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SÍNTESE: (09/02/2021)
O tempo da Guerra Fria – A consolidação de um mundo bipolar
O afrontamento entre as duas superpotências e os seus aliados prolongou-se até meados dos
anos 80, altura em que o bloco soviético mostrou os primeiros sinais de fraqueza. Durante este
longo período, os EUA e a URSS intimidaram-se mutuamente, gerando um clima de hostilidade
e insegurança que deixou o mundo num permanente sobressalto.
É este clima de tensão internacional que designamos por Guerra Fria. Guerra Fria: Expressão
criada para designar o estado de tensão entre os EUA e a URSS a seguir à 2ª guerra mundial,
que se caracterizou pelo facto de as duas potências não registarem qualquer confronto direto,
mas interferirem em conflitos à escala regional em campos opostos. A guerra fria foi uma
autêntica “guerra de nervos” em que cada bloco se procurou superiorizar ao outro. Uma
gigantesca máquina de propaganda inculcava nas populações a ideia da superioridade do seu
sistema e a rejeição e o temor do lado contrário, ao qual se atribuíam as intenções mais
sinistras e os planos mais diabólicos.
Mais do que ambições hegemónicas das duas superpotências, eram duas conceções opostas
de organização política, via económica e estruturação social que se confrontavam: de um lado,
o liberalismo, assente sobre o princípio da liberdade individual; do outro, o marxismo, que
subordina o indivíduo ao interesse da coletividade.
Para além da OTAN, firmaram-se alianças multilaterais na América. Estas alianças foram
complementadas com diversos acordos de carácter político e económico, de tal forma que,
cerca de 1959, 3 quartas partes do mundo alinhavam, de uma forma ou de outra, pelo bloco
americano.
QUESTÕES do manual das páginas 40, 41, 42; exercícios da professora (10/02/2021)
A partir do texto informativo e dos documentos das páginas 40 e 41.
PÁGINA 42
Síntese (10/02/2021)
A política económica e social das democracias ocidentais
No fim da 2ª guerra mundial, o conceito de democracia adquiriu, no ocidente, um
novo significado. Para além do respeito pelas liberdades individuais, do sufrágio
universal e do multipartidarismo, considerou-se que o regime democrático deveria
assegurar o bem-estar dos cidadãos.
É assim que, logo em 1945, as eleições inglesas dão a vitória ao Partido Trabalhista,
liderado por Clement Atlee, que substitui Winston Churchill (Partido Conservador) à
frente do governo britânico.
Um pouco por todo o lado, partidos de orientação idêntica viram elevar-se os seus
resultados eleitorais tendo, em alguns casos, tomando também as rédeas do poder,
como aconteceu na Holanda, nos países Escandinavos (Dinamarca, Noruega, Suécia) e
na República Federal Alemã.
Democracia-Cristã
A democracia-cristã tem a sua origem na doutrina social da igreja que condena os excessos do
liberalismo capitalista, atribuindo igualmente aos estados a missão de zelar pelo bem-comum.
A afirmação do Estado-Providência
A superação das dificuldades associadas à crise de 1929 implicou o aumento da
intervenção do Estado nos planos económico e social e o nascimento do Estado-
Providência ou do bem-estar social [onde cada cidadão tem asseguradas as suas
necessidades básicas “do berço ao túmulo”.
SÍNTESE (12/02/2021)
A prosperidade económica e a sociedade de consumo
No decorrer de 25/30 anos após a guerra, os países europeus recuperaram e
viveram uma excecional recuperação económica (a produção industrial cresceu,
houve uma revolução nos transportes, cresceu o número de empresas, a
agricultura modernizou-se, o sector terciário expandiu-se, etc.).
A afirmação do Estado-Providência
A Grande Depressão já tinha demonstrado a importância de um Estado
económica e socialmente interventivo. O Estado torna-se, por esta via, o principal
agente económico do país, o que lhe permite exercer a sua função reguladora da
economia.
Este conjunto de medidas visa um duplo objetivo: por um lado reduz a miséria e o
mal-estar social; por outro, assegura uma certa estabilidade á economia. O
Estado-Providência foi um fator da prosperidade económica.
SÍNTESE (16/02/2021)
O mundo comunista
O expansionismo soviético
SÍNTESE (02/03/21)
A partir de 1974, houve um decréscimo do PIB. Nos anos de 1975 e 1982 a crise agravou-se, e
o crescimento era nulo e inflação era galopante. O CRESCIMENTO ECONÓMICO ESTAGNOU:
Estagflação.
