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OAB/SP 435.226
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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA MM.___ VARA DO TRABALHO
DE SÃO PAULO – SP.
PREAMBULARMENTE:
A) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Desta forma, com fulcro no artigo 790, § 3º da CLT, tendo em vista que a
reclamante percebia salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social, conforme se denota da inclusa CTPS e atualmente está
desempregada, logo, merece ser concedido, de plano, os benefícios da Justiça Gratuita, dispensando
o recolhimento de custas, honorários periciais e honorários advocatícios à parte contrária, em caso
de sucumbência.
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declaração firmada pela reclamante, documento este que também instrui a presente peça.
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da norma mais favorável; defendendo ser cabível o referido princípio quando existe o confronto de duas
normas vigentes e aplicáveis ao mesmo caso concreto, utilizar-se-á aquela que for mais benéfica ao
empregado, razão do presente pedido.
Com efeito, a exigência contida no artigo 840 da CLT não se refere à liquidez, não
podendo, portanto, inibir a apuração correta do direito reconhecido como devido na condenação, o que
leva à conclusão de que a quantificação dos pedidos da inicial representa apenas uma estimativa
necessária para a definição do valor de alçada do processo, até porque, o valor da condenação é
atribuído, provisoriamente, para efeito de cálculo das custas processuais, conforme o disposto no artigo
789 da CLT.
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DO CONTRATO DE TRABALHO
Informa a reclamante ter sido dispensada sem justa causa no dia 08/05/2023.
DA COMPETENCIA TERRITORIAL
Inicialmente esclarece que a Reclamante foi contratada pela Reclamada com sede
em Indianapolis, na cidade de São Paulo, contudo relata ter laborado em diversas lojas do grupo, sendo
que sua última prestação de serviços se deu no shopping Boulevard, no bairro do Tatuapé, na cidade de
São Paulo – CEP: 03066-030.
Assim, o art. 651, § 3º, da CLT faculta ao empregado ajuizar a ação no local da
celebração do contrato ou onde prestou serviços, destarte, laborando o empregado em diversas
localidades, poderá ajuizar a ação em qualquer uma delas.
“Art. 651-A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
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empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha
sido contratado noutro local ou no estrangeiro”.
Sobre a temática colocada, dispões o art. 450 da CLT e Súmula 159, I, do TST:
Súmula nº 159 Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente
eventual, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído
A reclamante alega que embora tenha sido contratada para realizar jornada de 8h
e 20 min, ao longo do pacto contratual sofreu algumas modificações nos horários de entrada e saída,
passando a demonstrar abaixo os horários de labor.
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Início do contrato até outubro de 2021 das 09:40 as 18:00 e das 08:40 as 17:00 de segunda a sábado.
De novembro de 2021 até abril de 2022 das 08:00 as 18:00 horas de segunda a sábado.
De 22 de agosto de 2022 até o término do contrato de trabalho das 13:40 as 22:00 de segunda a sábado.
Neste sentido, tais horários afrontam o disposto no artigo 58 da CLT e artigo 7º,
XIII, da CF/88, os quais deixam claro que a duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer
atividade privada, não excederá de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais.
Desta maneira, o artigo 59, parágrafo 1º, da CLT combinado com o artigo 7º, XVI
da CF, estabelece remuneração, no mínimo, 50% superior à hora normal.
DAS HORAS EXTRAS 50% ACIMA DA 36ª SEMANAL – PERÍODO TRABALHADO COMO
OPERADORA DE TELEMARKETING
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projeto consistia em atendimentos de ligações terceirizadas por um call center, onde a reclamante se
ativava em sistema que recebia as ligações de forma automática, sendo responsável pelos atendimentos
das ligações, ou seja, transferindo a obreira para laborar como operadora de telemarketing.
Verifica-se que a Reclamada usou dos esforços da obreira para explorar serviços
de telefonia, fazendo com que a obreira se ativesse como operadora de telemarketing, entretanto, não
respeitando o quanto exposto no artigo 227 da CLT ao não observar a jornada diária e semanal (6 horas
e 36 horas) para tal função, bem como desrespeitando o parágrafo 1º do artigo supra que estipula
pagamento pelo sobrelabor com devido adicional de 50%, nesta senda passo a expor a seguir:
Artigo 227. Nas empresas que explorarem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou
subfluvial, de radioterapia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos
operadores a duração máxima de 6 (seis) horas continuas de trabalho por dia ou 36 (trinta
e seis) horas semanais.
