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Licenciatura de Direito
2º Ano
Direito Comunitário
Leonora Filipe
Código: 11220411
2º Ano
Direito Comunitário
Leonora Filipe
Código: 11220411
1. Introdução....................................................................................................................................... 1
3. Conclusão ........................................................................................................................................ 4
No presente trabalho de pesquisa, abordarei assuntos relacionados com a teoria geral do Direito
Comunitário. O Direito Comunitário surge entre nós como um direito novo, homogêneo e, não se trata
de direito internacional nem de direito interno, mas um de terceiro gênero, o qual englobaria as
normas jurídicas contidas nos tratados relativos à integração, protocolos, dentre outras normas de
direito próprias dos organismos comunitários, respeitando o limite de suas atribuições normativas.
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2. Referencial teórico
2.1. Direito Comunitário
O Direito Comunitário constitui um novo sistema jurídico, diferente de outros existentes até hoje, que
se desenvolveu com o surgimento dos tratados fundamentais da União Européia, e cuja aplicabilidade
é resultado de longa construção jurisprudencial do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.
Não se confunde ele nem com o direito interno dos Estados, pois suas normas são editadas por órgãos
comunitários e têm aplicabilidade imediata na ordem jurídica interna de cada país, nem com o Direito
Internacional Público, pois a aplicação de suas normas se rege por princípios próprios.
Forte (apud KERBER, 2001) define Direito Comunitário como sendo: o conjunto de normas vinculantes
para as instituições comunitárias e para os Estados-membros, sancionadas principalmente pelos
Tratados, e, de outro, como o conjunto de normas contidas em alguns atos qualificados das
instituições comunitárias.
Como objeto, o Direito Comunitário lida com um conjunto de normas supranacionais, ou seja, um
sistema de regras comuns aos Estados-membros da associação, as quais emanam de fontes próprias
que não se confundem com aquelas que produzem o Direito Interno ou Internacional, como os
parlamentos e os governos locais. isto é, os tratados de integração (por exemplo, o de Maastrich, na
Europa, e mesmo o de Assunção, na América do Sul, embora ainda em fase de consolidação de suas
instituições), verdadeiras cartas constitucionais (tratados-quadro), bem como resoluções e diretrizes
partidas dos órgãos comunitários, que não-vinculam apenas os Estados, mas também as pessoas
jurídicas públicas e privadas, bem como os particulares.
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2.4. Direito da Integração e Direito Comunitário (ou Direito da União)
Cada bloco regional está ou pretende alcançar um determinado nível de integração. Para tanto, criou-
se a regra ZUMUU. Todavia, é necessário antes advertir que a regra ZUMUU têm fins unicamente
didáticos, tem caráter abstrato, pois alguns blocos, adotam o princípio da gradualidade (fase após
fase), outros já não. Regra ZUMUU – as 5 fases do processo de integração são: Zona de livre comércio,
União aduaneira, Mercado comum, União econômica e monetária e União política.
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3. Conclusão
A história costuma determinar rumos aos povos, por suas experiências exitosas ou catastróficas de
sobrevivência ou de expansão. Não foi diferente o que aconteceu na Europa, após o final da Segunda
Grande Guerra Mundial, onde a destruição absurda trouxe aos Estados a necessidade de busca de
alternativas para a sobrevivência conjunta, o desenvolvimento produtivo e a salvaguarda de suas
identidades.
A cooperação mostrou-se um método seguro e eficaz, sendo que o Direito acompanhou esta
trajetória, ensejando o nascimento de um denominado Direito Comunitário, constituído de normas
criadas pelos próprios Estados em um modelo autônomo que não prejudica as suas soberanias
particulares. A supranacionalidade nasce, pois, como um elemento agregador dos Estados, fora dos
Estados, mas que atua diretamente nos entes públicos e sobre seus particulares, de forma autônoma
e com primazia sobre os ordenamentos jurídicos internos, inclusive constitucionais.
Houve a criação de uma estrutura paralela aos Estados para o funcionamento e desenvolvimento
desta supranacionalidade, com competências legislativas, executivas e jurisdicionais autônomas,
independentes, exclusivas, imperativas.
Não é o que dispomos no Mercosul até o presente instante, talvez por que nossa história não nos
tenha imposto uma necessidade de sobrevivência e cooperação tão incisiva quanto àquela aplicada á
Europa. No Sul das Américas, a intergovernabilidade é o método vigente, em um processo de
integração destinado ao aperfeiçoamento e a tentativa de otimização de ganhos comerciais e
produtivos, através de intercâmbios de bens, serviços e pessoas. Não há um propósito de unificação,
proteção ou manutenção. Há um proposto de estímulo comercial e produtivo, e, para isto, a
sistemática intergovernamental é plenamente satisfatória, não deixando espaços para a
supranacionalidade propriamente dita.
Mas, para atingir-se este grau de reconhecimento de métodos, é imperioso que se tenha a perfeita
delimitação daquilo que a Europa inovou juridicamente, inclusive para aferir-se sua conveniência de
incorporação futura aos demais sistemas, inclusive o Mercosul no, e, neste aspecto, o presente estudo
logrou atingir seu propósito final
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4. Referencias bibliográficas
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SOARES, Mário Lúcio Quintão. Direitos Humanos, Globalização e Soberania. Belo Horizonte: Inédita,
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