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LANA&VALLADARES

SOCIEDADE DE ADVOGADOS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo Nº: 5006187-35.2020.8.13.0313

ALINE FRANCO DE CASTRO, brasileira, casada, servidora pública, CPF 051549776-29,


com residência na Rua Cristalina, 245/102, Veneza II, Ipatinga, Minas Gerais, por meio
de seus advogados que esta subscrevem, com escritório profissional na Rua Costa Rica
200, 2º andar, bairro Cariru, Ipatinga/MG, CEP 35160-094, onde receberão as
comunicações dos atos processuais, vem respeitosamente perante Vossa Excelência,
interpor o presente

AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de antecipação da tutela recursal

Em face da r. decisão que a ela negou o benefício da assistência judiciária gratuita (doc.
id. 243971857) proferida nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE SIMULAÇÃO DE
NEGÓCIO JURÍDICO C/C PARTILHA por ela movida em face de NARDYELLO ROCHA
DE OLIVEIRA, brasileiro, servidor público, CPF 540.946.156-87, residente e domiciliado
a Rua Urupas, 530, bairro Jardim Panorama, Ipatinga/MG, ZALZUREM GONÇALVES
DE OLIVEIRA, brasileiro, aposentado, CPF 012.951.6060-68, e MARIA DAS GRAÇAS
DA ROCHA OLIVEIRA, brasileira, do lar, CPF 924.441.486-49, ambos residentes na Rua
Japão, 48, casa, Cava Grande, Marliéria/MG, pelos fatos e fundamentos a seguir
declinados.

Inicialmente, requer que todas as comunicações dos atos processuais sejam feitas em
nome de Leandro Carlos Pereira Valladares - OAB/MG 112.575, Gustavo Lana
Ferreira - OAB/MG 94.235, sob pena de nulidade.

RUA COSTA RICA, 200, 2º ANDAR


BAIRRO CARIRU / IPATINGA-MG / CEP 35160-094 | (31) 3822-4732
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________________________________________________________DA TEMPESTIVIDADE

01. A intimação da r. decisão interlocutória agravada (doc. id. 243971857) foi


expedida eletronicamente em 05/08/2020 (doc. id. 246971810), tendo ocorrido sua
ciência automática pelo sistema PJe em 17/08/2020. Assim, considerando-se o prazo de
15 dias do art. 1003, §5º do CPC, o termo final é o dia 08/09/2020, sendo este recurso
tempestivo, portanto.

______________________________________________ DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE

02. Os patronos no presente feito declaram, sob sua responsabilidade pessoal, que
conferem com os originais os documentos em cópia juntados ao presente recurso, nos
termos do art. 425, IV do NCPC.

_______________________________ DO NOME E ENDEREÇO COMPLETO DOS ADVOGADOS

03. A Agravante informa os nomes e endereços dos advogados habilitados nos autos,
aptos a serem intimados dos atos processuais, conforme art. 1016, IV do NCPC.

ADVOGADOS DA AGRAVANTE

DR. GUSTAVO LANA FERREIRA – OAB/MG 94.235, DR. LEANDRO CARLOS PEREIRA
VALLADARES – OAB/MG 112.575, DR. MACEL GUIMARÃES GONÇALVES – OAB/MG 131.717,

Endereço: Rua Costa Rica, 200, 2° andar, Bairro Cariru, Ipatinga-MG, CEP 35160-094.

ADVOGADOS DOS AGRAVADOS

Não há advogados cadastrados pela parte contrária ao tempo deste agravo.

____________________________________________________ DO PREPARO RECURSAL

04. A Agravante deixa de realizar o preparo recursal pois o mérito do presente


recurso é o indeferimento da assistência judiciária gratuita pela r. decisão agravada.

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05. Assim, nos termos do art. 99, §7º, primeira parte, do CPC/15, “requerida a
concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de
comprovar o recolhimento do preparo”.

______________________________________________ DA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO

06. Por questão de organização deste caderno processual, a Agravante faz


acompanhar esta petição os seguintes documentos, em cópia: procuração; decisão
agravada; certidão de intimação da decisão agravada; petição inicial; declaração de
hipossuficiência; primeiro despacho; cópia de guia de custas iniciais; manifestação com
contracheques da Agravante; autos de origem (juntados automaticamente pelo sistema
eletrônico deste e. Tribunal).

