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QUESTIONÁRIO 1
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pelo Estado de Bem-estar Social (Welfare State), além de ser contrário a regulação estatal.
Apoia-se o livre comércio, ver a concorrência como fator essencial para movimentação das
relações de mercado, e dá força ao setor privado, além de retirar-se da responsabilidade
quanto as questões sociais (Almeida, 2021).
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de todos contra todos e que as torna profundamente inseguras. É esse mundo implacável de
ganhadores e perdedores, no qual os perdedores não são apenas os pobres, mas também a
baixa classe média de trabalhadores brancos, que, angustiados e inconformados, culpam a
imigração por seus males e recorreram ao populismo para fazer frente ao problema e que
não compreendem que os partidos e os populistas de direita atacam seu emprego e seus
salários diretos e indiretos tão agressivamente quanto o faz o liberalismo econômico em
crise. É esse individualismo sem limites em que se transformou o liberalismo político desde
que ele deixou de ser moderado tanto pelo socialismo popular quanto pelo republicanismo.
O que está em jogo é tudo isso somado.
Este mesmo autor segue dizendo que n esse quadro dominado pelo individualismo, pela
riqueza de poucos e pela pobreza de muitos, as sociedades ricas tornaram-se heterogêneas,
as identidades ganharam relevância, e o nacionalismo étnico voltou a assombrar e pôr em
risco a tolerância e a democracia. E mostrou ainda mais claramente um fato econômico e
outro político. Nenhuma sociedade pode ser sadia se for excessivamente desigual, se nela
não houver um razoável grau de compromisso de um número importante de cidadãos com a
solidariedade e o interesse público, e se não houver uma dialética viva entre valores sociais e
republicanos e o interesse próprio. No quadro de um liberalismo individualista, os valores
morais e os princípios de convivência social perderam relevância, os cidadãos, os servidores
públicos e os políticos passaram a ser vistos como indivíduos que se preocupam apenas com
seus próprios interesses, e a possibilidade da existência de cidadãos e de políticos solidários
e republicanos foi excluída. Eles, porém, existem e, no quadro da competição capitalista,
sabem que é necessário defender os mais fracos, aqueles que não têm condições de
competir. Eles existem e são essenciais para a construção de uma boa sociedade. Uma
sociedade moderna, que não logra enfrentar o problema da desigualdade, nem conta com
cidadãos e políticos republicanos, caminha para a barbárie.
Já Abreu (2017) menciona que ao analisar a conjuntura brasileira, pode-se identificar
a inserção acentuada do neoliberalismo através do esfacelamento dos direitos
sociais, norteado pelos grandes conglomerados financeiros que emanam dos países
capitalistas centrais. Inferindo que o Brasil é um elo intermediário do
desenvolvimento capitalista latino-americano, se fez fundante que este abrisse seu
território para o capital privado internacional. Porém, ao dar espaço a essas camadas
dominantes, estas se colocam numa constante situação de insatisfação em que o
Estado mesmo manobrado por seus trâmites não consegue sucumbir as suas
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Pinochet
Segundo informou a reportagem publicada na BBC News em 2019, o golpe de Estado que depôs
o presidente socialista Salvador Allende em 1973 e iniciou o governo do general Augusto Pinochet
marcou um ponto de inflexão na economia chilena. No lugar do Estado de bem-estar social e
regulador, foi ganhando força um projeto macroeconômico de viés desestatizante - que nos
primeiros anos da era Pinochet ocasionou um 'boom' na economia, pois as medidas iniciais ajudaram
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a estabilizar o caos da economia socialista -, liderado por grupo de jovens economistas apelidados
jocosamente de "Chicago Boys". Nesta guinada neoliberal sob Pinochet, conviviam relativas
liberdades econômicas e repressão violenta a direitos civis.
