Você está na página 1de 15

AO 

JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA COMARCA DE …


(Juliana Macedo)  

(Nome completo do autor da ação), (nacionalidade), (estado civil-), tendo como


profissão atual ), com inscrição no RG nº, expedido .., com inscrição no CPF
n°.  ., com residência e domicilio sito em, cidade, Estado, possuindo como
endereço eletrônico (............), vem a presença de V.Exa., por meio de seu
advogado infra-assinado, procuração em ajuizar,  

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS POR LIGAÇÕES


ABUSIVAS  

(Caso seja contra uma pessoa jurídica)  

Em face de (razão social da empresa), que possui como nome


fantasia (coloque o nome fantasia aqui), pessoa jurídica de direito privado, com
inscrição no CNPJ n°., possuindo a sua sede principal no endereço com
CEP , cidade, Estado, pelos fatos e direitos a seguir expostos:  

Dos fatos:  

O (a) (nome do autor) recebe ligações, mensagens de textos e no WhatsApp


desde (coloque aqui a data em que iniciaram as ligações e as mensagens) de
maneira excessiva, em diferentes horas do dia, inclusive em seu horário de
trabalho, de diferentes números, o que vem causando aborrecimento,
frustração e perda de tempo, visto que ele atende alguma das ligações por não
saber do que se trata e ao ser informado, diz não ter interesse e pede para que
não entrem mais em contato. 

Contudo, as ligações e as mensagens não cessam, acontecendo inclusive aos


finais de semana, em busca de oferecer seguro para ele.  

O autor já pediu de todas as maneiras para que não entrem mais em contato
com ele, uma vez que não tem nenhum interesse em realizar qualquer
categoria de seguro com a empresa, mas o (s) réu (s) está (s) agindo de má-fé,
desrespeitando o pedido e a vontade do autor, violando assim os seus
direitos.  

É evidente o abuso e o desrespeito ao (a) autor (a) desta demanda, pois a


quantidade de ligações diárias já chegaram a passar de (coloque a maior
quantidade de ligações diária que o autor recebeu), havendo dias em que essa
quantidade diminuía para (coloque a menor quantidade de ligações diárias que
o autor recebia aqui), totalizando até o momento (escreva o número de
ligações total que o (a) autor (a) recebeu da empresa), além das mensagens
enviadas por SMS e WhatsApp, em diferentes horas do dia.  

O (a) Sr. (a) não tem mais ideia de como resolver a situação, pois já pediu
diversas vezes, não apenas por ligação como também por mensagem para que
não lhe ligassem, declarando não possuir nenhum interesse nos planos de
seguro, bem como os seus familiares.  

Da gratuidade da justiça 

O (a) autor (a) da presente demanda, por meio da declaração em anexo,


demonstrar não ser possuidor (a) de condição financeira para arcar com as
custas processuais, sem que isso lhe cause prejuízo ao seu sustento próprio e
ao de sua família, sendo assim, este (a) faz jus a Gratuidade de Justiça, por
esse motivo o (a) autor (a) requer desde já com base no art. 4.º da Lei
1.060/50, conforme a redação introduzida pela Lei 7.510/86.  

“Art. 4.º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante


simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de
pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo
próprio ou de sua família. (Redação dada pela Lei n.º 7.510, de 1986)” 

No caso deste MM. Juízo entender que a documentação em anexo


comprobatória de pobreza do autor, for considerada insuficiente para
comprovar a hipossuficiência, requer desde já, que seja aplicado o art. 99,
parágrafo 2.º e 3.º do CPC,  para que assim seja presumida verdadeira a
declaração apresentada pelo requerente, instrumento este que também está
anexado a está petição.  
“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição
inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em
recurso. 

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos
que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos. 

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida


exclusivamente por pessoa natural.” 

Se ainda assim não for aplicado o entendimento disposto no parágrafo 3.º


do artigo supracitado, requer desde já prazo para que sejam juntados mais
documentos comprobatórios da situação financeira do (a) autor (a) desta
demanda, conforme previsão do art. 15 do CPC.  

Do direito:  

Da relação de consumo 

O Código de Defesa do Consumidor, protege os consumidores, não apenas


após firmarem contratos com as empresas, mas desde a fase pré-contratual,
desde o momento em que há publicidade se inicia, agindo inclusive no controle
do modo como o “telemarketing” deve atuar.  

O Capítulo III, art. 6.º, IV traz os direitos básicos do


Consumidor, demonstrando que é claramente abusiva a publicidade que utiliza
métodos coercitivos, o que é evidente na situação, pois as ligações não
cessarão até que o (a) Sr. (a) (coloque o nome do autor da demanda aqui)
aceite contratar o seguro.  

“        Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 


(…) 

 IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais


coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos e serviços;”.

