Você está na página 1de 21

Verônica Pessôa Ohara

OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA MM.___ VARA DO TRABALHO
DE SÃO PAULO – SP.

TALITA DE SOUZA TOME DA LUZ, brasileira, solteira, atualmente desempregada,


portadora da cédula de identidade RG nº 54615660-5 SSP/SP, inscrita no CPF sob o nº 451.841.938-39,
CTPS nº 90665, Série 397 – SP, PIS nº 16660233076, residente e domiciliada na Rua: Carlota Brianza, nº
110, Vila progresso – São Paulo/SP, CEP: 08245-070, por sua Advogada signatária (mandato em anexo),
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA,
com fundamento no artigo 840, §1º da CLT e 319 do CPC em face de:

CORPOREOS - SERVICOS TERAPEUTICOS S.A., pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob


o nº 08.845.676/0001-98, com endereço na Avenida dos Eucaliptos, 762 – Indianapolis – São Paulo - SP,
CEP: 04517-050, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

PREAMBULARMENTE:

A) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A reclamante não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais


e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e da família; pois está desempregada. Por
estas razões, requer os benefícios da Justiça Gratuita nos termos do artigo 5º, inc. LXXIV da CF c.c. artigo
790, § 3º da CLT, assim como Lei 1.060/50, nos termos ainda da inclusa Declaração de Pobreza.

Desta forma, com fulcro no artigo 790, § 3º da CLT, tendo em vista que a
reclamante percebia salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social, conforme se denota da inclusa CTPS e atualmente está
desempregada, logo, merece ser concedido, de plano, os benefícios da Justiça Gratuita, dispensando
o recolhimento de custas, honorários periciais e honorários advocatícios à parte contrária, em caso
de sucumbência.

Inobstante, caso este MM. Juízo entenda que a documentação comprobatória da


situação de pobreza da reclamante, ora acostada, seja insuficiente à comprovação do estado de
hipossuficiência alegado, requer, desde já, a aplicação do § 3º do artigo 99 do CPC, com observância ao
princípio protetor e aplicação da norma mais favorável ao empregado, presumindo-se verdadeira a
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 1
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
declaração firmada pela reclamante, documento este que também instrui a presente peça.

B) APLICAÇÃO ENTENDIMENTO DO STF NA ADI 5766

Em recente decisão na ADI 5766, o STF declarou inconstitucionais as normas que


condenam o beneficiário da gratuidade de justiça ao pagamento de honorários sucumbenciais e custas
processuais.

O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido formulado na


ação direta, para declarar inconstitucionais os artigos 790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da CLT, sendo
assim, fazendo jus aos benefícios da gratuidade da justiça, não serão devidos o pagamento de
honorários aos patronos das reclamadas em caso de parcial procedência ou improcedência da demanda,
é o que, respeitosamente, desde já, se requer.

C) DO PRINCÍPIO DA SUCUMBENCIA MÍNIMA

O processo foi distribuído na vigência da lei 13.467/2017, o que permitiria, em


tese, a condenação recíproca ao pagamento de eventuais honorários sucumbenciais.

Todavia, o parágrafo único do artigo 86 do CPC, de aplicação subsidiária e


supletiva ao processo trabalhista (artigo 769 da CLT), dispõe que:

" Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro


responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários. "

Sendo assim, no caso de deferimento da maioria dos pedidos pleiteados, o que se


espera, requer-se a aplicação do princípio da sucumbência mínima, conforme preceitua o parágrafo
único do artigo 86 do Código de Processo Civil.

A aplicação supletiva de norma geral, se justifica frente a lacuna axiológica


existente, pois, embora haja lei especial sobre o tema, tal regra não pode ser levada a efeito, uma vez
que se mostra incompatível com os princípios basilares do Direito do Trabalho.

No mais, a aplicação do referido artigo do Código do Processo Civil encontra


respaldo no princípio da proteção e seus desdobramentos, no caso em tela, na aplicação do princípio
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 2
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
da norma mais favorável; defendendo ser cabível o referido princípio quando existe o confronto de duas
normas vigentes e aplicáveis ao mesmo caso concreto, utilizar-se-á aquela que for mais benéfica ao
empregado, razão do presente pedido.

D) DA NÃO LIMITAÇÃO NA CONDENAÇÃO AOS VALORES APONTADOS NA INICIAL

A redação do § 1º do artigo 840 da CLT prevê a obrigatoriedade de "indicação dos


valores dos pedidos" que constarem na petição inicial, sob pena de extinção sem julgamento de mérito.

Em atendimento à previsão legal acima, a autora formulou causas de pedir e


pedidos com suas respectivas indicações de valores, ressalvando que os títulos eventualmente deferidos
em sentença não podem ser limitados aos valores indicados individualmente em cada pedido, uma vez
que tais valores possuem simples caráter informativo, que não podem vincular o julgador, sendo que a
apuração do montante deverá ser realizada em liquidação de sentença.

Com efeito, a exigência contida no artigo 840 da CLT não se refere à liquidez, não
podendo, portanto, inibir a apuração correta do direito reconhecido como devido na condenação, o que
leva à conclusão de que a quantificação dos pedidos da inicial representa apenas uma estimativa
necessária para a definição do valor de alçada do processo, até porque, o valor da condenação é
atribuído, provisoriamente, para efeito de cálculo das custas processuais, conforme o disposto no artigo
789 da CLT.

A própria lei trabalhista ainda contempla a necessidade de liquidação dos títulos


deferidos em sentença, pois no próprio artigo 879, § 2º, CLT, permanece a previsão de que a conta
deverá ser elaborada e tornada líquida, ou seja, se a intenção do legislador fosse que a petição inicial
liquidasse os valores das pretensões, teria revogado a previsão do artigo 879, o que não ocorreu,
concluindo-se, portanto, pela perfeita coexistência e harmonização dos comandos dos artigos 840 e 879
da CLT com a mera indicação dos valores estimados das postulações e a sua posterior liquidação, após
o deferimento das parcelas postuladas.

