Você está na página 1de 16

Índice

Introdução................................................................................................................................3

Objectivos gerais.....................................................................................................................3

Metodologias...........................................................................................................................3

Problematização......................................................................................................................3

Resumo....................................................................................................................................5

Distinção entre o Direito comunitário e direito de integração................................................7

INSTITUIÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA............................................................................7

A composição e as funções das instituições da União Europeia.............................................7

Parlamento Europeu................................................................................................................8

Conselho da União Europeia...................................................................................................8

Comissão Europeia................................................................................................................10

Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias..................................................................11

Tribunal de Contas Europeu..................................................................................................12

Banco Central Europeu.........................................................................................................12

Comité Económico e Social Europeu....................................................................................12

Comité das Regiões...............................................................................................................13

Banco Europeu de Investimento...........................................................................................13

Provedor de Justiça Europeu.................................................................................................14

As agências da União Europeia.............................................................................................15

Conclusão..............................................................................................................................16

1
Introdução

O tema proposto no presente trabalho esta vinculada a questão do direito comunitário


institucional. As organizações de Estados, para efectivar o seu desempenho, necessitam de
órgãos habilitados para prosseguir os objectivos constitutivos. No caso da União Europeia, a
doutrina utiliza usualmente a expressão instituições. Uma das características essenciais de
uma organização internacional é a existência de uma estrutura orgânica permanente e
independente, graças à qual adquire a necessária estabilidade e continuidade para alcançar os
seus objectivos.

Essas organizações de Estados estabelecem no seu acto constitutivo objectivos a atingir, o que
só se realizam através da actuação efectiva desses órgãos. Dentre estes, uns terão a seu cargo
as tarefas decisórias, executivas, de fiscalização e até judiciais e outros servirão de apoio
permanente e logístico.

Objectivos gerais

Conhecer as instituições ou órgãos que compõem a união Europeia.

Objectivos específicos

 Conceituar o direito comunitário;


 Distinguir o direito comunitário face ao direito de integração
 Explicar as funções de cada órgão ou instituição da EU.

Metodologias

Para a pesquisa do presente trabalho recorreu-se ao método bibliográfico e o uso da internet


ao nosso dispor.

Problematização

No que diz respeito ao direito comunitário institucional, praticamente se tem verificado vários
órgãos instituições que compõem a união europeia, pois dentre estes são independentes,
porem o problema que se levanta é seguinte: quais são as principais instituições responsáveis
pelas decisões?

2
Justificativa

O direito comunitário institucional,

Hipotese

3
Resumo

O Direito comunitário, é um direito constituído por normas que regulam as normas os estados
membros no âmbito da sua função, Cuja essas normas são criadas para reger os estados
membros. Portanto, os estados membros delegam alguns dos seus poderes de decisão em
instituições comuns que criaram de modo a assegurar que determinadas decisões sobre
assuntos do interesse de todos e que eles possam ser tomadas democraticamente anível
europeu, cujos as instituições são: Parlamento europeu, Conselho da união Europeia,
Comissão Europeia, Tribunal de Justiça, Tribunal de contas Europeu, comité económico e
social europeu, Comité das regiões, Banco Europeu de investimento, Banco central Europeu,
Provedor de justiça europeu, A autoridade Europeia para a protecção de dados. Assim sendo
as principais instituições de decisão são parlamento europeu que representa os cidadãos da UE
e é por estes directamente eleitos; o conselho da união europeia que representa os estados
membros e a comissão europeia, que representa os interesses na união no seu conjunto. Estes
estão na origem das políticas e da legislação que aplica em todas, mas são o parlamento e o
conselho que adoptam em seguida a comissão e os estados membros executam e vigiam o seu
cumprimento. Pois temos o tribunal de justiça que tem a ultima palavra em diferendos sobre a
legislação europeia, o tribunal de contas fiscaliza o funcionamento das actividades, o comité
económico e social representa os agentes económicos e sociais da sociedade civil organizada,
por sua vez o comité das regiões representa as autoridades regionais e locais, o Banco europeu
financia o investimento em projectos de desenvolvimento económico dentro e fora da EU; o
banco central Europeu responsabiliza-se pela politica monetária europeia, o provedor de
justiça investiga as queixas relativos a casos de ma administração por parte das instituições e
dos organismos e, a autoridade europeia para protecção de dados salvaguarda a privacidade
dos dados pessoais dos cidadãos. Há ainda agencias especializadas que assumem outras
missões técnicas cientificas ou de gestão. Os poderes e competências das instituições da UE,
as regras e procedimentos que devem seguir estão consagrados nos tratados em que se baseia
a UE, cujos esses tratados são aprovados pelos presidentes e primeiros-ministros de todos os
estados membros e ratificados depois pelos parlamentos nacionais.

