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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL

DACOMARCA DE TAUBATÉ/SP.

Processo nº 1006376-21.2021.8.26.0625

JAIR CARLOS PIRES Me, já qualificado nos autos da AÇÃO MONITÓRIA, movida pela
DIGITALCERT LTDA ME, vem tempestivamente apresentar

CONTRARRAZÕES

à apelação interposta, requerendo, desde logo, na forma das razões em anexo e


ultimados os trâmites procedimentais de estilo, a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal
de Justiça e, ao cabo, o não provimento do recurso.

Nestes termos,
pede deferimento.

Taubaté, 13 de fevereiro de 2023.

Jair Carlos Pires


OAB/SP 339688
EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Contrarrazões da Apelação

Ação Monitória - Obrigações


Processo nº: 1006376-21.2021.8.26.0625
Originário: 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE TAUBATÉ/SP
Apelante: DIGITALCERT LTDA – EPP
Apelado: JAIR CAROS PIRES ME

Colenda turma,
Nobres Julgadores,

BREVE SINTESE DOS FATOS


A Apelante requereu o adimplemento da NF nº 509, emitida em 19/06/2016 no importe
de R$ 859,14 (Oitocentos e Cinquenta e Nove Reais e Quatorze Centavos), que
atualizados até a postulação desta ação, somou o importe de R$ 1.640,32 (Hum mil,
seiscentos e Quarenta Reais e Trinta e Dois Centavos), conforme planilha de fls. 06.,
conforme documentos de fls. 27/33, 38/40, 41/43, correspondentes a débitos trabalhista
que nunca foram pagos pela apelante ao AGR

O apelado foi citado de forma inválida via correio (fls.117), no endereço o qual já não
trabalhava a alguns anos, fato comprovado conforme documentos juntado (fls. 126-131)
inclusive com juntada de declaração da portaria da Sra. Idalina (fls. 143) mesma pessoa
que recebeu a carta de intimação, explicando que recebeu de forma equivocada
certamente devido ao grande número de correspondência que o edifício recebe todos os
dias.
De forma justa a citação foi anulada (fls. 150), o apelado então impetrou os embargos
monitórios (fls.153/161), nos quais foi arguida a ocorrência de prescrição, além de
preliminar de inépcia da inicial e, no mérito, alegou que os débitos trabalhistas foram
liquidados na época; que o autor não comprova o valor pago ao colaborador; que o autor
litiga de má-fé.

O apelado juntou recibo assinado pelo colaborador, além de sugerir o depoimento


pessoal do funcionário para confirmar o recebimento caso a Magistrada a quo
entendesse ser necessário. (fls. 158).

Assim, considerando saneado e sem mais nenhum documento a ser juntado a nobre
Magistrada prolatou a Sentença, julgando totalmente improcedentes os pedidos
formulados pelo requerente.

No entanto como demonstrado a seguir, a r. sentença merece prosperar quase em sua


totalidade, exceto com relação a condenação da apelante na litigância de má-fé,
conforme será demonstrado

RAZÕES PELAS QUAIS A SENTENÇA DEVE SER MANTIDA


A apelada alega ser credora da empresa embargante da importância atualizada de R$
1.640,32 (hum mil, seiscentos e quarenta reais e trinta e dois centavos), conforme
notificação (fls 19-21 e 66-68), referente a débitos trabalhistas.

Acontece que os débitos trabalhistas do AGR foram liquidados na época conforme recibo
anexo (fls.170), assinado pelo colaborador, a veracidade do documento pode ser
facilmente comprovada com assinatura no RG do colaborador, o pagamento foi efetuado
na época além do recibo juntado, outro situação que comprova e o fato da apelante não
ter sofrido reclamação trabalhista desse colaborador.

O fato controverso é que a apelante cobra um débito baseado em uma dívida que não
existe, uma vez que nunca depositou os encargos e também não pagou a o funcionário
esses valores, está cobrando um débito trabalhista que não lhe pertence, e em momento
algum junta comprovante do valor pago ao colaborador.
A apelante alega buscar tão somente o ressarcimento dos “Custos com a Mão de
Obra”, quais custos? se em momento algum anexa as guias de comprovante de
recolhimento de FGTS e INSS, para o empregado, como pode haver ressarcimento se
nunca houve pagamento? é no mínimo absurdo requerer ressarcimento de benefício
trabalhista que pertence ao empregado que inclusive já foram devidamente pagos, a
empresa está exigindo pagamento para qual fim, para pagar outra vez o que já foi pago?
Ou para se locupletar ilicitamente com a quantia?

No contrato a obrigação de efetuar o pagamento é do executado, por essa razão anexa


documento comprovando o pagamento e quitação de todos os débitos trabalhistas (fls.
170) contudo se por outro lado a apelante alega fazer jus ao ressarcimento, não basta
apresentar apenas nota fiscal, precisa comprovar sua origem, trata-se de obrigação
trabalhista precisa apresentar o comprovante da despesa, ou seja, o comprovante de
recolhimento das obrigações FGTS e INSS, da época, o que durante toda instrução
processual não apresentou.

Por fim, o apelado junta ao processo a certidão de baixa do CNPJ da apelante, o que
comprova que o pagamento feito direto a funcionário não lhe trouxe nenhum prejuízo,
uma vez que a empresa nem sequer existe mais.

DA LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ

Observe a litigância de má fé da apelante, mesmo sabendo que a empresa foi baixada


o CNPJ junto a receita federal em 23/11/2021, deu sequência ao processo sabendo que
mesmo que a sentença fosse favorável não seria possível o recolhimento do FGTS e do
INSS, se não haveria como recolher os débitos trabalhistas do funcionário, e sabendo
que comprovadamente já haviam sido pagos. Porque insistir no processo senão pela
LIGANCIA DE MÁ FÉ. está claro a intenção da apelante e locupletar-se ilicitamente, por
essa razão deve ser condenada a litigância de má fé.

DO REQUERIMENTO

Pelo exposto, requer a essa E. Câmara se digne a negar provimento ao apelo da autora,
mantendo a r. sentença de (fls.196-199), exceto com relação a litigância de má-fé,
negando provimento ao recurso interposto pela autora, condenando-a na litigância de
má-fé, bem como requer a majoração dos honorários de sucumbência arbitrados.

Nestes termos,
pede deferimento.

Taubaté, 13 de fevereiro de 2023.

Jair Carlos Pires


OAB/SP 339688

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