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TJBA

PJe - Processo Judicial Eletrônico

04/04/2022

Número: 8000394-76.2019.8.05.0166
Classe: EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL
Órgão julgador: V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE MIGUEL CALMON
Última distribuição : 01/04/2019
Valor da causa: R$ 5.000,00
Assuntos: Prestação de Serviços
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
MAURICIO MATOS CORREA (EXEQUENTE) MAURICIO MATOS CORREA (ADVOGADO)
ESTADO DA BAHIA (EXECUTADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
61185 19/06/2020 10:54 Petição Petição
023
61185 19/06/2020 10:54 Manifestação-8000394-76.2019.8.05.0166 Petição
077
61185 19/06/2020 10:54 Certidão - 0000017-14.2000.805.0166 Documento de Comprovação
116
27825 19/06/2019 10:14 Petição Petição
446
27825 19/06/2019 10:14 calculo-8000394-76-2019-8-05-0166 Outros documentos
482
26253 31/05/2019 09:16 Despacho Despacho
493
22947 12/04/2019 11:56 Petição Petição
684
22947 12/04/2019 11:56 Declaração Outros documentos
720
22947 12/04/2019 11:56 EILSON 1 Documento de Comprovação
735
22947 12/04/2019 11:56 EILSON 2 Documento de Comprovação
753
22947 12/04/2019 11:56 EILSON 3 Documento de Comprovação
765
22947 12/04/2019 11:56 EILSON 4 Documento de Comprovação
779
22947 12/04/2019 11:56 EILSON 5 Documento de Comprovação
794
22947 12/04/2019 11:56 EILSON 6 Documento de Comprovação
814
22307 01/04/2019 16:37 Petição Inicial Petição Inicial
463
Seguem em anexo, no formato PDF, os seguintes documentos:

1- Petição de manifestação;

2- Certidão do cartório e demais documentos comprobatórios.

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 19/06/2020 10:54:02 Num. 61185023 - Pág. 1
https://pje.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20061910540230700000059126162
Número do documento: 20061910540230700000059126162
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA
DE MIGUEL CALMON – ESTADO DA BAHIA

Processo nº: 8000394-76.2019.8.05.0166

MAURÍCIO MATOS CORRÊA, já qualificado (a) nos autos do processo em epígrafe, que move
em face do ESTADO DA BAHIA, vem, perante este M.M. Juízo, em causa própria, em atenção
ao item três do despacho de 29 de abril de 2019, especificar as provas que pretende
produzir nos termos que seguem:

I) DO BREVÍSSIMO HISTÓRICO

O Autor ajuizou a presente demanda contra o Réu pleiteando o arbitramento de honorários


advocatícios dativos, em observância aos valores trabalhados pela tabela de honorários da
OAB/BA para cada ato praticado, consoante nomeações da Vara Única, tendo em vista a
impossibilidade da Defensoria Pública de se fazer presente no fatídico dia.

O Estado da Bahia foi devidamente citado em 14 de fevereiro de 2020, entretanto não se


manifestou, tendo o prazo do mesmo terminado em 24 de maio de 2020.

Apesar de ter decidido não apresentar contestação é por demais sabido quais são os
argumentos ventilados pelo supracitado ente federativo quando se depara com situações
semelhantes sempre asseverando que os valores devidos a título de honorários advocatícios
dativos são exorbitantes e, por consequência, indevidos.

Em suma, são os fatos que permeiam a lide proposta.

II) DO MÉRITO

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 19/06/2020 10:54:03 Num. 61185077 - Pág. 1
https://pje.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20061910540248100000059126215
Número do documento: 20061910540248100000059126215
Veja-se, Excelência, não merece guarida a tese expendida pelo Réu, uma vez que baliza sua
argumentação tão somente no fato de que considera o valor requerido alto demais.
Hodiernamente, não há parâmetros legais que estabeleçam as importâncias remuneratórias
devidas à advocacia dativa de nosso Estado, senão a tabela de honorários advocatícios
organizada pela OAB/BA.

Ora, sempre na senda de nada pagar, mesmo que para isso tenha de exercitar ao máximo sua
capacidade inventiva, os pedidos postulados pelo Requerido, como em toda peça
contestatória, não passam de uma fantasiosa adaptação à sua tese, visto que o referido ato
normativo utilizado pelo autor para balizar sua petição está vigente, qual seja o Código
de ética e disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. Porquanto, requer, desde já, a
este M.M. Juízo que repila imediatamente a despeitada pretensão da parte Ré, e que se
previna acerca dos pedidos desta, conforme será demonstrado a seguir.