4
DIREITO COMUNITÁRIO INSTITUCIONAL

Conforme Elisabeth Almeida, 1o Direito comunitário é um conjunto de normas jurídicas que


regulam e disciplinam a organização e o funcionamento das Comunidades Europeias e da
União Europeia.

Para Óscar Vieira 2


o direito comunitário é um sistema à parte, que tem fonte própria, e se
aplica sobre todo o território dos estados-membros, criando direitos e obrigações para Estados
e indivíduos. Portanto o autor Mota de Campos 3Direito Comunitário é, assim, o conjunto de
regras adoptado por comunidades integradas para regular as relações multilaterais entre os
Estados Membros, particulares e instituições criadas pelo sistema. Face aos posicionamentos
de vários autores ao definirem o direito comunitário, compreende-se o Direito Comunitário
sendo como, um conjunto de regras adoptado por comunidades integradas para regular as
relações multilaterais entre os Estados Membros, particulares e instituições criadas pelo
sistema. Desenvolvendo e concretizando um pouco mais o conceito, teremos que integram o
direito comunitário:

a) As regras jurídicas que regem e disciplinam as relações entre a União Europeia e as


Comunidades Europeias, por um lado, e os respectivos Estados membros, por outro;

b) As regras jurídicas que regem e disciplinam em variados domínios as relações entre


cidadãos, empresas, Estados membros, União Europeia e Comunidades Europeias com
particular incidência para as normas jurídicas que corporizam as políticas comunitárias;
c) As regras jurídicas que conformam, nos mais variados aspectos, a existência das
instituições da União Europeia e das Comunidades Europeias (forma de composição,
competências, modo de funcionamento, relacionamento interinstitucional;
d) As normas jurídicas que fixam a forma de recurso e tramitação ante as instâncias
jurisdicionais da União Europeia e das Comunidades Europeias.

Este vasto conjunto de normas jurídicas todas elas normas de direito comunitário reparte-se
entre aquelas cuja origem radica em acordos intergovernamentais estabelecidos entre os
Estados membros as normas que constam dos Tratados comunitários, o chamado direito
comunitário originário e os actos normativos que são produzidos pelas instituições
1
ALMEIDA, Elizabeth Accioly Pinto de. Mercosul & União Europeia – Estrutura Jurídico- Institucional.
Curitiba: Juruá Editora, 1996
2
VIEIRA, Óscar Vilhena. Direito global. São Paulo: Max Limonad, 1999.
3
Mota de Campos, Manual de Direito Comunitário, 4ª Ed. Lisboa, Ed.2004.
5
comunitárias, que para tanto foram habilitadas pelos Tratados o chamado direito comunitário
derivado.

Distinção entre o Direito comunitário e direito de integração

Conforme explica Benigno Nunes Novo4, O Direito da Integração tem como objecto principal
a integração de natureza eminentemente comercial e económica, visando ao incentivo do
comércio internacional de uma região, é um desdobramento do Direito Internacional Clássico.