“5.3.1 – A prorrogação do tempo previsto no presente item só será admissível nos termos
da legislação, sem prejuízo das pausas previstas neste Anexo, respeitando o limite de 36
(trinta e seis) horas semanais de tempo efetivo em atividade de
teleatendimento/telemarketing.”
(grifos nossos)
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Neste sentido, é notório que a reclamante no período contratual de novembro de
2021 a abril de 2022 laborou horas extraordinárias a quem das permitidas por lei e que não foram pagas,
as quais desde já requer o seu pagamento, e estas, por serem habituais, geram reflexos que deverão
incidir nas verbas contratuais (13º salário, férias + 1/3, DSR’s e FGTS) e rescisórias (aviso prévio, saldo de
salário, 13º salário proporcional, férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS) demais verbas,
consoante sumulas 45, 63, 172, 291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT.
“5.4. - Para prevenir sobrecarga psíquica, muscular estática de pescoço, ombros, dorso e
membros superiores, as empresas devem permitir a fruição de pausas de descanso e
intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores
Nesta senda, haja vista o alegado, requer desde já que a Reclamada seja
condenada a pagar 20 minutos por dia laborado a título de horas extras pela não conceção das pausas
normativas, e estas, por serem habituais, geram reflexos que deverão incidir nas verbas contratuais (13º
salário, férias + 1/3, DSR’s e FGTS) e rescisórias (aviso prévio, saldo de salário, 13º salário proporcional,
férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS) demais verbas, consoante sumulas 45, 63, 172,
291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT.
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DO ADICIONAL NOTURNO
Tais horas extras, além do devido adicional de 50% não ser pago, de igual modo
esquivou-se a Reclamada de pagar o adicional noturno, pois não foi levado em consideração o labor em
horário noturno, uma vez que, a jornada laboral era estendida até meia noite todos os dias efetivamente
trabalhados.
Veja Excelência, o término da jornada era 22:00, a obreira trabalhava até as 00:00,
desta forma tendo o direito a receber 2 horas por dia de adicional noturno, o que nunca ocorreu.
Sendo assim, referidas horas devem ser acrescidas do adicional noturno de 20%
(vinte por cento), nos termos do artigo 73, caput da CLT, bem como contabilizadas de forma reduzida,
entendendo-se assim a hora cheia a cada 00:52:30, conforme artigo 73, § 1º, do mesmo diploma legal.
Desta feita, requer-se a obreia o devido pagamento do adicional noturno nos dias
laborados no período acima mencionado e tendo em vista a habitualidade do caso em tela requer-se a
integração junto ao salário da obreira para todos os efeitos, conforme manda a Súmula 60 do TST, ou
seja, que reflita em todas as verbas contratuais e rescisórias é o que se requer.
DO DANO MORAL
Todas as irregularidades acima apontadas “per si” já são suficientes para justificar
o pleito em epígrafe, tanto é que, o sofrimento suportado pela Reclamante ultrapassa os limites do
aceitável, uma vez que, a obreira desempenhou atividades distintas da que foi contratada, de forma
coibida, se ativou em sobrelabor excessivo sem qualquer contraprestação entre outras coisas.
Como não bastasse todo o alegado, durante todo o período trabalhado sofreu
exposições e comparações sobre a produtividade, relatando que a reclamada tem sistema de ranking
que é exposto nas reuniões na frente de todas as colaboradoras bem como existia a divulgação pelos
diversos grupos de WhatsApp.
Aduz ainda a obreira que a exposição ocorrida no ranking não era saudável, pois
gerava um clima de competitividade agressivo e sempre gerava comentários desagradáveis e piadas
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entre as próprias colaboradoras sobre aquelas que não tinham boa posição no ranking.
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liberdade (dano à vida de relação).
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um ambiente de trabalho produtivo, harmônico, seguro e sadio e tudo desconsiderando a existência de
questões pessoais que possam ter contribuído para um eventual rendimento menor em determinado
período.
O contrato de trabalho não pode ser palco para ofensas e menosprezo da imagem
e honra dos empregados e condutas contrárias a um ambiente de trabalho saudável devem ser abolidos
pelo empregador.