Com o devido respeito, o que está a se fazer aqui é barganhar um valor que já encontra
previsão legal e, principalmente, tem caráter alimentar, como preconiza o art. 85, §
14, do Código de Processo Civil, ou seja, seria o mesmo que discutir sobre a remuneração
do ilustríssimo Procurador do Estado, que também exerce a advocacia (pública), porquanto,
passível de receber honorários advocatícios, todavia, unicamente voltados ao ente público
ao qual exerce o cargo.

Frisa-se, ainda, que o Autor não tem culpa do déficit do Estado quanto à insuficiência de
“mão-de-obra” do Poder Judiciário, vez que o ente público não se encontra suficientemente
estruturado para garantir o atendimento rápido e eficaz de toda população carente de nossa
Comarca, pelo que está a descumprir o seu dever fundamental de assistência jurídica,
estatuído no 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal.

Dessa forma, se ao Tribunal deste Estado foi vedado versar sobre tais valores, o
entendimento deve se estender a todos os Magistrados de forma ampla, sejam eles singulares
ou de turmas recursais; quer dizer, não poderá fixar ao seu livre arbítrio um valor tão ínfimo
uma vez que respondem ao Tribunal de Justiça por seus atos. Destarte, estaria
desrespeitando-se a decisão da ADI 2909 sobre a fixação de honorários, dado que também
não têm discricionariedade e competência para tanto.

A priori, é bastante crível a comparação com o princípio da irretroatividade das leis (defeso
à seara cível), pois se a tabela elaborada pela OAB/BA possui valores maiores, inclusive
ratificados pela jurisprudência do STJ e do STF, bem como pela Lei nª 8.906/94, como
pretende o Réu prejudicar o Autor aduzindo pagar um valor menor que sequer encontra
supedâneo legal?

De resto, na fixação de honorários para o processo 0000017-14.2000.805.0166, a verba


honorária prevista na tabela da OAB/BA deve ser respeitada, pois não há que se falar em
balizador de valores tendo em vista outro instrumento normativo que não, como explicado
alhures.

Parafraseando ilustríssimo Eduardo Kliman (presidente da subseção da OAB São


Vicente/SP): A Advocacia não é benemerência e tampouco se serve de insólitas propostas

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 19/06/2020 10:54:03 Num. 61185077 - Pág. 2
https://pje.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20061910540248100000059126215
Número do documento: 20061910540248100000059126215
indecentes, tendo como premissa lutar pela dignidade dos inscritos, repelindo e
confrontando os que ultrajam a única profissão que é indispensável à Justiça, conforme
inteligência do art. 133, da Constituição Federal.

Por fim, ante o dispêndio do causídico ao compulsar os autos, os quais são vultosos,
compostos de farto lastro probatório, examinando-se provas orais, laudos periciais,
orientação às testemunhas e aos assistidos, evidencia-se que a importância pleiteada está em
compasso com o exímio labor desempenhado.

III) DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Ante a ausência de outros parâmetros legais, é imperativo a observância do art. 22, §§ 1º e


2º, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil – OAB), o
qual preconiza que o advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente
necessitado, no caso de impossibilidade de Defensoria Pública no local da prestação de
serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo
Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.

Isto porque o munus público, inerente ao causídico nomeado pelo juízo para atuar em
processos judiciais na defesa de interesses de partes financeiramente hipossuficientes, não
pode servir ao Estado como escusa para locupletar-se indevidamente ao desempenho de
suas funções constitucionais. Ora, se o Estado, sobre o qual recai o dever constitucional de
prestação de assistência judiciária gratuita, não se aparata para o adequado fornecimento do
serviço, subsiste, por parte da Fazenda Estadual, o ônus das despesas relativas aos
honorários dos defensores dativos[1]. Neste sentido, Yussef Said CAHALI e Eugênio PACELLI:
Está, portanto, definitivamente assentado que procede a cobrança de honorários advocatícios contra a Fazenda do
Estado, ajuizada por causídico nomeado pelo juiz para feitos criminais, por impossível nem atendível a participação
do advogado da Procuradoria de Assistência Judiciária, desempenhando aquele regular e temporariamente uma
função pública; o advogado, quando presta serviço como defensor dativo por força de designação judicial, tem o
direito de receber do Estado a justa remuneração pelo efetivo exercício do mister, não podendo admitir o trabalho
gratuito em favor do Estado, que, por força de preceito constitucional, tem a obrigação precípua de prestar
assistência judiciária aos necessitados[2]. Se o acusado não quiser constituir advogado, o Estado designará um em
seu nome. Esse defensor, dado pelo Estado, é chamado de defensor dativo. Atuará no processo sob o compromisso
de seu grau (de advogado) e receberá uma remuneração, seja de responsabilidade do acusado, quando ele puder
pagar, seja pelo Estado, na hipótese diversa[3]. Grifou-se