O Direito Comunitário não se confunde com o Direito da Integração. Embora afins em alguns
aspectos, não são disciplinas idênticas, não são sinónimos, versam sobre objectos diversos,
tratam de conceitos próprios e abordam normas distintas. O Direito Comunitário é
considerado uma forma de Direito de Integração aperfeiçoado, evoluído. O Direito da
Integração tem como objecto principal a integração de natureza eminentemente comercial e
económica, visando ao incentivo do comércio internacional de uma região, é um
desdobramento do Direito Internacional Clássico.

INSTITUIÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA

A composição e as funções das instituições da União Europeia

A União Europeia tem por base um sistema institucional único no mundo. Os Estados-
Membros consentem, com efeito, delegações de soberania a favor de instituições
independentes que representam simultaneamente interesses comunitários, nacionais e dos
cidadãos. A Comissão defende tradicionalmente os interesses comunitários, cada governo
nacional está representado a nível do Conselho da União e o Parlamento Europeu é
directamente eleito pelos cidadãos da União. Direito e democracia constituem, assim, os
fundamentos da União Europeia. A esta "triângulo institucional" vêm juntar-se duas outras
instituições: o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias e o Tribunal de Contas
Europeu, bem como cinco órgãos. Por último, foram criadas treze agências especializadas
para desempenharem tarefas específicas de carácter essencialmente técnico, científico ou de
gestão.

Parlamento Europeu
4
Graduado em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba 1999 especialista em educação: Área de
Concentração: Ensino – Faculdade Piauiense 2005 mestras em Ciências da Educação – Universidade Autónoma
de Asunción 2009 e doutor em Direito Internacional
6
Com sede em Estrasburgo, e cuja as reuniões plenárias e das comissões são realizadas
também em Bruxelas e Luxemburgo o Parlamento Europeu é o órgão parlamentar das
Comunidades Europeias. É composto por 751 deputados, eleitos por sufrágio universal directo
pelos cidadãos dos 28 Estados membros por um período de cinco anos. Cada país dispõe de
um determinado número de representantes de acordo com a sua população. A Alemanha,
como o mais populoso país da UE, tem actualmente 96 deputados. O Parlamento exerce
funções de poder legislativo, orçamental e de controlo, mas não detém o poder de iniciativa na
legislação.

1. Partilha com o Conselho a função legislativa, ou seja, adopta a legislação europeia


(directivas, regulamentos, decisões). A sua participação contribui para garantir a legitimidade
democrática dos textos adoptados.

2. Partilha com o Conselho a função orçamental, ou seja, pode alterar as despesas


comunitárias. Em última instância, adopta o orçamento na sua integralidade.

3. Exerce um controlo democrático sobre a Comissão. Aprova a designação dos seus


membros e dispõe do direito de votar uma moção de censura. Exerce igualmente um controlo
político sobre o conjunto das instituições. Os locais de trabalho do Parlamento estão
repartidos entre a França, a Bélgica e o Luxemburgo. As sessões plenárias, que reúnem todos
os deputados, têm lugar em Estrasburgo, a sede do Parlamento. As comissões parlamentares e
as sessões plenárias suplementares realizam-se em Bruxelas, estando o Secretariado-Geral
instalado no Luxemburgo. O Parlamento é eleito por um período de 5 anos, sendo constituído
por 785 deputados dos 28 países da União Europeia, reunidos em grupos políticos
transnacionais que representam as grandes tendências políticas presentes nos Estados-
Membros da União.