Assim, deverá prevalecer a exigência de apuração integral dos créditos


trabalhistas devidos, que deverá ser realizada na liquidação em execução de sentença, sem qualquer
vinculação e/ou limitação aos valores atribuídos na peça inicial, uma vez que são meros indicativos
econômicos para fixação de valor da causa e custas processuais.

Ressalvado, portanto, que o direito eventualmente reconhecido em sentença se


refere às parcelas e títulos pleiteados e não aos valores especificados na exordial, a reclamante requer
que o quantum da condenação seja apurado em liquidação de sentença, atentando-se apenas para o
título da verba deferida, nos termos do artigo 879, § 2º, CLT e art. 5º, XXXV, CF.
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 3
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________

DO CONTRATO DE TRABALHO

A reclamada admitiu a reclamante no dia 03/02/2020, para exercer a função de


VENDEDORA DE COMERCIO VAREJISTA, conforme anotação da CTPS digital.

No exercício de suas atividades, a obreira sempre preencheu todos os requisitos


previstos no artigo 3°, da Consolidação das Leis do Trabalho, recebendo último salário no valor de R$
1.933,00 (mil, novecentos e trinta e três reais) e última remuneração no valor de R$ 2.470,91 (dois mil,
quatrocentos e setenta reais e noventa e um centavos).

Sequencialmente, dentre suas atividades, sempre desempenhou suas


incumbências de forma exemplar, tanto, que permaneceu por aproximadamente 3 anos e 3 meses,
prestando serviços para ora reclamada.

Informa a reclamante ter sido dispensada sem justa causa no dia 08/05/2023.

Quanto aos direitos decorrentes do vínculo de emprego, passa agora a


reclamante a discorrer sobre o direito:

DA COMPETENCIA TERRITORIAL

Inicialmente esclarece que a Reclamante foi contratada pela Reclamada com sede
em Indianapolis, na cidade de São Paulo, contudo relata ter laborado em diversas lojas do grupo, sendo
que sua última prestação de serviços se deu no shopping Boulevard, no bairro do Tatuapé, na cidade de
São Paulo – CEP: 03066-030.

Assim, o art. 651, § 3º, da CLT faculta ao empregado ajuizar a ação no local da
celebração do contrato ou onde prestou serviços, destarte, laborando o empregado em diversas
localidades, poderá ajuizar a ação em qualquer uma delas.

Portanto, o local da última prestação laborativa se deu no bairro do Tatuapé, com


CEP: 03066-030 e conforme dispõe a Portaria GP Nº 88/2013 o presente juízo é competente para
apreciar a presente demanda, conforme determina o art. 651, da CLT:

“Art. 651-A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 4
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha
sido contratado noutro local ou no estrangeiro”.

Portanto, a presente comarca é competente para dirimir a reclamatória


trabalhista, não havendo o que se falar em incompetência territorial, hipótese está que deve desde já
ser rechaçada.

DAS DIFERENÇAS SALARIAIS / SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO GERENTE

Informa a Autora que em 2021 por exigência da Reclamada trabalhou cobrindo as


férias da gerente Sra. Michelly Portela, na loja top center, sendo prometido o pagamento de bonificação
pela substituição, o que efetivamente não ocorreu (nem pagamento de bonificação, nem salário
substituição).

Sobre a temática colocada, dispões o art. 450 da CLT e Súmula 159, I, do TST:

Art. 450 da CLT - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em


substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão
garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior.

Súmula nº 159 Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente
eventual, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído

Neste interim, faz jus a Reclamante ao recebimento da diferença de seu salário


R$ 1.933,00 (mil, novecentos e trinta e três reais) e o da Sra. Michelly Portela no importe R$ 4.000,00
(quatro mil reais), devendo assim a Autora receber o valor de R$ 2.067,00 (dois mil e sessenta e sete
reais) pelo mês que exerceu a função de Gerente.

Ademais, por se tratar de verba salarial, requer se, as devidas repercussões de


reflexos que deverão incidir nas seguintes verbas: 13º salário, férias + 1/3, DSR’s e FGTS e multa de 40%
sobre o FGTS).

DA JORNADA DE TRABALHO E HORAS EXTRAS 50% ACIMA DA 44ª HORA SEMANAL

A reclamante alega que embora tenha sido contratada para realizar jornada de 8h
e 20 min, ao longo do pacto contratual sofreu algumas modificações nos horários de entrada e saída,
passando a demonstrar abaixo os horários de labor.

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 5
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
Início do contrato até outubro de 2021 das 09:40 as 18:00 e das 08:40 as 17:00 de segunda a sábado.
De novembro de 2021 até abril de 2022 das 08:00 as 18:00 horas de segunda a sábado.
De 22 de agosto de 2022 até o término do contrato de trabalho das 13:40 as 22:00 de segunda a sábado.

Inicialmente esclarece a obreira que trabalhou além do horário contratual em


média de 2 horas por dia, ocorrendo tal sobrelabor do início do contrato de trabalho até novembro de
2021 e de 22 de agosto de 2022 até o momento de sua dispensa, eis que, era obrigada a responder os
clientes independente do horário que era contatada, seguindo à risca as orientações da Reclamada para
que não demorasse a responder, frisa-se, mesmo estando fora da loja e do seu horário contratual,
realizando atendimentos via WhatsApp, conforme conversas anexas.

Referidas alegações comprovar-se-ão com as provas documentais e testemunhais


a serem produzidas oportunamente.

Neste sentido, tais horários afrontam o disposto no artigo 58 da CLT e artigo 7º,
XIII, da CF/88, os quais deixam claro que a duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer
atividade privada, não excederá de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais.