A crise afetou essencialmente o setor siderúrgico, a construção naval e automóvel, bem como
têxtil. Muitas empresas fecharam, outras reconverteram a sua produção e o desemprego subiu
em flecha.
Os fatores de crise:
o crise energética: o petróleo era a fonte energia base dos países industrializados, e com
o aumento do seu preço, houve um aumento dos custos de produção dos artigos
industriais e, consequentemente, o encarecimento dos artigos junto do consumidor.
o Instabilidade económica: excessividade de moeda posta em circulação. A
convertibilidade do dólar em ouro, o que desregulou o sistema monetário
internacional.
o Falência do sistema Fordista: devido a um elevado absentismo que, conjugados com
aumento dos encargos sociais e salariais, diminuiu fortemente os ganhos dos
empresários.
SÍNTESE (05/03/2021)
PORTUGAL DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA
Imobilismo político e crescimento económico do pós-guerra a 1974. Politicamente, após a
Segunda Guerra Mundial, Portugal manteve a mesma feição autoritária, ignorando a onda
democrática que inundava a Europa. No que se refere à economia, viveu-se um período
conturbado na medida em que o atraso do país era evidente, não acompanhando o
crescimento económico do resto da Europa, marcado pela estagnação do mundo rural e pela
emigração. Por outro lado, também ocorreu um considerável surto industrial e urbano, e as
colónias tornaram-se alvo das preocupações. A economia manteve estruturas que
impossibilitaram o crescimento económico.
A emigração
Enquanto que nas décadas de 30 e 40 a emigração foi bastante reduzida, a década
de 60 tornou-se no período de emigração mais intenso da nossa história, pelos
seguintes motivos:
A urbanização
O surto industrial traduziu-se no crescimento do sector terciário e na progressiva
urbanização do país. Dá-se o crescimento das cidades e a concentração
populacional. Em Lisboa e Porto, as maiores cidades portuguesas, propagam-se
subúrbios. No entanto, esta expansão urbana não foi a companha da construção
das infraestruturas necessárias, aumentando as construções clandestinas,
proliferam os bairros de lata, degradam-se as condições de vida (incremento da
criminalidade, da prostituição…). Mesmo assim, o crescimento urbano teve
também efeitos positivos, contribuindo para a expansão do sector dos serviços e
para um maior acesso ao ensino e aos meios de comunicação.
Salazar encenou, então, uma viragem política, aparentando uma maior abertura, a
fim de preservar o poder:
SINTESE (09/03/21)
Oposição Democrática
Expressão que designa o conjunto de forças políticas heterodoxas (monárquicos,
republicanos, socialistas e comunistas) que, de forma legal ou semilegal, se
opunham ao Estado Novo, adquirindo visibilidade, face aos constrangimentos
impostos às liberdades pelo regime, em épocas eleitorais. Para garantir a
legitimidade no ato eleitoral, o MUD formula algumas exigências, que considera
fundamentais, como o adiamento das eleições por 6 meses (a fim de se
instituírem partidos políticos), a reformulação dos cadernos eleitorais e a
liberdade de opinião, reunião e de informação. As esperanças fracassaram.
Nenhuma das reivindicações do Movimento foi satisfeita e este desistiu por
considerar que o ato eleitoral não passaria de uma farsa. A apreensão das listas
pela PIDE permitiu perseguir a oposição democrática.
A questão colonial
Tornou-se difícil para o Governo Português manter a sua política colonial. Depois
da segunda guerra mundial, e com a aprovação da Carta das Nações Unidas, o
Estado Novo viu-se obrigado a rever a sua política colonial e a procurar soluções
para o futuro do nosso império.
A luta armada
O negar da possibilidade de autonomia das colónias africanas, fez extremar as
posições dos movimentos de libertação que, nos anos 50 e 60, se foram formando
na África portuguesa. Em Angola, em 1955, surge a UPA (União das Populações de
Angola) que, 7 anos mais tarde, se transforma na FNLA (Frente de Libertação de
Angola); o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) forma-se em
1956; e a UNITA (União para a Independência Total de Angola) surge em 1966. A
guerra inicia-se em Angola a1961. Em Moçambique, a luta é dirigida pela FRELIMO
(Frente de Libertação de Moçambique) fundada em 1962. A guerra estende-se a
Moçambique em 1964. Na Guiné, distingue-se o PAIGC (Partido para a
Independência da Guiné e Cabo Verde) em 1956 e a guerra alastrou-se à Guiné
em 1963.Portugal viu-se envolvido em duras frentes de batalha que, à custa de
elevadíssimos custos materiais e humanos, chegou a surpreender a comunidade
internacional.