___________________________________________________ DA SÍNTESE PROCESSUAL

07. Na origem, a Agravante, Autora, ajuizou ação declaratória de simulação de


negócio jurídico cumulada com partilha pois o Primeiro Agravado (contra quem ela
também ingressou com ação de divórcio – autos nº 5003665-35.2020.8.13.0313, 1ª Vara
de Família e Sucessões de Ipatinga/MG) transferiu parte do patrimônio adquirido durante
a constância do matrimônio para o nome de seus genitores, os outros Agravados.

08. Assim, com a declaração de simulação, a Agravante pretende que os bens


discriminados na peça de ingresso regressem ao patrimônio do Primeiro Agravado e,
assim, sejam também objeto de partilha, além daqueles que já estão na titularidade dele.

09. E, por não auferir renda suficiente para arcar com as despesas processuais, a
Agravante pleiteou a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita.

10. No entanto, mesmo comprovando documentalmente sua condição financeira


hipossuficiente, o d. juiz de primeiro grau indeferiu o benefício, motivo pelo qual se
ingressa com o presente agravo de instrumento.

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_____________________ DA R. DECISÃO AGRAVADA E DOS MOTIVOS PARA SUA REFORMA.

11. Como se vê dos autos, o r. despacho doc. id. 122072303 inicialmente afirmou:

“Assim, para apreciação do pedido de Justiça Gratuita, intime-se a


parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, comprovar
satisfatoriamente a necessidade da gratuidade judiciária, carreando
aos autos os 3 (três) últimos comprovantes de rendimento ou, na
impossibilidade, documentos hábeis para tanto, ou ainda, na mesma
oportunidade, deverá recolher as custas judiciais e despesas
processuais, sob pena de extinção, sem nova intimação”.

12. E em atenção a este despacho, a Agravante juntou aos autos em 30/07/2020


(doc. id. 196250263) os seus então três últimos contracheques (maio, junho e julho de
2020, doc. id. 196250270, 196250272 e 196250274, respectivamente).

13. Todos eles comprovam que a renda básica líquida mensal da Agravante é de
R$2.671,00 (dois mil, seiscentos e setenta e um reais), exceção feita apenas e
excepcionalmente ao mês de junho/2020, em que ela recebeu valores trabalhistas a título
de 1/3 de férias, mas que sabidamente não compõem seus vencimentos regulares.

14. Porém, veio aos autos a r. decisão agravada doc. id. 243971857 e indeferiu a
gratuidade judiciária.

15. A r. decisão agravada assim asseverou:

“Volvendo ao caso dos autos, tem-se que os documentos juntados


com a inicial não têm o condão de comprovar – de plano – a
hipossuficiência financeira da parte autora para efetuar o pagamento
das custas iniciais. Os documentos juntados pela autora demonstram
que sua renda mensal excede o valor de R$3.000,00 e, em que pese a
alegação de incapacidade financeira, entendo que a hipótese não
autoriza a concessão da gratuidade judiciária. O valor auferido pela
requerente demonstra suficiência financeira para arcar com o ônus das
custas processuais, na medida em que os documentos juntados não
comprovam a imprescindibilidade do benefício vindicado.”

16. Com a devida vênia, a r. decisão agravada carece de fundamentos, na medida


em que os preceitos e critérios utilizados atualmente inclusive por este e. Tribunal de
Justiça na análise de requerimentos desta natureza foram inteiramente desconsiderados.

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17. Está perfeitamente demonstrado nos autos mediante provas que a renda
mensal líquida da Agravante é de apenas R$2.671,00 (dois mil seiscentos e setenta
e um reais), ou seja, não condiz com a realidade a afirmativa de que a “sua renda
excede o valor de R$3.000,00”.

