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Emiliano Dias Linhares Jr. & Leonardo Nogueira Linhares fls.

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Advogados – OAB/SP 346.937 – OAB/SP 322.473

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA


COMARCA DE REGISTRO/SP.

PROCESSO N° 1002137-05.2023.8.26.0495

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EMILIANO DIAS LINHARES JUNIOR, protocolado em 04/10/2023 às 19:23 , sob o número WRGT23700352409 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1002137-05.2023.8.26.0495 e código KZBGFOeO.
GUSTAVO PAULO MARQUES ANTUNES, devidamente qualificado
nos autos do processo em epígrafe, que move em face de CAIXA CONSÓRCIOS –
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS S/A e YCON INTERMEDIAÇÃO e
CONSULTORIA LTDA, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por
intermédio de seus advogados que assinam eletronicamente, apresentar:

RÉPLICA

À contestação de fls. 205/225, pelos fatos e fundamentos a seguir:

I –SÍNTESE PROCESSUAL

A presente ação versa sobre pleito de anulação de Negócio Jurídico


celebrado de forma enganosa e fraudulenta, cumulado com a consequente rescisão
contratual e devolução dos valores já adimplidos, bem como indenização pelos danos
morais sofridos.

Este Douto Juízo deferiu em sede de tutela de urgência a suspensão


da exigibilidade das parcelas vencidas e vincendas, bem como o impedimento das
Requeridas inscreverem o nome do Requerente nos órgãos de proteção ao crédito
referente ao contrato objeto dos autos, como também a abstenção das Requeridas na
realização de ligações de cobrança, sob pena de multa por ligação recebida.

ADVOCACIA LINHARES - Avenida Dr. Carlos Botelho, nº 377, 1º Andar, Centro, Pariquera-Açu/SP.
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No mérito, o Autor requereu o ressarcimento do valor de R$ 4.760,00


(quatro mil setecentos e sessenta reais) referente a entrada paga pelo Autor
devidamente atualizado, bem como a anulação do negócio jurídico, com a
consequente rescisão do contrato celebrado com ambas as Requeridas pelo vício de

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vontade do Requerente, com a procedência do pedido anulatório, para que seja
declarada a inexigibilidade das parcelas vincendas/vencidas, a proibição de
negativar o nome do Autor, e, por fim, a indenização por danos morais em razão dos
prejuízos sofridos por este, bem como seu desvio produtivo, pelo negócio eivado de
vício avençado com as Rés.

No entanto, em razão do descumprimento da referida determinação


judicial pela Requerida no tocante a realização de ligações de cobrança, o Autor
instaurou o incidente de cumprimento provisório de decisão judicial (0001794-
26.2023.8.26.0495), a fim de compeli-las a cumprir com o quanto determinado em
juízo.

Neste interim, a Requerida CAIXA CONSÓRCIOS ADMINISTRADORA


DE CONSÓRCIOS S/A apresentou contestação (fls.205/225), alegando em síntese:

 O contrato de consórcio/ Considerações Iniciais;


 Aquisição da cota: Nuances do contrato de consórcio;
 Contemplação: Somente por sorteio ou por lance;
 Devolução das parcelas por sorteio ou após o encerramento do
grupo;
 Da composição das parcelas;
 Da legalidade da retenção: Taxa de Adesão e Administração;
 Fundo de reserva ou seguro;
 Da aplicação de multa contratual;
 Impossibilidade de devolução imediata/ Recurso Especial
Repetitivo nº 1.119.300/RS;
 Juros após encerramento do grupo;
 Contrato de assessoria alheio ao consórcio;
 Danos morais inexistentes;
 Limites a inversão do ônus da prova;

Destarte, o Autor passa a impugnar o quanto alegado por esta


Requerida, conforme os fatos e fundamentos a seguir.

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II – DOS FUNDAMENTOS

II.I - DA PROMESSA DE PREVISÃO DE ENTREGA DO VEÍCULO EM 20


DIAS POR MEIO DE FINANCIAMENTO – DAS CONSIDERAÇÕES

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ACERCA DO CONTRATO FIRMADO ANTE VÍCIO DE
CONSENTIMENTO

Em toda a sua defesa, a Requerida CAIXA CONSÓRCIOS –


ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS S/A, genericamente e quase que
integralmente, discorre acerca do que se trata um contrato de consórcio de adesão, e
que deste modo, por ter assinado o referido contrato, o Autor que estava em plena
ciência do seu conteúdo, tem o dever de seguir conquanto estipulado no contrato
avençado.

