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O presente recurso possui transcendência, uma vez que o tema abordado é relevante
e possui interesse social, em virtude de sua multiplicidade e sua importância para a
ordem jurídica, conforme disposto no artigo 896-A da CLT.
III. DO MÉRITO
A decisão regional afronta diretamente o art. 391-A da CLT, o qual prevê que a
confirmação do estado de gravidez, ainda que durante o aviso prévio trabalhado ou
indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória.
No presente caso, a Recorrente engravidou durante o aviso prévio indenizado, fazendo
jus, portanto, à estabilidade provisória, independentemente do conhecimento do
empregador acerca da gravidez.
Entretanto, tal entendimento está em desacordo com a Súmula 244 do TST, a qual
dispõe que "o desconhecimento da gravidez pelo empregador não afasta o direito ao
pagamento da indenização decorrente da estabilidade".
IV. CONCLUSÃO
Nesse sentido, a Súmula n. 244 do TST prevê que "a garantia de emprego à gestante,
prevista no art. 10, inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, não autoriza a reintegração da empregada gestante em contrato de
trabalho por prazo determinado, findo o contrato durante o período de estabilidade".
Por fim, requer-se seja mantida a concessão dos benefícios da justiça gratuita, haja
vista a impossibilidade financeira da Recorrente arcar com as custas processuais e o
depósito recursal, conforme comprovado nos autos.
Advogado da Recorrente.
OAB n. XXXXXX