Outrossim, o próprio Estado da Bahia não desconhece a jurisprudência pacífica dos


Tribunais Superiores, porquanto, pague-se o valor devido a este causídico, vez que há
prognóstico legal para tanto, isto é, na ausência de outros parâmetros legais para
pagamento de honorários advocatícios dativos, é imperativo a observância da Lei nº
8.906/94 (Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil – OAB), em
especial seu art. 22, §§ 1º e 2º, pois como é de fácil percepção, lei e jurisprudência são
uníssonas quanto ao objeto da lide.

IV) DO QUANTUM REMUNERATÓRIO A SER FIXADO

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 19/06/2020 10:54:03 Num. 61185077 - Pág. 3
https://pje.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20061910540248100000059126215
Número do documento: 20061910540248100000059126215
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

O Superior Tribunal de Justiça, há tempos adotou o posicionamento de que as atividades


desenvolvidas pelo advogado dativo devem ser remuneradas, entendendo, de maneira
pacífica, que “os honorários devidos ao defensor dativo nomeado para atuar em
processos criminais deve obedecer aos parâmetros mínimos fixados na tabela da
OAB”, observando-se, a partir deste limite, o grau de zelo profissional e a dificuldade da
causa para estabelecimento do montante, todavia, nunca podendo ser aquém de tais
valores.

Novamente, repita-se, Lei e jurisprudência são uníssonas ao quantum remuneratório a ser


aplicado, visto que devem ser suportados pelo Estado nos moldes das tabelas de valores
publicadas pelo órgão de classe da advocacia, notadamente da OAB/BA, pois o que está se
exigindo do Estado da Bahia é exatamente o que a Carta Magna lhe impõe.

DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Na mesma linha de raciocínio, é o posicionamento pacífico do Supremo Tribunal Federal no


julgamento do RE nº 223043 SP, Relator: Min. MOREIRA ALVES, Data de Julgamento:
21/03/2000, Primeira Turma, Data de Publicação: DJ 09-02-2001 PP-00038 EMENT
VOL02018-01 PP-00173. Além do mais, permito-me transcrever trecho do voto do Sr.
Relator, Min. Luiz Fux, no julgamento do Resp 602.005, DJ 26.04.2004 P. 153, in verbis:
“A verba fixada em prol de defensor dativo, em nada difere das mencionadas no disposto legal que a Consagra em
proveito dos denominados serviços auxiliares da justiça e que consubstanciam em título executivo (art. 585, V do
CPC). [...] A fixação dos honorários do defensor dativo é consectário da garantia constitucional de que todo o
trabalho deve ser remunerado, e aquele, cuja contraprestação encarta-se em decisão judicial. O ADVOGADO
DATIVO, por força da lei, da jurisprudência do STJ e da doutrina, tem o inalienável direito aos honorários, cuja
essência corporifica-se no título judicial que é senão a decisão que os arbitra. É cediço que o ônus da assistência
judiciária gratuita é do Estado. Não havendo ou sendo insuficiente a defensoria pública local, ao Juiz é conferido o
poder-dever de nomear um defensor dativo ao pobre ou revel. [...] A indispensabilidade da atuação do profissional
do direito para representar a parte no processo, gera ao Defensor Dativo o direito ao arbitramento de honorários
pelos serviços prestados cujo ônus deve ser suportado pelo Estado. (precedentes do STF - RE nº 222.373 e 221.486)”.
Grifou-se.

