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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DO V JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA DA CAPITAL - RJ.

André, nacionalidade ……..., estado civil ………., profissão ……….,


portador da cédula de identidade nº …….., inscrita no CPF sob o nº ………., e-
mail: ………………..., telefone: …………...., residente e domiciliada na rua
………..., n°……., apto….., Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, CEP:………., vem,
em causa própria, com base na Lei 8.078/90 e demais dispositivos pertinentes,
perante a V. Exa., formular a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS


MORAIS COM TUTELA DE URGÊNCIA

em face da Empresa fornecedora de energia elétrica, pessoa jurídica de


direito privado, inscrita sob o CNPJ nº………..., a ser citada na pessoa de seu
representante legal, situada no endereço ………..., nº………., Rio de Janeiro,
RJ, CEP: 20.080-002, mediante os pressupostos fáticos e jurídicos que passa a
expor:

I – DA TUTELA DE URGÊNCIA

Considerando que o autor depende da energia para trabalhar remotamente e


que sem ela, ele não conseguiria ficar com o seu computador ligado e muito
menos ter acesso a internet.

Vindo a lhe causar um transtorno horrível, tendo em vista que o autor não
consegue estar presencialmente na empresa onde trabalha, pois, a mesma fica
em outro país.

Assim, estando ele sem nenhum mecanismo básico para poder dar
prosseguimento a sua vida, sem nenhuma alteração.

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Tratando-se de decisão que V.Exa.; pode tomar independentemente
da citação ou intimação da demandada, requer a TUTELA DE URGÊNCIA para
determinar que a empresa ré reestabeleça seus serviços no prazo de 24 horas,
bem como preenchidos os requisitos do artigo 300 do CPC/15 C/C artigo 6°, inciso
VIII do CDC, seja liminarmente e INAUDITA ALTERA PARTE, sob pena de multa
diária de R$ 300,00 (trezentos reais) face ao descumprimento.

II – DOS FATOS

Inicialmente informa a V.Exa. que o autor é cliente da ré, e mesmo com


todas as suas contas quitadas em dia, e informa estar sem luz há 48 horas.

Ocorre que, o autor tem um filho de 2 meses de idade e que trabalha na


modalidade teletrabalho e depende do reestabelecimento da energia em sua
residência .

Registre-se que, o autor entrou em contato com a empresa e foi informado


que ficou sem luz devido a um problema técnico na rede de abastecimento, e que
esta fez de tudo para que o reestabelecimento fosse normalizado o mais rápido
possível.

Vale dizer que, a luz é um serviço essencial e não tem como o consumidor
ficar sem, sem, lhe causar nenhum transtorno.

Assim, o autor não pode esperar a boa vontade da empresa decidir


reestabelecer o serviço.

Pelos fatos e fundamentos acima expostos, não restou à parte autora


alternativa a não ser recorrer a este D. Juízo a fim de obter a tutela jurisdicional.

III - DA REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS

Cabe ressaltar além do que foi exposto que toda essa situação causada
pela empresa ré causou ao autor um dano psicológico.

A falta de lealdade em sede de negócio jurídico enfraquece, sem a


menor sombra de dúvida, a crença do particular nas grandes pessoas jurídicas,

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que violam em tempo integral toda a sorte de direito dos consumidores, que se
sentem impotentes diante dos referidos abusos.

Nesse diapasão, todo esse ocorrido veio causar ao autor grandes


transtornos e aborrecimentos, diante da evidente falha na prestação no serviço da
empresa demandada, devido ao descaso e desrespeito da empresa ré para com
sua pessoa, pois prevaleceu-se da sua hipossuficiência.

Toda vez que um incidente altere o equilíbrio emocional crie


constrangimento ou atrapalhe a rotina do consumidor, in casu, a lei autoriza a se
pleitear a indenização por dano moral.

CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990.


Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
providências.

“Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:


VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais
e morais, individuais, coletivos e difusos”.

Refletindo-se sobre os aspectos, os elementos que devem ser


utilizados quando da fixação de condenação a título de danos morais, sugere-se
neste momento que se pense no porte econômico da empresa demandada e na
qualificação pela mesma sustentada.

A Constituição Federal garante a indenização por dano moral em seu


art. 5º, inciso X – “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação”.

Destarte, a função do critério pedagógico, é estimular o ofensor a


rever o seu modus operandi, visando não mais causar danos a outrem, sendo
certo que o critério compensatório deve se restringir ao impacto gerado pela
angústia sofrida pelo ofendido.

VI – CONCLUSÃO E PEDIDOS

Em face do exposto de forma cristalina, torna-se demonstrada a


indiscutível a conduta abusiva e irresponsável da parte ré. Nessas condições, e
confiando na sensibilidade jurídica e experiência profissional que notabilizam V.
Exa., espera e requer a parte autora, à luz da Lei e do melhor direito, o seguinte:

a) Reestabelecer o serviço de energia no prazo de 24 horas, sob pena de multa


diária de R$ 300,00.

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b) A citação da parte ré para responder a presente ação e comparecer à audiência
de conciliação, que poderá ser imediatamente convolada em audiência de
instrução e julgamento, caso não chegue as partes a acordo, sob pena de revelia;

c) Que determine a inversão do ônus da prova em favor da parte autora, conforme


preconiza o artigo 6o, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor;

d) Seja julgado procedente o pedido para a ré REESTABELECER em definitivo,


seus serviços de energia, em favor da parte autora;

f) Seja julgado procedente o pedido para condenar a parte ré na falha da


prestação de serviço, a COMPENSAR a parte autora pelos danos morais
experimentados, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);

g) Seja julgado procedente a confirmação da tutela de urgência ao final da lide.

VII - DAS PROVAS:

Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitido,


especialmente documentais suplementares.

VIII - DO VALOR DA CAUSA:

Atribui-se a causa, para efeito de alçada o valor de R$ 10.000,00


(dez mil reais).

Termos em que,
Pedem deferimento.

Local / Data
Advogado / OAB

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