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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____ VARA DO JUÍZADO

ESPECIAL CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE GRAMADO, RS:

Autos do processo nº

TIAGO FIALHO ME (FIALHO – Odontologia Integrada), pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ-MF nº 33.428.978/0001-08, com sede na Rua São
Pedro, n° 810, sala 05, Bairro Centro, no Município de Gramado, RS, CEP 95.670-
000, por meio de sua Advogada, que recebe intimações pelo e-mail
pamfspinelli@gmail.com, infra assinada (procuração anexo), vêm,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA,
pelo rito sumaríssimo

contra EDNA DOS SANTOS HAACK, portadora do RG n.° 0000000000, residente e


domiciliada na Rua Irineu Tomazeli, n. 310, Bairro Várzea Grande, no Município
de Gramado, RS, CEP: 95.670-000, em virtude dos fatos e fundamentos jurídicos
a seguir expostos:

- DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS:


A presente ação versa sobre a cobrança de débitos vencidos e não pagos, no valor
abaixo indicado, conforme documentação anexa, devendo a(o) Ré(u) responder pela obrigação não
cumprida no prazo. Presentes, assim, as condições da ação e os pressupostos de constituição e
desenvolvimento válido e regular do processo, especialmente o cabimento e a legitimidade ad
causam, que possibilitam o prosseguimento do feito.

- DA CRONOLOGIA DOS FATOS:


A(o) Ré(u) é devedor(a) da quantia de R$ 1.794,91 (mil setecentos e noventa e quatro
reais e noventa e um centavos), conforme o cálculo anexo, com acréscimos de correção monetária e
juros legais, em razão de serviços prestados e contratados junto ao estabelecimento da Autora,
comprovados pela ordem de serviços da qual consta a assinatura da(o) Ré(u), representando
inequívoca anuência quanto ao objeto da contratação.

Além do mais, foram contratados outros serviços, no qual houve formalização verbal,
devido ao relacionamento já estabelecido entre a Autora e a(o) Ré(u) e estes também foram
contabilizados no cálculo anexo. Isso porque, conforme o art. 107 do Código Civil, “a validade da
declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir”.
Sendo assim, um contrato verbal (que possua agente capaz; objeto lícito e possível, determinado ou
determinável) é, portanto, um contrato válido.

A parte Autora cumpriu com sua devida obrigação, conforme faz prova o documento
em anexo. Porém, os pagamentos, que deveriam ter sido feitos, não foram realizados pela(o) Ré(u).

Em razão da prestação dos serviços, realizaram-se inúmeras cobranças da devida


contraprestação, não pagas até o presente momento, devendo a(o) Ré(u), assim, ser citada(o) e
intimada(o) a comparecer à audiência conciliatória, sob pena de revelia e confissão, e condenada(o),
ao final, ao pagamento do valor acima descrito, com os consectários legais, caso não realizada a
composição.

De acordo com a lei, “as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em
moeda corrente e pelo valor nominal” (art. 315, caput, do CCB), com exceção de hipóteses previstas
em lei, sendo corolário lógico do inadimplemento a aplicação de correção e juros de mora pelos
índices oficiais e honorários, na forma da lei (art. 389, caput, do CCB).

No específico caso dos autos, inequívoca a mora em relação à dívida vencida e não
paga (arts. 373, inc. I, do NCPC), torna-se imperiosa a procedência da ação, sendo a parte Ré
condenada ao pagamento de R$ 1.794,91 (mil setecentos e noventa e quatro reais e noventa e um
centavos), acrescidos de correção monetária e juros legais até a data do efetivo pagamento.

No caso presente, existe a demonstração do ilícito praticado pela(o) Ré(u), eis que não
arcou com o valor acordado no contrato, conduta que se amolda perfeitamente ao art. 186, também
do Código Civil, cabendo, a ele, o ônus de arcar com o pagamento, conforme entendimento reiterado
em nossos tribunais.
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.”
Cumpre mencionar que, antes de adentrar à presente ação, a Autora tentou contato
com a(o) Ré(u), mas não obteve êxito, razão pela qual apresenta a ação aqui proposta e pelo qual
requer desde já o pedido de bloqueio BACENJUD nas contas da(o) Ré(u) quanto ao valor mencionado,
e de bens tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, conforme art. 831 do
Novo Código de Processo Civil.

Por fim, as tentativas amigáveis de receber os valores devidos foram inúmeras,


todavia, restaram infrutíferas, face ao total descaso e desinteresse da(o) Ré(u) em adimplir com o seu
débito. Desta feita, não restou à Autora outra alternativa a não ser buscar no Judiciário a solução
desse conflito.

- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
Tendo em vista que a parte Autora não possuem condições financeira de arcar com as
custas e demais despesas processuais, sem que isso lhe acarrete prejuízo financeiro, para tanto com
o amparo do art. 1º da Lei 1060/50, requerem com fulcro no art. 5º, incisos XXXV e LXXIV da
Constituição Federal, que seja apreciado e acolhido o presente pedido do direito constitucional à
Justiça Gratuita, isentando-os de custas processuais e honorários advocatícios e/ou periciais caso
existam, pedem-lhes que seja concedida a Gratuidade de Justiça, mesmo que seja na forma do §5º do
art. 98 do Novo Código de Processo Civil.

- DOS REQUERIMENTOS:
RAZÕES EXPOSTAS, requer-se:
1. O recebimento da petição inicial e documentos;
2. A designação de audiência conciliatória (art. 17, caput, da Lei n.° 9.099/95);
3. A citação e intimação da(o) Ré(u) para comparecer à audiência, sob pena de revelia e
confissão sobre a matéria de fato (art. 344 do NCPC, c/c art. 20 da Lei n.° 9.099/95);
4. O bloqueio BACENJUD nas contas da(o) Ré(u) quanto ao valor de R$ 1.794,91 (mil setecentos
e noventa e quatro reais e noventa e um centavos);
5. A penhora de bens tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado,
conforme art. 831 do Novo Código de Processo Civil;
6. A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos dos arts. 98 e 99, do Código de
Processo Civil;
7. A condenação da(o) Ré(u) ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios no valor
de 20% sobre o valor da condenação, em havendo recurso à Instância Superior;
8.Ao final, a procedência da ação para:
8.1 Condenar a(o) Ré(u) ao pagamento de R$ 1.794,91 (mil setecentos e noventa e quatro
reais e noventa e um centavos), acrescidos de correção monetária e juros legais;
9. Sejam todas as intimações destinadas a esta signatária, sob pena de nulidade (art. 272, §5º,
do NCPC);
10. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente
as provas documental e testemunhal, sem prejuízo de outras (art. 319, inc. VI, do NCPC).

Atribui-se à causa o valor de R$ 1.794,91 (mil setecentos e noventa e quatro reais e noventa e um
centavos), (art. 292, inc. I, do NCPC).

Nestes termos, pede deferimento.


Gramado, 01 de maio de 2022.

Pâmela Francieli Spinelli


OAB/RS 112.956

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