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NÚCLEO DE PRIMEIRO ATENDIMENTO

DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – COPACABANA

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO V JUIZADO ESPECIAL CÍVEL


DA COMARCA DA CAPITAL – RJ.

DANDARA DA COSTA MACHADO SILVA, brasileira, casada, Auxiliar


administrativa, portadora do cpf .109.326.097.16. Indenidade 26374376-7
DETRAN, E- Mail ……………., residente na rua Saint roman, número
506, bloco B , apartamento 101, Copacabana, cep 22071-060, Rio de
Janeiro -RJ. vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor
a presente:

AÇÃO De Obrigação de Fazer c/c Danos morais .

em face de : AMERICANAS S/A, com endereço na Rua Sacadura Cabral,


nº 102, Bairro Saude, Rio de Janeiro-RJ, CEP 20.081-902, inscrita no
CNPJ sob o nº 00.776.574/0006-60 . Em litisconsórcio Anka star móveis
com sede no endereço Rua Pietro Longhi, 121
JARDIM IMBE
SAO PAULO - SP
05863-240

I - DOS PRESSUPOSTOS FÁTICOS

Informa a parte autora ter realizado uma compra de uma cama baú no site
americanas.com no dia 26/11/2021, sendo q o prazo de entrega q foi
passada pela empresa Anka star móveis para a consumidora era de 10 dias
, só q a entrega só foi feita no dia 28/12/2021.Se passando 1 mês e 2 dias ,
quando o prazo inicial dado para a consumidora era de 10 dias . Isso porque
a consumidora tentou inúmeras vezes contato com a empresa
americanas.com , até que procurou no Google o telefone da empresa Anka
star móveis , e só assim depois de 5 dias foram entregar o produto até sua
residência . E ao chegar no local a consumidora se deparou q o Produto
tinha avarias ( rasgos ). Logo em seguida a consumidora entrou em contato
com a americanas.com , enviado fotos do produto q havia sido entregue em
sua residência , no dia seguinte ao ocorrido a empresa Anka star móveis
entrou em contato com a consumidora via ligação telefônica fazendo várias
perguntas , e falaram q iriam trocar o produto sendo q até o dia 05/01/2022.
Não foi feita a troca do produto .

II - DO DIREITO
 
DA NECESSÁRIA INCIDÊNCIA DO CODECON
 
Hodiernamente, é inconteste a natureza da relação jurídico-material que
se estabelece entre as partes, qual seja: relaçã o jurídica de consumo. A
aplicabilidade, portanto, das disposiçõ es do Có digo de Defesa do
Consumidor para o caso concreto, é inevitá vel.
 
É oportuno ainda, observarmos que ficou evidente que através de seus
atos, nã o prestou os serviços de forma adequada, sendo totalmente
responsá vel pelos danos advindos da má prestação do serviço, nos
termos do artigo 14 do Có digo de Defesa do Consumidor (Lei 8.078 de
11/09/1990), que diz:

“Art. 14 - O fornecedor de serviços responde,


independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos”
solucionou o problema apresentado pela autora
(grifos nossos).

Não resta dúvidas quanto a sua responsabilidade pela reparação dos danos
causados, pois nesse ponto, o Código de Defesa do Consumidor foi
taxativo, sem dar margem a qualquer outro tipo de interpretação. nos
contratos de prestação de serviço, a responsabilidade do prestador de
serviços, pelos vícios ou defeitos do serviço, ressalvado as hipóteses
excludentes da responsabilidade (art. 14, §3º do CDC), hipóteses que não
se enquadram no caso em tela, é sempre objetiva. Não é necessário se
provar dolo ou culpa.

Por estes motivos, baseando-se na verossimilhança das alegações e na


hipossuficiência da consumidora, aplica-se à demanda as disposições do
Código de Defesa do Consumidor, inclusive no que tange à inversão do
ônus probatório, nos termos do artigo 6º, VIII, da Lei nº 8.078/90 e
dispositivos constitucionais pertinentes.

18, § 1º, do CDC, no caso de o vício de qualidade não ser sanado no prazo
de 30 (trinta) dias, cabe ao consumidor, independentemente de justificativa,
optar pela substituição do bem, pela restituição do preço, ou pelo
abatimento proporcional.
- DA REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS Não resta dúvida que o
Réu tem responsabilidade pela falha do cumprimento da obrigação de
entrega do produto, derivada de um dever legal de garantia de transparência
e responsabilidade no cumprimento do compromisso pactuado. , todo
esse ocorrido veio causar a consumidora grandes transtornos e
aborrecimentos, diante da evidente falha na prestação no serviço da(s)
demandada(s), vendo-se constrangida em virtude do descaso e
desrespeito da empresa com sua pessoa .

DO CABIMENTO DE DANO MORAL PELA PERDA DE TEMPO ÚTIL

Os consagrados autores vão além, admitindo a caracterização do dano pela


perda de tempo e energia na solução do conflito. Neste sentido defendem
que:

... haverá dano moral pelo simples inadimplemento contratual, naqueles


casos em que a mora ou inadimplemento causem ao credor grande perda de
tempo e energia na resolução da questão. Lembra André Gustavo Corrêa de
Andrade, que "o tempo, pela sua escassez, é um bem precioso para o
indivíduo, tendo um valor que extrapola sua dimensão econômica. A menor
fração de tempo perdido de nossas vidas constitui um bem irrecuperável.
Por isso afigura-se razoável que a perda desse bem, ainda que não implique
prejuízo econômico ou material, de ensejo a uma indenização". (grifamos).

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer à V.Exa.:

1-A citação do requerido, no endereço inicialmente indicado, para que,


querendo, apresente a defesa que julgar necessária, dentro do prazo e forma
legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia.

2-A inversão do ônus da prova nos termos do Art. 6º, VIII, do CDC, que
constitui direito básico do consumidor a facilitação de sua defesa em juízo.

3- condenação da empresa rés a procederem com a ENTREGA do bem


tema da presente lide, no endereço de residência da autora, nos moldes
como contratado, sob pena de multa em caso de descumprimento sobre o
valor pago pelo produto .

4 – Condenação ao pagamento de INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) ou outro a ser arbitrado
por V.Exa.;
5– A produção de todos os meios de prova em direito permitidos,
especialmente depoimento pessoal de representante legal de Ré, sob pena
de confissão, bem como a prova testemunhal e documental.

Dá-se à causa o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais).

Termos em que,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, ___ de_________________de 2023.
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DANDARA DA COSTA MACHADO SILVA

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