UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS E

MINERALOGIA

Nomes dos Estudantes:

Constantino António Nhavoto
Danid de Jesus
Donalso
Felicina Manuel L. Agostinho

OS DIREITOS DE PAÍSES SOCIALISTA DE TENDÊNCIA

COMUNISTA

Primeiro Trabalho em Grupo de Investigação da Cadeira de História de Direito, do

Curso de Direito, 1⸰ Ano, Período Nocturno, Por Orientação do Docente da Cadeira,
Jacques Kazadi.

TETE
ABRIL DE 2023
INTRODUÇÃO
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de História de Direito, que
tem como objectivo analisar os direitos dos países Socialistas com tendência comunista.
Os países socialistas com tendência comunista surgiram como uma ideologia política e
económica no século XX. Esses países buscavam uma sociedade igualitária e sem
classes sociais, onde a propriedade dos meios de produção pertencia ao Estado e onde o
bem-estar colectivo era priorizado em detrimento dos interesses individuais. Os direitos
nesses países eram baseados nessa visão colectivista, onde o Estado era o responsável
pela protecção e garantia dos direitos dos cidadãos, e não apenas pela sua defesa. O
Estado também era responsável por prover serviços básicos, como saúde, educação e
habitação para todos.

Os direitos individuais eram interpretados de forma diferente em

comparação aos países ocidentais, onde a liberdade individual é considerada um valor
central. Nos países socialistas com tendência comunista, os direitos individuais eram
subordinados ao interesse colectivo, e as liberdades individuais eram vistas como
limitadas pelas necessidades da sociedade como um todo.

Em resumo, os direitos em países socialistas com tendência comunista

eram baseados em uma visão colectivista e igualitária da sociedade, onde o Estado era
responsável pela protecção e garantia dos direitos dos cidadãos.
Objectivos
Objectivos Geral:
 Analisar os direitos dos países Socialistas com tendência Comunistas;
Objectivos Específicos:
 Características dos países Socialistas com tendência Comunista;
 Diferença entre os sistemas jurídicos de países Socialistas e Comunistas;

Metodologia
No que tange a realização, este trabalho passou por um processo de pesquisa qualitativa
e análise documental de informações referentes ao tema em estudo e na consulta de
manuais, teses, informações extraídas da internet.
SOCIALISMO

CONCEITO

O socialismo é um sistema político e económico que busca a superação

do capitalismo por meio da propriedade social dos meios de produção. Nesse sistema, a
produção é organizada de forma colectiva e os bens e serviços produzidos são
distribuídos de maneira mais justa, em benefício da colectividade. 1 O Socialismo é uma
doutrina económica e política que nasceu no final do Século XVIII, na Europa em
contraposição as iniquidades socais produzidas em largas escalas pelo fenómeno da
revolução industrial. Defende a reformulação da sociedade capitalista, transformando-a
numa sociedade justa e igualitária.

Direito socialista é um tipo de sistema jurídico que foi utilizado nos

Estados socialistas. Ele foi baseado no sistema jurídico Sistema romano-germânico,
entretanto sofreu algumas modificações vindas do Marxismo e do Leninismo. Existem
algumas controvérsias se o direito socialista constituiu um sistema jurídico separado dos
demais ou não. Caso se considere esse sistema como único, antes do término da Guerra
Fria, o direito socialista estaria entre os principais sistemas jurídicos do mundo.

O direito dos países socialistas é fortemente influenciado pela noção do

Estado socialista (Sistema de Partido único e o Governo do Partido Comunista), o qual
possui muito mais atribuições e poder de intervenção na sociedade, em comparação com
os países capitalistas. Sua forma aparente, por outro lado, assemelha-se ao direito dos
países da família romano-germânica.

O socialismo também enfatiza a importância da solidariedade, da

igualdade de oportunidades e da cooperação entre as pessoas em vez da competição
individualista que muitas vezes caracteriza o capitalismo.