Desta maneira, o artigo 59, parágrafo 1º, da CLT combinado com o artigo 7º, XVI
da CF, estabelece remuneração, no mínimo, 50% superior à hora normal.

Assim sendo, é notório que a reclamante laborou no período contratual horas


extraordinárias a quem das que fora contratada e que não foram pagas, as quais desde já requer o seu
pagamento, e estas, por serem habituais, geram reflexos que deverão incidir nas verbas contratuais (13º
salário, férias + 1/3, DSR’s e FGTS) e rescisórias (aviso prévio, saldo de salário, 13º salário proporcional,
férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS) demais verbas, consoante sumulas 45, 63, 172,
291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT.

DAS HORAS EXTRAS 50% ACIMA DA 36ª SEMANAL – PERÍODO TRABALHADO COMO
OPERADORA DE TELEMARKETING

Excelência, relata a obreira que em agosto de 2021 informou a Reclamada que


estava grávida e no final do mês de setembro do mesmo ano passou a trabalhar em home office
exercendo as mesmas atividades.

Sequencialmente, no início do mês de novembro de 2021 até abril de 2022, foi


inserida em um projeto do qual a reclamada fazia parte, destinado as colaboradoras gestantes, tal

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 6
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
projeto consistia em atendimentos de ligações terceirizadas por um call center, onde a reclamante se
ativava em sistema que recebia as ligações de forma automática, sendo responsável pelos atendimentos
das ligações, ou seja, transferindo a obreira para laborar como operadora de telemarketing.

Destarte, passou obrigatoriamente a se ativar de segunda a sábado das 08:00 as


18:00, com 1 hora para almoço, laborando cerca de 54 horas semanais, ultrapassando assim a jornada
legal de 36 horas semanais estabelecida por lei para aquele que labora como operador de telemarketing,
desta forma semanalmente trabalhando 18 horas extras semanais, contudo sem qualquer
contraprestação, locupletando-se novamente assim a Reclamada as custas da obreira.

Referidas alegações comprovar-se-ão com as provas documentais e testemunhais


a serem produzidas oportunamente.

Verifica-se que a Reclamada usou dos esforços da obreira para explorar serviços
de telefonia, fazendo com que a obreira se ativesse como operadora de telemarketing, entretanto, não
respeitando o quanto exposto no artigo 227 da CLT ao não observar a jornada diária e semanal (6 horas
e 36 horas) para tal função, bem como desrespeitando o parágrafo 1º do artigo supra que estipula
pagamento pelo sobrelabor com devido adicional de 50%, nesta senda passo a expor a seguir:

Artigo 227. Nas empresas que explorarem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou
subfluvial, de radioterapia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos
operadores a duração máxima de 6 (seis) horas continuas de trabalho por dia ou 36 (trinta
e seis) horas semanais.

§ 1º. Quando, em caso de indeclinável necessidade forem os operadores


obrigados a permanecer em serviço além do período normal fixado neste artigo, a
empresa pagar-lhe-á extraordinariamente o tempo excedente com acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o seu salário-hora normal.

Vale ressaltar o entendimento de igual modo disposto na Norma


Regulamentadora nº 17, anexo II, item 5.3 e 5.3.1 que passo a expor:

“5.3 - O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/telemarketing é de,


no máximo 06 (seis) horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo”

“5.3.1 – A prorrogação do tempo previsto no presente item só será admissível nos termos
da legislação, sem prejuízo das pausas previstas neste Anexo, respeitando o limite de 36
(trinta e seis) horas semanais de tempo efetivo em atividade de
teleatendimento/telemarketing.”
(grifos nossos)

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 7
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
Neste sentido, é notório que a reclamante no período contratual de novembro de
2021 a abril de 2022 laborou horas extraordinárias a quem das permitidas por lei e que não foram pagas,
as quais desde já requer o seu pagamento, e estas, por serem habituais, geram reflexos que deverão
incidir nas verbas contratuais (13º salário, férias + 1/3, DSR’s e FGTS) e rescisórias (aviso prévio, saldo de
salário, 13º salário proporcional, férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS) demais verbas,
consoante sumulas 45, 63, 172, 291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT.

DAS PAUSAS DURANTE A JORNADA DE OPERADOR DE TELEMARKETING – (NR17)

Conforme já mencionado, a Autora durante o período de novembro de 2021 até


abril de 2022 coibida pela Reclamada se ativou como Operadora de Telemarketing, laborando das 08:00
as 18:00, com 1 hora de intervalo para refeição.

Contudo, como já explanado anteriormente a Reclamada jamais levou em


consideração a devida e correta jornada de trabalho, uma vez que redirecionou a obreira para o setor
telemarketing, sem observar a jornada diária e semanal normativa para tal função.

Não bastasse, devido a não observação da jornada deixou a Reclamada de


conceder as 2 pausas de 10 minutos constantes na Norma Regulamentadora nº 17, em seu item 5.4 e
5.4.1. que passo a dispor:

“5.4. - Para prevenir sobrecarga psíquica, muscular estática de pescoço, ombros, dorso e
membros superiores, as empresas devem permitir a fruição de pausas de descanso e
intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores

5.4.1. As pausas deverão ser concedidas:

a) fora do posto de trabalho;

b) em 02 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos;

c) após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho em atividade


de teleatendimento/telemarketing".

Nesta senda, haja vista o alegado, requer desde já que a Reclamada seja
condenada a pagar 20 minutos por dia laborado a título de horas extras pela não conceção das pausas
normativas, e estas, por serem habituais, geram reflexos que deverão incidir nas verbas contratuais (13º
salário, férias + 1/3, DSR’s e FGTS) e rescisórias (aviso prévio, saldo de salário, 13º salário proporcional,
férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS) demais verbas, consoante sumulas 45, 63, 172,
291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT.

