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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL

DA COMARCA DE MANDAGUARI – ESTADO DO PARANÁ.

JUSTIÇA GRATUITA

................................, brasileiro, solteiro, autônomo, portador do CPF


.................... e do RG ..........., residente e domiciliado na Rua..................., sem
endereço de e-mail, vem à presença de Vossa Excelência, por meio de sua
procuradora judicial dr....................., brasileira, casada, advogada sob o registro
OAB/PR ....... com escritório profissional na Rua , CEP , e-mail: , instrumento de
representação em anexo, propor:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face de:

................, brasileiro, solteiro, operário de máquinas, portador do CPF ................


e do RG .................., residente e domiciliado na ..., sem endereço de e-mail,
pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos.

I- DOS FATOS

O autor estava em busca de adquirir um veículo quando


deparou-se com um anúncio na internet que ofertava uma motocicleta da marca
Honda modelo XRE 300, ano 2017. O anúncio dizia ainda que o veículo era
novo e que havia tido uma única dona.

Empolgado com a oferta o autor entrou em contato através de


aplicativo de mensagens (WhatsApp) com a Larissa Domingos (anunciante),
que logo em seguida informou que a negociação seria feita por um rapaz
chamado Ricardo, este por sua vez informou que o veículo seria vendido pelo
valor de R$ 11.000,00 e que encontrava-se em nome da Ré (Adenilce Dal Colli).

Sendo o Ricardo apenas um intermediador da venda, informou


ao autor que a Ré iria até o cartório portando o recibo do veículo em branco
para que o autor pudesse avaliá-lo e dizer se teria mesmo interesse na compra.

Ao chegar ao cartório a Ré informou que conhecia o Ricardo a


tempos e que este sempre realizava favores a ela, como fizera ao negociar o
veículo. Além disso o valor obtido na venda do veículo seria dado a ele
(Ricardo) como pagamento por um serviço que este havia realizado
anteriormente.

Após avaliar a motocicleta o autor informou a ré que havia


optado por efetivar a compra, posteriormente a ré informou ao autor que só iria
permitir a assinatura do recibo após pagamento do valor anteriormente
acordado (R$ 11.000,00).

Confiando na boa-fé da Ré, o autor realizou a transferência


para conta que Ricardo havia fornecido, qual seja: Conta: ..........................
todavia a transação não ocorreu como esperado e o valor fora estrondo.

Em nova tentativa, Ricardo passou uma segunda conta


bancária para a transferência, que seria: Banco: .......................... mas
novamente a transação falhou e o valor de R$ 11.000,00 retornou a conta do
Autor.

Ao comunicar Ricardo da nova falha, o mesmo forneceu uma


terceira conta bancária, cuja qual possui titularidade diversa das demais, qual
seja: Banco: ........................, porém nesta foi possível realizar a transferência
de apenas R$ 5.000,00.

Após efetuada a transação, a ré informou que deveria esperar


até que Ricardo confirmasse que de fato o valor havia sido debitado, com isso
a mesma pode remanchar a situação até que o tabelionato onde autor e ré
estavam encerraram seu expediente, a ré por sua vez informou ao autor que
levaria consigo o veículo, mas que no dia seguinte retornaria ao mesmo
tabelionato para realizar a transferência, bem como receber o restante do valor
(R$ 6.000,00), novamente confiando na boa-fé da ré o autor não apresentou
objeção e retornou a sua residência. No dia seguinte contactou a ré para
cumprir com o combinado no dia anterior e dirigir-se ao estabelecimento
convencionado, mas esta informou que não iria concluir a venda do veículo,
haja vista que toda a negociação não passava de um golpe arquitetado pela
mesma e por Ricardo.

Sentindo-se totalmente lesado o autor prestou queixa policial


solicitando às autoridades as devidas investigações para o caso concreto, mas
recorre ao judiciário através da presente demanda visando o ressarcimento dos
valores pagos, bem como o pagamento de danos morais sofridos pelo autor.

II – DO DIREITO
III – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Requer o autor o benefício da justiça gratuita, nos termos da


Legislação Pátria, inclusive para efeito de possível recurso, tendo em vista ser
impossibilitada de arcar com as despesas processuais sem prejuízo próprio e de
sua família, conforme declaração de hipossuficiência em anexo.

Bem como, tal direito é assegurado pelo artigo 5º, inciso LXXIV
da Constituição Federal 1988, que assim dispõe:

[...]
“O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos”.

Também trata sobre o tema o artigo 98 do Novo CPC, que afirma


que basta a parte afirmar que não está em condições de pagar às custas do
processo, sem que haja prejuízo a si e sua família para que a mesma possa
gozar dos benefícios da assistência judiciária, vejamos:

“A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com


insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios têm direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei”.

Sendo assim, Excelência, requer que seja concedido o benefício


da justiça gratuita ao Autor, uma vez que esta não possui condições financeiras
de arcar com as custas do referido processo sem que seja comprometida parte
significativa de sua renda mensal, causando assim imenso prejuízo.

IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante o exposto, requer o autor:

a) a citação do réu, pelos Correios acompanhado de Aviso


de Recebimento (AR), para querendo comparecer à
audiência de conciliação, oportunidade em que deverá
oferecer resposta, oral ou escrita, e produzir provas, sob
pena de a ausência importar em revelia e na consideração
da verdade das alegações contidas na peça inaugural, bem
como, seja julgada a ação integralmente procedente;

b) Contestada ou não a presente ação, requer no mérito, a


procedência total dos pedidos;

c) A condenação do réu ao pagamento das custas e


despesas processuais, bem como, a condenação de
honorários advocatícios a ser fixado com base na tabela da
Ordem dos Advogados do Brasil;
d) ao final, seja julgada procedente a presente ação,
condenado o réu ao pagamento de do aluguel em atraso
monetariamente atualizado e acrescido de juros de mora,
pagamento do valor gasto para reparar os danos causados
ao imóvel, bem como pagamento do valor pago a empresa
de fornecimento de água;

e) protesta provar o alegado por todos os meios em direito


admitidos, especialmente o depoimento das partes, prova
testemunhal, pericial e documental que já instrui a presente
ação, tudo desde já requerido.

f) A concessão da Justiça Gratuita ao autor por não estar


em condições de arcar com as custas do processo, sem
prejudicar seu sustento e de sua família.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos


reais).

Nestes Termos,
Pede deferimento

Mandaguari, ___ de março de 2023

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