18. E é pacífico o entendimento do e. TJMG de que, para a concessão dos benefícios


da assistência judiciária gratuita, a renda líquida é que deve ser considerada. Veja-se:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - JUSTIÇA GRATUITA - ALEGADA


INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS - ACOLHIMENTO DA
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA IN STATU
ASSERTIONIS - RENDA LIQUÍDA MENSAL INFERIOR A 3
SALÁRIOS MÍNIMOS - DEFERIMENTO DA BENESSE (...) O benefício
da justiça gratuita deve ser deferido a toda pessoa física que declarar
de próprio punho, ou através de seu advogado, que se encontra
impossibilitada de arcar com as custas e despesas processuais sem o
comprometimento de sua manutenção, haja vista que, em princípio, tal
declaração reveste-se de presunção 'iuris tantum' de veracidade. Tal
declaração de hipossuficiência, somada a outros indícios de
impossibilidade financeira de pagamento das despesas do
processo, notadamente, a demonstração de que a postulante
aufere uma renda mensal líquida inferior a 3 salários mínimos,
autorizam o deferimento da benesse (...).” (TJMG - AI
1.0000.17.107229-1/001, Rel. Des.(a) Amauri Pinto Ferreira, 17ª
Câmara Cível, j.: 15/03/0018, p.: 19/03/2018). (grifos acrescidos)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA


GRATUITA - SIMPLES DECLARAÇÃO - IMPERATIVA A
COMPROVAÇÃO DE NECESSIDADE DA BENESSE. Para aqueles
cuja renda mensal líquida não ultrapasse o valor de R$ 3.500,00,
considera-se necessária a concessão do benefício (sempre
mediante comprovação), eis que até este valor há uma maior
probabilidade de que o pagamento das custas importe no
comprometimento até mesmo do acesso à máquina judiciária pelo
indivíduo, o que contraria os preceitos constitucionais.” (TJMG - AI
1.0000.15.088874-1/001, Rel. Des.(a) João Cancio, 18ª Câmara Cível,
j.: 25/11/0015, p.: 25/11/2015) (grifos acrescidos)

“APELAÇÃO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. JUSTIÇA GRATUITA


INDEFERIDA. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO DAS CUSTAS
INICIAIS. HIPOSSUFICIÊNCIA COMPROVADA. BENESSE
DEFERIDA. SENTENÇA CASSADA. (...) II - Trazido junto à inicial
extrato bancário, que revela renda líquida mensal do autor no
importe R$2.491,00 (policial militar), resta demonstrada a
hipossuficiência para arcar com os custos do processo, de modo

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que a concessão da benesse é medida que se impõe.” (TJMG -
Apelação Cível 1.0105.13.039913-9/001, Rel. Des.(a) João Cancio,
18ª Câmara Cível, j.: 15/09/2015, p.: 22/09/2015) (grifos acrescidos)

19. Ou seja, a r. decisão agravada ofendeu diretamente os preceitos que norteiam o


instituto da gratuidade judiciária, pois a vulnerabilidade econômica da Agravante está
inteiramente demonstrada, tendo ela cumprido plenamente a determinação do r.
despacho doc. id. 122072303 que a intimou para juntar aos autos seus últimos
comprovantes de rendimento.

20. Ademais, também padece de razão a r. decisão agravada ao afirmar que a


Agravante “não cuidou de juntar, como determinado, suas declarações de bens e valores
e extratos bancários”, pois conforme comprovado, ela foi intimada para colacionar seus
demonstrativos de rendimento “ou, na impossibilidade, documentos hábeis para tanto”.

21. Portanto, ao cumprir o r. despacho inicial e juntar seus comprovantes de


rendimento, não havia de se falar na juntada de outros documentos além deles e que
àquela altura sequer haviam sido especificados, permissa venia.

22. Da mesma forma, a afirmativa de que “a autora não apresentou outros


documentos que indiquem despesas vultosas e atestem a alegada necessidade exposta
na inicial” deve ser afastada pois o ordenamento não exige a especificação de vultosas
despesas para que a benesse judiciária seja pleiteada e deferida.

23. O que se exige é a hipossuficiência financeira, que por sua vez é


quantificada e medida pelo e. TJMG, de forma objetiva, como a renda líquida
inferior a três salários mínimos, critério inteiramente preenchido pela Agravante.

24. Ademais, outro fator que deve ser observado e que certamente resultará na
reforma da r. decisão recorrida é o fato de que o valor das custas iniciais apuradas na
origem (hipoteticamente consideradas) corresponde praticamente a quatro vezes a renda
mensal líquida da Agravante. Explica-se.