Conselho da União Europeia

O Conselho assegura a representação dos Estados-Membros ao nível da União Europeia e


constitui a principal instância de decisão. Os representantes dos governos reunidos no
Conselho são politicamente responsáveis perante os respectivos parlamentos nacionais, bem
como perante os cidadãos que representam. O campo de intervenção do Conselho abrange os
três “pilares” da União Europeia (Comunidades Europeias, Política Externa e de Segurança
Comum e cooperação policial e judiciária em matéria penal), mas com procedimentos de
votação diferentes segundo os casos. Desde a entrada em vigor do Tratado de fusão dos
7
órgãos executivos, de 1965, existe um Conselho único para as três Comunidades Europeias
(CECA, EURATOM e CE). Em 1993, a instituição passou a designar-se “Conselho da União
Europeia”, a fim de reflectir os factos de que delibera tanto no domínio comunitário como no
quadro intergovernamental do segundo e do terceiro pilares instituídos pelo Tratado da União
Europeia. O Conselho constitui a principal instância de decisão da União Europeia. É a
expressão da vontade dos Estados-Membros, cujos representantes se reúnem regularmente a
nível ministerial. Em função das questões a analisar, o Conselho reúne-se em diferentes
formações: política externa, finanças, educação, telecomunicações, etc. O Conselho assume
várias funções essenciais:

1. É o órgão legislativo da União; em relação a um grande conjunto de competências


comunitárias, exerce este poder legislativo em co-decisão com o Parlamento Europeu.

2. Assegura a coordenação das políticas económicas gerais dos Estados-Membros.

3. Celebra, em nome da Comunidade, os acordos internacionais entre esta e um ou vários


Estados ou organizações internacionais.

4. Partilha a autoridade orçamental com o Parlamento.

5. Aprova as decisões necessárias à definição e à execução da política externa e de segurança


comum com base em orientações gerais definidas pelo Conselho Europeu.

6. Assegura a coordenação da acção dos Estados-Membros e adopta as medidas no domínio


da cooperação policial e judiciária em matéria penal.

O Conselho tem sede em Bruxelas, onde têm lugar as sessões ministeriais, excepto em Abril,
Junho e Outubro, meses em que as sessões se realizam no Luxemburgo. O Conselho é
composto por um representante de cada Estado-Membro a nível ministerial, com poderes para
vincular o seu governo. Embora formalmente exista um Conselho, este reúne-se em
formações diferentes em função dos assuntos agendados. Existem nove diferentes
configurações do Conselho, nomeadamente:

a) Assuntos Gerais e Relações Externas;


b) Assuntos Económicos e Financeiros (ECOFIN);
c) Justiça e Assuntos Internos (JAI);
d) Emprego, Política Social, Saúde e Protecção dos Consumidores;
e) Competitividade;
8
f) Transportes, Telecomunicações e Energia;
g) Agricultura e Pescas;
h) Ambiente;
i) Educação, Cultura e Juventude.

Cada ministro que participa num Conselho que tem competência para vincular o seu governo.
Assim, a assinatura do ministro obriga todo o seu governo. Além disso, cada ministro que
participa no Conselho é responsável perante o seu Parlamento nacional e perante os cidadãos
que esse Parlamento representa, assegurando-se desta forma a legitimidade democrática das
decisões do Conselho. A presidência do Conselho é exercida rotativamente por cada Estado-
Membro, por períodos de seis meses. Quatro vezes por ano, os presidentes e/ou os primeiros-
ministros dos Estados-Membros, bem como o Presidente da Comissão Europeia, reúnem-se
no âmbito do Conselho Europeu.

Comissão Europeia

A Comissão Europeia, sediada em Bruxelas, é um órgão político independente e


supranacional, que representa e defende os interesses da União Europeia em seu conjunto. A
Comissão da UE tem um direito de sugestão (direito de iniciativa) para todos os actos
legislativos da Comunidade e, como guardiã dos tratados, vela igualmente pela aplicação da
legislação europeia, tendo ainda poderes executivos, por exemplo, no âmbito do orçamento e
da legislação de cartel. Ela também representa os interesses comunitários para fora do bloco.
A Comissão é chefiada por um presidente. A Comissão Europeia encarna o interesse geral da
União Europeia e tem actuado como motor do processo de integração. Propõe orientações e
executa as acções decididas pelo Conselho e pelo Parlamento. A Comissão é politicamente
responsável perante o Parlamento Europeu, que tem o poder de a destituir mediante a
aprovação de uma moção de censura. A Comissão Europeia materializa e defende o interesse
geral da União. O presidente e os membros da Comissão são nomeados pelos Estados-
Membros após aprovação pelo Parlamento Europeu. A Comissão é o motor do sistema
institucional comunitário:

1. Graças ao direito de iniciativa legislativa, propõe os textos legislativos que são


apresentados ao Parlamento e ao Conselho.