No Capítulo V do Código de Defesa do Consumidor é possível perceber ainda,


quais práticas são consideradas abusivas, sendo essas práticas, ações
realizadas por fornecedores que desrespeitam os direitos dos clientes.  

Da inversão do ônus da prova 

O (a) autor (a) da presente demanda anexou a esta petição print de


mensagens de SMS, WhatsApp e ligações que possuem, contudo, por ser
considerado polo hipossuficiente na relação consumerista e não possuir todos
os prints das ligações realizadas, requer que a empresa entregue uma lista
com todas as ligações que foram realizadas para o seu número de contato,
bem como, que seja exposto o conteúdo das ligações, para que assim, possa
ficar evidente a sua recusa ao produto ofertado.  

“        Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 

(…) 

VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus


da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil
a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;”.

É evidente que a empresa ré possui maior domínio dos instrumentos técnicos e


administrativos, por esse motivo ela consegue comprovar a veracidade das
alegações realizadas pelo (a) autor (a).  
Das ligações excessivas 

Conforme a Lei 8.078/1990 prevê a proteção do consumidor desde a fase pré-


processual, protegendo-o inclusive ainda no âmbito da publicidade.  

O (a) Sr. (a) vem sendo incomodado com o excesso de ligações e imagens que
vem recebendo da empresa (escreva o nome da empresa aqui) de diversos
números em horários diversos, com a insistência para que o (a) autor (a)
realize a assinatura do seguro (altere pelo produto que está sendo ofertado). 

 A conduta da empresa tem sido invasiva e desrespeitadora, totalmente


abusiva, pois busca pressionar o (a) Sr. (a) (escreva o nome do autor aqui) a
aceitar a proposta de seguro realizada pela empresa.  

Veja que nessa situação fica evidente o direito de indenização, conforme


preceitua o art. 186 e art. 187 do Código Civil:  

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.”  

“  Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,


excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.”  

No caso em questão, é claro o limite ultrapassado pela empresa, por insistir de


maneira abusiva para que o consumidor aceite o produto oferecido por ela,
sendo possível observar isso, pelas ligações realizadas inclusive aos finais de
semana, em horários inconvenientes, passando das 21:00 horas, inclusive,
conforme demonstra o anexo (coloque a página onde pode ser encontrada a
ligação). 

Observe a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná referente a ligações


abusivas: 
” INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL-LIGAÇÕES ABUSIVAS –
COBRANÇA INDEVIDA -ABUSO DE DIREITO-PERTURBAÇÃO E
INCOMODOS RECONHECIDOS – DANO MORAL CARACTERIZADO
RECURSO DESPROVIDO. (TJPR-2 Turma Recursal – 0012572-
76.2018.8.16.0182-Curitiba – Rel.: Juiza Sandra Regina Bittencourt
Simões -J. 17.09.2019)  

(TJ-PR-RI: 00125727620188160182 PR 0012572 76.2018.8.16.0182


(Acordão), Relator: Juiza Sandra Regina Bittencourt Simões, Data de
Julgamento: 17/09/2019, 2¹ Turma Recursal, Data de Publicação:
17/09/2019)”  

Ainda sobre esse tema: 