Em consequência dos argumentos jurídicos supracitados, pugna-se pelo deferimento dos


pedidos da Exordial, valendo-se das cifras determinadas na tabela de honorários da OAB/BA
para retificar e arbitrar os valores devidos a título de honorários advocatícios dativos, certo
que, estar-se-á respeitando o sistema de precedentes judiciais, bem como a legislação
pátria, designadamente a Lei 8.906/94.

Ad argumentandum, caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer sejam
atribuídos valores condizentes com o labor desempenhado pelo causídico que esta
subscreve, nas atribuições do aludido munus público.

V) DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Por todo o exposto, pugna-se à Vossa Excelência:

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 19/06/2020 10:54:03 Num. 61185077 - Pág. 4
https://pje.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20061910540248100000059126215
Número do documento: 20061910540248100000059126215
A) A procedência total dos pedidos, para os efeitos de condenar o Réu ao pagamento dos
honorários advocatícios dativos, no valor de R$ 8.502,28 (oito mil, quinhentos e dois
reais e vinte e oito centavos), de acordo com a planilha de cálculo já anexado aos
autos (ID: 27825482), onde consta a discriminação do valor principal acrescido de
juros e correção monetária calculados desde a data da sentença ora exequenda;
B) A juntada da documentação em anexo.

Por fim, no que diz respeito as provas que o autor pretende produzir, o mesmo informa
que os documentos colacionados ao processo, tanto com a exordial quanto com a presente
peça processual, são suficientes para o justo deslinde do feito, pelo que não se faz necessário
a inquirição de testemunhas, visto que a matéria tratada no processo é unicamente de
direito. Dessa forma, requer o julgamento antecipado da lide.
Termos em que, pede deferimento.

Miguel Calmon, 19 de junho de 2020.

MAURÍCIO MATOS CORRÊA

OAB/BA nº 31.122

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Número do documento: 20061910540353300000059126251
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE MIGUEL CALMON - ESTADO DA BAHIA

Processo n. 8000394-76.2019.8.05.0166

MAURÍCIO MATOS CORRÊA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem,
com o devido respeito e acatamento, perante Vossa Excelência, requerer a juntada da documentação em
anexo contendo o cálculo da liquidação atualizado até junho de 2019.

Nestes termos,

Pede-se deferimento.

MAURÍCIO MATOS CORRÊA

OAB/BA 31.122

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 19/06/2019 10:13:58 Num. 27825446 - Pág. 1
https://pje.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19061910135795900000026538527
Número do documento: 19061910135795900000026538527
PROJEF WEB - Programa para Cálculo de Liquidação de Sentença
Desenvolvido pelos Núcleos de Cálculos Judiciais e de Tecnologia da Informação da Justiça Federal do Rio Grande do Sul

RESUMO DO CÁLCULO
Processo: 8000394-76.2019.8.05.0166
Autor: MAURICIO MATOS CORREA
Réu: ESTADO DA BAHIA

I - PARTES

Nome Principal corrigido Juros de mora Total (R$)


Honorários advocatícios - Dativo 5.945,65 2.556,63 8.502,28
Total Partes -> 5.945,65 2.556,63 8.502,28

II - TOTALIZAÇÃO

Descrição Total (R$)


SUBTOTAL DA CONTA (I) 8.502,28
TOTAL DA CONTA EM 06/2019 8.502,28

ATUALIZADO ATÉ JUNHO/2019


Miguel Calmon, 18 de junho de 2019
________________________________________________
Cálculo elaborado por: Maurício Matos Corrêa
Escritório de advocacia

Critérios e parâmetros do cálculo


Data de início dos juros moratórios: 11/2015 (de forma decrescente para parcelas com data posterior)
Juros de mora: 12% a.a.
Critério de correção monetária das parcelas:Ações Condenatórias em Geral - Manual de Cálculos da JF (Edição 2013)
Composição do critério: ORTN (10/64-02/86) OTN (03/86-01/89) IPC/IBGE (01/89-42,72% e 02/89-10,14%, expurgos) BTN (03/89-03/90)
IPC/IBGE (03/90-02/91) INPC (03/91-11/91) IPCA-E (12/91) UFIR (01/92-12/00) IPCA-E (01/01-acumulado ano 2000) IPCA-E (mensal, de
01/2001 em diante) (contém expurgos - IPC/IBGE de 03/90 a 02/91).
Sucumbências: Não foram apuradas
Honorários advocatícios: Não foram apurados.

