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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DESEMBARGADOR (A) PRESIDENTE (A) DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO.

URGENTE

AUTOS DE ORIGEM Nº 0802643-67.2019.8.10.0036. 

ANTÔNIO DOS SANTOS SILVA, brasileiro, CASADO, autônoma, portadora do


documento de identidade nº 151535-2, inscrita no CPF sob o nº 332.283.118-21, residente e domiciliada
na Rua Amazonas, n° 10, Bairro Nova Imperatriz Imperatriz/MA, , não possui endereço eletrônico, por
intermédio de sua advogada adiante subscrita (procuração anexa), com escritório profissional declinado ao
rodapé, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo  336 do CPC,
apresentar a presente

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO

Contra a respeitável decisão proferida pelo Juiz a quo Titular da 2ª Vara da Comarca de Estreito/MA, nos
autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/C PEDIDO LIMINAR, processo nº 0802643-
67.2019.8.10.0036 que lhe move MILCKA MORAES CAMPOS , brasileira, casada, auxiliar
administrativa, portadora do RG nº 0215724720023 SSP/MA e inscrita no CPF/MF nº 036.183.473-08,
residente e domiciliada à Rua Floriano Peixoto, n 1896, Bairro Bandeirante, Imperatriz/MA, CEP: 65.975-
000, pelas razões de fato e de direito expostas, requerendo seja recebido e processado na forma da lei, para
ao final, ser conhecido e provido.

Requisitos para interposição do Agravo de Instrumento cumpridos:

1. A pretensão do presente Agravo de Instrumento é a reforma da decisão interlocutória do Juiz a quo, para que
seja concedida tutela antecipada recursal nos termos do art. 1019, I, do Código de Processo Civil, para
determinar o efeito suspensivo da referida liminar.
2. Advogada da Agravante ANA MARIA FERNANDES DA SILVA e Advogado da Agravada IRLAN DA
SILVA SOUZA.
3. Os autos do processo originário tramitam eletronicamente, razão pela qual deixa de juntar outras peças.
4. Na falta da cópia de qualquer peça que Vossa Excelência julgue necessária ou no caso de algum outro vício
que comprometa a admissibilidade e julgamento do agravo de instrumento, requer, seja aplicado o disposto no
art. 932, parágrafo único, e art. 1017, § 3º, ambos do Código de Processo Civil.
5. Por fim, esclarece que o recurso é tempestivo, na medida em que é interposto contra a decisão prolatada em
31.10.2019, por força do art. 218, § 4º do CPC que assegura: “Será considerado tempestivo o ato praticado
antes do termo inicial do prazo”.

 Pede que seja recebido, conhecido e provido.

Imperatriz/MA, 11 de novembro de 2019.

AV. BERNARDO SAYAO Nº 1500 - SALA 3, NOVA IMPERATRIZ – FONE: (99) 98271-4738 / (99) 99194-7509
E-MAIL: annamary_3@hotmail.com instagram: anafernandesadv
_________________________________
ANA MARIA FERNANDES DA SILVA
OAB/MA Nº 12.238

EGRÉ GIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃ O

Recurso de Agravo de Instrumento com Pedido de Efeito Suspensivo

Agravante: RITA MARIA DA SILVA SOUSA

Agravada: MILCKA MORAES CAMPOS.

Autos Nº 0802643-67.2019.8.10.0036.

Origem: JUIZ A QUO TITULAR DA 2ª VARA DA COMARCA DE IMPERATRIZ/MA.

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DESEMBARGADOR (A) RELATOR (A)

COLENDA CÂ MARA

1. DO CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO

O art. 1015 do Código de Processo Civil dispõe que o agravo de instrumento será cabível contra decisão
interlocutória (art. 203, §2º do CPC), nas hipóteses previstas na Lei.

No caso concreto, ao indeferir a tutela de urgência, o MM Juiz a quo proferiu decisão prevista no art. 1015, I
do CPC. Portanto, plenamente cabível o presente recurso.

Assim, requer seja recebido, conhecido e processado com fundamento no mencionado dispositivo legal.

2. DA DECISÃ O AGRAVADA

A Agravada ajuizou ação de REINTEGRAÇÃO DE POSSE, com pedido de LIMINAR alegando estar
sofrendo esbulho por parte da agravante.