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 8
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
DO ADICIONAL NOTURNO

Relata a obreira que no período de setembro de 2021 até o final do contrato de


trabalho, laborou das 13:40 as 22:00, contudo conforme já exposto ao longo tal período realizou cerda
de 2 horas extras por dia, sem qualquer contraprestação.

Tais horas extras, além do devido adicional de 50% não ser pago, de igual modo
esquivou-se a Reclamada de pagar o adicional noturno, pois não foi levado em consideração o labor em
horário noturno, uma vez que, a jornada laboral era estendida até meia noite todos os dias efetivamente
trabalhados.

Veja Excelência, o término da jornada era 22:00, a obreira trabalhava até as 00:00,
desta forma tendo o direito a receber 2 horas por dia de adicional noturno, o que nunca ocorreu.

Sendo assim, referidas horas devem ser acrescidas do adicional noturno de 20%
(vinte por cento), nos termos do artigo 73, caput da CLT, bem como contabilizadas de forma reduzida,
entendendo-se assim a hora cheia a cada 00:52:30, conforme artigo 73, § 1º, do mesmo diploma legal.

Desta feita, requer-se a obreia o devido pagamento do adicional noturno nos dias
laborados no período acima mencionado e tendo em vista a habitualidade do caso em tela requer-se a
integração junto ao salário da obreira para todos os efeitos, conforme manda a Súmula 60 do TST, ou
seja, que reflita em todas as verbas contratuais e rescisórias é o que se requer.

DO DANO MORAL

Todas as irregularidades acima apontadas “per si” já são suficientes para justificar
o pleito em epígrafe, tanto é que, o sofrimento suportado pela Reclamante ultrapassa os limites do
aceitável, uma vez que, a obreira desempenhou atividades distintas da que foi contratada, de forma
coibida, se ativou em sobrelabor excessivo sem qualquer contraprestação entre outras coisas.

Como não bastasse todo o alegado, durante todo o período trabalhado sofreu
exposições e comparações sobre a produtividade, relatando que a reclamada tem sistema de ranking
que é exposto nas reuniões na frente de todas as colaboradoras bem como existia a divulgação pelos
diversos grupos de WhatsApp.

Aduz ainda a obreira que a exposição ocorrida no ranking não era saudável, pois
gerava um clima de competitividade agressivo e sempre gerava comentários desagradáveis e piadas
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 9
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
entre as próprias colaboradoras sobre aquelas que não tinham boa posição no ranking.

No mais, alega que devido ao clima de extrema competitividade, que o sistema


de ranking cria entre as colaboradoras, se sentia constantemente pressionada para superar as metas e
ver seu nome dentre os primeiros, motivo pelo qual acabava por ficar muito mais tempo à disposição
da empresa mesmo nos dias de folgas ou após o horário contratual, laborando diariamente em horas
extras sem a devida contraprestação remuneratória na expectativa de superar as metas e resultados
tanto pessoais como em relação as demais colegas de trabalho.

Além disso, os feedbacks sempre ocorriam em grupo, com comparações e críticas


de forma ríspida para aquelas que não atingiam uma boa posição no ranking, causando
constrangimentos, pois as dificuldades pessoais eram expostas de forma grosseira e na frente de todo
o grupo nas reuniões

Diante do quanto exposto faz-se necessário pequeno aprofundamento


totalmente relevante ao presente caso, para melhor elucidar assim todo o descaso, sofrimento e
prejuízo psíquico sofrido pela obreira.

Pois bem, inicialmente cumpre salientar que, a dignidade da pessoa humana é um


dos princípios fundamentais da República brasileira e está configurada em cláusula pétrea da
Constituição Federal, segundo previsto em seu art. 1º, inc. III.

Sequencialmente a dignidade do trabalhador também está ressaltada pela Carta


da Republica no capítulo atinente aos princípios gerais da atividade econômica, art. 170, caput: "A
ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social [...]". Disso resta claro que o
objetivo do legislador foi sujeitar a atividade econômica à observância dos direitos humanos.

A inviolabilidade de valores inerentes à personalidade como, por exemplo, a


intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas é direito fundamental individual, em
conformidade com o inc. X do art. 5º da Carta Maior. Ao tutelar esses valores, esse dispositivo
Constitucional prevê indenização por danos morais e patrimoniais caso esse preceito seja violado, na
forma da lei civil.

A concepção de danos morais, representando aquelas lesões que atingem direitos


imateriais inerentes à personalidade, não se resume aos direitos expressos no art. 5º, X, do texto
constitucional, alcançando também outros que compõem igualmente a esfera de proteção da dignidade
da pessoa humana na sua dimensão imaterial, como: direito à integridade biopsíquica (dano psicológico
e biológico) , direito à imagem (dano estético), direito à intimidade, honra, nome, vida privada e
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 10
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
liberdade (dano à vida de relação).

Nas relações de trabalho, o dano moral caracteriza-se quando ocorre conduta


abusiva cometida contra o empregado no ambiente de trabalho ou em decorrência das relações
laborais, atingindo a sua dignidade, tendo como consequência jurídica a violação de direitos da
personalidade.

Para que se impute a condenação ao pagamento de indenização por dano moral,


baseada na responsabilização subjetiva que se encontra contemplada no art. 186 do Código Civil,
imperativa se torna a existência de ação ou omissão do agente ou de terceiros, dolo ou culpa dessas
pessoas, nexo causal e lesão extrapatrimonial.

A prática abusiva de gestão de metas com exposição em ranking em conjunto com


comparações constrangedoras e humilhantes entre os colegas de trabalho causa abalo na autoestima
do empregado, colocando em dúvida sua capacidade profissional, gerando ansiedade, degradação e
medo no ambiente de trabalho.