2. Instância executiva, assegura a execução da legislação europeia (directivas, regulamentos,


decisões), do orçamento e dos programas adoptados pelo Parlamento e pelo Conselho.
9
3. Guardiã dos Tratados, zela pelo respeito do direito comunitário, juntamente com o Tribunal
de Justiça.

4. Representante da União a nível internacional, negocia acordos internacionais,


essencialmente em matéria comercial e de cooperação.

A Comissão tem um mandato de cinco anos, sendo renovada nos seis meses subsequentes às
eleições para o Parlamento Europeu. Este intervalo permite, em primeiro lugar, ao novo
Parlamento exprimir a sua confiança ao Presidente da Comissão designado pelos Estados-
Membros, antes de o mesmo constituir, em concertação com os governos dos Estados-
Membros, a sua futura equipa. Em seguida, o Parlamento pronuncia-se sobre a composição do
Colégio mediante um voto de aprovação, após o que a nova Comissão pode assumir
oficialmente as suas funções no mês de Janeiro seguinte.

Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias

O Tribunal de Justiça garante o respeito do direito na interpretação e aplicação dos Tratados.


Na sua qualidade de instituição jurisdicional da União, o Tribunal de Justiça evita que o
direito comunitário seja interpretado e aplicado por cada um à sua maneira. Permite assim que
a lei seja idêntica para todos, em quaisquer circunstâncias. O Tribunal de Justiça Europeu
garante o respeito e a interpretação uniforme do direito comunitário. É competente para
apreciar litígios em que podem ser partes os Estados-Membros, as instituições comunitárias,
as empresas e os particulares. Em 1989 foi-lhe associado o Tribunal de Primeira Instância. O
Tribunal de Justiça tem sede no Luxemburgo. Não foi estabelecida uma repartição por
nacionalidade, mas na prática o Tribunal é composto por um juiz por cada Estado-Membro,
para que os diferentes sistemas jurídicos nacionais estejam representados. O Tribunal é
assistido por 8 (oito) advogados gerais, aos quais cabe apresentar publicamente, com toda a
imparcialidade, conclusões fundamentadas sobre os processos submetidos ao Tribunal. Os
juízes e os advogados gerais são designados de comum acordo pelos Governos dos Estados-
Membros, por um período renovável de 6 anos, sendo parcialmente substituídos de três em
três anos. São escolhidos entre altos magistrados ou jurisconsultos de reconhecida
competência, que ofereçam todas as garantias de independência. Os membros do Tribunal de
Justiça e do Tribunal de Primeira Instância elegem entre si um presidente, por um período de
três anos.

10
Tribunal de Contas Europeu

O Tribunal de Contas foi instituído em 1977, por ocasião da revisão das disposições
orçamentais dos Tratados, tendo-se convertido em instituição de pleno direito com a entrada
em vigor do Tratado da União Europeia, em 1993. O Tribunal de Contas Europeu fiscaliza a
legalidade e a regularidade das receitas e despesas da União e garante a correcta gestão
financeira do orçamento comunitário. O Tribunal de Contas tem sede no Luxemburgo. É
composto por 15 membros nomeados, por um período renovável de 6 anos, pelo Conselho,
deliberando por unanimidade, após consulta do Parlamento Europeu. Os membros do
Tribunal de Contas são escolhidos entre personalidades que tenham pertencido, nos
respectivos países, a instituições de fiscalização externa ou que possuam uma qualificação
especial para essa função Cada. membro do Colégio deve oferecer todas as garantias de
competência e independência, e exercer as suas funções a tempo inteiro. Os membros
designam entre si um Presidente, por um período de três anos.

