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Cliente CAMARA MUNICIPAL DE CAMACARI

Data
14/09/2021 (DJBA)
processamento/pesquisa

Vencimento da assinatura: 22/03/2022

Palavras usadas na análise e leitura dos Diários:

CAMARA MUNICIPAL DE CAMACARI | CAMARA MUNICIPAL CAMACARI | CAM MUNICIPAL DE CAMACARI |
CAM MUNICIPAL CAMACARI | CAMARA MUN DE CAMACARI | CAMARA MUN CAMACARI | C MUNICIPAL DE
CAMACARI | C MUNICIPAL CAMACARI | CAMARA MUNICIPAL DE CAMASARI | CAMARA MUNICIPAL
CAMASARI | C M DE CAMACARI | CAM MUN DE CAMACARI | CAM MUN CAMACARI | CMDECAMACARI

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Publicação: 1.

Data de Disponibilização: 14/09/2021

Data de Publicação: 15/09/2021
Jornal: Diário Oficial DJ Bahia
Caderno: Tribunal de Justiça
Local: CADERNO 1 – ADMINISTRATIVO
TERCEIRA CÂMARA CÍVEL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DA BAHIA
Página: 0001027
(124)DECISÃO

8021979-32.2021.8.05.0000 Agravo De Instrumento Jurisdicao: Tribunal De

Justica
Agravante: Raimundo De Farias Dionisio
Advogado: Luiz Alberico Rios Carneiro (OAB: 0047140/BA)
Advogado: Salomao Vilas Boas Franca (OAB: 0052720/BA)
Advogado: Josimario De Almeida Santos (OAB: 0040721/BA)
Agravado: CAMARA MUNICIPAL DE CAMACARI
Agravado: Municipio De Camacari
Decisao: PODER JUDICIARIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DA BAHIA
Terceira Camara Civel
Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO n. 8021979-32.2021.8.05.0000 Orgao
Julgador: Terceira Camara Civel
AGRAVANTE: RAIMUNDO DE FARIAS DIONISIO Advogado (s): JOSIMARIO DE
ALMEIDA SANTOS (OAB: 0040721/BA), SALOMAO VILAS BOAS FRANCA (OAB:
0052720/BA), LUIZ ALBERICO RIOS CARNEIRO (OAB: 0047140/BA) AGRAVADO:
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CAMARA MUNICIPAL DE CAMACARI e outros Advogado (s): DECISAO

Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto
por RAIMUNDO DE FARIAS DIONISIO, em face da decisao interlocutoria proferida
pelo Juiz de Direito da 1ª Vara da Fazenda Publica da Comarca de Camacari (BA),
que, nos autos da ACAO DE COBRANCA DE DIFERENCAS SALARIAIS C/ DANOS
MORAIS n.º 8001937-10.2019.8.05.0039, movida contra o MUNICIPIO DE
CAMACARI E OUTRO, indeferiu o pedido de assistencia judiciaria gratuita nos
seguintes termos:
Vistos etc. Indefiro o pedido de Gratuidade da Justica, haja vista de que nao
constam nos autos evidencias dos pressupostos legais para concessao da
gratuidade, bem como prova documental referente a situacao financeira do autor.
Em razao do exposto, intime-se os Advogados do requerente para que, no prazo
maximo de quinze dias, promovam o pagamento das custas processuais devidas,
sob pena de indeferimento da peticao inicial. Cumpra-se e demais intimacoes na
forma da lei. Camacari (BA), 12 de julho de 2021 (Id.17177347) Irresignada com
o decisum, a parte agravante interpos o presente recurso, alegando em sintese,
que (i) nao tem condicoes de prover as custas do processo sem prejuizo do
sustento proprio e de sua familia, conforme se depreende no contracheque
anexado junto a exordial, o qual demostra que o
Agravante possui o valor da renda liquida de 02 (dois) salarios-minimos; e (ii) o
entendimento majoritario desta Corte e a concessao da AJG para rendas liquidas
inferiores ao patamar de 10 salarios-minimos. Requereu a reforma da decisao
interlocutoria a fim de que seja concedida a tutela recursal para conceder ao
agravante a gra- tuidade da justica integral e, ao julgamento final, confirmada a
tutela requerida. (Id.17177346) E o relatorio. O CPC, em seu art. 1.019, faculta
ao Relator atribuir efeito suspensivo ao Recurso de Agravo de Instrumento: Art.
1.019 - Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuido
imediatamente, se nao for o caso de aplicacao do art. 932, incisos III e IV, o
relator, no prazo de 5 (cinco) dias: I - podera atribuir efeito suspensivo ao
recurso ou deferir, em antecipacao de tutela, total ou parcialmente, a pretensao
recursal, comunicando ao juiz sua decisao; (g.n.) O dispositivo legal supra
remete ao art. 995, do CPC, que condiciona a concessao de efeito suspensivo em
recurso de Agravo de Instrumento nos casos em que possa resultar lesao grave e
de dificil reparacao: Art. 995 - Os recursos nao impedem a eficacia da decisao,
salvo disposicao legal ou decisao judicial em sentido diverso. Paragrafo unico - A
eficacia da decisao recorrida podera ser suspensa por decisao do relator, se da
imediata producao de seus efeitos houver risco de dano grave, de dificil ou
impossivel reparacao, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do
recurso. (g.n.) Dito isso, em analise dos autos, afere-se, ao menos a priori, a
existencia dos requisitos legais para a concessao da antecipacao dos efeitos da
tutela recursal pleiteada, sintetizados nos conceitos do fumus boni juris e do
periculum in mora. Quanto ao beneficio instituido pela Lei 1.060/50, foi
recepcionado pela Constituicao Federal, em seu artigo 5º, LXXIV, o qual assim
dispoe: O Estado prestara assistencia judiciaria integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiencia de recursos. O referido dispositivo constitucional, em
verdade, veio a regulamentar as concessoes indiscriminadas do beneficio, o qual
somente deve ser concedido aqueles que, realmente, nao tenham condicoes de
suportar as despesas processuais, sob pena de imprestabilidade do instituto. A
assistencia judiciaria gratuita e um privilegio e, como tal, so se justifica em
situacoes excepcionais, quando se trata de nao afastar da tutela jurisdicional
aqueles que sao carentes de recursos, o que, efetivamente, seria odioso e
atentatorio aos principios regentes do Estado Democratico de Direito. Lado outro,
como representante do Estado que e, cabe ao magistrado uma postura ativa no
processo, de modo a fazer respeitar o direito vigente. Desse modo, caso nao se
sinta convencido pela declaracao de pobreza da parte, pode e deve determinar a
juntada de documentos aos autos, de maneira a esclarecer a situacao. Nesse
sentido, e a jurisprudencia do egregio Superior Tribunal de Justica: DIREITO
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ASSISTENCIA JUDICIARIA GRATUITA. DECLARACAO DE
POBREZA. PRESUNCAO JURIS TANTUM. INVERSAO. IMPOSSIBILIDADE.
COMPROVACAO DO ESTADO DE POBREZA. EXIGENCIA. POSSIBILIDADE.
AGRAVO IMPROVIDO. 1. O pedido de assistencia gratuita pode ser feito em
qualquer fase do processo, sendo suficiente para a sua obtencao a simples
afirmacao do estado de pobreza. 2. Por se tratar de presuncao , pode o
Magistrado, juris tantum em caso de duvida acerca da veracidade da declaracao
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de pobreza do requerente, ordenar-lhe a comprovacao do estado de