Esta mesma reportagem informa ainda que ocorreram privatizações, abertura ao mercado
externo, reforma trabalhista e redução do gasto público e do papel do Estado em áreas-chave, como
saúde e educação. As sementes da implementação dos itens dessa cartilha desestatizante foram
plantadas pelos Estados Unidos duas décadas antes no Chile. O contexto geopolítico da Guerra Fria
favoreceu a transformação do Chile em uma espécie de laboratório neoliberal por quase uma
década, com influência até hoje na economia chilena, a exemplo da obsessão com equilíbrio fiscal e
controle inflacionário.
Porém, Nair Costa Muls informa que as manifestações que ocuparam as ruas das diferentes
cidades chilenas, algumas delas com mais de um milhão de pessoas, retrataram o esgotamento do
modelo neoliberal no Chile, aplicado em fins da década de setenta, início dos anos oitenta, no
governo Pinochet, com a ajuda de economistas da Escola de Chicago, aí se incluindo o nosso Paulo
Guedes, que, hoje, defende a aplicação do mesmo modelo no Brasil. Visto como um caso de sucesso
pelos defensores do neoliberalismo, com um crescimento do PIB jamais visto (mais de 4%), o
desenvolvimento do Chile e o seu crescimento era, no entanto, destinado a poucos. A maior parte da
população chilena, sobretudo os trabalhadores, vivia numa situação de endividamento crescente. O
modelo, na realidade, não garantia uma sociedade justa.
Este mesmo autor segue enfatizando que o neoliberalismo de Pinochet ocasionou salários
baixos; destruição dos direitos trabalhistas; jornadas de trabalho de 45 horas, férias de 15 dias, 30
minutos de almoço; sindicatos quase que totalmente desorganizados e sem força de negociação.
Além disso, os mineiros e os índios mapuche foram os que mais sofreram: os primeiros, com os
problemas acrescidos pelas consequências nefastas da mineração (doenças pulmonares, musculares
e psicológicas) que, inclusive, afetaram a organização e coesão familiar; os segundos, por suas terras
terem sido objeto de cobiça e frequentes disputas. Também, foram observadas privatização dos
serviços públicos e de setores importantes da economia. Essas políticas neoliberais acabaram
resultando em concentração de renda. Apenas um grupo movimentava a economia, enquanto se
observava a necessidade de estímulo para as outras classes consumirem.
Ronald Reagan
De acordo com Daniel Neves Silva, o governo de Reagan destacou-se pela implantação de
medidas neoliberais e pela imposição de práticas que visavam ao combate do comunismo fora dos
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EUA. Reagan reduziu impostos, bem como diminuiu as regulamentações para o meio ambiente e
para a economia. Além disso, reduziu gastos com programas sociais de auxílio à população mais
pobre. Essas medidas, na prática, resultaram em aumento da exploração sobre o trabalho, redução
de salários e aumento da disparidade social (ricos ficaram mais ricos e pobres ficaram mais pobres).
Antônio Gasparetto Júnior menciona que o Neoliberalismo ganhou força e visibilidade com
o Consenso de Washington, em 1989. Na ocasião, a líder do Reino Unido, Margareth Thatcher, e o
presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, propuseram os procedimentos do Neoliberalismo
para todos os países, destacando que os investimentos nas áreas sociais deveriam ser direcionados
para as empresas. Esta prática, segundo eles, seria fundamental para movimentar a economia e,
consequentemente, gerar melhores empregos e melhores salários. Houve ainda uma série de
recomendações especialmente dedicadas aos países pobres, as quais reuniam: a redução de gastos
governamentais, a diminuição dos impostos, a abertura econômica para importações, a liberação
para entrada do capital estrangeiro, privatização e desregulamentação da economia.
Segundo este mesmo autor, o objetivo do Consenso de Washington foi, em certa medida,
alcançado com sucesso, pois vários países adotaram as proposições feitas. Só que muitos países não
tinham condições de arcar com algumas delas, o que gerou uma grande demanda de empréstimos ao
Fundo Monetário Internacional (FMI). Logo, criava-se todo um sistema de privilégios para os países
desenvolvidos, pois as medidas neoliberais eram implementadas sob o monitoramento do FMI e
toda essa abertura econômica favorecia claramente aos países ricos, capazes de comprar as
empresas estatais e de investir dinheiro em outros mercados. Por outro lado, o argumento de defesa
do Neoliberalismo diz que a abertura econômica é benéfica porque força à modernização das
empresas.