“RECURSO INOMINADO. TELECOMUNICAÇÕES. a do P


ALEGAÇÃO DE PUBLICIDADE ABUSIVA, POIS NÃO 8.16. CESSOU
APOS REQUERIMENTO DO CONSUMIDOR. 2 (Aco PEDIDO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E CANCELAMENTO DOS
ENVIOS, SOB PENA DE MULTA. SENTENÇA PROCEDENTE, PARA
O FIM DE: A) DETERMINAR QUE A RECORRENTE CESSASSE AS
LIGAÇÕES PUBLICITÁRIAS À LINHA DA CONSUMIDORA, SOB
PENA DE MULTA DE R$ 200,00, LIMITADA A R$ 2.000,00; B)
CONDENAR A RECORRENTE AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS, NO IMPORTE DE R$ 1.000,00, POR DANOS
MORAIS, NO IMPORTE DE R$ 1.000,00 (MIL REAIS). RECURSO, DA
OPERADORA, PARA REFORMAR A SENTENÇA, JULGAMENTO O
PLEITO INICIAL IMPROCEDENTE. ALTERNATIVAMENTE, REQUER
MINORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATORIO. ART. 6° DO CDC
PREVÊ A POSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA,
MAS ESTABELECE COMO CRITERIOS A VEROSSIMILHANÇA E A
HIPOSSUFICIÊNCIA, DO MESMO MODO, A JURISPRUDENCIA E
DOUTRINA APONTAMA NECESSIDADE DE PROVA MINIMA. NO
CASO CONCRETO, A RECORRIDA COLACIONA DIVERSOS PRINT
SCREENS EM QUE É POSSIVEL VERIFICAR AS LIGAÇÕES
REALIZADAS PELA OPERADORA, EM DIVERSOS DIAS E
HORÁRIOS. AINDA, APRESENTA FATURA, COMPROVANDO QUE
UTILIZA SERVIÇOS DE TELEFONIA MOVEL DE OUTRA
OPERADORA. DO MESMO MODO, APRESENTA PEDIDO DE
BLOQUEIO DE RECEBIMENTO DE LIGAÇÕES SOLICITADO JUNTO
AO PROCON. E PRINT SCREENS DOS DIVERSOS NUMEROS QUE
TEVE QUE BLOQUEAR. ASSIM COMO, COLACIONA 
RECLAMAÇÃO JUNTO AO CONSUMIDOR.GOV.BR. INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA DEFERIDA. EM CONTESTAÇÃO, A OPERADORA
RECORRENTE SE LIMITA A ALEGAR A AUSÊNCIA DE PROVA
MÍNIMA, MATÉRIA JÁ SUPERADA. AINDA, DEFENDE A EFICIÊNCIA
DE SEU CALL CENTER. DESSE MODO, ANTE A AUSÊNCIA DE
PROVAS, CONSIDERO QUE A RECORRENTE NÃO SE
DESINCUMBIU DO SEU ÔNUS PROBATÓRIO. ART. 3º, XVIII, DA
RES. 632 DA ANATEL: “ART. 3° O CONSUMIDOR DOS SERVIÇOS
DABRANGIDOS POR ESTE REGULAMENTO TEM DIREITO, SEM
PREJUÍZO DO DISPOSTO NA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E NOS
REGULAMENTOS ESPECÍFICOS DE CADA SERVIÇO: [.] XVIII-AO
NÃO RECEBIMENTO DE MENSAGEM DE CUNHO PUBLICITÁRIO
EM SUA ESTAÇÃO MÓVEL, SALVO CONSENTIMENTO PRÉVIO,
LIVRE E EXPRESSO”. ART. 39, III, DO CDC: “ART. 39. É VEDADO
AO FORNECEDOR DE PRODUTOS OU SERVIÇOS, DENTRE
OUTRAS PRÁTICAS ABUSIVAS: [] III- ENVIAR OU ENTREGAR AO
CONSUMIDOR, SEM SOLICITAÇÃO PRÉVIA, QUALQUER
PRODUTO, OU FORNECER QUALQUER SERVICO” ASSIM, A
PUBLICIDADE ABUSIVA E NÃO CONSENTIDA CONFIGURA FALHA
NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA,
ANTE O DISPOSTO NO ART, 14, CAPUT, DO CDC: “ART. 14. O
FORNECEDOR DE SERVIÇOS RESPONDE,
INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE CULPA, PELA
REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS AOS CONSUMIDORES POR
DEFEITOS RELATIVOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, BEM
COMO POR INFORMAÇÕES INSUFICIENTES OU INADEQUADAS
SOBRE SUA FRUIÇÃO E RISCOS.” DANO MORAL DEVIDO. PLEITO
PARA MINORAÇÃO. TENDO O JUÍZO DE ORIGEM CONSIDERADO
AS ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO, BEM COMO OS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE,
MANTENHO A SENTENÇA POR SEUS PROPRIOS FUNDAMENTOS,
NOS TERMOS DO ART. 46 DA LEI N° 9.099/95. SENTENÇA
MANTIDA. CONDENAÇÃO DA PARTE RECORRENTE EM CUSTAS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, FIXADOS EM 10% DO VALOR DA
CONDENAÇÃO. RECURSO INOMINADO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJPR RECURSO INOMINADO.
TELECOMUNICAÇÕES. ALEGAÇÃO DE PUBLICIDADE ABUSIVA,