Ressaltasse que, mesmo nas hipóteses de a conduta da Reclamada não ter sido
direcionada especificamente à parte autora, mas a todos os trabalhadores da empresa, isso não exclui
nem minora a gravidade do assédio moral. Pelo contrário, a prática de cobranças abusivas direcionadas
a todos os empregados, de forma sistemática, intencional e prolongada, demonstra que isso não era um
fato isolado, mas uma prática que faz parte da cultura e da política organizacional da empresa,
configurando o que se denomina de assédio moral organizacional.
ASSÉDIO MORAL ORGANIZACIONAL. COBRANÇA ABUSIVA DE METAS. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. A
gestão abusiva para o atingimento de metas por meio de práticas constrangedoras e humilhantes, como ameaças
de demissão e comparação vexatória entre os empregados mediante a exposição de ranking público de
produtividade configura assédio moral, por afrontar os direitos básicos da personalidade tutelados pela lei (art.
5º, inc. V e X, da Constituição Federal; arts. 11 e seguintes do Código Civil), ensejando o reconhecimento do direito
à reparação pelo dano à integridade psíquica do trabalhador.
(TRT-12 - RO: 00007312220185120061 SC, Relator: LILIA LEONOR ABREU, Data de Julgamento: 04/02/2020, Gab.
Des.a. Lília Leonor Abreu)
(TRT-24 00004944820125240001, Relator: JÚLIO CÉSAR BEBBER, Data de Julgamento: 18/11/2013, 1ª TURMA).
Destaques.
DANO MORAL. ASSÉDIO MORAL. COBRANÇA EXCESSIVA DE METAS. ABUSO DO PODER DIRETIVO.
CONFIGURAÇÃO. A cobrança de metas de produtividade, por si só, especialmente em setores competitivos, não
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se revela suficiente à caracterização do dano moral. Lado outro, o abuso do poder diretivo com o intuito de forçar
o cumprimento de metas abusivas, de forma reiterada, justifica a condenação ao pagamento de indenização por
danos morais, em decorrência de assédio moral e pode caracterizar, inclusive, assédio moral organizacional.
(Grifos nossos)
Além disso também sofreu descontos indevidos, justamente quando havia acabado
de ganhar seu bebê e já estava iniciando seu período de licença maternidade, necessitando despender
tempo na busca de uma solução junto a reclamada, que agiu com desprezo, ocasionando momentos de
stress, em período extremamente delicado para a mulher, destinado à sua recomposição física, psicológica
e emocional, bem como de dedicação e cuidados com seu bebê recém-nascido.
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A indenização por danos morais visa amenizar a dor sofrida pela vítima, devendo
ser proporcional à extensão do dano, ao mesmo tempo em que desestimula o empregador do
descumprimento das normas que regem a saúde e medicina do trabalho.
Vale salientar, quanto ao valor ora perseguido, que a reclamante não visa
enriquecer às custas da reclamada, mas sim, além de receber quantia satisfatória para apenas apaziguar
o dano extrapatrimonial causado pelo absurdo e reiterado assédio moral a que foi submetida e ver
garantido o duplo caráter da indenização perseguida, reparatório e principalmente punitivo.
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suficiente para caracterizar uma punição capaz de ser lembrada e fazer com que a empresa passe a
respeitar a legislação trabalhista de nosso país, pagando os direitos decorrentes das relações de
emprego de forma honesta e legal, sem visar somente o lucro a qualquer preço, é que far-se-á justiça.
Conforme prevê o artigo 406 do Código Civil Brasileiro: “Art. 406. Quando os juros
moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
impostos devidos à Fazenda Nacional.”
O artigo 407 do mesmo diploma prevê: “Ainda que se não alegue prejuízo, é
obrigado o devedor aos juros de mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações
de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento,
ou acordo entre as partes.”
Devendo os juros de mora serem calculados com base na taxa SELIC ou outra que
a substitua na remuneração dos impostos devidos à Fazenda Nacional. De qualquer forma, faz jus a
autora a juros de mora qualquer que seja o parâmetro adotado, devendo ainda ser observado o artigo
883 da CLT.
DA CORREÇÃO MONETÁRIA
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do artigo 883 da CLT.