O isolamento internacional
A carta das nações unidas estabeleceu que todas as nações tinham o direito á sua
autodeterminação. Contudo, Portugal recusou-se a aceitar esta ideia dizendo que
as províncias ultramarinas faziam parte de Portugal. Tal postura conduziu,
inevitavelmente, ao desprestígio do nosso país, que foi excluído de vários
organismos das Nações Unidas e alvo de sanções económicas por parte de
diversas nações africanas. A recusa de todas as ofertas e planos (como a ajuda
americana por exemplo), remeteu Portugal para um isolamento, evidenciado na
expressão de Salazar, “orgulhosamente sós”.
A Primavera Marcelista
Em 1968, Salazar foi substituído Marcello Caetano, no cargo de presidente do
Conselho de Ministros, que fez reformas mais liberais para a democratização do
regime. Nos primeiros meses o novo governo até deu sinais de abertura, período
este conhecido por “Primavera Marcelista” (alargou o sufrágio feminino por ex.).
Contudo, o oscilar entre indícios de renovação e seguir as linhas do salazarismo,
resultou no fracasso da tentativa reformista. A PIDE mudou o seu nome para DGS
e diminuiu, ao início, a virulência das suas perseguições. No entanto, face ao
movimento estudantil e operário, prendeu, sem hesitações, os opositores ao
regime; A Censura passou a chamar-se Exame Prévio; se este, inicialmente,
tolerou algumas críticas ao regime, cedo se verificou que atuava nos mesmos
moldes da Censura; A oposição não tinha liberdade de concorrer às eleições e a
política Marcelista era criticada como sendo incapaz de evoluir para um sistema
mais democrático. Tudo isto levou á revolução de 25 de Abril de 1974.
SINTESE (17/03/21)
Da revolução à estabilização da democracia
O Movimento das Forças Armadas e a eclosão da Revolução
O problema da guerra colonial continuava por resolver. Perante a recusa de uma
solução política pelo Governo Marcelista, os militares entenderam que se tornava urgente
pôr fim à ditadura e abrir o caminho para a democratização do país.
A Revolução de 25 de Abril de 1974 partiu da iniciativa de um grupo de oficiais do exército
português– O Movimento dos Capitães (1973), liderado por Costa Gomes e Spínola, que
tinha em vista o derrube do regime ditatorial e a criação de condições favoráveis à
resolução política da questão colonial. Estes acontecimentos deram força àqueles que,
dentro do Movimento (agora passava-se a designar por MFA – Movimento das Forças
Armadas), acreditavam na urgência de um golpe militar que, restaurando as liberdades
cívicas, permitisse a tão desejada solução para o problema colonial. Depois de uma
tentativa precipitada, em março, o MFA preparou minuciosamente a operação militar
que, na madrugada do dia 25 de Abril de 1974 pôs fim ao Estado Novo.
Operação “Fim-Regime”
A operação militar teve início com a transmissão, pela rádio, das canções-senha,
que permitia às unidades militares saírem dos quartéis para cumprirem as missões que
lhes estavam destinadas. A resistência terminou cerca das 18h, quando Marcello Caetano
se rendeu pacificamente ao general Spínola. Entretanto, já o golpe militar era aclamado
nas ruas pela população portuguesa, cansada da guerra e da ditadura, transformando os
acontecimentos de Lisboa numa explosão social por todo o país, uma autêntica revolução
nacional que, pelo seu carácter pacífico, ficou conhecido como a “Revolução dos Cravos”.
A PIDE foi a última a render-se na manhã seguinte.
Graças ao partido comunista foi aprovada a legislação para a reforma agrária com
proteção dos trabalhadores e dos grupos económicos mais desfavorecidos através das
novas leis laborais, salário mínimo nacional, aumento de pensões e reformas.)
SINTESE (06/04/21)
O fim do mundo soviético
A Era Gorbatchev – uma nova política
No início dos anos 80, a União Soviética encontrava-se numa situação preocupante. Foi na
conjuntura de crise que surge Mikhail Gorbatchev, eleito secretário-geral do PCUS em 1985.