O programa PROJEF WEB foi desenvolvido a título de sugestão no intuito de possibilitar que o Autor apresente uma conta no momento do
ajuizamento e/ou da execução do processo. Contudo, salientamos que sempre prevalecerá o entendimento de cada Juízo nas questões
pertinentes aos cálculos judiciais. Pelo fato desse programa conter inúmeras opções de critérios de correção monetária e de juros moratórios, o
usuário ficará inteiramente responsável pelas suas escolhas. A simples utilização do programa não implica em certeza absoluta no seu resultado
final e nem em aceitação compulsória por parte do Magistrado.

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PROJEF WEB - Programa para Cálculo de Liquidação de Sentença

DEMONSTRATIVO DE PARCELAS

PARTE: Honorários advocatícios - Dativo


Principal Coef. Corr. Monetária Princ. Corrigido Juros % Juros $ Total (R$)
# Data
(A) (B) (C = A x B) (D) (E = C x D) (F = C + E)
1 11/15 5.000,00 1,1891300288 5.945,65 43,0000% 2.556,63 8.502,28
Totais 5.000,00 5.945,65 2.556,63 8.502,28
Total da Parte: Honorários advocatícios - Dativo => 8.502,28
DEMONSTRATIVO PARA FINS DE RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE-RRA (LEI 12.350/2010)
Anos-calendário anteriores Ano-calendário atual (2019)
Qtd. Parcelas Valor Qtd. Parcelas Valor
1 R$ 8.502,28 0 R$ 0,00

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
Comarca de Miguel Calmon
Vara dos Feitos Cíveis e Comerciais

PROCESSO: 8000394-76.2019.8.05.0166
AUTOR: MAURICIO MATOS CORREA
RÉU: ESTADO DA BAHIA

DESPACHO

1 - Cite-se o ESTADO DA BAHIA, nos termos do art. 183, §§ 1º e 2º, do NCPC, para apresentar
contestação no prazo de 30 (trinta) dias.

2 - Após, intime-se o autor para impugnar.

3 - Posteriormente, vista às partes para especificarem as provas que pretendam produzir,


justificando-as, sob pena de indeferimento.

4 - Por ora, defiro a assistência judiciária, com base no art. 98, do NCPC, uma vez que a
requerente afirmou, sob as penas da lei, não ter condições de arcar com as despesas processuais sem
prejuízo do próprio sustento.

Miguel Calmon - BA, 30 de maio de 2019

MAURÍCIO ALVARES BARRA


Juiz de Direito Designado

Assinado eletronicamente por: MAURICIO ALVARES BARRA - 31/05/2019 09:16:47 Num. 26253493 - Pág. 1
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Número do documento: 19053010575468900000025007473
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE MIGUEL CALMON - ESTADO DA BAHIA

Processo n. 8000394-76.2019.8.05.0166

MAURÍCIO MATOS CORRÊA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem,
com o devido respeito, perante Vossa Excelência, advogando em causa própria, requerer a juntada da
documentação em anexo.

Miguel Calmon, 12 de abril de 2019.

MAURICIO MATOS CORRÊA

OAB/BA

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 12/04/2019 11:55:56 Num. 22947684 - Pág. 1
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Número do documento: 19041211555579100000021800250
Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 12/04/2019 11:53:10 Num. 22947720 - Pág. 1
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Número do documento: 19041211540905900000021800283
Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 12/04/2019 11:54:20 Num. 22947735 - Pág. 1
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Número do documento: 19041211541683200000021800296
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Número do documento: 19041211542325600000021800313
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Número do documento: 19041211542927400000021800324
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Número do documento: 19041211543583100000021800337
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Número do documento: 19041211544279200000021800352
Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 12/04/2019 11:55:57 Num. 22947794 - Pág. 2
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Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 12/04/2019 11:55:58 Num. 22947814 - Pág. 1
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Número do documento: 19041211544925600000021800372
EXCELENTÍSSIMO (A)SENHOR (A)DOUTOR (A)JUIZ(ÍZA)DE DIREITO DAVARA DE FAZENDA PÚBLICA
ESTADUAL DA COMARCA DE MIGUEL CALMON – ESTADO DA BAHIA