POIS NÃO CESSOU APÓS REQUERIMENTO DO CONSUMIDOR.
PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
CANCELAMENTO DOS ENVIOS, SOB PENA DE MULTA. SENTENÇA
PROCEDENTE, PARA O FIM DE: A) DETERMINAR QUE A
RECORRENTECESSASSE AS LIGAÇÕES PUBLICITÁRIAS À LINHA
DA CONSUMIDORA, SOB PENA DE MULTA DE R$ 200,00,
LIMITADA A R$ 2.000,00; B) CONDENAR A RECORRENTE AO
PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, NO
IMPORTE DE R$ 1.000,00 (MIL REAIS). RECURSO, DA
OPERADORA, PARA REFORMAR A SENTENÇA, JULGAMENTO O
PLEITO INICIAL IMPROCEDENTE. ALTERNATIVAMENTE, REQUER
MINORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. ART. 6º DO CDC
PREVÊ A POSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA,
MAS ESTABELECE COMO CRITERIOS A VEROSSIMILHANCA E A
HIPOSSUFICIENCIA. DO MESMO MODO, A JURISPRUDÊNCIA E
DOUTRINA APONTAM A NECESSIDADE DE PROVA MÍNIMA. NO
CASO CONCRETO, A RECORRIDA COLACIONA DIVERSOS PRINT
SCREENS EM QUE É POSSÍVEL VERIFICAR AS LIGAÇÕES
REALIZADAS PELA OPERADORA, EM DIVERSOS DIAS E
HORÁRIOS. AINDA, APRESENTA FATURA, COMPROVANDO QUE
UTILIZA SERVIÇOS DE TELEFONIA MOVEL DE OUTRA
OPERADORA. DO MESMO MODO, APRESENTA PEDIDO DE
BLOQUEIO DE RECEBIMENTO DE LIGAÇÕES SOLICITADO JUNTO
AO PROCON, E PRINT SCREENS DOS DIVERSOS NUMEROS QUE
TEVE QUE BLOQUEAR. ASSIM COMO, COLACIONA RECLAMAÇÃO
JUNTO AO CONSUMIDOR.GOV.BR. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA DEFERIDA. EM CONTESTAÇÃO, A OPERADORA
RECORRENTE SE LIMITA A ALEGAR A AUSÊNCIA DE PROVA
MÍNIMA, MATÉRIA JÁ SUPERADA. AINDA, DEFENDE A EFICIÊNCIA
DE SEU CALL CENTER. DESSE MODO, ANTE A AUSÊNCIA DE
PROVAS, CONSIDERO QUE A RECORRENTE NÃO SE
DESINCUMBIU DO SEU ÔNUS PROBATÓRIO. ART. 3º, XVIII, DA
RES. 632 DA ANATEL: “ART. 3° O CONSUMIDOR DOS SERVICOS
ABRANGIDOS POR ESTE REGULAMENTO TEM DIREITO, SEM
PREJUÍZO DO DISPOSTO NA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E NOS
REGULAMENTOS ESPECÍFICOS DE CADA SERVIÇO: [] XVIII-AO
NÃO RECEBIMENTO DE MENSAGEM DE CUNHO PUBLICITÁRIO
EM SUA ESTAÇÃO MÓVEL, SALVO CONSENTIMENTO PRÉVIO,
LIVRE E EXPRESSO”. ART. 39, III, DO CDC: “ART. 39. E VEDADO
AO FORNECEDOR DE PRODUTOS OU SERVIÇOS, DENTRE
OUTRAS PRÁTICAS ABUSIVAS: [] III-ENVIAR OU ENTREGAR AO
CONSUMIDOR, SEM SOLICITAÇÃO PRÉVIA, QUALQUER
PRODUTO, OU FORNECER QUALQUER SERVICO”. ASSIM,
A PUBLICIDADE  ABUSIVA E NÃO CONSENTIDA CONFIGURA
FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA, ANTE O DISPOSTO NO ART. 14, CAPUT, DO CDC: “ART.
14. O FORNECEDOR DE SERVIÇOS RESPONDE,
INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE CULPA, PELA
REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS AOS CONSUMIDORES POR
DEFEITOS RELATIVOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, BEM
COMO POR INFORMAÇÕES INSUFICIENTES OU INADEQUADAS
SOBRE SUA FRUIÇÃO E RISCOS.” DANO MORAL DEVIDO. PLEITO
PARA MINORAÇÃO. TENDO O JUÍZO DE ORIGEM CONSIDERADO
AS ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO, BEM COMO OS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE,
MANTENHO A SENTENÇA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS,
NOS TERMOS DO ART. 46 DA LEI N° 9.099/95. SENTENÇA
MANTIDA. CONDENAÇÃO DA PARTE RECORRENTE EM CUSTAS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, FIXADOS EM 10% DO VALOR DA
CONDENAÇÃO RECURSO INOMINADO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJPR RECURSO INOMINADO.
TELECOMUNICAÇÕES. ALEGAÇÃO DE PUBLICIDADE ABUSIVA,
POIS NÃO CESSOU APÓS REQUERIMENTO DO CONSUMIDOR,
PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E 