Outra característica marcante é a observada na publicação no site Stoodi. Conforme se lê na
publicação, os Estados ao sair da Crise do Petróleo, se vê com altos gastos devido à Guerra do
Vietnã e a população norte-americana percebeu um certo declínio econômico no país. Ronald
Reagan, então, aproveitou o contexto para ligar sua imagem à recuperação da confiança do povo
norte-americano. De certa maneira ele conseguiu recuperar a economia dos Estados Unidos. Em
contrapartida, viu o país se afundar em uma crise social com altos índices de criminalidade, consumo
de drogas e de Aids. O governo de Ronald Reagan apoiou ditaduras com interesses neoliberais em
países como o Chile e a Nicarágua. Fez um bloqueio econômico à Cuba e chegou a apoiar o governo
da África do Sul. Reagan acreditava firmemente no vale-tudo do mercado capitalista, e tal como
Margaret Thatcher, foi pioneiro do neoliberalismo: diminuiu impostos dos mais ricos, cortou gastos
governamentais em saúde, educação e assistência social. Para estimular a indústria privada, o
governou começou a fazer gigantescas encomendas à indústria de armamentos.
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Como vimos, a doutrina neoliberal foi capaz de modernizar e estruturar a economia de diversos países de primeiro mundo.
Garantiu o desenvolvimento econômico de grandes potenciais mundiais, trouxe prosperidade para empresários e
competitividade de mercado. Porém, muitas dessas mudanças passaram por cima das políticas sociais, causando o
desemprego, a fome e a miséria de vários povos em países subdesenvolvidos. Numa tentativa exacerbada de implantar o
modelo econômico, vários países sofreram com ditaduras militares e a perda de suas riquezas naturais em detrimento do
enriquecimento de grandes empresários. Se, de um lado, o neoliberalismo trouxe progresso e modernização na prestação
de serviços, no acesso aos bens materiais, por outro lado, deixou famílias desempregadas, sujeitas à fome e ao descaso
do Poder Público. Muitas políticas sociais foram extintas em nome da maior lucratividade.
Margaret Thatcher
Margaret Thatcher ficou conhecida por sua política de pouca intervenção do Estado na
economia. A polêmica dama de ferro ficou no cargo de primeira-ministra britânia entre 1979 e 1990,
durante o período adotou medidas para cortar os gastos públicos e apoiou a auto-regulamentação
do mercado. O governo de Thatcher foi responsável por privatizar grande parte do setor público.
Durante o período, o desemprego cresceu e os sindicatos ficaram enfraquecidos (site Educação
Globo).
Segundo Leandro Carvalho, "Thatcher foi a primeira mulher que ocupou o cargo de Primeiro-
Ministro britânico. Logo no início do seu mandato, efetivou uma série de medidas e mudanças,
anunciou um plano para a redução dos impostos e passou a controlar e a realizar reformas
institucionais nos sindicatos trabalhistas. Essas reformas lhe valeram o apelido de “Dama de Ferro”. A
Primeira-Ministra permaneceu no cargo de 1979 até 1990, ou seja, ocupou o cargo por 11 anos. Nos
primeiros cinco anos, suas medidas e estratégias de governo não resultaram em melhorias na
economia britânica; ao contrário, muitos estudiosos disseram que a Grã-Bretanha entrou num
momento de maior recessão econômica. Entretanto, outros estudiosos, que compactuam com uma
visão política liberal-conservadora, defenderam veemente o governo de Thatcher.
Consoante este mesmo autor, os primeiro cinco anos do primeiro mandato de Margareth
Thatcher foram bastante conturbados, por sua política anticomunista. O primeiro governo de
Thatcher ficou marcado por diversas greves e manifestações dos sindicatos trabalhistas. Mas sua
intervenção nas Guerras das Malvinas (Guerra entre Inglaterra e Argentina), em 1982, aumentou sua
popularidade. Thatcher conseguiu sua primeira reeleição em 1984 em decorrência desse fato. Após
o primeiro mandato, Thatcher promoveu um programa de privatizações das empresas estatais e
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19. Qual é o papel, segundo Andrade (2019), do Keynesianismo expresso na Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda na constituição das políticas do New Deal e na mudança
do Estado Liberal para o Estado Social apontando as características centrais da visão
econômica keynesiana, e como se relaciona com a Crise de 1929?
