Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Em face da r. decisão que a ela negou o benefício da assistência judiciária gratuita (doc.
id. 243971857) proferida nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE SIMULAÇÃO DE
NEGÓCIO JURÍDICO C/C PARTILHA por ela movida em face de NARDYELLO ROCHA
DE OLIVEIRA, brasileiro, servidor público, CPF 540.946.156-87, residente e domiciliado
a Rua Urupas, 530, bairro Jardim Panorama, Ipatinga/MG, ZALZUREM GONÇALVES
DE OLIVEIRA, brasileiro, aposentado, CPF 012.951.6060-68, e MARIA DAS GRAÇAS
DA ROCHA OLIVEIRA, brasileira, do lar, CPF 924.441.486-49, ambos residentes na Rua
Japão, 48, casa, Cava Grande, Marliéria/MG, pelos fatos e fundamentos a seguir
declinados.
Inicialmente, requer que todas as comunicações dos atos processuais sejam feitas em
nome de Leandro Carlos Pereira Valladares - OAB/MG 112.575, Gustavo Lana
Ferreira - OAB/MG 94.235, sob pena de nulidade.
02. Os patronos no presente feito declaram, sob sua responsabilidade pessoal, que
conferem com os originais os documentos em cópia juntados ao presente recurso, nos
termos do art. 425, IV do NCPC.
03. A Agravante informa os nomes e endereços dos advogados habilitados nos autos,
aptos a serem intimados dos atos processuais, conforme art. 1016, IV do NCPC.
ADVOGADOS DA AGRAVANTE
DR. GUSTAVO LANA FERREIRA – OAB/MG 94.235, DR. LEANDRO CARLOS PEREIRA
VALLADARES – OAB/MG 112.575, DR. MACEL GUIMARÃES GONÇALVES – OAB/MG 131.717,
Endereço: Rua Costa Rica, 200, 2° andar, Bairro Cariru, Ipatinga-MG, CEP 35160-094.
09. E, por não auferir renda suficiente para arcar com as despesas processuais, a
Agravante pleiteou a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita.
11. Como se vê dos autos, o r. despacho doc. id. 122072303 inicialmente afirmou:
13. Todos eles comprovam que a renda básica líquida mensal da Agravante é de
R$2.671,00 (dois mil, seiscentos e setenta e um reais), exceção feita apenas e
excepcionalmente ao mês de junho/2020, em que ela recebeu valores trabalhistas a título
de 1/3 de férias, mas que sabidamente não compõem seus vencimentos regulares.
14. Porém, veio aos autos a r. decisão agravada doc. id. 243971857 e indeferiu a
gratuidade judiciária.
24. Ademais, outro fator que deve ser observado e que certamente resultará na
reforma da r. decisão recorrida é o fato de que o valor das custas iniciais apuradas na
origem (hipoteticamente consideradas) corresponde praticamente a quatro vezes a renda
mensal líquida da Agravante. Explica-se.
25. Conforme consta na guia de custas iniciais emitida pelo sítio eletrônico do e.
TJMG (doc. anexo), vê-se que o seu valor é R$10.358,43 (dez mil, trezentos e cinquenta
e oito reais e quarenta e três centavos), ou seja, o quádruplo de seu salário líquido.
RUA COSTA RICA, 200, 2º ANDAR
BAIRRO CARIRU / IPATINGA-MG / CEP 35160-094 | (31) 3822-4732
WWW.LANAEVALLADARES.COM.BR
27. E também deve ser rechaçada, permissa venia, a alegação de que a gratuidade
deve ser indeferida sob o suposto fundamento de que a Agravante teria ajudado “a
construir o patrimônio de mais de R$ 2.000.000,00”.
28. Está posto nos autos que o citado patrimônio foi construído sob a égide do então
matrimônio da Agravante e do Primeiro Agravado. Porém, o próprio objeto dos autos de
origem deixa claro que o que a Agravante pretende é a declaração de que o cônjuge
varão simulou a aquisição de inúmeros destes bens, colocando os seus ascendentes
como seus titulares/proprietários.
29. Assim, não se pode confundir o fato de que o patrimônio foi amealhado durante o
casamento com a suposição de que a Agravante tenha contribuído financeira e
diretamente com a sua aquisição.
31. Por fim, como dito na inicial, todo o patrimônio envolvido permanece na
administração dos Agravados, ou seja, a Agravante não desfruta de qualquer
benefício ou vantagem a seu respeito, possuindo apenas sua renda salarial para
arcar com as despesas inerentes à sua sobrevivência, fazendo jus, portanto, à
reforma da r. decisão agravada e à concessão da benesse judiciária a seu favor.
32. O art. 1.019, I, do CPC/15 afirma que o relator do agravo de instrumento poderá
deferir, em antecipação de tutela, a pretensão recursal.
33. É o que se recomenda para casos tais, pois, além da prova dos autos confirmar
que a Agravante faz jus ao deferimento da gratuidade, de outro lado, a efetividade
processual restará comprometida se a medida não for concedida liminarmente, em
caráter monocrático.
35. Logo, requer a antecipação da tutela recursal para que a gratuidade de justiça
seja deferida à Agravante já em medida liminar, no início do presente trâmite recursal.
I) Seja o presente recurso recebido, processado e que a ele seja dado integral
provimento, reformando-se a r. decisão agravada para deferir à Agravante os benefícios
da assistência judiciária gratuita, tanto nos autos de origem como em sede recursal,
mediante a comprovação de que ela tem renda inferior a três salários líquidos mensais;
III) A intimação dos Agravados para que respondam o presente recurso no prazo legal e,
ao fim, a sua condenação ao pagamento das custas e honorários advocatícios de
sucumbência.
Pede deferimento.
OAB/MG 131.717