Entretanto se olvida que o referido contrato fora assinado mediante


vício de consentimento, que não pode ser tratado como mera desistência ou
arrependimento, tampouco exclusão do “consorciado” por inadimplemento das
parcelas do contrato, mas resolução do contrato por culpa exclusiva das Requeridas.

Trocando em miúdos, o Requerente acreditava estar realizando


(FINANCIAMENTO), contudo o que ardilosamente estava sendo realizado era
CONSÓRCIO, por óbvio os prepostos da Requerida Ycon utilizam-se de ardil,
ludibriando os consumidores que procuram por sua propaganda amplamente
divulgada em redes sociais.

Destacando ainda que, a opção de assinar um consórcio de adesão


de veículos, jamais seria ensejada para o Autor, se ele tivesse ampla ciência do
que estava assinando.

E é no sentido de provar que a Corré YCON INTERMEDIAÇÃO e


CONSULTORIA LTDA induziu o Autor a firmar negócio que não firmaria caso
conhecesse o verdadeiro teor das cláusulas, e que desta forma a empresa CAIXA
CONSÓRCIOS – ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS S/A, também deve responder
solidariamente pelo ato ilícito provocado oriundos do negócio avençando, que
exaustivamente estas Corrés se esquivam, anexando dispositivos do contrato
aderido, e o Autor comprova (por meio das capturas de telas e gravações somadas as
verossimilhanças de suas alegações), que versa todo o mérito da presente ação.

Pois bem.

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No que afeta ao “inadimplemento” do referido contrato pelo Autor,


o qual deu provimento no processo de exclusão pela Administradora em
conformidade com o previsto no contrato de adesão firmado entre as partes, destaca-
se, que fora aderido eivado de vício de consentimento (erro artigo 139 CC e dolo

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145 CC), em março de 2023, conforme amplamente demonstrado nos autos.

Logo, não há o que se falar que as Corrés cumpriram com seu dever de
informar corretamente o consumidor/Autor. Quando se relembra, conforme peça
exordial (fls. 6/9), que o Autor somente em maio de 2023, (passados em muitos, os 7
dias possíveis para o cancelamento), descobriu a fraude na contratação,
momento em que imediatamente tentou cancelar o referido contrato e resgatar o
valor pago as Requeridas, mas que em razão de ter que esperar para ter seu dinheiro
de volta e que ainda teria que pagar valores de multa contratual pelo cancelamento,
viera DESISTIR de enviar a carta de cancelamento, sabendo que certamente iria
perder parte da entrada que havia adimplido às Requeridas.

Ato contínuo, que em razão da descoberta, não conseguindo cancelar


o contrato de forma amigável, o Autor precisou se socorrer das vias judiciais, a fim de
que imediatamente fosse anulado o negócio jurídico, bem como para que cessassem
as cobranças oriundas do referido contrato.

Da mesma forma, que fora concedida a liminar na r. decisão de fls.


145/146 em favor dele, a fim de cessar qualquer cobrança oriunda deste contrato
aderido de forma ardilosa, quando reconhecido também que fora cerceado seu
direito de ser informado CORRETAMENTE, cabendo relembrar trechos da r.
decisão:

“(..) Em sede de conhecimento inicial observo que o autor juntou farta


comprovação da fase de proposta, indicativa de que o representante
da ré descumpriu o dever de informação adequada, levando o
autor a firmar negócio que não firmaria caso conhecesse o
verdadeiro teor das cláusulas.

Nesta quadra, oportuno observar que as promessas feitas durante


a negociação integram a relação de consumo firmada (...)

(...) Dessarte, presentes os requisitos legais, defiro, em parte, o pedido


de tutela de urgência, para suspender a exigibilidade do pagamento

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das parcelas vencidas e vincendas do contrato de consórcio


questionado, e determinar às requeridas que abstenham-se de
incluir o nome do autor em cadastros de inadimplentes por supostos
débitos dele decorrentes e de realizar ligações de cobrança, sob pena

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de multa de R$200,00 por cada cobrança realizada após a intimação
desta decisão (...)”.

