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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DA

COMARCA DE MONTE ALTO - SP

PROCESSO Nº 1003510-06.2019.8.26.0368

LIDINEI TEREZINHA AUGUSTO, já qualificado nos autos supra, vem respeitosamente


à presença de Vossa Excelência, por meio de seu defensor que ao final subscreve, apresentar
suas CONTRARRAZÕES DE RECURSO, para os devidos efeitos.

Por fim, requer que as publicações sejam efetuadas exclusivamente em nome de


RAFAEL MIRANDA BIANCHI, OAB/SP 333.513, para que fique constando das publicações de
intimação dos atos e termos do presente feito, sob pena da caracterização de nulidade.

Termos em que,
Pede deferimento.

Monte Alto, 09 de dezembro de 2020.

RAFAEL MIRANDA BIANCHI


OAB/SP 333.513
EGRÉGIA TURMA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – SP

RECORRENTE: Paulista Servicos de Recebimentos e Pagamentos Ltda


RECORRIDO: Lidinei Terezinha Augusto TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA – PESSOA
IDOSA

AUTOS Nº: 1003510-06.2019.8.26.0368


ORIGEM: Primeira Vara Cível da Comarca de Monte Alto - SP

CONTRARRAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO

COLENDA TURMA

EMÉRITOS JULGADORES

LIDINEI TEREZINHA AUGUSTO, ora recorrido, vem através deste, apresentar às Contrarrazões
de Recurso de Apelação, para que a R. Decisão do juízo “a quo” seja mantida com seus
fundamentos, pois não é passível de reforma, a não ser nos termos da apelação interposta,
outrora, pela ora recorrida.

Pelos fatos e fundamentos que passa expor:

DOS FATOS

O autor ingressou com ação de declaração de inexistência de débito cumulado com


pedido de danos morais, tendo em vista que fora surpreendido com descontos que
desconhecia, fruto de um contrato que também desconhecia.

Feita a perícia técnica no contrato, verificou-se que a assinatura ali lançada era falsa.

Em síntese, são os fatos.


Ao final do procedimento fora prolatada a sentença que considerou o recorrente
culpado, condenada ao pagamento do montante de R$3.000,00 (três mil reais) a título de
danos morais, além de declarar inexistente o débito negativado em desfavor do recorrido.

Inconformado com a referida decisão, o recorrente interpôs o presente recurso.

Em que pese o indiscutível saber jurídico do Ilustre Defensor, a respeitável sentença


prolatada não merece reforma, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

Introdutoriamente cumpre arguir sobre a malograda tentativa do apelante em


desvirtuar a realidade dos fatos, por meio de falácias descompassadas, com o fito de
descaracterizar direito nítido e ululante da apelada.

As provas dos autos desmantelam o alegado pelo recorrente.

O recorrente em momento algum, provou que o recorrido realmente solicitou ou


assinou o contrato.

Ora, Vossas Excelências, o apelante tenta de toda forma se esquivar da nítida desídia
com o consumidor.

Ademais, sem querer nos estendermos, o fato ficou cristalinamente comprovado, a


assinatura lançada no contrato é falsa e, obviamente, a pessoa prejudicada (recorrida) faz jus à
indenização por danos morais,

Nessa esteira de raciocínio e visando o interesse do recorrido, reitera-se no todo, os


termos da inicial, com a manutenção da r. sentença prolatada, a não ser que a sentença seja
reformada nos dizeres do recurso, outrora interposto, pela ora recorrida.
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Ressalta-se que alegações indevidas, infrutíferas e sem nenhum respaldo jurídico ou


embasada por documentação hábil comprobatória, apenas tratando-se de alegações vãs,
aleatoriamente formuladas com intuito de macular a ilibada honra da parte que pleiteia
judicialmente apenas a percepção daquilo que lhe é de direito, configura a denominada
litigância de má-fé.

ESTAMOS OBVIAMENTE DIANTE DE MAIS UMA PEÇA GENÉRICA OFERECIDA PELOS


ESCRITÓRIOS DE MASSA, COM TESES E TEXTOS VAGOS.

Ora, Vossas Excelências, permitir recursos nesses termos é zombar e fazer chacota
com à Justiça!

Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como
autor, réu ou interveniente.

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato


incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do
processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Quase que a parte apelante consegue se enquadrar em todas as possibilidades da
litigância de má-fé.
Todavia, aquele que utiliza de maneira vil e fraudulentas atos judiciais, afrontando
diretamente os direitos de todos os cidadãos, merecem ser severamente punidos e coibidos a
fim de que não reincidam na prática contumaz e reiterada dos ilícitos.

No plano das relações em juízo, o comportamento ético é condição primeira


estabelecida pelo art. 77 do Código de Processo Civil.

EVIDENTE QUE O DEVER DE LEALDADE E O DE CONDUZIR COM BOA-FÉ O PROCESSO


É EXIGIDO NÃO SÓ DAS PARTES EM JUÍZO, MAS, TAMBÉM, DOS SEUS PROCURADORES.

Como forma de coibir as corriqueiras práticas caracterizadoras da má-fé das partes


do processo, a lei especificamente o artigo 81 do CPC, estabeleceu penalidades para seus
infratores, senão vejamos:

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé


a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por
cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos
prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com
todas as despesas que efetuou.

§ 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará


cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou
solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá


ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.

§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível
mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos
próprios autos.
DOS PEDIDOS

Como resta comprovado, o MM. Juiz a quo prolatou decisão com tamanha precisão e
justiça, que qualquer tentativa de alterá-la reduz-se ao campo da mera, infundada e descabida
aventura jurídica, não havendo, assim, que se falar na reforma pretendida e postulada.

Diante do exposto requer que seja negado o provimento ao recurso interposto pelo
recorrente, condenando-lhe ao pagamento dos honorários sucumbenciais que deverão ser
fixados ao máximo.

Por fim, requer a condenação da parte recorrente ao pagamento da multa


correspondente à litigância de má-fé, diante dos fatos supramencionados, conforme
estipulado no art. 81, do Código de Processo Civil.

Termos em que pede e espera deferimento.


Monte Alto, 09 de dezembro de 2020.

RAFAEL MIRANDA BIANCHI


OAB/SP 333.513

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