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EXCELENETÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL

DA COMARCA DE CIDADE/UF

AUTOR, brasileiro, solteiro, profissã o, portador da carteira de identidade ....,


inscrito no CPF de n. ...., endereço eletrô nico ......, residente e domiciliado na RUA...,
nº, Rio de Janeiro, CEP: ...., , por sua advogada infra-assinada, instrumento de
mandato anexo, vem à presença de V. Exa., propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E
MORAIS
em face de em face de EMPRESA DE TELEFONIA, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ ........, endereço eletrô nico..........., com sede a Rua ....................,
n......, Bairro, Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I- DOS FATOS
A autora mantém relaçã o de consumo com a empresa ré através do có digo de
nºxxxxxx, a mesma possui o serviço denominado x combo, telefone, tv e internet,
ocorre que no dia xxxxxx todos os serviços pararam de funcionar. Diante de tal
situaçã o a autora entrou em contato imediatamente com a central de atendimento,
conforme protocolos de nº xxxxx.
No dia xxxxxx a autora recebeu a primeira visita dos técnicos, que retornaram no
mesmo dia, e no dia seguinte xxxxxx, descrevendo a ausência de sinal na rede
externa. No dia xxxxxx descrevem “cabeamento refeito”
No dia xxxxx a autora recebeu novamente a visita do técnico que nã o conseguiu
resolver o problema. E alegou que se tratava de problema na rede externa. E
anotou no registro “ SEM SINAL ”
No dia xxxxx a autora recebe nova visita, o problema na rede externa persistia e
nada foi resolvido. A autora continuava sem a prestaçã o dos serviços contratados.
Ocorre que para sua surpresa a fatura com vencimento no dia xxxx chegou com a
cobrança no valor de R$ xxxxx (xxxxxxxxxx), como se tudo estivesse perfeitamente
funcionando. A autora reclamou, mas nada foi feito, acabou tendo que efetuar o
pagamento temendo que se nã o pagasse nã o resolveriam o problema. Porém o
defeito persiste até a presente data. Apesar de todas as faturas estarem em dia.
Tentados todos os meios de resolver a lide amigavelmente, nã o sendo possível
encontrar uma soluçã o, o que justifica a propositura da presente açã o com o fito de
ser ressarcido materialmente e moralmente, todos os prejuízos sofridos.
II – DO DIREITO
O Có digo Civil respalda o pleito da autora:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

É possível verificar, que houve uma violaçã o ao direito da autora e


consequentemente um dano, no primeiro momento, material, e em seguida na
esfera moral, em razã o dos transtornos sofridos.
O Có digo de Defesa do Consumidor também consagra em seu art. 14 - "caput', que:
O fornecedor de serviço responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.

1. DO DANO MATERIAL
A autora viu-se prejudicada materialmente na medida em que foi obrigada a pagar
por um serviço que nã o é prestado.
O Có digo de Defesa do Consumidor assim dispõ e:

Art. 42. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia


indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao
dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e
juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

Sendo assim, tendo em vista que a autora efetuou o pagamento até o presente
momento do valor de XXXXX, referente à s faturas dos meses XXXXX, mesmo sem
ter a contraprestaçã o da ré, tal pagamento foi indevido, razã o pela qual faz jus à
repetiçã o do indébito.

2. DO DANO MORAL
Prevê o art. 5º, X da CF/88:
Art. 5º X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

A falha na prestaçã o do service pela ré gerou transtornos que ultrapassaram o


mero aborrecimento e sã o aptos a acarretar lesã o de ordem moral, na medida em
que a autora nã o pô de usufruir do serviço da forma como contratado e, apesar de
diversos contatos junto à empresa ré, nã o obteve soluçã o administrativa para seu
problema, sendo obrigada a recorrer ao Judiciá rio.
Por definiçã o, danos morais sã o lesõ es sofridas pelas pessoas físicas ou jurídicas,
em certos aspectos de sua personalidade, caracterizados, no entanto, sempre por
via de reflexos produzidos, por açã o ou omissã o de outrem.
Sã o aqueles danos que atingem a moralidade e a personalidade da pessoa,
causando-lhe constrangimentos, vexames, dores, enfim, sentimentos e sensaçõ es
negativas.
A teor do que dispõ e os incisos V e X, do artigo 5º, da Constituiçã o Federal de
1.988, nã o resta nenhuma dú vida quanto à garantia constitucional assegurada aos
cidadã os relativamente à indenizabilidade do dano puramente moral.
Os danos sofridos pela autora sã o in re ipsa.
Na fixaçã o da reparaçã o por dano extrapatrimonial, incumbe ao julgador,
atentando, sobretudo, para as condiçõ es do ofensor, do ofendido e do bem jurídico
lesado, e aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, arbitrar quantum
que se preste à suficiente recomposiçã o dos prejuízos, nã o devendo ser inferior a
XXXXX, conforme decisõ es similares do TJ/UF:
******JURISPRUDÊNCIA DO SEU ESTADO QUE CONFIRME OS DANOS
MORAIS EM CASOS SIMILARES E O QUANTUM **********

III- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA


Imperiosa a necessidade da inversã o do ô nus probante em favor da parte autora,
tendo em vista a verossimilhança das alegaçõ es prestadas e a sua hipossuficiência,
nos termos do inciso VIII, do artigo 6º do CDC.
IV - DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer a V. Exa.:
a) a CITAÇÃO da ré, na forma do art. 19, da Lei nº 9.099/95, para, sob pena de
revelia, a fim de responder à proposta de conciliaçã o ou apresentar defesa;
b) seja julgado procedente o pedido de condenaçã o ao pagamento do DANO
MATERIAL sofrido de R$ xx,xx (xxxxxx) bem como das faturas vincendas
até a sentença, devoluçã o está que deverá ser em dobro, uma vez que o
service ainda nã o foi reestabelecido;
c) a condenaçã o por DANOS MORAIS no montante de R$ XXXX, ou em valor a
ser arbitrato por V. Exa.;
d) seja determinada a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA com fundamento no
art. 6º, inciso VIII do Có digo de Defesa do Consumidor;
e) seja a ré condenada a pagar as despesas, custas processuais e honorá rios
advocatícios na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa no
caso de recurso, tudo devidamente atualizado até a data do efetivo
pagamento;
Requer a produçã o de todos os meios de prova em direito admitidas em especial a
documental suplementar, bem como depoimento pessoal do réu.

Dá -se a causa o valor de R$XXXXX

Pede Deferimento.
CIDADE, DATA
ADVOGADO
OAB/UF

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