Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. DA SÍNTESE DA INICIAL
2.1. Da Litispendência
O Código de Processo Civil no artigo 337, traz hipóteses que incumbe ao réu
alegar, dentre elas a Litispendência no inciso IV. No art. 485, V, o juiz não resolve o
mérito, quando reconhece a existência de litispendência.
Com efeito, o art. 4º, caput e seu §1º, da Lei n º 1060/50 dispõem que o
juridicamente necessitado é aquele que não está em condições de pagar custas do
processo e os honorários de advogado sem prejuízo próprio ou da família,
presumindo-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar tal condição, mediante
simples afirmação na própria petição inicial.
O Autor recebe o salário muito maior que o valor de 3.002,99; mesmo com os
descontos de empréstimos, ainda assim, excede o limite de 40% do teto da
previdência; portanto não faz jus a Justiça Gratuita.
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais
do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício,
o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos,
àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.
3. DO MÉRITO
Sustenta em sua Petição Inicial que a motocicleta deve ser reintegrada à sua
posse, dando a entender que a motocicleta está na posse do réu, na tentativa de induzir
o magistrado no deferimento da Liminar, argumenta:
A liminar tem o caráter de urgência para garantir o direito que tem perigo de ser
perdido. O autor deveria dizer que poderia perder a posse do veículo e explicar o real
motivo, que neste caso seria a sentença, explicar que a moto sempre esteve em sua
posse, nunca esteve na posse do réu, porém altera a verdade dos fatos, informando
que a moto está na posse do réu, quando não está; dando a entender que busca a
reintegração da posse da motocicleta através de Liminar, pois sabia da existência da
sentença proferida contra ele, e que em nenhum momento informou V.Exa.
Uma concessão de Liminar para restituir a posse de veículo que está sendo
restituído por decisão de outra Vara, no mínimo causa insegurança jurídica!
Atenta contra a boa-fé processual, Princípio da primazia da decisão de mérito,
Princípios do direito processual, Princípio da eficiência e Princípio da
Efetividade
Por que o autor omitiu a sentença proferida na 16° Vara? Por que o autor omitiu
a discussão que ocorreu na 16° Vara? Porque o autor falou que não estava na posse
do veiculo para fundamentar uma Liminar, quando a motocicleta ainda não tinha
saído da sua posse? Desta forma, responde por perdas e danos aquele que litigar de
má-fé, conforme artigo 79 no CPC, sendo devido os honorários advocatícios.
Complementado vem o artigo 81 do CPC:
Quando provada a má-fé o juiz condenará o litigante a pagar multa que varia
entre um e dez por cento do valor corrigido da causa, neste caso é de R$ 11.000 (onze
mil), quando o valor da causa for irrisório, a multa poderá ser fixada em 10 salários
mínimos.
A alegação do autor de que o Sr. Douglas não repassou o valor depositado pelo
réu não desfaz a compra e venda realizada, foi o próprio vendedor, ora autor quem
aceitou o pagamento na conta do Sr. Douglas, tanto que o autor assinou o DUT em
cartório, documento que dá quitação do pagamento.
Cabe evidenciar, a esse juízo, que não merece prosperar a ação anulatória de
negócio jurídico, pois como consta em boletim de ocorrência feito pelo réu, a venda
só foi possível porque o autor se identificou como primo do Sr. Douglas; pois no
momento que este chegou no cartório do João Paulo pergunta “você é o primo do
rapaz?” e este confirma cumprimentando-o, motivo pelo qual realizou o negócio
jurídico.
Se o autor foi vítima de um golpe, ou possui qualquer relação jurídica com o Sr.
Douglas na qual entenda que possui algo a reclamar, deveria ajuizar ação contra o Sr.
Douglas, mas jamais poderia por sua mera escolha desfazer a compra e venda com o
Autor que já era negócio jurídico perfeito.
5. DA CONCLUSÃO
Ante o exposto vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência requerer:
a) O recebimento da presente contestação em todos os seus pedidos,
concedendo o benefício da Gratuidade da Justiça, pelo fato de não possuir
condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
Urbanilton Gomes de Sá
OAB/MA 26.027