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O autor na introdução, instiga o leitor a aprofundar sobre as indagações da inaplicabilidade do

direito na sociedade moderno. Indo além, o autor faz uma reflexão sobre as divergências entre
o próprio corpo do direito, com um direito mais nobre e oficial, com um mais falho e baixa
“qualidade”

O autor faz uma análise da mudança ocorrida sobre os efeitos de uma guerra ou conflito
armado. Após a primeira guerra mundial, todo conflito armado envolvia também as questões
econômicas, ciências, arte e etc. Portanto, o Estado deveria se preocupar mais com o
desenvolvimento econômico.

Com a crise de 1929, a máquina jurídica teve que trabalhar arduamente para que o Estado
tenha condição para impulsionar a economia.

O direito sempre teve a presunção de antecipar situações que podem desencadear situações
jurídicas. Mas principalmente após a segunda guerra, essa previsibilidade não estava
acontecendo e o direito se deparava com situações nunca vistas e a divisão clássica público-
privado, não garantia mais uma segurança. Por isso, o corpo jurídico teve a necessidade de
reagrupar disciplinas jurídicas.

Nos parágrafos finais do livro, o autor analisa a função do jurista em não somente classificar
elementos da vida cotidiana. Tem-se no jurista, a função de aprimorar as instituições
existentes e de criar quando for necessário novas instituições.

Como conclusão do primeiro capítulo do indispensável direito econômico, o autor mostra que
a discussão sobre o Direito Econômico se expande em outras ramificações do próprio direito,
no qual, o positivismo teria uma utopia do que seria ideal e que tudo seria previsível pela lei. O
que se vê na realidade, são modificações constantes no convívio social, cultural e também
econômico evidenciando a problemática clássica do direito de auto confiança em padronizar
tudo.

LIVRO 2

Para Eros Grau, o capitalismo é um modo estritamente jurídico, ou seja, o direito é um


elemento constitutivo desse modo de produção.

Por surgir logo após a Primeira Guerra Mundial, o direito econômico tem muita dificuldade em
ser classificado com um “ramo” do direito como é de ideia do positivismo jurídico alemão.
O discurso liberal do século XIX tenta negar as vinculações entre direito e economia,
impossibilitando a discussão sobre direito econômico.

O direito econômico tem sua raiz em um fireito voltado para a organização da economia de
guerra

Somente com a Constituição de weimar, o direito econômico é visto como uma disciplina
jurídica

A descentralização de políticas sociais no


Brasil
1 Parágrafo

Para o autor, deve ser obrigação da União em reduzir as desigualdades regionais em países de
regimes federativos. Tudo isso baseado no princípio da solidariedade.

CF artigo 3: Construir uma sociedade justa e solidária/Garantir o desenvolvimento


nacional/ ...reduzir as desigualdades sociais e regionais

O Brasil historicamente tem presença muito do governo na economia e isso aumentou a


responsabilidade do governo no desenvolvimento (o autor não está falando sobre esses
planos, ele está falando sobre estatais como Caixa e BC), como plano SALTE de Gaspar Dutra e
o Plano Real de FHC. Essa presença se teve como necessária a partir do momento que o Brasil
necessitava de um controle maior sobre a inflação. O autor está falando implicitamente que o
Brasil por ter histórico muito grande de intervenção na economia (receitas tributárias e
incentivos fiscais) aumentou a responsabilidade da união buscar uma igualdade regional. Pois,
a Constituição não fala do desenvolvimento propriamente econômico, mas criação de
hospitais, rodovias, etc.

2,3,4 parágrafo

A coordenação é um modo de exercício no qual uma decisão comum é tomada, na qual a


vontade de todas as partes são iguais e cada uma possui suas limitações jurídicas como a
União no Artigo 24 da CF.

No meu entender a coordenação é uma decisão comum(iguais para todos, em que suas
consequências também são iguais. Seria uma analogia a uma decisão tomada de maneira
vertical: União toma uma decisão e se espalha verticalmente para os outros entes. Já a
cooperação seria a decisão tomada horizontalmente, também comum, mas os entes
federativos teriam participação em níveis iguais e suas consequências seriam diferentes, pois
os estados e municípios se adaptariam de modo diferentes.
Diferentemente da coordenação, na cooperação nem a União nem os outros entes federados
podem atuar de maneira isolada sem a participação dos demais, exercendo de maneira
conjunta. Não só porque tem que se exercer de maneira conjunta, mas os entes federados,
possuem competências comuns. Como a cooperação se baseia no exercício de dependência,
nenhum dos entes federados podem deixar de cumprir, pois a consequência política pode
recair sobre todos os outros entes.
O interesse comum viabiliza a existência de um mecanismo unitário
de decisão, no qual participam todos os integrantes da Federação. Na realidade,
há dois momentos de decisão na cooperação. O primeiro se dá em
âmbito federal, quando se determina, conjuntamente, as medidas a serem
adotadas, uniformizando-se a atuação de todos os poderes estatais competentes
em determinada matéria. O segundo momento ocorre em âmbito
estadual ou regional, quando cada ente federado adapta a decisão tomada
em conjunto às suas características e necessidades. Na cooperação, em
geral, a decisão é conjunta, mas a execução se realiza de maneira separada,
embora possa haver, também, uma atuação conjunta, especialmente
no tocante ao financiamento das políticas públicas( 1 4 ).

A questão da descentralização
Com um desequilíbrio econômico gerado pela Constituição de 88, foi necessária uma
reformulação com base na descentralização.