Sem querer por em causa a ideologia e o sistema político vigente, Gorbatchev entendeu, no
entanto, ser necessário iniciar:
SINTESE (07/04/21)
O colapso do mundo soviético
Entretanto, as reformas liberais empreendidas por Gorbatchev tiveram grande impacto nos
países de Leste europeu. No ano de 1989, uma vaga democratizadora varre o Leste, assistindo-
se a uma subversão completa do sistema comunista: Na Polónia, Checoslováquia, Bulgária,
Roménia, etc, os partidos comunistas perdem o seu lugar de “partido único” e realizam-se as
primeiras eleições livres do pós-guerra.
Assim, a “cortina de ferro” que separava a Europa, começa a dissipar-se: as fronteiras como
Ocidente são abertas e, nesse mesmo ano, cai o Muro de Berlim, reunificando a Alemanha
(antes dividida em duas pelo muro). Ainda é anunciado, o fim do Pacto de Varsóvia e, pouco
depois, a destituição do COMECON.
SINTESE (09/04/21)
Os problemas da transição para a economia de mercado
A transição para a economia de mercado mostrou-se difícil e teve um impacto muito negativo
na vidadas populações.
SINTESE (13/04/21)
Os polos de desenvolvimento económico
Profundamente desigualitário, o mundo atual concentra a sua força em 3 polos de intenso
desenvolvimento: os Estados Unidos, a União Europeia e a região da Ásia-Pacífico
Os EUA têm sido considerados os "polícias do mundo", devido ao papel preponderante e ativo
que têm desempenhado, afirmando a sua supremacia militar. A sua hegemonia assenta,
igualmente, na prosperidade da sua economia. Os EUA afirmam-se como os maiores
exportadores, devido ao dinamismo das suas empresas de bancos, turismo, cinema, música.
SINTESE (00/04/21)
A União Europeia
Desde a sua criação, em 1957, que a União Europeia (naquela altura, CEE) tem vindo a
consolidar-se quer pela integração de novos estados-membros, quer pelo aprofundamento do
seu projeto económico e político. Assim, integraram-na:
Nos anos 80 – Grécia (1981), Portugal e Espanha (1986) – Europa dos 12;
Os quatro dragões compensaram a escassez de recursos naturais com o esforço de uma mão-
de-obra barata e abundante, com o apoio do Estado (que investiu altamente no ensino, tendo
em vista a qualificação profissional da população, apostou em políticas protecionistas com
vista a atrair os capitais estrangeiros e na exportação de bens de consumo). Em resultado,
estes países conseguiram produzir, apreços imbatíveis, produtos de consumo corrente que
invadiram os mercados ocidentais, promovendo sectores como o da indústria automóvel,
construção naval, etc.
Quando a crise afetou a economia mundial na década de 70, o Japão e os “quatro dragões”
iniciaram um processo de cooperação económica com os membros da ASEAN (Associação das
Nações do Sudoeste Asiático), que agrupava a Tailândia, Indonésia, Filipinas e Malásia. O
desenvolvimento destes países resultou das necessidades de matérias-primas, recursos
energéticos e bens alimentares, de que eram importantes produtores, por parte do Japão e
dos “quatro dragões” que, em troca, exportavam bens manufaturados e tecnologia. Este
intercâmbio deu origem a uma nova etapa de crescimento, mais integrado, do polo económico
da Ásia Pacífico. O crescimento teve, no entanto, custos ecológicos e sociais muito altos: a Ásia
tornou-se a região mais poluída do Mundo e a sua mão-de-obra permaneceu,
maioritariamente, pobre e explorada.
A questão de Timor
Timor foi dos poucos casos na Ásia onde se instaurou uma democracia através de um processo
de autodeterminação. Em 1974, a “Revolução dos Cravos” agitou também Timor Leste, que se
preparou para encarar o futuro sem Portugal. Na ilha, onde não tinham ainda surgido
movimentos de libertação, nasceram três partidos políticos (A UDT (União Democrática
Timorense), que defendia a união com Portugal num quadro de autonomia; A APODETI
(Associação Popular Democrática Timorense), favorável à integração do território da
Indonésia; E a FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor Leste Independente), comum
programa independentista, ligado aos ideais de esquerda.)
Assim, a produção agrícola chinesa cresceu 50% em apenas 5 anos. O sector industrial foi
altamente modificado em favor da exportação. Em 1980, as cidades de Shenzhen, Zuhai,
Shantou e Xiamen, passaram a ser “Zona Económicas Especiais”, eram favoráveis ao negócio
pois o investimento estatal estava aí concentrado.