Banco Central Europeu

A criação da União Monetária na Europa deu origem a uma nova moeda, o Euro, e a um novo
banco central, o Banco Central Europeu (BCE). O BCE e os bancos centrais dos países que
adoptaram o euro constituem uma nova entidade designada “Eurosistema”. Enquanto houver
Estados-Membros da União Europeia que não tenham ainda adoptado o Euro, é necessário
distinguir entre o Eurosistema, que reúne 12 países, e o Sistema Europeu de Bancos Centrais
(SEBC), que inclui 15 países. Criado em 1 de Junho de 1998, o Banco Central Europeu
(BCE) sucedeu ao Instituto Monetário Europeu (IME), que tinha anteriormente
desempenhado um papel central na preparação do lançamento do euro, em 1 de Janeiro de
1999. O Banco Central Europeu define e executa a política monetária europeia ; dirige as
operações de câmbio e assegura o correcto funcionamento dos sistemas de pagamento.

Comité Económico e Social Europeu

O Comité Económico e Social Europeu representa, perante a Comissão, o Conselho e o


Parlamento Europeu, os pontos de vista e interesses da sociedade civil organizada. É
obrigatoriamente consultado sobre questões de política económica e social e pode, além disso,
emitir parecer sobre matérias que se lhe afigurem importantes. O Comité Económico e Social
Europeu tem sede em Bruxelas, onde se realiza a maior parte das reuniões e sessões plenárias.
11
São igualmente organizadas reuniões fora da sede. Os membros do Comité são propostos
pelos governos dos Estados-Membros e nomeados pelo Conselho da União Europeia por um
período renovável de 4 anos. O Comité é constituído por uma Assembleia Plenária, uma
Mesa, três Grupos, seis Secções e um Secretariado Geral. O Comité designa, entre os seus
membros, o seu Presidente e dois Vice-Presidentes por um período de dois anos. O Presidente
assume a representação externa do Comité.

Comité das Regiões

O Comité das Regiões (CR) é um órgão consultivo que assegura a representação dos poderes
locais e regionais na União Europeia. Previsto no Tratado da União Europeia, desempenha um
papel complementar no processo de tomada de decisão entre a Comissão, o Parlamento e o
Conselho. Permite que os representantes das entidades locais e regionais emitam pareceres
sobre as políticas da União Europeia. O Comité das Regiões zela pelo respeito da identidade e
das prerrogativas regionais e locais. É obrigatoriamente consultado nos domínios,
designadamente, da política regional, do ambiente e da educação. É composto por
representantes das autoridades regionais e locais. O Comité das Regiões tem sede em
Bruxelas.

Os membros do Comité, são nomeados, por um período renovável de 4 anos, pelo Conselho
da União Europeia, sob proposta dos Estados-Membros. O número de membros de cada país
da União Europeia reflecte, de forma aproximada, o respectivo número de habitantes.
Enquanto representantes eleitos dos municípios ou das regiões, os membros do Comité das
Regiões representam todo o espectro das actividades em matéria de política local e regional
na União Europeia. O Comité das Regiões designa, entre os seus membros, o Presidente, por
um período de 2 anos. O Presidente dirige as sessões plenárias e assume a representação
externa do Comité

Banco Europeu de Investimento

O Banco Europeu de Investimento (BEI) é a instituição financeira da União Europeia. Sendo


simultaneamente banco e órgão da União Europeia, contribui para a realização dos objectivos
da União através do financiamento de projectos destinados a promover a integração europeia,
o desenvolvimento equilibrado e a coesão económica e social, bem como o desenvolvimento
de uma economia baseada no conhecimento e na inovação. O BEI é financiado pela emissão

