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RESUMO
1
Acadêmico de Direito do Centro Universitário de Araras, Dr. Edmundo Ulson – UNAR, 2º semestre,
2019. E-mail: gui000vili@hotmail.com
2
Acadêmico de Direito do Centro Universitário de Araras, Dr. Edmundo Ulson – UNAR, 2º semestre,
2019. E-mail: fpr@hotmail.com
3
Acadêmica de Direito do Centro Universitário de Araras, Dr. Edmundo Ulson – UNAR, 2º semestre,
2019. E-mail: gabrielasaraivaleme@gmail.com
4
Acadêmica de Direito do Centro Universitário de Araras, Dr. Edmundo Ulson – UNAR, 2º semestre,
2019. E-mail: gisele.sol22@hotmail.com
5
Acadêmico de Direito do Centro Universitário de Araras, Dr. Edmundo Ulson – UNAR, 2º semestre,
2019. E-mail: andremazzaferro@hotmail.com.
6
Acadêmica de Direito do Centro Universitário de Araras, Dr. Edmundo Ulson – UNAR, 2º semestre,
2019. E-mail: jumleonel@yahoo.com.br
7
Acadêmica de Direito do Centro Universitário de Araras, Dr. Edmundo Ulson – UNAR, 2º semestre,
2019. E-mail: jaciaratrindade08@gmail.com
ii
INTRODUÇÃO
O período pós Segunda Guerra Mundial foi marcado pela constante inter-relação
entre os Estados Soberanos, principalmente, na Europa, cujos esforços estavam
intensamente voltados para a reconstrução dos países destruídos pela guerra. Entre os
efeitos decorrente do processo de interconexão entre os Estados, destaca-se a
intensificação das aproximações regionais, para melhoria de aspectos econômicos e
financeiros, através da formação dos chamados Blocos Econômicos. A União Europeia,
por exemplo, representa o principal bloco comercial do mundo, e sua união econômica e
política está estabelecida por 28 países-membros independentes. Os valores estabelecidos
são comuns aos países que a compõem. O que começou por ser uma união meramente
econômica evoluiu para uma organização com inúmeros domínios de intervenção, que
vão desde o clima, o ambiente e a saúde até às relações externas e a segurança, passando
pela justiça e a migração
Karl Deutsch, (1982, p. 223), define integração como “um relacionamento entre
unidades, no qual elas são mutuamente interdependentes e, em conjunto, produzem
propriedades de sistema que isoladamente não teriam. (...) Um sistema integrado é coeso
na medida em que tiver condições de enfrentar tensões e pressões, assim como suportar
desequilíbrios e resistir rupturas”.
Assim, embora uma comunidade de países constitua uma organização
internacional, dotada de personalidade jurídica própria e autônoma em relação à
personalidade dos Estados que a compõem, ela própria e os objetivos traçados em seus
iv
Parte I: Conceito
conta ainda com as fontes secundárias ou derivadas que “provém das instituições
comunitárias e tem por base os tratados” (BORCHARDT, 2000, p. 58). Nesse caso, trata-
se de “disposições jurídicas de caráter geral e abstrato, bem como medidas concretas e
individuais” (ibdem). Cabe destacar ainda que as fontes derivadas emergiram de forma
progressiva, fornecendo fundamentação e completando as estruturas jurídicas das fontes
primárias do direito comunitário.
Sob aspectos do direito internacional, a classificação da EU tem sido muito
discutida e, algumas características levam a classificá-la como uma Federação de Estados.
Quanto ao Poder Judiciário, é composto por três órgãos: tribunal de justiça, tribunal geral
e o tribunal da função pública da EU, que reconhecem e adotam os tratados e o direito
desta. O Tribunal de Justiça cuida de situações relacionadas aos Estados participantes, as
instituições e casos referentes a ele pelos tribunais dos Estados. Já o Tribunal Geral, por
sua vez, preocupa-se com circunstâncias relacionadas aos indivíduos e empresas
diretamente, diante dos tribunais da EU. E o Tribunal da Função Pública determina os
litígios entre a EU e o serviço público.
Em suma, o que se observa é que o Direito Comunitário se origina de fontes gerais
do direito internacional, como tratados internacionais, jurisprudência, direito
consuetudinário, mas possui também fontes que dão origem à relação jurídica
comunitária, como é o caso dos Tratados que originaram a Comunidade Europeia, e
também fontes complementares a estes tratados, que passam a dar maior embasamento e
completude às normas primárias. Cabe ainda, neste assunto tratar sobre os princípios que
embasam o Direito Comunitário.
Assim como todo ramo jurídico, o Direito Comunitário é guiado por determinados
princípios, dentre eles, a doutrina destaca o princípio da integração e o princípio da
primazia, que são acompanhados de princípios secundários e complementares como a
aplicabilidade direta e efeito direto, aplicação uniforme e harmonização, subsidiariedade,
substituição, coordenação e coexistência.
Doutrinariamente, é possível notar um grande destaque ao princípio da Integração,
que está relacionado a matérias específicas, levando os Estados a se curvarem à
competência decisória do órgão comunitário (AGUILLAR, 2006 apud PORTELA, 2018,
p.1153). Desse modo, este princípio permite que as políticas promovidas pelos Estados-
ix
Associado ao fenômeno da
supranacionalidade;
Entende-se que a ordem jurídica comunitária não tem condições para realizar, por
si só, os objetivos da Comunidade Europeia, dependendo dos sistemas nacionais para sua
aplicação. Todos os órgãos estatais legislativos, executivos e judiciais têm, pois, de
reconhecer que a ordem jurídica comunitária não é um sistema externo ou estrangeiro, e
que os Estados-Membros e as instituições comunitárias pertencem solidariamente a um
todo indissolúvel destinado a alcançar objetivos comuns. Consequentemente, as
autoridades nacionais devem não só respeitar os Tratados comunitários e as normas de
execução emanadas das instituições comunitárias, mas também aplicá-los e dar-lhes vida
(BORCHARDT, 2000, p. 95).
Assim, uma outra forma de resolver casos em que a ordem jurídica comunitária
está em conflito com o direito nacional é garantindo que uma das normas ceda perante a
outra, sendo garantido, neste caso, ao direito comunitário, uma vez determinado por força
dos poderes previstos em tratados, o primado sobre o direito nacional. Prevalecendo não
só sobre a legislação anterior, mas também sobre todos os atos legislativos ulteriores.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto no 19.841, de 22 de outubro de 1945. Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil. Poder Executivo. Brasília, DF.1945. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19841.htm> Acesso em: 14 set. 2019.
SILVA, L. R. Direito Comunitário e da Integração. Editora Síntese. 1999. Porto Alegre. Pag
24.