CANCELAMENTO DOS ENVIOS, SOB PENA DE MULTA. SENTENÇA


PROCEDENTE, PARA O FIM DE: A) DETERMINAR QUE A
RECORRENTE CESSASSE AS LIGAÇÕES PUBLICITÁRIAS À LINHA
DA CONSUMIDORA, SOB PENA DE MULTA DE R$ 200,00, LIMITADA
A R$ 2.000,00; B) CONDENAR A RECORRENTE AO PAGAMENTO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, NO IMPORTE DE R$ 1.000,00
(MIL REAIS). RECURSO, DA OPERADORA, PARA REFORMAR A
SENTENÇA, JULGAMENTO O PLEITO INICIAL
IMPROCEDENTE. ALTERNATIVAMENTE,  REQUER MINORAÇÃO DO
QUANTUM REQUER MINORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO.
ART. 6° DO CDC PREVÊ A POSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS
DA PROVA, MAS ESTABELECE COMO CRITÉRIOS A
VEROSSIMILHANÇA E A HIPOSSUFICIÊNCIA. DO MESMO MODO, A
JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA APONTAM A NECESSIDADE DE
PROVA MÍNIMA. NO CASO CONCRETO, A RECORRIDA COLACIONA
DIVERSOS PRINT SCREENS EM QUE É POSSÍVEL VERIFICAR AS
LIGAÇÕES REALIZADAS PELA OPERADORA, EM DIVERSOS DIAS E
HORÁRIOS. AINDA, APRESENTA FATURA, COMPROVANDO QUE
UTILIZA SERVICOS DE TELEFONIA MOVEL DE OUTRA
OPERADORA. DO MESMO MODO, APRESENTA PEDIDO DE
BLOQUEIO DE RECEBIMENTO DE LIGAÇÕES SOLICITADO JUNTO
AO PROCON, E PRINT SCREENS DOS DIVERSOS NÚMEROS QUE
TEVE QUE BLOQUEAR. ASSIM COMO, COLACIONA RECLAMAÇÃO
JUNTO AO CONSUMIDOR.GOV.BR. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
DEFERIDA. EM CONTESTAÇÃO, A OPERADORA RECORRENTE SE
LIMITA A ALEGAR A AUSÊNCIA DE PROVA MÍNIMA, MATÉRIA JÁ
SUPERADA. AINDA, DEFENDE A EFICIÊNCIA DE SEU CALL
CENTER. DESSE MODO, ANTE A AUSÊNCIA DE PROVAS,
CONSIDERO QUE A  RECORRENTE NÃO SE DESINCUMBIU DO SEU
ÔNUS PROBATORIO. ART. 3°, XVIII, DA RES. 632 DA ANATEL:  “ART.
3° O CONSUMIDOR DOS SERVIÇOS ABRANGIDOS POR ESTE
REGULAMENTO TEM DIREITO, SEM PREJUÍZO DO DISPOSTO NA
RECEBIMENTO DE MENSAGEM DE CUNHO PUBLICITÁRIO EM SUA
ESTAÇÃO MÓVEL, SALVO CONSENTIMENTO PREVIO, LIVRE E
EXPRESSO”. ART. 39, III, DO CDC: “ART. 39. É VEDADO AO
FORNECEDOR DE PRODUTOS OU SERVIÇOS, DENTRE 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E NOS REGULAMENTOS ESPECÍFICOS
DE CADA SERVIÇO: [.] XVIII – AO NÃO RECEBIMENTO DE
MENSAGEM DE CUNHO PUBLICITÁRIO EM SUA ESTAÇÃO MÓVEL,
SALVO CONSENTIMENTO PREVIO, LIVRE E EXPRESSO”. ART. 39,
III, DO CDC: “ART. 39. E VEDADO AO FORNECEDOR DE PRODUTOS
OU SERVIÇOS, DENTRE OUTRAS PRÁTICAS ABUSIVAS: [.] III –
ENVIAR OU ENTREGAR AO CONSUMIDOR, SEM SOLICITAÇÃO
PRÉVIA, QUALQUER PRODUTO, OU FORNECER QUALQUER
SERVIÇO”. ASSIM, A PUBLICIDADE ABUSIVA E NÃO CONSENTIDA
CONFIGURA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA, ANTE O DISPOSTO NO ART. 14,
CAPUT, DO CDC: “ART. 14. O FORNECEDOR DE SERVIÇOS
RESPONDE, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE CULPA,
PELA REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS AOS CONSUMIDORES
POR DEFEITOS RELATIVOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, BEM
COMO POR INFORMAÇÕES INSUFICIENTES OU INADEQUADAS
SOBRE SUA FRUIÇÃO E RISCOS.” DANO MORAL DEVIDO. PLEITO
PARA MINORAÇÃO. TENDO O JUÍZO DE ORIGEM CONSIDERADO
AS ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO, BEM COMO OS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE,
MANTENHO A SENTENÇA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS,
NOS TERMOS DO ART. 46 DA LEI Nº 9.099/95. SENTENÇA MANTIDA.
CONDENAÇÃO DA PARTE RECORRENTE EM CUSTAS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, FIXADOS EM 10% DO VALOR DA
CONDENAÇÃO.RECURSO INOMINADO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJPR RECURSO INOMINADO.
TELECOMUNICAÇÕES. ALEGAÇÃO DE PUBLICIDADE ABUSIVA,
POIS NÃO CESSOU APÓS REQUERIMENTO DO CONSUMIDOR.
PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
CANCELAMENTO DOS ENVIOS, SOB PENA DE MULTA. 
CONSUMIDORA, SOB PENA DE MULTA DE R$ 200,00, LIMITADA A
R$ 2.000,00; B) CONDENAR A  SENTENÇA PROCEDENTE, PARA O
FIM DE: A) DETERMINAR QUE A RECORRENTE CESSASSE AS
LIGAÇÕES PUBLICITÁRIAS À LINHA DA RECORRENTE AO
PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, NO IMPORTE
DE R$ 1.000,00 (MIL REAIS). RECURSO, DA OPERADORA, PARA
REFORMAR A SENTENÇA, JULGAMENTO O PLEITO INICIAL
IMPROCEDENTE. ALTERNATIVAMENTE, REQUER MINORAÇÃO DO
QUANTUM INDENIZATÓRIO. ART. 6º DO CDC PREVÊ A
VEROSSIMILHANÇA E A HIPOSSUFICIÊNCIA. DO MESMO MODO, A
JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA APONTAM A NECESSIDADE DE
PROVA MÍNIMA. NO OCASO CONCRETO, A RECORRIDA
COLACIONA DIVERSOS PRINT SCREENS EM QUE É POSSÍVEL
VERIFICAR AS LIGAÇÕES REALIZADAS PELA OPERADORA, EM
DIVERSOS DIAS E HORÁRIOS. AINDA, APRESENTA FATURA,
COMPROVANDO QUE UTILIZA SERVIÇOS DE TELEFONIA MÓVEL
DE OUTRA OPERADORA. DO MESMO MODO, APRESENTA PEDIDO
DE BLOQUEIO DE RECEBIMENTO DE LIGAÇÕES SOLICITADO
JUNTO AO PROCON, E PRINT SCREENS DOS DIVERSOS
NÚMEROS QUE TEVE QUE BLOQUEAR, ASSIM COMO, COLACIONA
RECLAMAÇÃO JUNTO AO CONSUMIDOR.GOV.BR. INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA DEFERIDA. EM CONTESTAÇÃO, A OPERADORA
RECORRENTE SE LIMITA A ALEGAR A AUSÊNCIA DE PROVA
MÍNIMA, JÁ SUPERADA. AINDA, DEFENDE A  EFICIÊNCIA DE SEU
CALL CENTER. DESSE MODO, ANTE A AUSÊNCIA DE PROVAS,
CONSIDERO QUE A RECORRENTE NÃO SE DESINCUMBIU DO SEU
ÔNUS PROBATÓRIO. ART. 3º, XVIII, DA RES. 632 DA ANATEL:  “ART.
3° O CONSUMIDOR DOS SERVIÇOS ABRANGIDOS POR ESTE
REGULAMENTO TEM DIREITO, SEM PREJUÍZO DO DISPOSTO NA 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL E NOS REGULAMENTOS ESPECÍFICOS
DE CADA SERVIÇO: […] XVIII – AO NÃO RECEBIMENTO DE
MENSAGEM DE CUNHO PUBLICITÁRIO EM SUA ESTAÇÃO MÓVEL,
SALVO CONSENTIMENTO PRÉVIO, LIVRE  E EXPRESSO”, ART. 39,
III, DO CDC: “ART. 39. É VEDADO AO FORNECEDOR DE PRODUTOS
OU SERVIÇOS, DENTR OUTRAS PRÁTICAS ABUSIVAS: […] III-
ENVIAR OU ENTREGAR AO CONSUMIDOR, SEM SOLICITAÇÃO
PRÉVIA, QUALQUER PRODUTO, OU FORNECER QUALQUER
SERVICO”. ASSIM, A PUBLICIDADE ABUSIVA E NÃO CONSENTIDA
CONFIGURA FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVICO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA, ANTE O DISPOSTO NO ART. 14,
CAPUT, DO CDC: “ART. 14. O FORNECEDOR DE SERVICOS
RESPONDE, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE CULPA,
PELA REPARAÇÃO DOS DANOS  CAUSADOS AOS CONSUMIDORES
POR DEFEITOS RELATIVOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, BEM
COMO POR INFORMAÇÕES INSUFICIENTES OU INADEQUADAS
SOBRE SUA FRUIÇÃO E RISCOS.” DANO MORAL DEVIDO. PLEITO
PARA MINORAÇÃO. TENDO O JUÍZO DE ORIGEM CONSIDERADO
AS ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO, BEM COMO OS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE,
MANTENHO A SENTENÇA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS,
NOS TERMOS DO ART. 46 DA LEI Nº 9.099/95. SENTENÇA MANTIDA.
CONDENAÇÃO DA PARTE RECORRENTE EM CUSTAS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, FIXADOS EM 10% DO VALOR DA
CONDENAÇÃO.RECURSO INOMINADO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJPR – 3ª Turma Recursal – 0002972-
60.2020.8.16.0182 – Curitiba – Rel.: JUÍZA DE DIREITO DA TURMA
RECURSAL DOS JUÍZAADOS ESPECIAIS DENISE
HAMMERSCHMIDT – J. 12.02.2021)  (TJ-PR-RI:
00029726020208160182 Curitiba 0002972 60.2020.8.16.0182 (Acórdão),
Relator: Denise Hammerschmidt, Data de Julgamento: 12/02/2021, 3ª
Turma Recursal, Data de Publicação: 15/02/2021)”. 