Na verdade, as situações relatadas caracterizam mais do que um mero dano


moral, configurando-se a sua espécie mais grave, o assédio moral.

Assédio moral trata-se de forma sutil e continuada de exaurir a estabilidade


psicológica do trabalhador, por meio de situações humilhantes e constrangedoras, podendo levá-lo a
transtornos psicossomáticos e, consequentemente, ao abandono do emprego. O assédio moral
pressupõe repetição sistemática, intencional e prolongada, com a degradação das condições de
trabalho.

Embora a cobrança de metas esteja dentro do poder diretivo do empregador, não


está dentro desse poder diretivo, a exposição em ranking, com intuito de pressionar psicologicamente,
visando o alcance das metas, bem como fazer comparações constrangedoras, criando um ambiente de
trabalho gerador de adoecimentos.

Não há dúvidas de que essas práticas de cobranças abusivas por meio de


"ranqueamento" público configuram abuso de direito pelo qual resultou dano à integridade biopsíquica
e à imagem da parte autora e, por conseguinte, o seu direito à indenização.

Acrescente-se que a existência de ranking na empresa, com a exposição e


divulgação da produtividade das colaboradoras, antes de ser um incentivo, serve somente para destacar
o desempenho negativo do empregado, humilhando os trabalhadores com baixo rendimento, impedindo
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 11
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
um ambiente de trabalho produtivo, harmônico, seguro e sadio e tudo desconsiderando a existência de
questões pessoais que possam ter contribuído para um eventual rendimento menor em determinado
período.

O contrato de trabalho não pode ser palco para ofensas e menosprezo da imagem
e honra dos empregados e condutas contrárias a um ambiente de trabalho saudável devem ser abolidos
pelo empregador.

Ressaltasse que, mesmo nas hipóteses de a conduta da Reclamada não ter sido
direcionada especificamente à parte autora, mas a todos os trabalhadores da empresa, isso não exclui
nem minora a gravidade do assédio moral. Pelo contrário, a prática de cobranças abusivas direcionadas
a todos os empregados, de forma sistemática, intencional e prolongada, demonstra que isso não era um
fato isolado, mas uma prática que faz parte da cultura e da política organizacional da empresa,
configurando o que se denomina de assédio moral organizacional.

Destaca-se que o raciocínio ora explanado guarda sintonia com o entendimento


adotado pelas cortes Superiores, conforme se observa dos arestos abaixo colacionados:

ASSÉDIO MORAL ORGANIZACIONAL. COBRANÇA ABUSIVA DE METAS. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. A
gestão abusiva para o atingimento de metas por meio de práticas constrangedoras e humilhantes, como ameaças
de demissão e comparação vexatória entre os empregados mediante a exposição de ranking público de
produtividade configura assédio moral, por afrontar os direitos básicos da personalidade tutelados pela lei (art.
5º, inc. V e X, da Constituição Federal; arts. 11 e seguintes do Código Civil), ensejando o reconhecimento do direito
à reparação pelo dano à integridade psíquica do trabalhador.

(TRT-12 - RO: 00007312220185120061 SC, Relator: LILIA LEONOR ABREU, Data de Julgamento: 04/02/2020, Gab.
Des.a. Lília Leonor Abreu)

DANO MORAL. DIVULGAÇÃO DE RANKING EM MURAL. A divulgação de ranking de vendedores em mural é um


método de gerenciamento perverso, que repousa em um comportamento velado. O objetivo é o de provocar a
vergonha daqueles que possuem baixos resultados, a fim de os impulsionar à maior produtividade. O empregador,
porém, não exerce a pressão diretamente. Conhecedor da natureza humana, sabe que os próprios colegas de
trabalho, mediante gozações e chacotas (que permite, pois deseja isso), se encarregarão de fazê-lo, provocando
situações humilhantes e degradantes, que violam os direitos da personalidade. COMISSÕES. ULTIMADA A VENDA.
DIREITO AO RECEBIMENTO. Ultimada a venda ( CLT, 466) com a ausência de recusa do negócio pelo vendedor-
empregador (Lei n. 3.207/1957, 3º), é devido o pagamento das comissões ao vendedorempregado, ainda que o
comprador posteriormente desista do negócio ou se torne inadimplente, sob pena de transferir para o
trabalhador os...

(TRT-24 00004944820125240001, Relator: JÚLIO CÉSAR BEBBER, Data de Julgamento: 18/11/2013, 1ª TURMA).
Destaques.

DANO MORAL. ASSÉDIO MORAL. COBRANÇA EXCESSIVA DE METAS. ABUSO DO PODER DIRETIVO.
CONFIGURAÇÃO. A cobrança de metas de produtividade, por si só, especialmente em setores competitivos, não
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 12
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
se revela suficiente à caracterização do dano moral. Lado outro, o abuso do poder diretivo com o intuito de forçar
o cumprimento de metas abusivas, de forma reiterada, justifica a condenação ao pagamento de indenização por
danos morais, em decorrência de assédio moral e pode caracterizar, inclusive, assédio moral organizacional.

(TRT-3 - RO: 00102642320205030178 MG 0010264-23.2020.5.03.0178, Relator: Adriana Goulart de Sena Orsini,


Data de Julgamento: 22/02/2022, Primeira Turma, Data de Publicação: 24/02/2022.). Destaques.

(Grifos nossos)

No mais, a Reclamante sempre foi uma excelente empregada na constância do


contrato de trabalho e sempre cumpridora de suas tarefas com responsabilidade e presteza.

Além disso também sofreu descontos indevidos, justamente quando havia acabado
de ganhar seu bebê e já estava iniciando seu período de licença maternidade, necessitando despender
tempo na busca de uma solução junto a reclamada, que agiu com desprezo, ocasionando momentos de
stress, em período extremamente delicado para a mulher, destinado à sua recomposição física, psicológica
e emocional, bem como de dedicação e cuidados com seu bebê recém-nascido.