Existem várias variantes do socialismo, cada uma com suas próprias

teorias e abordagens específicas para a implementação de seus princípios fundamentais.
Direito socialista é um tipo de sistema jurídico que foi utilizado nos Estados socialistas.
Ele foi baseado no sistema jurídico Sistema romano-germânico, entretanto sofreu
algumas modificações vindas do Marxismo e do Leninismo. Existem algumas
controvérsias se o direito socialista constituiu um sistema jurídico separado dos demais
1
NADER, Paulo, História do Direito, Editora Forense, Rio de Janeiro, 2013. p. 274.
ou não. Caso se considere esse sistema como único, antes do término da Guerra Fria, o
direito socialista estaria entre os principais sistemas jurídicos do mundo.

A família do direito romano-germânico trata da propriedade privada,

como adquiri-la, transferi-la ou perdê-la. Já no sistema socialista, as propriedades são
em sua grande maioria de posse do Estado.

VARIANTES DO SOCIALISMO

 Socialismo democrático: defende a construção de uma sociedade socialista por

meio de eleições livres e justas, sem violência ou revolução.
 Socialismo de mercado: busca a eliminação do controle privado dos meios de
produção, mas permite que as forças do mercado determinem preços e produção.
 Socialismo científico: também conhecido como marxismo-leninismo, é uma
teoria política e económica baseada nos escritos de Karl Marx e Friedrich
Engels, enfatizando a necessidade de uma revolução proletária para derrubar o
capitalismo.
 Anarquismo socialista: enfatiza a eliminação completa do estado e a organização
da sociedade em comunidades autónomas autogovernadas.
 Socialismo utópico: baseia-se na ideia de uma sociedade ideal, na qual a
igualdade social e económica é alcançada por meio da cooperação e da
solidariedade entre todos os membros da sociedade.
 Socialismo libertário: procura a eliminação do estado e de todas as formas de
autoridade hierárquica, defendendo uma sociedade baseada na cooperação e na
autogestão.
 Socialismo cristão: combina a doutrina cristã com a teoria socialista, enfatizando
a justiça social e a solidariedade entre todos os membros da sociedade.
 Eco socialismo: busca uma sociedade socialista que seja ecologicamente
sustentável e que leve em consideração os limites ambientais.
PAÍSES QUE SE CONSIDERAM SOCIALISTAS

 República Popular da China: O Partido Comunista Chinês governa o país desde

1949, e a economia chinesa é caracterizada por uma forte intervenção estatal,
embora tenha aberto espaço para o investimento estrangeiro e para empresas
privadas nas últimas décadas.

 República de Cuba: O Partido Comunista de Cuba governa o país desde 1959,

com a economia controlada pelo Estado e uma forte ênfase na igualdade social.

 República Socialista do Vietnam: O Partido Comunista do Vietnam governa o

país desde 1976, com uma economia centralmente planejada e controlada pelo
Estado.

 República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte): O Partido dos

Trabalhadores da Coreia governa o país desde 1948, com uma economia
fortemente controlada pelo Estado e uma ênfase na auto-suficiência.

 República Bolivariana da Venezuela: O Partido Socialista Unido da Venezuela

governa o país desde 1999, com uma economia mista, mas com um forte
controle estatal sobre sectores-chave como petróleo e mineração.

VANTAGENS DO SOCIALISMO

Entre as vantagens do socialismo, destacam-se as seguintes:

• Os meios de produção são de propriedade pública, então seus lucros, em teoria,

voltam para a sociedade.

• Elimina-se o privilégio do bem-estar individual, priorizando-se o interesse geral

e o bem-estar colectivo.

• É muito focado em conceitos como desigualdade. Ou seja, promove sociedades

mais igualitárias, onde não há diferenças notáveis nos níveis de renda da população.

• O socialismo leva em conta as necessidades do indivíduo. Por isso, contempla

ferramentas que garantem o acesso a um nível básico de vida.

• O socialismo está muito comprometido com a classe trabalhadora. Por isso,

defende a regulação do mercado de trabalho, bem como a protecção do indivíduo,
prevenindo a exploração do trabalho e a violação dos direitos dos trabalhadores.
• Da mesma forma, o socialismo é muito comprometido com o meio ambiente. De
certa forma, também por sua inimizade com o capitalismo. Por isso, defende a redução
da produção, para tornar o crescimento sustentável.

DESVANTAGENS DO SOCIALISMO

Da mesma forma que o que discutimos pode ser uma vantagem, também
pode ser uma desvantagem se olharmos do ponto de vista de um defensor do
capitalismo.