Ademais, é evidente que se trata de culpa objetiva, a qual a responsabilidade


acontece ainda que sem o dolo, tanto no que diz respeito ao entendimento
embasado pelo Código de Defesa do Consumidor como pelo Código Civil,
consagrando-se por meio da redação do art. 927, parágrafo único do CC: 

“ Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo. 

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem. “ 

Do dano moral
Nos fatos discorridos nesta petição é possível observar que o (a) autor (a)
realizou o pedido diversas vezes para a empresa não entrar em contato com
ele, contudo a perturbação continuou acontecendo e nem as ligações ou
mensagens de WhatsApp e SMS foram cessadas.  

As ligações, mensagens de SMS e WhatsApp eram enviadas durante todos os


dias da semana e em todos os horários, não apenas nos momentos de
descanso e lazer do (a) Sr. (a)  (escreva o nome do (a) autor (a)
aqui), acontecendo  inclusive no seu horário de trabalho, ficando ainda mais
claro o dano moral causado a ele pela situação constrangedora
e inconveniente que lhe era causada, ocasionando algumas vezes brigas com
a sua esposa (ou marido), por não entender ligações realizadas altas horas da
noite.  

Constate os entendimentos dos tribunais a respeito desta situação: 

“JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. CONSUMIDOR. TELEFONIA.


OFERTA DE SERVIÇOS POR MEIO DE LIGAÇÕES EXCESSIVAS.
EXPRESSA RECUSA POR PARTE DO CONSUMIDOR
COMPROVADA. PRÁTICA COMERCIAL ABUSIVA. DANO MORAL
CONFIGURADO. PEDIDO DE REDUÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO NEGADO. QUANTUM MANTIDO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Aduz o autor estar sendo
insistentemente perturbado por ligações telefônicas de centrais de
vendas da empresa ré, aproximadamente seis vezes por dia, sem
distinção de dias úteis e finais de semana, para lhe oferecer
atualização de plano. Informa ter instalado aplicativo de bloqueio em
seu aparelho, mas as ligações não cessaram. Requer reparação por
dano moral no valor de R$ 19.000,00. 2. Cuida-se de recurso (ID
7863249) interposto pela empresa ré contra a sentença que julgou
parcialmente procedente o pedido inicial para condená-la a pagar ao
autor a quantia de R$ 3.000,00, a título de reparação por dano moral. 3.
Nas suas razões, alega ausência de prova do dano moral, tratando-se
de mero aborrecimento. Afirma não ter o autor demonstrado que as
ligações foram realizadas fora dos parâmetros estabelecidos em lei.
Sustenta ser exacerbado o valor indenizatório em relação à conduta e
o suposto dano sofrido, o qual se mostra em desconformidade com o
princípio da razoabilidade e proporcionalidade. Requer o provimento do
recurso para reformar a sentença, a fim de julgar improcedente o
pedido inicial ou, subsidiariamente, reduzir o quantum indenizatório. 4.
A relação jurídica estabelecida entre as partes é de natureza
consumerista, haja vista as partes estarem inseridas nos conceitos de
fornecedor e consumidor previstos no Código de Defesa do
Consumidor. Aplicam-se ao caso em comento as regras de proteção do
consumidor, inclusive as pertinentes à responsabilidade objetiva na
prestação dos serviços. 5. É direito básico do consumidor, dentre
outros, ?a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e
serviços? (art. 6º, IV do CDC). O art. 37 do mesmo diploma proíbe,
expressamente, a publicidade abusiva. 6. No caso dos autos, restou
comprovado por meio de gravações de áudio (ID 7863236, 7863237,
7863238, 7863240, 7863241 e 7863242) e fotos da tela do celular (ID
7863205) que o autor/recorrido recebeu diariamente diversas ligações
da ré/recorrente, relativas à publicidade de serviços. O demandante
relacionou mais de 50 ligações recebidas, no período de 17/10/2018 a
21/12/2018 (ID 7863234), o que não foi especificamente impugnado
pela demandada, ora recorrente. 7. O autor/recorrido demonstrou, por
meio de degravações das conversas (ID 7863204), que as ligações da
empresa ré/recorrente não cessaram, mesmo após as suas
reclamações e manifestação de que não tinha interesse nos serviços
ofertados. 8. Dessa forma, verifica-se que o consumidor experimentou
perturbação do sossego, aborrecimento e transtornos diários, em razão
das insistentes ligações recebidas a toda hora do dia, inclusive durante
a noite, situação que extrapola os meros aborrecimentos do cotidiano e
é capaz de macular os direitos da personalidade. 9. A insistência da
ré/recorrente em importunar o autor/recorrido e o descaso ante a sua
expressa manifestação de que não tinha interesse nos serviços
configura prática comercial abusiva, devendo reparar o dano moral
causado. 10. Assim, considerando as circunstâncias da lide, a condição
socioeconômica das partes, a natureza da ofensa e as peculiaridades
do caso sob exame, razoável e proporcional a condenação no
montante de R$ 3.000,00. 11. Ademais, verifico não haver suficiente
demonstração de circunstâncias que justifiquem a redução do valor da
indenização estipulado na sentença a título de dano moral. Conclui-se,
portanto, que o valor arbitrado (R$ 3.000,00) é suficiente a compensar
os dissabores experimentados, sem proporcionar enriquecimento
indevido. 12. A propósito, esta Terceira Turma Recursal consolidou seu
entendimento no sentido de que o valor da indenização é fixado na
origem, pelo juiz a quem incumbe o julgamento da causa, somente se
admitindo a modificação do quantum na via recursal se demonstrado
que a sentença esteve dissociada dos parâmetros que ensejaram sua
valoração, o que não foi comprovado na situação concreta ora sob
exame. 13. Irretocável, portanto, a sentença. 14. Recurso conhecido e
improvido. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. 15.
Condeno a parte recorrente ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da
condenação. 16. A súmula de julgamento servirá de acórdão, conforme
inteligência dos artigos 2º e 46 da Lei n. 9.099/95, e em observância
aos princípios informadores dos Juizados Especiais

