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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO

TRABALHO DE GOIÂNIA/GO

EMBARGANTE, vem, via de seu advogado que assina digitalmente, nos autos da
Reclamação Trabalhista que lhe move EMBARGADO, Processo n. RTOrd-
00000000-00.2020.5.18.0000, inconformado com a penhora realizada no presente
processo, propor EMBARGOS À EXECUÇÃO, fazendo-o conforme as razões fáticas
e de direito adiante alinhavadas.

EMBARGANTE: AMAZONAS DO BRASIL – firma individual, pessoa jurídica de


direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na (endereço
completo), representada por seu sócio-proprietário (nome do sócio), (nacionalidade),
(estado civil), (profissão), portador da Carteira de Identidade nº __________ e CPF nº
__________.

EMBARGADO: NATAL FERIADO NACIONAL, brasileiro, (estado civil),


(profissão), inscrito no CPF sob o nº __________, residente e domiciliado na (endereço
completo).

EGRÉGIO TRIBUNAL,

PRELIMINARMENTE

Da nulidade da execução

Consoante os fatos narrados, a microempresa individual, Embargante, foi condenada ao


pagamento de horas extras ao seu empregado, o Embargado. No entanto, surge uma
irregularidade na condução do processo executório, merecendo análise e
pronunciamento judicial quanto à sua nulidade.

O exequente, Natal Feriado Nacional, constituiu advogado desde o início do processo,


conferindo plena representação à sua pessoa.
Surpreendentemente, a execução foi promovida de ofício pelo juízo, sem qualquer
requerimento expresso por parte do exequente ou sua representação legal. Tal
procedimento, além de violar o princípio do contraditório e da ampla defesa, configura
um desrespeito ao devido processo legal.

Mais gravoso ainda, por determinação de ofício pelo juiz da execução, foi realizada a
penhora de uma máquina vital para as atividades da microempresa individual, que
funciona como centro de produção, sendo indispensável para a continuidade das
operações. Tal medida, sem a devida fundamentação e sem a oportunidade de defesa da
Embargante, causa graves prejuízos e inviabiliza a produção da empresa.

Nesse sentido, é imperiosa a declaração de nulidade da execução, a fim de que sejam


assegurados os princípios constitucionais e processuais aplicáveis à espécie, bem como
a efetiva proteção dos direitos das partes envolvidas.

Ademais, a nulidade da execução encontra respaldo legal nos artigos 884 e 878 da CLT,
que prevêem a necessidade de requerimento do exequente para a promoção da
execução, sob pena de nulidade do ato processual.

Diante do exposto, requer-se o acolhimento desta preliminar, com a declaração de


nulidade da execução promovida de ofício pelo juízo, bem como a suspensão imediata
da penhora realizada sobre a máquina essencial para as atividades da Embargante.

I – SÍNTESE DOS FATOS

O exequente, Natal Feriado Nacional, propôs uma ação trabalhista contra a


microempresa individual, Amazonas do Brasil – firma individual, pleiteando o
pagamento de horas extras devidas pelo vínculo empregatício.

Durante o processo, o exequente constituiu advogado desde o início, garantindo a


devida representação legal.

Contudo, surpreendentemente, a execução da condenação, que deveria ter sido


promovida mediante requerimento do exequente, foi iniciada de ofício pelo juiz
responsável pelo caso.

Além disso, por determinação do juiz da execução, a microempresa individual teve uma
máquina essencial para suas atividades, o centro de produção da empresa, penhorada
sem oportunidade de defesa adequada. Essa máquina é vital para o funcionamento e a
produção da empresa, sendo sua paralisação prejudicial às atividades econômicas.

A situação descrita revela irregularidades processuais e desrespeito aos princípios


fundamentais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, causando
prejuízos à Embargante.
II – FUNDAMENTO JURÍDICO

A declaração de impenhorabilidade da máquina penhorada, por se tratar de bem


essencial para as atividades da microempresa individual. Tal medida é respaldada pelo
artigo 833, inciso V, do CPC, que estabelece a impenhorabilidade dos bens necessários
ao exercício da atividade empresarial.

A suspensão imediata da penhora realizada sobre a máquina em questão, a fim de


assegurar a continuidade das atividades econômicas da Embargante, evitando prejuízos
irreparáveis à empresa.

A proteção constitucional e legal conferida à microempresa, em conformidade com o


artigo 170, inciso IX, da Constituição Federal e a Lei Complementar n. 123/06, que
visam fomentar e preservar o desenvolvimento das microempresas no país.

A concessão de prazo para a Embargante impugnar os cálculos apresentados na


execução, a fim de verificar sua exatidão e eventualmente apresentar eventuais
divergências.

Por fim, a condenação do Embargado nas despesas processuais e honorários


advocatícios, em conformidade com a legislação pertinente.

III – PEDIDOS

Com base nos fatos narrados e nos fundamentos jurídicos expostos, requer-se:

1. A declaração de nulidade da execução promovida de ofício pelo juiz, em


conformidade com os artigos 884 e 878 da CLT, considerando que o exequente
havia constituído advogado desde o início do processo, e a execução deveria ter
sido promovida mediante requerimento expresso.
2. A imediata suspensão da penhora realizada sobre a máquina indispensável para
as atividades da microempresa individual, em conformidade com o artigo 833,
inciso V, do CPC, que estabelece a impenhorabilidade dos bens necessários ao
exercício da atividade empresarial.
3. A proteção constitucional e legal conferida à microempresa, com base no artigo
170, inciso IX, da Constituição Federal e na Lei Complementar n. 123/06,
visando preservar o desenvolvimento e a continuidade das atividades
empresariais.
4. A oportunidade de a Embargante impugnar os cálculos apresentados na
execução, a fim de verificar sua exatidão e apresentar eventuais divergências,
garantindo assim o direito à ampla defesa e ao contraditório.
5. A condenação do Embargado nas despesas processuais e honorários
advocatícios, nos termos da legislação aplicável.

IV – VALOR DA CAUSA

Para fins de atribuição de valor à presente demanda, considera-se o montante executado


na fase de execução, qual seja, o valor correspondente ao pagamento das horas extras
devidas pelo executado à parte exequente.

Dessa forma, o valor da causa é estabelecido em R$ 30.000,00, conforme apuração dos


cálculos apresentados na execução.

Nestes termos, pede deferimento.

Goiânia, 22 de maio de 2023

Advogado

Calebe Brandão Ramos

OAB n. XXXXXX

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