Tais descontos e a negativa da empresa em solucionar tal questão estão


demonstradas nas trocas de e-mails juntadas nesta oportunidade.

Ressalta-se que, a maternidade é um direito protegido pela Constituição Federal,


visando a garantia da saúde física e mental da mãe e do seu bebê, justificando assim o período de
afastamento das atividades laborais, sem o prejuízo do salário. A violação a este direito, ao nosso ver,
tem dupla gravidade, na medida em que atinge não só a trabalhadora, mas também seu filho, que é
reflexamente atingido, no caso em apreço, devido ao stress experimentado, o leite da reclamante
praticamente secou, conforme se verifica nos e-mails trocados com o departamento de Rh da ora
reclamada:

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 13
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________

Assim sendo, em razão do descaso, negligência, perseguição, exposição


desnecessária e vexatória da reclamada, trouxe a Reclamante vários transtornos de ordem emocional e
psicológica.

Destarte, as irregularidades são inúmeras e, não obstante aos absurdos acima


mencionados, a obreira buscou amigavelmente resolver a questão, porém, foi completamente
desprezada pela reclamada, estando veementemente claro que a mesma teve sua dignidade resumida,
direito este tutelado por esta justiça especializada previstos, no artigo 223 – C da CLT.

Nesta senda, devido à inércia e desprezo da reclamada, não restou alternativa a


reclamante, senão a propositura da presente demanda, uma vez que a reclamada jamais teria intenção
de regularizar tais fatos.

Todavia, a reclamada sequer se esforçou para sanar os vícios e retaliações


causados a obreira, fato que evidencia que jamais houve intenção de regularizar a condição contratual
da reclamante, tampouco em atenuar os danos psicológicos e emocionais que dolosamente lhe causou,
não cumprindo, portanto, o descrito inciso IX do artigo 223 – G da CLT.

Assim, em consonância com o quanto exposto, a fim de coibir referidas práticas,


requer seja arbitrado à condenação a título de dano moral no disposto no artigo 223–G, §1º, inciso III
da CLT, a saber, até 20 (vinte) vezes o último salário contratual da ofendida.

No ordenamento jurídico a forma para reprender condutas divergentes das regras


legais é a imputação de indenização, visando reparar o dano causado. Nesta senda, reconhecido o
assédio, que consistiu na exposição em ranking, que somente visava rebaixar aquelas com resultados
menores, visando a lucratividade acima de tudo, a condenação em indenização é medida que se impõe
e o que desde já, respeitosamente se requer.

Essa conduta negativa, ocorrida de forma constante caracteriza evidente


desrespeito à honra, moral e dignidade da trabalhadora e, data venia, não pode ser tolerada, uma vez
que afeta a saúde física e psicológica, a vida profissional e privada da ofendida, que é exposta e tratada
de forma desrespeitosa e não como trabalhadora passível de respeito.

Desnecessário esforço de raciocínio para vislumbrar o nexo entre as condutas


ilícitas da reclamada acima descritas e os prejuízos morais suportados pela reclamante. Imponível,
portanto, a condenação da reclamada ao pagamento de indenização pelos danos morais por ela
suportados.
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 14
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________

A indenização por danos morais visa amenizar a dor sofrida pela vítima, devendo
ser proporcional à extensão do dano, ao mesmo tempo em que desestimula o empregador do
descumprimento das normas que regem a saúde e medicina do trabalho.

Todavia, a exigência de comprovação de dano efetivo, tais como repercussão


perante terceiros ou no próprio ambiente laboral, não se coaduna com a natureza do dano moral.

Trata-se de lesão de ordem psíquica que prescinde de comprovação. A prova em


tais casos está associada apenas à ocorrência de um fato capaz de gerar o abalo psíquico que resulta
inexoravelmente do constrangimento sofrido pela trabalhadora, seja ela suportada intimamente ou
propalada com algum alcance social.

Ressaltasse, ainda, que a existência de ranqueamento, além de causar sensação de


medo, com sintomas de ansiedade e sentimento de inferioridade, também fez com que a reclamante se
sentisse obrigada a laborar além da jornada contratual, sem qualquer contraprestação pecuniária pelas
horas extras laboradas, visando atingir melhores resultados e ver seu nome dentre os destacados no
ranking.

Visível a violação dos direitos da obreira e preenchidos todos os requisitos


necessários para a caracterização da obrigação de indenizar, como a prática de ato ilícito cometido pela
reclamada, verificados os prejuízos através da oitiva da parte e das testemunhas que comparecerão à
audiência a ser designada e a presença do nexo de causalidade entre as ações e os danos
extrapatrimoniais, requer-se seja condenada a reclamada ao pagamento de indenização pelos danos
morais nos moldes pleiteados.

Vale salientar, quanto ao valor ora perseguido, que a reclamante não visa
enriquecer às custas da reclamada, mas sim, além de receber quantia satisfatória para apenas apaziguar
o dano extrapatrimonial causado pelo absurdo e reiterado assédio moral a que foi submetida e ver
garantido o duplo caráter da indenização perseguida, reparatório e principalmente punitivo.

Para a fixação do valor da indenização deve o juiz da causa atentar para os


critérios de satisfação de quem recebe a ofensa, bem como de sanção ao ofensor, não devendo o
primeiro se enriquecer, tampouco impondo ao segundo reparação de valor considerado irrisório,
dependendo de seu potencial econômico. Por este motivo, deve-se observar a dimensão do dano no
caso concreto e a capacidade econômico-social-profissional de ambas as partes (ofensor e ofendido).