12
de empréstimos nos mercados de capitais. Ao contrário dos bancos clássicos, não dispõe de
recursos comerciais provenientes de depósitos de poupança ou de contas correntes. Ocupa
hoje o primeiro lugar, a nível mundial, entre os emitentes não soberanos, beneficiando nos
mercados de capitais da melhor notação de crédito. Esta notação permite-lhe mobilizar, em
condições muito competitivas, os grandes volumes financeiros necessários para o apoio aos
investimentos. O Banco Europeu de Investimento (BEI) é a instituição financeira da União
Europeia. Financia projectos de investimento que contribuam para o desenvolvimento
equilibrado da União. O Banco Europeu de Investimento tem sede no Luxemburgo, para onde
atrai pessoal qualificado e multicultural, proveniente de todos os Estados-Membros da União
Europeia. Os accionistas do BEI são os Estados-Membros da União Europeia que subscrevem
conjuntamente o capital do Banco, de acordo com uma chave de repartição que reflecte o
respectivo peso económico na União. O BEI é administrado por um Conselho de
Governadores, um Conselho de Administração, um Comité Executivo e um Comité de
Fiscalização.

Provedor de Justiça Europeu

O cargo de Provedor de Justiça Europeu foi instituído pelo Tratado da União Europeia em
1992. O Provedor de Justiça actua como mediador entre os cidadãos e a administração da UE.
Tem competências para receber e investigar queixas apresentadas por qualquer cidadão,
empresa ou instituição da UE, ou qualquer pessoa singular ou colectiva que resida ou tenha a
sua sede estatutária num país da UE. O Provedor de Justiça é eleito pelo Parlamento Europeu
por um período renovável de cinco anos, que corresponde à legislatura do Parlamento e é
assistido por um Secretariado, de que nomeia o principal responsável. O Provedor de Justiça
exerce as suas funções com total independência e imparcialidade. No desempenho das suas
funções, não solicita nem aceita instruções de nenhum governo ou organismo. Além do mais,
enquanto durarem as suas funções, não pode exercer qualquer outra actividade profissional,
remunerada ou não. As funções do Provedor de Justiça cessam no final do mandato ou por
demissão voluntária ou automática. Em caso de cessação antecipada de funções, o seu
sucessor é nomeado no prazo de três meses a contar do início da vacatura e para o período
remanescente da legislatura. O Tribunal de Justiça pode, a pedido do Parlamento Europeu,
demitir o Provedor de Justiça se este deixar de preencher os requisitos necessários ao
exercício das suas funções ou se cometer falta grave.

13
As agências da União Europeia

As actividades das agências da EU As agências são organismos públicos criados ao abrigo da


legislação europeia, independentes das instituições comunitárias (Conselho, Parlamento,
Comissão, etc.) e com personalidade jurídica própria. São criadas por acto comunitário de
direito derivado e têm por objectivo a realização de tarefas de natureza técnica, científica ou
de gestão, consoante o especificado nos respectivos actos de criação. Actualmente, há quinze
organismos que se inserem na categoria de agência comunitária, muito embora os termos
utilizados para designar estes organismos (Centro, Fundação, Agência, Instituto,
Observatório) sejam diversificados e se prestem a criar alguma confusão, tanto mais que se
usam os mesmos termos para outras organizações que não se inserem nesta definição de
agências.