miserabilidade a fim de subsidiar o deferimento da assistencia judiciaria gratuita.
Precedente do STJ.3. Agravo improvido." (STJ - AgRg no Agravo de Instrumento
nº 1.138.386/ PR - Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJ
03/11/2009). PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. ASSISTENCIA
JUDICIARIA GRATUITA. COMPROVACAO DO ESTADO DE POBREZA.
POSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justica entende que o magistrado
pode ordenar a comprovacao do estado de miserabilidade a fim de subsidiar o
deferimento da assistencia judiciaria gratuita. Precedentes. 2. Agravo Regimental
nao provido." (STJ - AgRg no Agravo de Instrumento nº 964920/RS - Rel.
Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJ 04/03/2009). Com efeito, restou
demonstrado nos autos, ao menos em juizo de cognicao nao exauriente, o fumus
boni juris, consoante aos contracheques juntados (Id.17177348, fls. 5-13), que
com a renda liquida de R$ 2.083,54 (dois mil oitenta e tres reais e cinquenta e
quatro centavos) nao possuira, de fato, condicao de arcar com as custas
processuais que venham a ser indispensaveis para o efetivo exercicio de postular
em juizo, mormente em causa cujo valor gira em torno de R$ 57.385,01. Caso
contrario, a manutencao da decisao que deferiu parcialmente a assistencia
judiciaria gratuita, carecedora de escorreita
fundamentacao para tal teor, afligira inexoravelmente direitos fundamentais do
agravante, a saber: seja comprometer com as minimas condicoes de
sobrevivencia de si e da familia seja de inviabilizar o amplo acesso ao judiciario,
restringindo-o, portanto, apenas a classes sociais mais favorecidas, as quais se
verao com maiores chances de efetivarem direitos pleiteados em juizo. Sendo
assim, e sem que esta decisao vincule o entendimento deste Relator acerca do
merito recursal, e nao sendo descartada a possibilidade de se chegar a conclusao
diversa, apos minuciosa analise, a antecipacao da tutela recursal e medida que
se impoe. Pelos fundamentos aqui aduzidos, por vislumbrar os requisitos
previstos no art. 995, do CPC, defiro a antecipacao dos efeitos da tutela recursal,
suspendendo-se os efeitos da decisao agravada para DEFERIR A ASSISTENCIA
JUDICIARIA GRATUITA INTEGRAL. Comunique-se ao Juizo de Primeiro Grau o
conteudo desta decisao, encaminhando-lhe copia do seu inteiro teor para que
possa tomar todas as medidas necessarias (art. 1.019, I, CPC). Intime-se as
partes agravadas, nos termos do artigo 219 e 1.019, II, ambos do Codigo de
Processo Civil, para, querendo, con- traminutar o presente recurso no prazo de
15 (quinze) dias uteis. Salvador/BA, 10 de setembro de 2021. Marielza Maues
Pinheiro Lima Juiza Convocada/Relatora PODER JUDICIARIO TRIBUNAL DE
JUSTICA DO ESTADO DA BAHIA Des. Ivanilton Santos da Silva

Total de Publicações ( Assinatura DJ Bahia ): 1

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Procuradoria Jurídica Câmara de Camaçari <pj.cmcba@gmail.com> 14 de setembro de 2021 15:15

Para: "Prof. Cristiano Alves" <ccalves2@gmail.com>

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15/09/2021 14:09 Gmail - Public. 1. DJBA 14/09/21 (42.90521698)

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