O conceito de descentralização é amplo e para Bercovici significa uma ineficiência do


governamental que tem sua definição no contexto neoliberal, redirecionando para o mercado.
Ou seja, nesse modelo de descentralização, o mercado não precisa de um plano igual na
Constituição anterior da ditadura.

Esse processo de descentralização aconteceu de maneira descordenada entre a União e os


municípios. Portanto, aconteceu certo “abandono” por parte do governo federal que foram
denominadas como descentralização por ausência

O autor cita entre as raras medidas tomadas pelo governo federal para o controle do
endividamento público estadual e municipal, está a Lei de Responsabilidade Fiscal, na qual
limita a atuação dos governos. O autor critica, pois o federalismo não visa sustentar
financeiramente os estados e municípios e sim diminuir as diferenças socioeconômicas
através do desenvolvimento econômico e social.

Necessidade de coordenação e cooperação na descentralização


A descentralização sempre deve ocorrer de forma gradual e técnica, pois pode ocasionar
conflito e prejuízos para a população.
A elaboração de políticas deliberadas de descentralização, em âmbito
nacional, é essencial no Brasil, onde a transferência das políticas sociais
não é um processo espontâneo. O Brasil, sob a Constituição de 1988, é
uma Federação. Portanto, os entes federados são dotados de autonomia,
não sendo obrigados a aderir a nenhuma política federal de descentralização
de políticas sociais, salvo determinação constitucional^. A descentralização
de políticas sociais, dessa forma, só consegue a adesão dos entes
federados por meio de políticas nacionais deliberadas, com auxílio técnico,
administrativo e financeiro por parte da União, que motivem a decisão do
ente federado em assumir aquela política que se quer descentralizar. Na
opinião de Marta Arretche, a pouca capacidade administrativa e os problemas
fiscais e financeiros dos entes federados são levados em conta no
processo da decisão de assumir uma política social, mas não são fatores
determinantes da decisão, pois podem ser compensados pela União (ou
Estado, dependendo do caso)( 3 9 ) . Desse modo, o fator determinante da descentralização
bem-sucedida de políticas sociais é a decisão política de elaborar
uma política nacional deliberada, que deve ser implementada de modo
coordenado e com a adesão dos entes federados( 4 0 ) . Infelizmente, a política
deliberada do Governo Federal vem sendo a inclusão de dispositivos na
Constituição para obrigar os entes federados a assumir certas políticas
sociais, sem qualquer contrapartida federal e vinculando receitas, como
nos casos do ensino fundamental (Emenda Constitucional n. 14, de 12 de
setembro de 1996) e dos serviços públicos de saúde (Emenda Constitucional
n. 29, de 13 de setembro de 2000).

A guerra fiscal, a questão do endividamento dos Estados, a "descentralização


por ausência" de políticas sociais e a reconcentração das receitas
tributárias na esfera federal demonstram a existência de uma crise do
pacto federativo brasileiro. O discurso oficial de que a Constituição de 1988
descentralizou receitas, mas não encargos ou deveres, é falso, como pudemos
avaliar. A crise fiscal é, hoje, vista como o elemento central dos problemas
do federalismo no país. Realmente, o problema fiscal é de fundamental
importância, mas ele não explica nem resolve, por si só, os impasses do
federalismo brasileiro{ 4 6 ) . O real problema da descentralização ocorrida após
1988 é a falta de planejamento, coordenação e cooperação entre os entes
federados e a União( 4 7 ) , ou seja, a falta de efetividade da própria Constituição
e do federalismo cooperativo nela previsto.

Federalismo e direito econômico


O autor faz uma análise histórica de como o direito foi se modificando com o decorrer dos
anos. O Direito que nasceu da ver. Francesa tinha o objetivo de limitar o poder do Estado,
sendo uma segurança para a sociedade civil em geral.

Com esse contexto, o pacto federativo tinha como objetivo a ideia de ser mais limitador do
poder estatal em favor dos coletivos locais

O autor esclarece vários fatos em que o federalismo tem ligação direto com a democracia-
Komparato: “A legitimidade do poder depende do consentimento majoritário dos governados
e o respeito dos interesses das minorias.”

A CRISE DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 QUE BERCOVICI ESTÁ FALANDO, REFERE-SE A UMA CARTA
VISANDO A DESCENTRALIZAÇÃO, OU SEJA, RETIRA PARTE DA AUTORIDADE DO GOVERNO PÓS
DITADURA. COM ISSO, OS ESTADOS E MUNICÍPIOS PRECISARIAM TER POSICIONAMENTOS
MAIS FIRMES VISANDO SUAS MELHORIAS ECONÔMICAS PARA CUMPRIR O QUE FALA NA
PRÓPIA CONSTITUIÇÃO.

O Direito Econômico
O estado econômico liberal, não desenvolvesse políticas públicas- que é uma característica de
todos os estados políticos. Visa, que os fins da auto-regulação espontânea do mercado,
trariam benefícios para a sociedade. Benefícios esses, que se tornou ilusório.

OS DOIS AUTORES SUGEREM QUE PARA QUALQUER ATIVIDADE ECONÔMICA, DEVE SER
NECESSÁRIO UM PLANEJAMENTO.

A crise do pacto federativo brasileiro não é só em decorrência da evolução do papel do Estado


na economia, mas também tem o agravante histórico desarmônico do desenvolvimento
nacional.

Um dos pilares da crise do pacto federativo, foi a tendência de concentração muito grande no
Executivo federal.

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