25. Conforme consta na guia de custas iniciais emitida pelo sítio eletrônico do e.
TJMG (doc. anexo), vê-se que o seu valor é R$10.358,43 (dez mil, trezentos e cinquenta
e oito reais e quarenta e três centavos), ou seja, o quádruplo de seu salário líquido.
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26. Vê-se então que o indeferimento da gratuidade de justiça à Agravante
configura, inclusive, inadmissível obstáculo de seu acesso à Justiça, pois só as
custas iniciais representariam a ela quase o mesmo montante que quatro meses de
seus vencimentos, o que flagrantemente viola os preceitos mais comezinhos do
ordenamento pátrio.

27. E também deve ser rechaçada, permissa venia, a alegação de que a gratuidade
deve ser indeferida sob o suposto fundamento de que a Agravante teria ajudado “a
construir o patrimônio de mais de R$ 2.000.000,00”.

28. Está posto nos autos que o citado patrimônio foi construído sob a égide do então
matrimônio da Agravante e do Primeiro Agravado. Porém, o próprio objeto dos autos de
origem deixa claro que o que a Agravante pretende é a declaração de que o cônjuge
varão simulou a aquisição de inúmeros destes bens, colocando os seus ascendentes
como seus titulares/proprietários.

29. Assim, não se pode confundir o fato de que o patrimônio foi amealhado durante o
casamento com a suposição de que a Agravante tenha contribuído financeira e
diretamente com a sua aquisição.

30. Trata-se de toda uma contribuição indireta, familiar, afetiva, psicológica,


prestada pela Agravante durante a constância do matrimônio e que é pacificamente
reconhecida no moderno direito familiar. E sob o aspecto financeiro, está comprovado
que a renda da Agravante é inferior a três salários mínimos líquidos, o que derruba o
argumento da contribuição matrimonial direta na aquisição do patrimônio como
fundamento para o indeferimento aqui combatido.

31. Por fim, como dito na inicial, todo o patrimônio envolvido permanece na
administração dos Agravados, ou seja, a Agravante não desfruta de qualquer
benefício ou vantagem a seu respeito, possuindo apenas sua renda salarial para
arcar com as despesas inerentes à sua sobrevivência, fazendo jus, portanto, à
reforma da r. decisão agravada e à concessão da benesse judiciária a seu favor.

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_______________________________________ DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL.

32. O art. 1.019, I, do CPC/15 afirma que o relator do agravo de instrumento poderá
deferir, em antecipação de tutela, a pretensão recursal.

33. É o que se recomenda para casos tais, pois, além da prova dos autos confirmar
que a Agravante faz jus ao deferimento da gratuidade, de outro lado, a efetividade
processual restará comprometida se a medida não for concedida liminarmente, em
caráter monocrático.

34. Ou seja, os requisitos do art. 300, caput, do CPC/15 estão devidamente


preenchidos, já que a probabilidade de direito e o iminente risco ao resultado útil
da demanda estão configurados.

35. Logo, requer a antecipação da tutela recursal para que a gratuidade de justiça
seja deferida à Agravante já em medida liminar, no início do presente trâmite recursal.

__________________________________________________________ DOS PEDIDOS

ANTE O EXPOSTO REQUER:

I) Seja o presente recurso recebido, processado e que a ele seja dado integral
provimento, reformando-se a r. decisão agravada para deferir à Agravante os benefícios
da assistência judiciária gratuita, tanto nos autos de origem como em sede recursal,
mediante a comprovação de que ela tem renda inferior a três salários líquidos mensais;

II) A concessão de efeito ativo ao presente agravo de instrumento, tendo em vista os


argumentos considerados nesta peça processual, deferindo-se a gratuidade à Agravante
em antecipação da tutela, pelos vastos fundamentos antes explorados.

III) A intimação dos Agravados para que respondam o presente recurso no prazo legal e,
ao fim, a sua condenação ao pagamento das custas e honorários advocatícios de
sucumbência.

Pede deferimento.

Ipatinga/MG, 19 de agosto de 2020.

GUSTAVO LANA FERREIRA LEANDRO CARLOS PEREIRA VALLADARES


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