A Agravante trouxe aos autos forte acervo probatório comprovando que não causou esbulho ou turbação a
Agravada na sua peça vestibular, inclusive, com os acervos de e-mails, documentos. Entretanto, a decisão do
Juiz a quo não trouxe a melhor reflexão e interpretação sobre o caso concreto, veja:

Ante o exposto, DEFIRO A LIMINAR, na forma do artigo 300 do Código de Processo Civil, para
reintegrar na posse a autora, fixo multa diária de R$ 300,00 (trezentos reais), limitada a 30 (trinta) dias,
nos termos do art. 297 c/c art. 536 do CPC.

Ocorre que, conforme será melhor ilustrado abaixo, fora realizado o pagamento mínimo para garantir o
resultado útil do processo, razão pela qual requer a reforma da decisão, a fim de determinar a suspensão em
sede de liminar, por estarem presentes os requisitos autorizadores para sua concessão da suspensão, quais

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sejam, demonstração da probabilidade do direito, perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo e a
reversibilidade dos efeitos da decisão, conforme passa a expor.

3. BREVE EXPOSIÇÃ O DOS FATOS E RAZÕ ES PARA A REFORMA QUE AUTORIZAM O EFEITO
SUSPENSIVO

O Agravante é pessoa de boa fé e não invadiu, esbulhou ou causou qualquer turbação. A agravante sim,
comprou direitos de um dos herdeiros fato ocorrido há mais de 05 anos sem oposição e que já caracteriza
uma usucapião.

Agravada iniciou seus trabalhos na terra, plantando hortaliças e vendendo na feita, cumprindo sim uma
função social da propriedade, qual seja a produtividade.

Diferentemente do alegado pela Agravada em sua peça exordial, a mesma comprou e não invadiu a terra
conforme demonstra com a declaração de compra e venda assinada por um dos herdeiros.

Cabe ressaltar que a transação feita em 2018, era de conhecimento dos demais e ainda assim ingressaram
com a presente demanda, sem abrir a escritura pública de inventário para que os cessionários pudessem
ingressar na demanda.

Ocorre que apesar do proprietário do terreno ser pessoa falecida, a agravada não abriu o inventário,

De outro modo não foi colacionado aos autos qualquer prova de que a agravante tenha causado o esbulho e
tampouco que o imóvel cumpria sua função social.

Vejamos que o tempo provado que a agravante se encontra na posse da terra sem oposição já caracteriza o
requisito temporal da usucapião.

A agravada não juntou aos autos a quitação das dividas municipais, e juntou aos autos uma certidão de
inteiro teor de mais de 8 anos.

Importante também frisar que A Agravante tem provas suficientes nos autos que demosntra a sua boa fé e
descaracteriza o esbulho.

4. DO CABIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL – LITIGÂ NCIA DE MÁ FÉ

No caso, o Agravante pleiteia a concessão de tutela antecipada recursal para garantir o resultado útil ao final
processo, requerendo tão somente, neste momento, que seja determinado o EFEITO SUSPENSIVO.

Nesse sentido, dispõe o Código de Processo Civil (CPC):

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de
aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente,
a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

O caso em tela não se insere em nenhuma das hipóteses do art. 932, III e IV do CPC.

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Sabe-se que para a concessão de tutela provisória de urgência é necessário o preenchimento dos requisitos
constantes no art. 300 do Código de Processo Civil, quais sejam: a demonstração da probabilidade do
direito, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo e a reversibilidade dos efeitos da decisão.

De início, restam preenchidos todos os requisitos.

Isso porque, a probabilidade do direito do Agravante está consubstanciada no comprovante de compra e


venda de direito de herdeiro pagamento que realizou, e extratos de pagamento, os quais demonstram de
forma inequívoca o seu direito de posse.

Quanto ao o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, é imperioso destacar que a não
concessão de tutela recursal pode causar ao Agravante prejuízos irreparáveis e até mesmo tornar inócua
eventual decisão de procedência dos pedidos, pois como foi demostrado que não houve descaso e tão pouco
responsabilidade sobre o fato.

DO PEDIDO

Por todo o exposto, Requer aos Nobres Desembargadores que o presente Agravo de Instrumento seja
recebido, conhecido e provido, para que seja reformada a decisão do julgador a quo concedendo assim o
beneficio da Assistência Judiciária Gratuita ao Agravante.

Nestes termos, pede deferimento.

Imperatriz – MA, 11 de Fevereiro de 2021.

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ANA MARIA FERNANDES DA SILVA
OAB/MA Nº 12.238

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