Conclui-se aqui, que não cabe agora menções pertinentes ao Código


de Defesa do Consumidor, em favor de si e no afã de incutir ao Autor o dever de
cumprir com adimplemento do contrato para poder desfrutar da Aquisição da cota,
pois o instrumento fora celebrado ante cláusulas que restaram totalmente abusivas
(artigos 51 e 53 do CDC), e o Autor sequer pleiteia “ser contemplado por cota”.

Ademais, semelhante a Corré YCON INTERMEDIAÇÃO e


CONSULTORIA LTDA em sua defesa, a empresa CAIXA CONSÓRCIOS –
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS S/A aponta trechos em referência a um
contrato de consórcio cuja contemplação se dá por sorteio ou oferta de lance.

Entretanto, como bem explicitado em sede Inaugural, o Autor sequer


requer nesta ação uma contemplação por sorteio ou oferta de lance, pois ele jamais
ensejou contratar um consórcio, e sim um FINANCIAMENTO DE VEÍCULO, no qual
havia a promessa de ser entregue em 20 (vinte) dias, com o pagamento mediante
entrada e parcelas, e não ante cota, lance e afins como versa um contrato de adesão
de consórcio.

Deste modo, frisa-se que o objeto desta ação é demonstrar que o


Autor foi enganado e consequentemente, anular o referido contrato e ser restituído
dos prejuízos oriundos de tal, pois, houvera, na relação contratual, a violação do
disposto no artigo 422 Código Civil, onde induziram o Autor a uma negociação eivada
de má-fé.

Sendo assim, que certamente não há o que se falar na devolução dos


valores condicionada ao encerramento do grupo correspondente, até porque,
claramente o Autor acreditou estar contratando um FINANCIAMENTO de veículos,
e isso resta notório nos autos.

Mais adiante, a Requerida Caixa Consórcios discorre acerca da


necessidade de o Autor aguardar o encerramento do grupo, para ser restituído dos

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valores pagos com as deduções previstas no contrato, bem como iuros após
encerramento do grupo... os dispositivos da Lei nº 11.795/08.

Contudo, se olvida que não cabe levantar os dispositivos da lei

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supracitada, pois o reconhecido vício na vontade incorrido pelo Autor, provocado
dolosamente pelos agentes da Corré YCON INTERMEDIAÇÃO e CONSULTORIA
LTDA, impediu o aperfeiçoamento do referido contrato de consórcio, não havendo
que se falar na devolução dos valores condicionada ao encerramento do grupo
correspondente (frisando-se novamente, que o Autor jamais, em plena ciência
das cláusulas do contrato de adesão de consórcio, contrataria o serviço!).

Destarte, necessária a procedência do pedido de restituição dos


valores pagos, em razão das referidas cláusulas contratuais soarem abusivas em face
do consumidor/Autor, mormente a negócio jurídico eivado de vício de
consentimento. Do mesmo modo entendeu o TJSP, em caso análogo, vejamos:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE CONTRATUAL COM


PEDIDO DE RESTITUIÇÃO C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS
MORAIS. Sentença de parcial procedência que condenou as rés
a restituir a autora, de forma solidária, o montante de R$
178.248,01 setenta e oito mil, duzentos e quarenta e oito reais
e um centavo, com a dedução de 20% a título de perdas e danos
por conta da desistência da requerente. Pretensão das rés de
reforma. INADMISSIBILIDADE. Preliminar de cerceamento de
defesa e ilegitimidade passiva afastadas. Aplicação do CDC.
Peculiaridade do caso, no qual restou devidamente
demonstrado que a consumidora foi induzida a erro ao
receber a informação de que algumas de suas cotas já haviam
sido contempladas. Conversa mantida entre a autora e o
representante da corré, por meio de aplicativo de
mensagens, que deixa evidente as promessas de
contemplação e agilização do negócio. Anulação do negócio
jurídico. Quantias pagas pelo consumidor que devem ser
imediatamente devolvidas. Dedução de 20% dos valores a
serem devolvidos mantido, ante a ausência de recurso da parte
interessada, o que ensejaria a "reformatio in pejus".
Precedentes do C. STJ e deste eg. Tribunal de Justiça. Sentença

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mantida. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-SP - AC:


10235044320228260100 São Paulo, Data de Julgamento:
15/09/2023, 18ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
15/09/2023) (destaque nosso).