Somente punindo de forma exemplar a reclamada, mediante condenação


___________________________________________________________________________________________________________________________________ 15
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
suficiente para caracterizar uma punição capaz de ser lembrada e fazer com que a empresa passe a
respeitar a legislação trabalhista de nosso país, pagando os direitos decorrentes das relações de
emprego de forma honesta e legal, sem visar somente o lucro a qualquer preço, é que far-se-á justiça.

DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

Requer-se a condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios


sucumbenciais de 15% sobre o valor da liquidação de sentença, do proveito econômico ou sobre o valor
atualizado da causa (o que resultar em maior valor), sem a dedução dos encargos fiscais e
previdenciários, nos termos do artigo 791-A, da Lei n. 13.467/17.

DOS JUROS DE MORA

Conforme prevê o artigo 406 do Código Civil Brasileiro: “Art. 406. Quando os juros
moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
impostos devidos à Fazenda Nacional.”

O artigo 407 do mesmo diploma prevê: “Ainda que se não alegue prejuízo, é
obrigado o devedor aos juros de mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações
de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento,
ou acordo entre as partes.”

Aplicáveis tais dispositivos ao direito do trabalho, por força do


artigo 8 º da CLT.

Devendo os juros de mora serem calculados com base na taxa SELIC ou outra que
a substitua na remuneração dos impostos devidos à Fazenda Nacional. De qualquer forma, faz jus a
autora a juros de mora qualquer que seja o parâmetro adotado, devendo ainda ser observado o artigo
883 da CLT.

DA CORREÇÃO MONETÁRIA

No tocante a correção monetária, requer seja fixado aplicando-se o índice mais


favorável a obreira, com aplicabilidade dos desdobramentos do princípio da proteção e observância da
norma mais favorável a obreira, devendo ser observado a situação de desigualdade existe com aplicação
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 16
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
do artigo 883 da CLT.

Pugnando a reclamante pela correção monetária dos débitos devidos utilizando-


se do índice IPCA-E e não da TRD.

E caso o respeitável julgador se valha do quanto decidido nos autos das ADC’s 58
e 59, aplicando a Selic na fase processual, invoca a obreira pela aplicação do artigo 404 do Código Civil
c/c artigo 8º da CLT, a fim de lhe assegurar a teoria da restituição integral, devendo a reclamada ser
condenada a indenizar a parte suplementar da diferença havida entre o cálculo da SELIC e os juros e
correção monetária, em analogia ao quanto decidido nos autos do processo nº 0011734-
27.2019.5.15.0102:

“(...)

Em 18/12/2020, Plenário do C. STF terminou por deliberar, em definitivo, sobre o tema


da atualização monetária dos créditos trabalhistas, repulsando a lógica subjacente às
decisões anteriormente prolatadas nas ADIs 4.425 e 4.357 e no RE 870.947 (com
repercussão geral). Assim, ao julgar as ADCs 58 e 59 e as ADIs 5.867 e 6.021, o Excelso
Pretório decidiu, por maioria, manter formalmente a declaração de inconstitucionalidade
da Taxa Referencial (TR), mas julgar parcialmente procedentes as ações, conferindo
interpretação conforme à Constituição ao art. 879, § 7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT, na
redação dada pela Lei 13.467 de 2017, no sentido de considerar a Selic (art. 406 do
Código Civil) como fator de correção adequado, até que sobrevenha nova solução
legislativa, respeitadas as situações já consolidadas pelo trânsito em julgado. (...)”.

Merece, assim, o feito ser devidamente corrigido de modo a suportar as perdas


inflacionárias, pois os créditos trabalhistas não só devem ser submetidos à correção monetária, como
essa correção deve ser apta a preservar o bem da vida pretendido pela reclamante.

Isso significa dizer que deve proporcionar a mesma transformação em sua vida
que poderia proporcionar no início do processo; quando da violação do direito. Qualquer índice de
correção utilizado deve ser apto a de fato conservar o poder econômico refletido no crédito.

Tal conclusão decorre, por um lado, do direito de propriedade (artigo 5º, XXII, da
CF), já que a ausência de correção adequada à propriedade do demandante significa sua redução. De
outro, do direito de acesso à Justiça (artigo 5º, XXXV, da CF), uma vez que tal garantia implica o acesso
à ordem jurídica justa.

DA APLICAÇÃO DA O.J. 400 SDI-I DO TST E TEMA 808 DO STF


___________________________________________________________________________________________________________________________________ 17
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________

Ante ao estabelecido pela OJ. 400, da SDI-I do C. TST, uma vez julgada procedente
a presente Reclamação Trabalhista, requer seja excluído da base de cálculo da apuração do Imposto de
Renda, os juros de mora, decorrentes do não pagamento das verbas devidas no decorrer do pacto
laboral e devidas em razão da procedência da ação.

Frise-se, deverá ser observada a OJ 400, da SDI-I, do C. TST, que assim dispõe:

“OJ-SDI1-400.IMPOSTO DE RENDA. BASE DE CÁLCULO. JUROS DE MORA. NÃO


INTEGRAÇÃO. ART. 404 DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO. (DEJT divulgado em 02, 03 e
04.08.2010)

Ademais, deve prevalecer a decisão exarada em sede de julgamento em


repercussão geral – tema 808 do STF, que estabelece:

“Tema 808 - Incidência de imposto de renda sobre juros de mora


recebidos por pessoa física.

Relator(a):
MIN. DIAS TOFFOLI

Leading Case:
RE 855091

Descrição:
Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos arts. 97 e 153, III, da Constituição
Federal, a constitucionalidade dos arts. 3º, § 1º, da Lei 7.713/1988 e 43, II, § 1º, do Código Tributário Nacional,
de modo a definir a incidência, ou não, de imposto de renda sobre os juros moratórios recebidos por pessoa física.

Tese:
Não incide imposto de renda sobre os juros de mora devidos pelo atraso no pagamento
de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função.” Destaques.