MAURÍCIO MATOS CORRÊAbrasileiro, casado, advogado, portador do documento de identidade de numero 13704275-22,
expedido pela SSP-BAe CPF nº 021.252.255-81, residente e domiciliado a Rua Dr. Antônio de Oliveira, nº 87, Centro de Miguel
Calmon-BA, CEP: 44720-000,vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, em causa própria com escritório
profissional a Av. Odonel Miranda Rios, nº 101, Sala 108, Centro de Miguel Calmon-BA, CEP: 44720-000, onde, em atendimento
aos ditames contidos no art. 39 inciso I do CPC, para ajuizar a presente

AÇÃO DE EXECUÇÃOPOR QUANTIA CERTA

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 01/04/2019 16:37:39 Num. 22307463 - Pág. 1
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Número do documento: 19040116373891000000021189813
Em face do ESTADO DABAHIA, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ: 13.937.032/0001-60, endereço na 3ª
Avenida, nº 370, Centro Administrativo da Bahia – CAB, CEP: 41.745-005, Salvador-BA, em decorrência das justificativas de
ordem fática e de direito abaixo delineadas:

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:

Afirma, inicialmente, nos termos da lei nº. 1.060/50, modificada pela Lei nº. 5.478/68, art. 1º, §§ 2º e 3º, e Lei 7.510/86,
ser juridicamente necessitado, não podendo arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, neste
momento, sem prejuízo do seu próprio sustendo bem como de sua família, pedindo, por fim, que lhe seja deferida a
assistência jurídica gratuita (declaração anexa doc. nº. 02).

I - CONSIDERAÇÕES FÁTICAS

O Autor foi nomeado judicialmente no processo de número 0000017-14.2000.8.05.0166 para defender Réu pobre na Comarca de
Miguel Calmon/BA ante a ausência da Defensoria Publica nesta, possuindo como valor a presente execução o quantum de R$ 5.0
00,00 (Cinco mil reais), tendo em vista a sentença condenatória fixar os honorários do advogado dativo no valor correspondente
ao estabelecido na tabela da OAB/BA vigente na data da sentença (segue a referida tabela em anexo) .

Tendo sido o Autor nomeado e defendido o Réu EILSON BENEDITO DOS SANTOS no processo supracitado, ante a ausência
da Defensoria Publica na Comarca de Miguel Calmon/BA, faz jus ao recebimento dos honorários arbitrados em sentença
transitada em julgado, não arcando o Estado administrativamente com os pagamentos resta ao Autor à busca pelo Poder Judiciário.

II - DO DIREITO

Corroborando o direito do Autor, citam-se os seguintes julgados do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL utilizados como
paradigma para a previsão constitucional que determina ao Estado o dever de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovem insuficiência de recursos (art. 5º inciso, LXXIV, da CF).

O dever de assistência judiciária pelo Estado não se exaure com o previsto no art. 5º, LXXIV da CF, razão por que o
reconhecimento no caso da responsabilidade pelo pagamento a recorrida, pelo exercício da curadoria especial a qual alude o artigo
9º, II do CPC, não viola o disposto no referido dispositivo constitucional, por não estar se exigindo do Estado mais do que a Carta
Magna lhe impõe. “RE 223.043 Rel. Min. Moreira Alves, Julgamento em 21.03.2000, primeira turma, DJ de 9-2-2001).

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 01/04/2019 16:37:39 Num. 22307463 - Pág. 2
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Número do documento: 19040116373891000000021189813
Honorários de advogado. Defensor dativo de réus pobres em processo criminais. Inexistindo, junto ao órgão judiciário, serviço
oficial de assistência gratuita a réus pobres, em processo crime, é cabível o pagamento nestes casos, pela Fazenda Estadual de
verba honorária aos advogados nomeados pelo juiz, para fim. “(RE 103.950, Rel. p/o Ac Min. Sydney Sanches)

II.1- DO INGRESSO IMEDIATO NA VIA EXECUTIVA – POSSIBILIDADE

Frisa-se a possibilidade de ingresso IMEDIATO na via executiva, consoante entendimentos uníssonos de diversos Tribunais
dentre os quais cita-se o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em ações idênticas, vejamos:

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS DE ADVOGADO DATIVO – INICIAL