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Para além, considerando que ao acostar e discorrer dispositivos
acerca do contrato avençado (fls. 253/332) a Corré não trouxe a baila qualquer fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do Autor, requer a procedência da
ação.

II.II - DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ANTE O CONTRATO DE


ASSESSORIA E O CONSÓRCIO

A Corré CAIXA CONSÓRCIOS – ADMINISTRADORA DE


CONSÓRCIOS S/A tenta se esquivar da sua responsabilidade ante o Autor, alegando,
em síntese, que a única responsável pelos danos causados ao Autor é YCON
INTERMEDIAÇÕES E CONSULTORIA LTDA, embora nos demais tópicos, acostou
documentos que versa sobre a relação contratual entre o Autor e a Requerida Caixa
Consórcios (fls. 253/332), no afã de responsabilizá-lo das questões estipuladas nos
documentos, inclusive a fim de incuti-lo ao pagamento de juros de mora referente as
obrigações e encerramento do referido grupo de consórcio “aderido” pelo Autor.

Isto posto, imperioso lembrar, que tratamos aqui de relação de


consumo, tal qual versam os artigos 7 parágrafo único; 20 inciso II e 25 § 1º do CDC,
onde a Ré é solidariamente responsável pelos danos causados, por integrar a
cadeia de consumo, vejamos:

Art. 7º Os direitos previstos neste código não excluem outros


decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o
Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de
regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas
competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais
do direito, analogia, costumes e eqüidade.

Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos


responderão solidariamente pela reparação dos danos
previstos nas normas de consumo.

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Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de


qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes

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diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da oferta ou
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:

(...) II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente


atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que


impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar
prevista nesta e nas seções anteriores.

§ 1º Havendo mais de um responsável pela causação do dano,


todos responderão solidariamente pela reparação prevista
nesta e nas seções anteriores.

Logo, a Corré Caixa Consórcios, deve responder solidariamente com


a Requerida YCON INTERMEDIAÇÕES E CONSULTORIA LTDA, até porque, a
primeira contribuiu inclusive, para a ocorrência da cobrança injusta lançada ao
Autor, conforme alegações e extratos que ela mesma levanta em sede contestatória.

Assim, concluímos que o fornecedor de produtos e serviços atuante


na cadeia de consumo está sujeito à teoria do risco do empreendimento, e tem o dever
de responder pelos danos advindos desta, assim como disposto no art. 927, parágrafo
único do Código Civil:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,


independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do

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dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de


outrem.

Neste sentido, o CDC em seu art. 14 também prevê:

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Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança
que o consumidor dele pode esperar, levando-se em
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se
esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de
novas técnicas.
§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado
quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será
apurada mediante a verificação de culpa.

Ademais, sobre a legitimidade e responsabilidade solidária de ambas


Requeridas o entendimento da Jurisprudência Pátria em caso semelhante:

Responsabilidade Civil Indenizatória - Consórcio - Dano


moral e material. Não demonstrada a origem das cobranças
encaminhadas à autora, há o dever de indenizar os danos
materiais e morais sofridos. Responsabilidade solidária
entre a administradora do consórcio e sua intermediadora
configurada (art. 14 e 25, parágrafo primeiro
do CDC). Danos morais in re ipsa. Autora que teve frustradas

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suas expectativas em relação ao contrato firmado e ao produto


adquirido. Transtornos que superaram os limites do mero
aborrecimento. Para a fixação do quantum indenizatório,
levam-se em conta determinados critérios baseados nas

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condições econômicas e sociais das partes, bem como a
intensidade do dano, atendidos os princípios da razoabilidade
e proporcionalidade. Ação julgada procedente. (...) Relator (a):
Itamar Gaino; Órgão Julgador: 21a Câmara de Direito Privado;
Foro Regional II - Santo Amaro - 11a Vara Cível; Data do
Julgamento: 07/11/2017; Data de Registro: 07/11/2017).
(destaque nosso).