Cada uma das agências funciona sob a autoridade de um Conselho de Administração, Gestão
que estabelece as directrizes gerais e adopta os programas de trabalho da agência, consoante a
sua missão de base, os recursos disponíveis e as prioridades políticas. O Director Executivo,
nomeado pelo conselho supramencionado ou pelo Conselho de Ministros, é responsável por
todas as actividades da agência e pela correcta realização dos programas de trabalho.
Normalmente, as agências funcionam graças a uma ou mais redes de parceiros localizadas em
todo o território da União. Acresce que todas possuem características organizacionais
comuns:

• Um Conselho de Administração, um Director Executivo, uma Comissão Técnica ou


Científica. A maior parte das agências é financiada por um subsídio comunitário reservado
para o efeito no orçamento geral da União Europeia. No entanto, quatro das agências são
parcial ou totalmente autofinanciadas, a saber, a Agência Europeia de Avaliação dos
Medicamentos, o Instituto de Harmonização do Mercado Interno, o Instituto Comunitário das
Variedades Vegetais, que podem cobrar os seus serviços, e o Centro de Tradução dos Órgãos
da União, que recebe contribuições financeiras dos clientes (especialmente as outras
agências).

Conclusão

14
Chegando ao final do presente trabalho conclui-se que o Direito Comunitário é um conjunto
de regras adoptado por comunidades integradas para regular as relações multilaterais entre os
Estados Membros, particulares e instituições criadas pelo sistema. A UE é uma organização
composta pelo conjunto de países europeus democráticos que trabalham em conjunto para
melhorar a vida dos seus cidadãos e construir um mundo melhor, pois para Congregar
soberanias na prática, os Estados-Membros delegam alguns dos seus poderes de decisão em
instituições comuns que criaram, de modo a assegurar que determinadas decisões sobre
assuntos do interesse de todos eles possam ser tomadas democraticamente a nível europeu.

Dentre as instituições, destaca-se as seguintes instituições, com poderes de decisão: o


Parlamento Europeu, o Conselho da União Europeia e a Comissão Europeia; O Tribunal de
Justiça é a instituição que tem a última palavra em diferendos sobre a legislação europeia.

O Tribunal de Contas fiscaliza o financiamento das actividades da União. Existem diversos


outros organismos que desempenham papéis fundamentais no funcionamento da UE: o
Comité Económico e Social Europeu, que representa os agentes económicos e sociais da
sociedade civil organizada, como sejam os empregadores e os trabalhadores, os sindicatos e as
organizações de consumidores; o Comité das Regiões, representa as autoridades regionais e
locais; o Banco Europeu de Investimento, que financia o investimento em projectos de
desenvolvimento económico dentro e fora da UE e ajuda as pequenas empresas através do
Fundo Europeu de Investimento; o Banco Central Europeu, que é responsável pela política
monetária europeia; o provedor de Justiça Europeu, que investiga as queixas relativas a casos
de má administração por parte das instituições e dos organismos da UE; a Autoridade
Europeia para a Protecção de Dados, que salvaguarda a privacidade dos dados pessoais dos
cidadãos. Há ainda agências especializadas, que assumem certas missões técnicas, científicas
ou de gestão.

Os poderes e competências das instituições da UE, bem como as regras e os procedimentos


que devem seguir, estão consagrados nos tratados em que se baseia a União Europeia. Os
tratados são aprovados pelos presidentes e primeiros-ministros de todos os Estados-Membros
e ratificados depois pelos parlamentos nacionais.

15
Referências bibliográficas

ALMEIDA, Elisabeth Accioly Pinto de. Mercosul & União Europeia Estrutura Jurídico
Institucional, Curitiba: Juruá Editora, Lisboa, 1996.

VIEIRA, Óscar Vilhena. Direito global. São Paulo: Max Limonad, 1999

CAMPOS, Mota de, Manual de Direito Comunitário, 4ª Ed. Lisboa, ed. Calouste
Gulbenkian/2004.

NOVO, Benigno Nunes (2011); Direito comunitário;

Tratado sobre o funcionamento da união europeia (versão consolidada). Disponível:


Https://eur-lex.europa.eu/resource.html?uri=cellar:9e8d52e1-2c70-
11e6b49701aa75ed71a1.0019.01/ DOC-3&format= PDF. Acesso no dia 09.09.2022 pelas
15:39h.

16

Você também pode gostar