E caso o respeitável julgador se valha do quanto decidido nos autos das ADC’s 58
e 59, aplicando a Selic na fase processual, invoca a obreira pela aplicação do artigo 404 do Código Civil
c/c artigo 8º da CLT, a fim de lhe assegurar a teoria da restituição integral, devendo a reclamada ser
condenada a indenizar a parte suplementar da diferença havida entre o cálculo da SELIC e os juros e
correção monetária, em analogia ao quanto decidido nos autos do processo nº 0011734-
27.2019.5.15.0102:
“(...)
Isso significa dizer que deve proporcionar a mesma transformação em sua vida
que poderia proporcionar no início do processo; quando da violação do direito. Qualquer índice de
correção utilizado deve ser apto a de fato conservar o poder econômico refletido no crédito.
Tal conclusão decorre, por um lado, do direito de propriedade (artigo 5º, XXII, da
CF), já que a ausência de correção adequada à propriedade do demandante significa sua redução. De
outro, do direito de acesso à Justiça (artigo 5º, XXXV, da CF), uma vez que tal garantia implica o acesso
à ordem jurídica justa.
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Ante ao estabelecido pela OJ. 400, da SDI-I do C. TST, uma vez julgada procedente
a presente Reclamação Trabalhista, requer seja excluído da base de cálculo da apuração do Imposto de
Renda, os juros de mora, decorrentes do não pagamento das verbas devidas no decorrer do pacto
laboral e devidas em razão da procedência da ação.
Frise-se, deverá ser observada a OJ 400, da SDI-I, do C. TST, que assim dispõe:
Relator(a):
MIN. DIAS TOFFOLI
Leading Case:
RE 855091
Descrição:
Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos arts. 97 e 153, III, da Constituição
Federal, a constitucionalidade dos arts. 3º, § 1º, da Lei 7.713/1988 e 43, II, § 1º, do Código Tributário Nacional,
de modo a definir a incidência, ou não, de imposto de renda sobre os juros moratórios recebidos por pessoa física.
Tese:
Não incide imposto de renda sobre os juros de mora devidos pelo atraso no pagamento
de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função.” Destaques.
(https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4677992&numeroProcesso=85
5091&classeProcesso=RE&numeroTema=808
DOS PEDIDOS
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2) Concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, por ser pessoa pobre no conceito jurídico da palavra,
consoante declaração em anexo, nos moldes do § 3 do artigo 790 da CLT e artigo 5º inciso LXXIV da CF,
abrangendo custas, despesas processuais e honorários;
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Reflexos de adicional noturno em DSR’s, no importe de R$ 220,10
Reflexos de adicional noturno e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 106,68
Reflexos de adicional noturno e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 142,94
Reflexos de adicional noturno e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 106,68
Reflexos de adicional noturno e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 130,90
Reflexos de adicional noturno e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 52,38
11) Condenação em honorários sucumbenciais, a favor das patronas da reclamante, em 15%, nos termos do
artigo 791-A da CLT, no importe de R$ 16.957,48;
12) Condenação em juros de mora, nos termos dos artigos 883 da CLT c/c 404 e 407 do CC;
13) Seja fixado índice de correção monetária em fase de liquidação, aplicando-se o índice mais favorável a
obreira, com observância dos desdobramentos do princípio da proteção, devendo ser aplicada a norma mais
favorável a reclamante, correspondente à época do efetivo pagamento, com aplicação do artigo 883 da CLT e
artigo 404 do CPC.
15) Protesta para que sejam compensados todos os valores já recebidos aos mesmos títulos, desde que
comprovados nos autos.
16) Requer a apuração dos valores em regular liquidação de sentença, observando os termos do art.789 da
CLT, aplicando-se juros e correção nos termos da lei, não configurando limitação de valores aqueles lançados na
exordial. É certo que os valores estimados em alguns pedidos, bem como a alçada para eventuais recursos não
representa limitação aos pedidos veiculados na presente, o reclamante seguir o que determina o §1º do artigo
840 da CLT, quando determina que a parte deve indicar o valor dos pedidos.
Atribui-se à causa o valor de R$ 130.007,37 (cento e trinta mil, sete reais e trinta e
sete centavos).
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Nestes termos, pede deferimento.
p.p.
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