Portanto, pelos fundamentos supra, bem como pela razão de a CAIXA


CONSÓRCIOS ser responsável pelo recebimento dos valores oriundos do contrato
aderido eivado de vício, e reconhece como legítimo o mesmo contrato e não
restando o que se falar em ilegitimidade passiva (337, inciso XI CPC), deve responder
solidariamente e figurar no polo passivo desta ação, juntamente com a Requerida
YCON INTERMEDIAÇÕES E CONSULTORIA LTDA, merecendo a demanda ser julgada
totalmente procedente tal como aduzido no 487, I do CPC.

II.III - DOS DANOS MORAIS

Acerca da responsabilidade civil da Requerida para com o Autor,


como bem discorrido alhures, por se tratar de responsável solidária, deve
responder pelos danos causados, por integrar a cadeia de consumo, resta
suficientemente demonstrada nos autos ao passo que restou configurada a sua
conduta indevida na ocorrência da cobrança injusta lançada ao Autor, conforme
alegações e extratos, fundadas em contratação firmada em vício de consentimento.

Logo, os danos daí decorrentes são presumidos, pois restou claro que
o Autor teve sua expectativa de adquirir seu veículo frustrada, ante a conduta ilícita
da Corré YCON INTERMEDIAÇÕES E CONSULTORIA LTDA, bem como viera
despender de um valor que lhe impossibilitou gerir seus compromissos como
rotineiro.

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Ainda, se viu perturbado ante as cobranças e dívidas que passou a


contrair em seu nome, oriundas do contrato aderido com as Corrés, somadas a
necessidade de postular em Juízo, para o fim de extinguir o negócio firmado em estas.

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É ligado todo o nexo de causalidade, quando visto que os danos
elencados nesta demanda para com o Autor, decorreram também da conduta desta
Ré, que lhe atordoou com lançamentos de cobranças.

Da mesma forma, por integrar a relação de consumo como


fornecedora de serviços, juntamente com a outra Corré, que conforme evidenciados
nos autos, parece se tratar de um esquema de captação de vítimas para a prática de
estelionato, violando claramente o disposto no art. 113, § 1º, inciso III do Código Civil.
Nesse sentido, é o entendimento dos precedentes sobre o tema, vejamos:

CONSÓRCIO – Ação de rescisão contratual c.c. devolução de


quantias pagas – Alegada aquisição de seis cotas de consórcio
de imóvel em virtude de falsa promessa de contemplação, no
prazo de 60 dias, após a assinatura dos contratos - Prova
documental inequívoca das alegações da autora de que houve
a falsa promessa de contemplação em curto prazo - Legítimas
expectativas da consumidora frustradas com as falsas
promessas das rés relativamente a elementos essenciais do
contrato de consórcio - Defeito de informação que macula o
elemento volitivo do contrato – Anulação do consórcio e
determinação para devolução simples e imediata dos valores
pagos, sem qualquer retenção por parte da administradora de
consórcios – Procedência decretada nesta instância ad quem –
Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível 1013206-
94.2019.8.26.0003; Relator (a): Correia Lima; Órgão Julgador:
20ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional III - Jabaquara -
1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/06/2020; Data de
Registro: 27/06/2020)

E mais:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C.C.


DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS E INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA.
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JULGAMENTO ANTECIPADO. CERCEAMENTO DE DEFESA.


INEXISTÊNCIA. CONTRATO DE CONSÓRCIO. ALEGAÇÃO DO
AUTOR DE QUE FOI VÍTIMA DE GOLPE. PROMESSA DO
PREPOSTO DA EMPRESA DE LIBERAÇÃO DE CRÉDITO EM 15