20. De acordo com Jhonattan Henrique, a doutrina Keynesiana ficou conhecida como uma
“revisão da teoria liberal”. Nesta teoria, o Estado deveria intervir na economia sempre que
fosse necessário, a fim de evitar a retração econômica e garantir o pleno emprego. De
acordo com Keynes, a teoria liberal-capitalista não disponibiliza mecanismos e ferramentas
capazes de garantir a estabilidade empregatícia de um país. Segundo Keynes, o poder público
deveria investir em áreas em que as empresas privadas negligenciavam. Para Keynes, o
Estado deveria intervir em áreas em que as empresas privadas não podem ou não desejam
atuar; deve haver oposição ao sistema liberal; redução de taxas de juros; equilíbrio entre
demanda e oferta; garantia do pleno emprego e introdução de benefícios sociais para a
população de baixa renda, a fim de garantir um sustento mínimo.
21. Este mesmo autor segue enfatizando que com a “grande depressão”, ficou claro que o
liberalismo clássico, sozinho, não foi capaz de garantir o pleno emprego. Em 1932, com a
quebra da bolsa de valores e com uma grande crise financeira, o presidente Franklin Delano
Roosevelt, baseado nos princípios defendidos por John, implementou o famoso plano “New
Deal”, visando tirar o EUA da retração econômica. De fato, o plano funcionou. Além da
intervenção estatal, o plano estabelecia o controle na emissão de valores monetários, o
investimento em setores básicos da indústria e, claro, políticas de criação de emprego. Com a
implementação de uma série de ações que conciliaram as questões econômicas e sociais,
foram criadas as bases do chamado welfare state (Estado de Bem-Estar Social).
22. O Estado de bem-estar social, frisa-se, defende a estatização de empresas em setores
estratégicos, a criação de serviços públicos gratuitos e de qualidade. Para tanto, o Estado
necessita interferir na economia, regulando-a para impedir monopólios, gerar emprego e
renda, construindo infraestruturas. Por conseguinte, as jornadas de trabalho são de 8 horas,
o trabalho infantil é proibido e os trabalhadores possuem direito a seguro-desemprego e à
Previdência Social. O Estado de Bem-Estar Social é visto como uma forma de combate às
desigualdades sociais, na medida que promove o acesso dos serviços públicos a toda
população (Juliana Bezerra, Professora de História).
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23. Bons resultados foram alcançados através do new deal. Porém, ele perdeu espaço no final de
década de 1970 quando o neoliberalismo surgiu com novas propostas, como a abertura
comercial internacional e a privatização de empresas estatais. Estados Unidos, Chile e Reino
Unido foram os primeiros países a adotarem o neoliberalismo. Os preceitos defendidos
por Keynes só voltaram aos holofotes com a grande crise de 2008, ocasião em que as
principais economias do mundo se viram diante da necessidade de evitar uma situação
semelhante à recessão americana de 1929.
24. Jhonattan Henrique ainda explica que muitos autores criticavam a doutrina keynesiana
alegando que se tratava de uma teoria “socialista”. Apesar de ser contra o sistema liberal,
cabe ressaltar que John Keynes nunca defendeu a estatização da economia, mas, sim,
a participação do estado para suprir necessidades que o sistema privado não atendia.
25. Para Krubniki e Zagurski (2017), como se dá a constituição do Estado Social no início
do século XX? Contextualize também as condições conjunturais que formularam esse
Estado Social como a presença de grandes partidos de massa.
26. Como Krubniki e Zagurski (2017) entendem o surgimento das políticas públicas no
contexto da guerra-fria nos EUA?
