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em face de
ÁGUAS DAS AGULHAS NEGRAS, CNPJ nº 09195493/001-37, estabelecida na estrada
Resende-Riachuelo, s/n, Km 3,5, Morada da Colina, Resende/RJ, CEP 27523-000, pelos fatos e
fundamentos expostos a seguir:
FATOS E FUNDAMENTOS
Desde a referida data, a AUTORA solicitou que o endereço de cobrança fosse o da sua
residência atual, no bairro Alegria Velha, o que foi, supostamente, atendido pela EMPRESA RÉ.
Ocorre que, para surpresa da AUTORA, a fatura seguinte não chegou no endereço da
solicitado. Porém, ao ir ao local da obra, descobriu que a cobrança estava lá, alojada no meio do
material de construção, causando imenso transtorno, uma vez que estava atrasada e sujeita a sofrer
danos naturais, tais como chuva.
A AUTORA, então, voltou à loja da EMPRESA RÉ para reclamar sobre a entrega, onde foi
informado que estava tudo correto no sistema e que a questão seria solucionada. Porém, tal
informação não foi efetivamente cumprida, já que as cobranças continuam chegando no local da
obra.
Não se pode olvidar que, ao procurar informação, a AUTORA foi informada de que o
fornecimento de água inclusive já havia sido suspenso, sem aviso algum e solicitou a religação.
Dessa forma, a AUTORA, voltou à EMPRESA RÉ e abriu uma solicitação de serviço, com
ordem de serviço número 278966, em anexo, para que seja solucionada tal questão, já que em todo
esse tempo, conforme contas em anexo, a AUTORA está pagando suas contas com atraso, visto que
o problema não é solucionado por negligência da EMPRESA RÉ.
Sendo assim, a AUTORA recorre ao Poder Judiciário para ter seu direito de cidadã e
consumidora resguardado, uma vez que não pode faltar ao seu serviço para resolver questões como
essa, sendo obrigada a ir a loja da EMPRESA RÉ para que consiga cumprir com suas obrigações.
Ao cobrar um valor exorbitante e irreal, ainda que não esteja imbuída de má-fé, a
EMPRESA RÉ exige da AUTORA vantagem manifestamente indevida. Conduta esta vedada pelo
art. 39, V, do CDC.
A AUTORA não almeja eximir-se de suas obrigatoriedades, apenas requer que lhe seja
cobrado o que for justo e de direito, no endereço escolhido por ela para tal cobrança, considerando-
se a razoabilidade da cobrança.
Sendo assim, vez que o serviço desidioso trouxe danos morais a AUTORA, e sendo
indubitável a responsabilidade objetiva da prestadora de serviço, aquela deve ser indenizada,
conforme dispõe as jurisprudências abaixo:
A AUTORA busca a penalidade para a EMPRESA RÉ, nos moldes consagrados, nas
escorreitas decisões do Pretório Superior Tribunal de Justiça, e para tanto, transcreve-se a ementa
vazada nos seguintes termos:
Quer por te a indenização a dupla função reparatória e penalizante,
quer por não encontrar nenhuma restrição na legislação privada
vigente em nosso país. Ao contrário, nos dias atuais destacáveis são os
comandos constitucionais quanto ao agravo através dos meios de
comunicação e a violação da intimidade, respectivamente
estabelecidos nos incisos V e X do art. 5º da Constituição da
República Federal.
Assim, a indenização que ora se pleiteia tem cunho não meramente compensatório, mas
também e principalmente punitivo, nos exatos termos do que vem sendo adotado por nossos
Colendos Tribunais de todo o país, como forma de coibir tamanho desrespeito ao consumidor, parte
fraca da relação e que, por isso mesmo merece tratamento protecionista. E já dizia o ilustre Rui
Barbosa “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na proporção em que se
desigualam”.
Por arrebatadores que são os entendimentos mo sentido de acolher a reparação, por via de
indenização, do dano moral, nada mais resta à AUTORA que acreditar na procedência do pedido.
“Se o interesse moral justifica a ação para defendê-lo, é claro que tal
interesse é indenizável, ainda que o bem moral não se exprime em
dinheiro”.
PEDIDOS
c) o deferimento da inversão do ônus da prova, com fulcro no art. 6º inciso VIII do CDC;
d) que seja a tutela antecipada requerida acima convertida em definitivo ao final da ação;
PROVAS
Provará o alegado por todos os meios de provas em direito admitido, na amplitude do art. 32
da Lei 9099/95, notadamente a documental ora acostada, bem como outras que se julgar
necessárias.
Atribui-se a causa o valor de R$ 5.166,93 (cinco mil, cento e sessenta e seis reais e noventa
e três centavos).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
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MAGNA PEREIRA CAETANO
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FÁBIO GUIMARÃES CHAVES
OAB/RJ XXXXXX