(TJ-DF 07508324920188070016 DF 0750832-49.2018.8.07.0016,


Relator: CARLOS ALBERTO MARTINS FILHO, Data de Julgamento:
30/04/2019, Terceira Turma Recursal, Data de Publicação: Publicado
no DJE : 09/05/2019 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)”

Ademais, o patrimônio moral do (a) autor (a) é um protegido pela nossa Carta
Magna em seu art. 5º, X: 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: 

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;”.  

Pode-se alegar ainda que as ligações imotivadas e em excesso ocasionaram


ao autor (a) pertubação ao seu direito de descanso, ferindo diretamente sua
personalidade, por lhe trazer uma sensação de vulnerabilidade e impotência, 
além do desrespeito a sua vontade, que já foi demonstrado aqui.  

Observe o que diz o art. 12 do Código Civil sobre este tema: 

“Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da


personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei.”  

Destarte, é evidente que o dano moral foi configurado, sendo possível


comprovar pelas provas anexadas que o autor foi atingindo diretamente em sua
personalidade, ao sentir os sentimentos aqui demonstrados e pelos transtornos
que sofreu, resta, portanto, pedir a este Juízo, a reparação dos danos morais
causados no valor que consta nos requerimentos.  

Dos requerimentos:

Pelo exposto, requer: 

a) Que seja concedida a Justiça Gratuita, conforme requisitado nesta petição,


conforme previsto no art. 98 do CPC, ou caso não seja entendido o direito
do(a) autor (a) a este direito, que seja possibilitada a juntada de mais provas
para comprovarem a situação financeira do autor, conforme prevê o art. 15 do
CPC; 
b)Que a ré seja citada, para oferecer contestação, caso queira, sob pena de
revelia;  

c)Que aconteça a inversão do ônus da prova conforme hipótese prevista no art.


6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor, para que se necessário seja
demonstrado o teor das ligações realizadas pela empresa ao consumidor.  

D)Que a ré seja condenada ao pagamento de uma indenização não apenas


com cunho compensatório, pela situação sofrida pelo (a) autor (a), como
também punitiva para que outros consumidores não passem pela mesma
situação, em valor condizente com o caso explanado, no valor de R$ (coloque
aqui o valor da indenização) ou, caso tenha entendimento diverso, no valor que
o D. Juízo estabelecer, conforme a análise realizada na situação exposta nesta
petição. 

e) Que a ré seja condenada ao pagamento dos honorários advocatícios no


valor de (escreva a porcentagem de honorários que deseja que a ré pague) %
sobre o valor da causa, além das custas processuais ou quaisquer outras
despesas arbitradas por esse Juízo.  

F) Que sejam utilizados e produzidos todos os meios de provas necessários e


admitidos em direito.  

Dá-se a causa o valor de R$ (coloque aqui o valor numérico da causa).  

Nestes termos, 

Pede Deferimento, 

Cidade, (dia) de (mês) de (ano).  

Advogado 
OAB n.º…

Você também pode gostar