INSTRUÍDA COM CERTIDÃO DE ESCRIVÃO POSSIBILIDADE DE INGRESSO IMEDIATO NA VIA EXECUTIVA
JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RECURSO PROVIDO. Diante da
consolidada jurisprudência do STJ, que tem entendido pela possibilidade de ingresso imediato na via executiva, bem assim uma
vez que o art. 10 da Lei Estadual nº. 13.166/99 já teve sua compatibilidade com a Constituição declarada pela Corte Superior deste
Eg. Tribunal de Justiça no Incidente de Inconstitucionalidade nº. 1.0145.08.009979-4/002, importa reconhecer a executabilidade
da certidão da escrivania que documenta a fixação de honorários de advogado dativo por prévia sentença judicial. (Apelação Cível
nº 1.0079.11.064382-6/001 – comarca de Contagem-MG, Apelante: Ronan Eustáquio da Rocha – Apelado: Estado de Minas
Gerais, Data Julgamento 18/09/2012 DJE. 28-09-2012, Relatora DESA. Relatora SANDRA FONSECA Unanimidade – 6ª
Câmara Cível – TJMG)

Ainda,

EMENTA: CIVIL. PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ADVOGADO


NOMEADO COMO DEFENSOR DATIVO OU CURADOR ESPECIAL. CERTIDÃO DO CARTÓRIO QUE EXPRESSA
O CRÉDITO FIXADO PELA AUTORIDADE JUDICIÁRIA EM FAVOR DO ADVOGADO. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. ART. 585, V, CPC. SENTENÇA CASSADA. - Constitui título executivo extrajudicial o crédito
atribuído pela autoridade judiciária aos serviços auxiliares da justiça, e, por conseguinte, se a certidão oriunda do cartório
expressa o valor e a origem da quantia executada, não há como extinguir a ação de execução movida contra o Estado de
Minas Gerais. APELAÇÃO CÍVEL 1.0079.11.0623919/001 COMARCA DE CONTAGEM - Apelante: Ronan Eustáquio da
RochaAPELADO(A)(S): ESTADO DE MINAS GERAIS

E mais,

EMENTA: AÇÃO DE EXECUÇÃO – ADVOGADO DATIVO – HONORÁRIOS CERTIDÕES DA SECRETARIA DO


JUÍZO – PROVA EFETIVA – TÍTULO EXECUTIVO – PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE NÃO ELIDIDA – VERBAS
DEVIDAS PELO ESTADO. O STJ já se manifestou no sentido de que a certidão emitida nos termos art. 10, §2º, da Lei n.
13.166/99, constitui título executivo, que goza de fé pública, a qual pode ser elidida pelo Estado. Não elidido o título, deve surtir
seus efeitos. Nada obsta à execução de honorários destinados a advogado dativo e que não foram pagos pelo Estado, desde que
estes sejam regularmente arbitrados em decisão que tenha já transitado em julgado. APELAÇÃO CÍVEL Nº
1.0079.10.061902-6/001 - COMARCA DE CONTAGEM - APELANTE(S): RONAN EUSTÁQUIO DA ROCHA EM
CAUSA PRÓPRIA - APELADO(A)(S): ESTADO DE MINAS GERAIS

E, ainda,

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 01/04/2019 16:37:39 Num. 22307463 - Pág. 3
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EMENTA: PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS DE ADVOGADO DATIVO – INICIAL
INSTRUÍDA COM CERTIDÃO DE ESCRIVÃO – POSSIBILIDADE DE INGRESSO IMEDIATO NA VIA
EXECUTIVA – JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – RECURSO
PROVIDO. Diante da consolidada jurisprudência do STJ, que tem entendido pela possibilidade de ingresso imediato na via
executiva, bem assim uma vez que o art. 10 da Lei Estadual nº. 13.166/99 já teve sua compatibilidade com a Constituição
declarada pela Corte Superior deste Eg. Tribunal de Justiça no Incidente de Inconstitucionalidade nº. 1.0145.08.009979-4/002,
importa reconhecer a executabilidade da certidão da escrivania que documenta a fixação de honorários de advogado dativo por
prévia sentença judicial. APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0079.11.0643826/001 - COMARCA DE CONTAGEM - APELANTE(S):
RONAN EUSTÁQUIO DA ROCHA- APELADO(A)(S): ESTADO DE MINAS GERAIS

Sobre o tema, o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA assim manifestou:

PROCESSUAL CIVIL. HONORARIOS ADVOCATICIOS. PROCESSO CRIME. DEFENSOR DATIVO. SENTENÇA


QUE FIXA OS HONORARIOS. TITULO EXECUTIVO JUDICIAL. 1. A verba fixada em prol de defensor dativo, em nada
difere das mencionadas no disposto legal que a Consagra em proveito dos denominados “serviços auxiliares da justiça” e que
consubstanciam em titulo executivo (art. 585, V do CPC). 2. A fixação dos honorários do defensor dativo é consectário da garantia
constitucional de que todo o trabalho deve ser remunerado, e aquele, cuja contraprestação encarta-se em decisão judicial, retrata
titulo executivo formado em juízo, tanto mais que a lista dos referidos documentos e lavrada em números apertus, porquanto o
próprio código admite “outros títulos assim, considerados por lei” 3. O ADVOGADO DATIVO, por força da lei da jurisprudência
do STJ e da doutrina, tem o inalienável direito aos honorários, cuja essência corporifica-se no titulo judicial que é senão a decisão
que os arbitra.4. É cediço que o ônus da assistência judiciária gratuita e do Estado. Não havendo ou sendo insuficiente a defensoria
publica local, ao Juiz é conferido o poder-dever de nomear um defensor dativo ao pobre ou revel. Essa nomeação ad hoc permite a
realização dos atos processuais, assegurando ao acusado o cumprimento dos princípios constitucionais do contraditório e ampla
defesa. 5. A indispensabilidade da atuação do profissional do direito para representar a parte no processo, gera ao Defensor Dativo
o direito ao arbitramento de honorários pelos serviços prestados cujo ônus deve ser suportado pelo Estado. (precedentes do STF -
RE nº 222.373 e 221.486)6. Recurso Desprovido. “(Resp 602.005 relator Min. Luiz Fux, DJ 26.04.2004 P. 153).

E AINDA,

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS A EXECUÇÃO. DEFENSOR DATIVO EM PROCESSO CRIMINAL. SENTENÇA


QUE FIXA VERBA HONORARIA. TITULO EXECUTIVO JUDICIAL. 1. Não se vislumbra a ocorrência de nenhum dos
vícios elencados no art. 535 do CPC a reclamar a anulação do julgado, pelo que afasta a preliminar de nulidade do julgado a quo.
2. O arresto recorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência pacifica desta corte, no sentido de que “os
honorários fixados em favor do defensor dativo, na sentença em processo em que foi nomeado para atuar podem ser
cobrados por meio da execução contra o Estado” (RESP 935187/ES. Rel. Min. Castro Meira, segunda turma, DJ
20.09.2007). (gn)

Neste diapasão, restando comprovado que o Exeqüente foi regularmente nomeado como defensor dativo para atuar na defesa de
réus pobres, através do juízo competente, em comarca onde não existe a Defensoria Publica (ou é ineficaz), com honorários
arbitrados em sentença transitada em julgado, faz jus ao recebimento da verba, sob pena de causar enriquecimento ilícito por parte
do Estado.

Assinado eletronicamente por: MAURICIO MATOS CORREA - 01/04/2019 16:37:39 Num. 22307463 - Pág. 4
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III – PEDIDOS E REQUERIMENTOS

POSTO ISTO

Como pedidos e requerimentos desta Execução, que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:

a) Aconcessão dos benefícios da justiça gratuita;

b) Aacitação do executado na pessoa de seu representante legal para querendo opor embargos no prazo legal;

c) Não sendo opostos embargos digne-se V.Exa., com arrimo no Art. 730, I do CPC seja expedido Requisição para o pagamento
da quantia executada, qual seja, R$ 5.000,00 (cinco mil reais) acrescida de juros e correção monetária, de preferência por RPV
(Requisição de Pequeno Valor), ou ainda, via alvará judicial, haja vista tratar-se de verba alimentar.

d) A condenação do Estado ao ônus da sucumbência, conforme artigo 20 do CPC e EOAB.

Protesta provar o alegado por toda espécie de prova admitida em direito (CF, art. 5º inciso LV)

Atribui-se a presente Ação a quantia de R$ 5.000,00 (Cinco mil reais).

Respeitosamente, pede deferimento.

Miguel Calmon, 03 de julho de 2018

MAURÍCIO MATOS CORRÊA

OAB/BA 31.122

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