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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA

DE _____________________

Nome do cliente, brasileiro, aposentado, inscrito no CPF sob o número


000.000.000-00, residente e domiciliado na ______________________________,
número xx, nesta cidade, por meio de seu advogado infra-assinado, vem à presença
de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

em face do Banco _____, pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidade de
xXXXXX, Estado de XXXXXXXX, na _____________________________________,
nº XXX, inscrito no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-00, pelos seguintes fatos e
fundamentos:

DOS FATOS

O requerente, aposentado, compareceu em uma agência do Banco XXX para


solicitar um empréstimo consignado, em razão de necessidades pessoais.
Entretanto, ao realizar a operação, foi induzido a contratar um empréstimo sobre a
RMC, por meio do cartão de crédito, sem ter conhecimento do que realmente estava
contratando.

O requerente acreditava que estava contratando apenas um empréstimo


consignado, modalidade de crédito em que as parcelas são descontadas
diretamente da folha de pagamento do solicitante. Contudo, ao receber as faturas
de seu cartão de crédito, o requerente percebeu que havia sido incluído um
empréstimo sobre a RMC, com juros muito superiores ao consignado, e sem sua
devida autorização.

O requerente, após tomar conhecimento da situação, procurou o Banco XXX para


solucionar o problema, mas foi informado que teria que arcar com todas as
despesas e juros decorrentes da operação realizada, sendo que o requerente não
tinha conhecimento do que realmente estava contratando.
Dessa forma, o requerente sofreu prejuízos financeiros e danos morais em razão da
conduta do Banco XXX, que agiu de forma abusiva e desleal, induzindo o
requerente a contratar um empréstimo sobre a RMC, sem seu consentimento e
conhecimento prévio.

DO DIREITO

O Banco XXX, ao induzir o requerente a contratar um empréstimo sobre a RMC sem


sua devida autorização, violou o Código de Defesa do Consumidor e a boa-fé
objetiva, devendo ser responsabilizado pelos danos causados ao requerente.

A jurisprudência brasileira é pacífica no sentido de que a inclusão de serviços não


autorizados pelos consumidores, sem sua prévia e expressa autorização,
caracteriza-se como prática abusiva, sendo passível de reparação por danos
materiais e morais. Nesse sentido, cito o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de
São Paulo:

"INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - Empréstimo consignado -


Autor que solicitou apenas empréstimo consignado, porém teve inserido na fatura
do cartão de crédito empréstimo para RMC, sem sua autorização - Configuração de
prática abusiva - Reparação devida - Apelação do réu desprovida" (TJSP - Apelação
nº 0002897-12.2012.8.26.0482).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:

1. A condenação do Banco XXXX ao pagamento de indenização por danos


morais e materiais, a serem fixados em quantia não inferior a R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), em razão dos prejuízos sofridos pelo requerente em
virtude da conduta abusiva do réu.
2. A condenação do XXXX ao ressarcimento dos valores pagos pelo requerente
em razão do empréstimo sobre a RMC, bem como dos juros e encargos
cobrados indevidamente.
3. A condenação do Banco XXXX ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios, na forma da lei.

Dá-se à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,


especialmente pela juntada de documentos, depoimento pessoal das partes, oitiva
de testemunhas e realização de perícia, se necessário.

Requer, por fim, que seja concedido ao requerente os benefícios da justiça gratuita,
uma vez que não possui condições de arcar com as despesas processuais sem
prejuízo de seu sustento e de sua família.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

Advogado (nome e OAB)

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