(https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4677992&numeroProcesso=85
5091&classeProcesso=RE&numeroTema=808

DOS PEDIDOS

Assim, requer e aguarda a reclamante, sejam acolhidos os pedidos que ensejam a


presente ação, elencados abaixo:
___________________________________________________________________________________________________________________________________ 18
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________

1) Seja a presente, recebida, processada e julgada a procedência de todos os pedidos;

2) Concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, por ser pessoa pobre no conceito jurídico da palavra,
consoante declaração em anexo, nos moldes do § 3 do artigo 790 da CLT e artigo 5º inciso LXXIV da CF,
abrangendo custas, despesas processuais e honorários;

3) Julgamento em consonância com entendimento do STF na ADI 5766;

4) A aplicação do parágrafo único do artigo 86 do Código de Processo Civil;

5) Pagamento de diferenças salariais, conforme fundamentação, no importe de R$ 2.067,00

 Reflexos de diferenças salariais em 13º salários, no importe de R$ 172,25


 Reflexos de diferenças salariais em férias + 1/3, no importe de R$ 229,67
 Reflexos de diferenças salariais em aviso prévio, no importe de R$ 2.067,00
 Reflexos de diferenças salariais em FGTS, no importe de R$ 179,14
 Reflexos de diferenças salariais em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 71,66

6) Pagamento de horas extras acima da 44ª, conforme fundamentação no importe de R$ 25.739,16

 Reflexos de horas extras em DSR’s, no importe de R$ 5.154,57


 Reflexos de horas extras e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 25.739,16
 Reflexos de horas extras e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 3.449,79
 Reflexos de horas extras e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 788,91
 Reflexos de horas extras e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 2.953,48
 Reflexos de horas extras e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 1.181,36

7) Pagamento de horas extras acima 36ª, conforme fundamentação no importe de R$ 11.825,19

 Reflexos de horas extras em DSR’s, no importe de R$ 2.497,22


 Reflexos de horas extras e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 1.193,53
 Reflexos de horas extras e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 1.599,33
 Reflexos de horas extras e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 271,92
 Reflexos de horas extras e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 1.390,97
 Reflexos de horas extras e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 556,39

8) Pagamento de horas extras pelas pausas, conforme fundamentação no importe de R$ 1.288,66

 Reflexos de horas extras pelas pausas em DSR’s, no importe de R$ 269,19


 Reflexos de horas extras pelas pausas e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 129,82
 Reflexos de horas extras pelas pausas e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 173,96
 Reflexos de horas extras pelas pausas e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 29,11
 Reflexos de horas extras pelas pausas e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 151,27
 Reflexos de horas extras pelas pausas e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 60,50

9) Pagamento de adicional noturno, conforme fundamentação no importe de R$ 1.060,00

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 19
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
 Reflexos de adicional noturno em DSR’s, no importe de R$ 220,10
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 106,68
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 142,94
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 106,68
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 130,90
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 52,38

10) Condenação em danos morais, no importe de R$ 20.000,00;

11) Condenação em honorários sucumbenciais, a favor das patronas da reclamante, em 15%, nos termos do
artigo 791-A da CLT, no importe de R$ 16.957,48;

12) Condenação em juros de mora, nos termos dos artigos 883 da CLT c/c 404 e 407 do CC;

13) Seja fixado índice de correção monetária em fase de liquidação, aplicando-se o índice mais favorável a
obreira, com observância dos desdobramentos do princípio da proteção, devendo ser aplicada a norma mais
favorável a reclamante, correspondente à época do efetivo pagamento, com aplicação do artigo 883 da CLT e
artigo 404 do CPC.

14) Aplicação da OJ 400 do TST e do Tema 808 do STF

15) Protesta para que sejam compensados todos os valores já recebidos aos mesmos títulos, desde que
comprovados nos autos.

16) Requer a apuração dos valores em regular liquidação de sentença, observando os termos do art.789 da
CLT, aplicando-se juros e correção nos termos da lei, não configurando limitação de valores aqueles lançados na
exordial. É certo que os valores estimados em alguns pedidos, bem como a alçada para eventuais recursos não
representa limitação aos pedidos veiculados na presente, o reclamante seguir o que determina o §1º do artigo
840 da CLT, quando determina que a parte deve indicar o valor dos pedidos.

De todo exposto, requer a reclamante, respeitosamente, digne-se Vossa


Excelência, determinar a citação das reclamadas, para que, querendo, contestem a presente
reclamatória, ou sofram os efeitos da revelia, instruindo suas defesas com todos os documentos
necessários ao deslinde da causa, acompanhando o feito até sentença final, quando deverá ser julgada
totalmente PROCEDENTE a Reclamatória, condenando-as nos pedidos supracitados.

Requer-se, outrossim, provar o alegado, por todos os meios de provas em direito


admitidos, especialmente, pela juntada dos documentos que instruem a presente; pelo depoimento
pessoal do representante legal da reclamada; oitiva de testemunhas; perícias e o que mais se fizer
necessário ao deslinde da presente ação, sem exclusão.

Atribui-se à causa o valor de R$ 130.007,37 (cento e trinta mil, sete reais e trinta e
sete centavos).

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 20
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com
Verônica Pessôa Ohara
OAB/SP 435.226

____________________________________________________________________________________________________________________________
Nestes termos, pede deferimento.

Mogi das Cruzes, 04 de julho de 2023.

p.p.

Verônica Pessôa Ohara

OAB/SP 435.226

___________________________________________________________________________________________________________________________________ 21
RUA: JOÃO MARIANO DE PAULA, 249 – MOGI DAS CRUZES – SP – TELEFONES: (11) 9-5777-2608/ 9-4084-8411 (WhatsApp)
e-mail: vpessoaohara@gmail.com

Você também pode gostar