27. De acordo com Krubniki e Zagurski (2017), como a Cepal modula uma perspectiva
diferente para o desenvolvimento dos países da América Latina?
28. O que é a força normativa da Constituição de Konrad Hesse, de acordo com Krubniki e
Zagurski (2017)?
29. Qual é a dimensão da Constituição de 1988 enunciando os artigos do texto que
demonstram o caráter social que estão no texto de Krubniki e Zagurski (2017), sem
esquecer as dimensões ambiental e intercultural desta constituição especialmente nos
pontos trazidos em sala de aula sobre o artigo 225 e 231 da Constituição de 1988?
30.
31. Como a Constituição de 1988 se insere no contexto de redemocratização da sociedade
brasileira, e também no contexto da crise do muro de Berlin de 1989 ocorrida um ano
após sua promulgação, situando esta questão no cenário do neoliberalismo que provocou
a ampliação das desigualdades estruturais da sociedade brasileira?
32. De acordo com Jhonattan Henrique, a doutrina Keynesiana ficou conhecida como uma
“revisão da teoria liberal”. Nesta teoria, o Estado deveria intervir na economia sempre que
fosse necessário, a fim de evitar a retração econômica e garantir o pleno emprego. De
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cabe ressaltar que John Keynes nunca defendeu a estatização da economia, mas, sim,
a participação do estado para suprir necessidades que o sistema privado não atendia.
37. Quais teses do economista Amartya Sen são trazidas por Krubniki e Zagurski (2017)?
38. Quais são as críticas neoliberais ao Estado Social moduladas pela Constituição de 1988,
conforme apontam Krubniki e Zagurski (2017)?
39. Cite exemplos de políticas públicas enumeradas por Krubniki e Zagurski (2017).
40. Para Krubniki e Zagurski (2017), como ocorre a judicialização das políticas públicas e a
politização da justiça que ocorre no Brasil e qual decisão do STF é emblemática neste
contexto?
41. Pesquise acerca da forma como a reserva do possível foi trazida para o Brasil nos anos
1990, e como a mesma se relaciona com o transplante do debate jurídico da conferência
da Sociedade Jurídica de Berlim efetuado pelo jurista Karl Betterman, conectando este
plano, com o problema da austeridade orçamentária e os limites da judicialização das
políticas públicas originadas da constrição fiscal austericida.
42. Qual é a conclusão de Krubniki e Zagurski (2017) sobre a questão da judicialização das
políticas públicas?
43. Qual debate acerca de Rousseau e Hobbes é aduzido no texto de Krubniki e Zagurski
(2017)?
44. Como Krubniki e Zagurski (2017) compreendem as teses que dissociam o liberalismo e a
democracia?
45. Quais são as características do positivismo por imanência apontadas por Dimoulis
(2011), inclusive trazendo expressões do senso comum jurídico, que são enunciadas no
seu texto que apontam para a adesão na prática ao positivismo no Brasil mesmo sem
uma formulação teórica precisa sobre o mesmo na prática jurídica cotidiana expressa na
práxis dos fóruns e tribunais?
46. Acerca da temática elencada, Dimitri Dimoulis denomina “o positivismo que
prevalece na prática e se transmite nas Faculdades de intuitivo (ou “amador”), pois
não resulta de estudos específicos de obras de pensadores positivistas. Baseia-se em
algumas máximas do tipo “lei é lei”, “o juiz não faz política”, “devemos
ensinar/estudar/ aplicar o Código”, “devemos garantir a segurança jurídica”,
“devemos preservar a separação de poderes”. Trata-se também de um positivismo
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53. O que é a teoria axiomática do direito descrita no texto de Zanon Junior (2015) acerca
de Ferrajoli, e como a mesma remete a analiticidade de Hans Kelsen e Norberto
Bobbio?
54. Um axioma é uma verdade que independe de prova e que é universalmente aceita.
Ao dizer que alguém estabelece algo como um axioma, não estamos a dizer,
necessariamente, que concordamos com a “verdade” proposta pela pessoa, mas
apenas que a pessoa o fez apresentando tal “verdade” com status de axioma, ou
seja, com a pretensão de que essa verdade independa de prova e de que seja
universalmente aceita.
