxxxx, XXXXX – XX, CEP: 00000000 e de
BANCO XXXX S/A, inscrita sob o CNPJ n° : 00000000000000, com
endereço Avenida XXXXXX, BLOCO X, LOJA 00, bairro xxxxx,
XXXXX - XX, CEP 00000000000, pelos motivos de fato e de direito que
seguem:

DOS FATOS

O requerente que esta subscreve prestou serviços advocatícios aos


requeridos nas Cidades de XXX – XX, XXXX – XX e XXXXX – XX,
sendo que de tudo que era realizado deveria ser discriminado e enviado ao
escritório ora requerido por meio de relatório e o recibo para que pudesse
ser depositado na conta do advogado.

Todavia a responsável pela contratação a Senhorita XXX do escritório


XXXXXXXX ADVOGADOS que representava o BANCO XXXX S/A,
ficava encarregada de repassar ao setor financeiro toda a documentação
para que viesse a ser depositado na conta do requerente, no entanto o atraso
no pagamento se deu logo no primeiro mês, sendo que todo tempo a
responsável informava que estava no setor financeiro e que o mesmo iria
ser realizado todavia nunca fora realizado.

Vários e-mails e telefonemas foram realizados no entanto nada fora


resolvido, sendo levado ao descaso o serviço prestado por este advogado
que efetuou gastos com combustível e material de escritório, além de
colocar a própria vida em risco nas estradas para prestar serviço aos ora
requeridos para ver ao final todo um trabalho não ser reembolsado.

Destarte Excelência, até o presente momento quase oito meses de atraso, o


requerente não recebeu nenhum pagamento, não tendo desse modo outra
alternativa a não ser buscar a via judicial para que possa receber o
pagamento do dinheiro do serviço prestado além de indenização cabível
pela prática abusiva e corrupta praticada pelo escritório XXXXXX
Advogados.

De acordo com a Tabela de honorários da OAB estadual o valor mínimo a


ser cobrado em audiência é de R$ 602,35 (SEISCENTOS E DOIS REAIS
E TRINTA E CINCO CENTAVOS). Foi estabelecido também o
pagamento de preposto no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) por
audiência. Totalizando assim o valor de R$ 652,35 (Seiscentos e cinquenta
e dois reais e trinta e cinco centavos) por audiência:

- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM AUDIÊNCIA: Mínimo R$ 602,35. (VIDE


TABELA DA OAB EM ANEXO).

Sendo assim o valor devido conforme tabela em anexo é no importe de


R$ 10.881,70 (Dez mil oitocentos e oitenta e um reais e setenta
centavos), referente aos relatórios R1 no valor de R$ 1.957,05 (Mil
novecentos e cinquenta e sete reais e cinco centavos), R2 no valor de R$
3.914,10 (Três mil novecentos e quatorze reais e dez centavos), R3 no
valor R$ 3.914,10 (Três mil novecentos e quatorze reais e dez
centavos), R4 no valor de R$ 652,35 (Seiscentos e cinquenta e dois reais
e trinta e cinco centavos), e R6 no valor de R$ 444,10 (Quatrocentos e
quarenta e quatro reais e dez centavos). (Em anexo relatórios
descriminando as audiências realizadas e respectivos valores, bem
como atas de audiência demonstrando serviço realizado, bem como
pedido de contratação feito por e-mail).

Assim demonstrada a irresponsabilidade de XXXXXXX ADVOGADOS e


BANCO XXXXX S/A que realizaram a contratação do presente advogado
e enganaram o mesmo não tendo realizado seu pagamento que tem caratér
alimentar, causando lesões ao direito do mesmo, resta comprovado o dano
material e moral oriundo da ação inescrupulosa, humilhante, corrupta e
vexatória causada pelo escritório e empresa acima.

DO DIREITO

Assim, pelo evidente dano material e moral que provocou


XXXXXXXXXX ADVOGADOS E BANCO XXXXX S/A, é de impor-se
a devida e necessária condenação, com arbitramento de indenização ao
Requerente, que experimentou o amargo sabor de ter comprometido seus
rendimentos oriundos dos serviços prestados ao escritório e ao Banco
XXXX, sem causa, sem motivo, de forma injusta e ilegal. Trata-se de uma
"lesão que atinge valores físicos e espirituais, a honra, nossas
ideologias, a paz íntima, a vida nos seus múltiplos aspectos, a
personalidade da pessoa, enfim, aquela que afeta de forma profunda
não os bens patrimoniais, mas que causa fissuras no âmago do ser,
perturbando-lhe a paz de que todos nós necessitamos para nos
conduzir de forma equilibrada nos tortuosos caminhos da existência.",
como bem define CLAYTON REIS (Avaliação do Dano Moral, 2008, ed.
Forense).

E a obrigatoriedade de reparar o dano moral está consagrada na


Constituição Federal, precisamente em seu art. 5º, onde a todo cidadão é
"assegurado o direito de resposta, proporcionalmente ao agravo, além
de indenização por dano material, moral ou à imagem" (inc. V) e
também pelo seu inc. X, onde: são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
O artigo 186 do Código Civil Brasileiro sustentando o caráter ilícito da
ação dispõe in litteres:

“Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Em alguns casos, como na hipótese de ofensa à honra, por calúnia,


difamação ou injúria, o dano moral está incito na ofensa e dessa forma se
prova por si. O dano moral emerge "in re ipsa" das próprias ofensas
cometidas, sendo de difícil, para não se dizer impossível, averiguação. O
dano material esta comprovado pelos serviços prestados e não pagos no
valor de R$ 10.881,70 (Dez mil oitocentos e oitenta e um reais e setenta
centavos), conforme documentos em anexo.

Excelência, os valores cobrados, são oriundos de serviços efetivamente


prestados, que são destinados a manutenção do Requerente, são verbas de
caráter alimentar, portanto, muita falta fazem ao trabalhador que não
recebeu a contraprestação acordada.

DOS PEDIDOS

Ante o exposto requer:

a) A citação de XXXXXX ADVOGADOS e de BANCO XXXX S/A, na


pessoa de seus representantes legais para, querendo, apresentarem resposta
a presente ação no prazo legal, sob pena de confissão e revelia.

b) A condenação dos requeridos ao pagamento ao requerente dos valores de


danos materiais no valor de R$ 10.881,70 (Dez mil oitocentos e oitenta e
um reais e setenta centavos), pelos serviços prestados e não pagos, e
ainda, a CONDENAÇÃO DOS REQUERIDOS em DANOS MORAIS,
apurado o "quantum" pela liquidação da sentença, em regra por
arbitramento; e por exceção, na forma do Código de Processo, a serem
fixados por Vossa Excelência.

c) Os benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção jurídica do


termo, nos moldes da Lei 1.060/50.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito
admitidas, especialmente as provas documentais que instruem o processo e
outras que se fizerem necessárias.

Dá-se à causa o valor de R$ 24.880,00 (vinte e quatro mil oitocentos e


oitenta reais) para efeitos fiscais.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Xxxxxx (XX), xx de xxxxxxx de 201x.

Francisco Santos
Advogado
OAB – XX 00.000

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