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DIAS APÓS O PAGAMENTO DA "ENTRADA". PAGAMENTO DE
APENAS UMA PARCELA. ALEGAÇÃO DE VÍCIO DE
CONSENTIMENTO. VEROSSIMILHANÇA. DEVER D E
INFORMAÇÃO DO FORNECEDOR. INTELIGÊNCIA DO INCISO
III DO ART. 6.º DO CDC. NEGÓCIO JURÍDICO INVÁLIDO.
RESSARCIMENTO DE VALORES, DE IMEDIATO E SEM
QUALQUER RETENÇÃO, EM RAZÃO DO RECONHECIMENTO
DA NULIDADE CONTRATUAL. CABÍVEL INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS ARBITRADOS EM R$ 10.000,00. SENTENÇA
REFORMADA EM PARTE. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Não caracteriza cerceamento de
defesa o julgamento da demanda sem a realização de prova
requerida, quando o seu destinatário entender que o feito está
adequadamente instruído com provas suficientes para seu
convencimento. 2. Depreende-se dos autos, que o Autor, já
de início, desembolsou quantia de R$ 4.500,00, o que
corrobora a alegação de que não se tratava de simples
ingresso em grupo consorcial, senão que, de fato, a
aquisição de liberação de crédito, para aquisição de veículo
usado, o que evidencia que o Autor não acreditava se tratar
de simples consórcio. Dito de outro modo, quem entra em um
consórcio não se sujeita ao pagamento de grande percentual
do valor do bem que deseja adquirir, já de início, apenas para
concorrer em igualdade de condições com quem ingressa em
grupo consorcial sem ter de desembolsar, de início, grande
quantia. 3. Insta ressaltar, que é dever do fornecedor prestar
ao Consumidor informação clara e adequada, consoante prevê
o art. 6.º, III, do CDC. 4. Porque a contratação apenas se deu em
razão de falha no dever de informar, a viciar a validade
declaração de vontade do consumidor, nada mesmo há a ser
retido pelo réu a título de título de taxa de adesão,
administração, seguro e multas. 5. No caso em análise

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possibilita ao Autor o direito de ver-se reparado pelos


danos morais que suportou em razão da atitude do Apelado,
que teria criado uma expectativa de obtenção imediata do
bem, acreditando não se tratar de um simples consórcio. 6.

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Todavia, entendo que o valor pretendido pelo Autor para o
quantum indenizatório por danos morais, em R$ 20.000,00, é
excessivo, se comparado aos parâmetros jurisprudenciais
pátrios, assim arbitro a quantia de R$ 10.000,00, por ser
razoável e suficiente para compensar o Apelante o mal sofrido
e a dor moral suportada, servindo também de punição ao
causador do dano pelo ato ilícito praticado. (TJ-BA - APL:
05014824420178050250, Relator: JOANICE MARIA
GUIMARAES DE JESUS, TERCEIRA CAMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 11/02/2020). (destaque nosso).

Assim, presente a responsabilidade civil da Requerida, cuja deve


indenizar o Autor, nos termos dos artigos 14 CDC; 186 e 927 CC.

I.IV - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

É cediço que no caso em tela, compete a parte Ré, o ônus de provar o


contrário levantado pelo Autor, nos termos do art. 373, II, do Código de Processo Civil
- CPC c/c art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor - CDC.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo


ou extintivo do direito do autor.

“Art. 6°. São direitos básicos do consumidor: (...)

VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a


inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências (...).”

Deste modo, em que pese toda a negociação ter sido realizada pela
outra Corré, não cabe a Requerida CAIXA CONSÓRCIO, tentar se eximir desta relação,

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uma vez que ela reconhece o contrato avençado com a intermediadora mediante vício
de consentimento, como sendo válido.

Ora, se o mérito desta ação, discute justamente a anulação de “toda a

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documentação relacionada ao sinistro obtida com facilidade, mediante a colaboração
da Caixa”, compete a esta Ré, também a inversão do ônus da prova pois a empresa
Requerida, até pelo seu porte, possuem todos os meios de reconstruir os fatos para
que este MM. Juízo possa aplicar o melhor direito.

Por essas razões requer a inversão do ônus da prova.

III – DOS REQUERIMENTOS

Subjaz, pela terminalidade, tem-se por Impugnada a Contestação


apresentada, requerendo, desde já, que sejam ratificados os argumentos explanados
na peça inaugural, sendo julgada totalmente procedente a presente ação.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Registro/SP, 4 de outubro de 2023.

LEONARDO NOGUEIRA LINHARES EMILIANO DIAS LINHARES JUNIOR


OAB SP 322473 OAB SP 346937

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