55. Assim, Ferrajoli estabelece dez axiomas, que são valores, princípios garantidores de
direitos mínimos do acusado que devem nortear o Direito no Geral, mas sobretudo o
Direito Penal e o Processo Penal, que não apenas legitimam a punição, mas também
são condicionantes para a existência da punição. Os axiomas tutelam valores como
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61. Para Zanon Junior (2015), como o neoconstitucionalismo relacionam com as teses de
Luigi Ferrajoli?
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66. Como a teoria de Luigi Ferrajoli se relaciona com o direito natural e as questões morais
e éticas conforme Zanon Junior (2015) aponta?
Segundo o disposto por Zanon Júnior, a teoria de Luigi Ferrajoli se relaciona com o
direito natural e as questões morais e éticas na medida que o Estado não pode obrigar um
indivíduo a ser bom ou deixar de ser ruim. Existe uma separação clara entre o direito e a
moral. Assim, a pena, por exemplo, não tem uma finalidade moral, sendo simplesmente uma
pena.
“Portanto, para o garantismo, essa axiologia utilitária determina que, na jurisdição,
não se trate da moralidade, ou do caráter, ou da personalidade do indivíduo (ver as
restrições ao chamado direito penal do autor), mas apenas sobre o fato (direito penal do
fato).
Por fim, quanto à pena e sua execução, não deve haver nem conteúdos, nem
finalidades morais. O Estado não tem o direito de obrigar os cidadãos a não serem ruins,
nem, muito menos, de alterar a sua personalidade (reeducar, ou redimir, ou recuperar, ou
ressocializar).
O resultado deste processo de positivação do direito natural tem sido uma
aproximação entre a legitimação interna ou dever ser jurídica e a legitimação externa ou
dever ser extrajurídico, quer dizer, a sua juridificação por meio da interiorização no direito
positivo de muitos dos velhos critérios e valores substanciais de legitimação
Com ‘separação entre direito e moral’ deve-se entender, a meu juízo, não a
negação de qualquer conexão entre direito e moral, claramente insustentável uma vez que
qualquer sistema jurídico exprime ao menos a moral dos seus legisladores, mas sim a tese já
recordada segundo a qual juridicidade de uma norma não deriva da sua justiça e a sua
justiça não deriva da sua juridicidade”
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67. O que são as garantias fundamentais dentro da teoria axiomática do Direito de Luigi
Ferrajoli de acordo com Zanon Junior (2015)?
68. Segundo Zanon Júnior, “na experiência histórica do constitucionalismo, tais
interesses coincidem com as liberdades e com as outras necessidades de cuja
garantia, conquistada a preço de lutas e revoluções, depende a vida, a sobrevivência,
a igualdade e a dignidade dos seres humanos. Mas essa garantia se realiza
precisamente através da forma universal que provem da sua estipulação como
direitos fundamentais em normas constitucionais supra ordenadas a qualquer poder
decisório: se são normativamente de “todos” (os membros de uma dada classe de
sujeitos), eles não são alienáveis ou negociáveis, mas correspondem, por assim dizer,
à prerrogativa não-contingente e inalterável dos seus titulares e a outros tantos
limites e vínculos insuperáveis a todos os poderes, sejam públicos ou privados.
69. Estabelece Ferrajoli que, a sua proposição teórica é “um reforço do positivismo
jurídico, por ele alargado em razão de suas próprias escolhas – os direitos
fundamentais estipulados em normas constitucionais – que devem orientar a
produção do direito positivo”, tratando-se assim do “resultado de uma mudança de
paradigma do velho positivismo, que se deu com a submissão da própria produção
normativa a normas não apenas formais, mas também substanciais, de direito
positivo”.”
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Daniel Pereira. O que é o neoliberalismo? A renovação do debate nas ciências
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(SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-6992-201934010009.
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em Debate, [S.L.], v. 26, n. 47, p. 113, 21 set. 2017. Editora Unijui.
http://dx.doi.org/10.21527/2176-6622.2017.47.113-132.
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