Por esse motivo, destacam-se suas desvantagens, entre as quais o efeito adverso que
ocorre no caso de alguma das políticas anteriores não funcionar:

 Entre as primeiras desvantagens, a eliminação da propriedade privada poderia

eliminar os incentivos que o empresário tem para investir. O que poderia nos
levar a uma situação de menor bem-estar, devido à fuga de capitais.

 Privilegiar o bem-estar geral, por outro lado, também poderia prejudicar a

economia. Nesse sentido, a defesa de uma sociedade igualitária, já que a
meritocracia não prevalece tanto, poderia afugentar o talento e o capital humano.

 As desigualdades, como dissemos no início, às vezes são ferramentas que, para o

capitalista, permitem o desenvolvimento e a livre concorrência. Nesse sentido,
uma luta constante para eliminar as desigualdades, no longo prazo, também
poderia estimular a fuga de talentos.

 Garantir o acesso universal aos serviços básicos tem um custo. Essa maior
pressão fiscal, para custear o maior custo do Estado, poderia afugentar o
investimento estrangeiro e, da mesma forma, o capital.

 Da mesma forma, a defesa da classe trabalhadora às vezes é feita em detrimento

do empregador. Isso poderia desencorajar a chegada de empresas e, portanto, a
geração de empregos.

 Da mesma forma, a regulamentação excessiva do mercado de trabalho pode

expulsar muitos empregados do mercado formal, que passam a trabalhar no
sector informal. Isso, com menos direitos e menos indemnização, entre outros
aspectos.
COMUNISMO

O comunismo é uma doutrina política, social e económico idealizado

pelos filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX. A palavra
comunismo vem do latim e significa “Comum”. A palavra comuna remete a cidades
emancipadas na Idade Média e em Francês significa “comunidade local com autonomia
administrativa. O conceito de comunismo refere-se a uma sociedade em que não há
propriedade privada e, consequentemente, sem classes sociais ou a necessidade de um
Estado. Assim, alcançaria se uma paz e segurança constante a partir da produção
voltada para as necessidades das pessoas, não mais de acordo com o mercado como no
capitalismo.

A ideia central do comunismo é a socialização dos meios de produção, ou

seja, a propriedade colectiva dos meios de produção e a produção com base nas
necessidades colectivas. O objectivo é criar uma sociedade na qual todos tenham acesso
aos bens e serviços necessários para viver com dignidade, sem a exploração de uns
pelos outros.

O comunismo foi desenvolvido por diversos pensadores ao longo da

história, mas a teoria mais conhecida é a elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels

O Comunismo é a abolição da propriedade privada. Mas, longe de abolir

a propriedade, o comunismo a eleva à condição de primeira necessidade. Suprimindo a
propriedade privada, suprime-se a classe que a ela corresponde e que controla todos os
meios de produção, e que se encontra, em decorrência disso, em posição de dominar
política e socialmente todas as outras classes.2

DIFERENÇA ENTRE SOCIALISMO E COMUNISMO

O socialismo e o comunismo são duas ideologias políticas e económicas

relacionadas, mas que possuem diferenças significativas. Embora ambos sejam
baseados na ideia de que a propriedade e os recursos devem ser compartilhados por toda
2
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista. Editora Martin Claret, São Paulo,
2007. P 47.
a sociedade, eles diferem em termos de como esse objectivo deve ser alcançado e como
o poder deve ser exercido. O socialismo é geralmente considerado uma etapa
intermediária entre o capitalismo e o comunismo, onde o Estado ainda desempenha um
papel importante na economia, mas o objectivo final é alcançar uma sociedade sem
classes. No socialismo, a propriedade privada dos meios de produção é abolida e a
economia é controlada pelo Estado ou por cooperativas de trabalhadores. Isso significa
que a produção e distribuição de bens e serviços são organizados de maneira
centralizada, com o objectivo de atender às necessidades da sociedade como um todo.
Na teoria Marxista, o socialismo seria uma etapa para a construção do comunismo e um
período de transição gradativa, ao passo que o comunismo é a organização social onde
não haveria divisão de classes nem estado, o comunismo seria o fim e o socialismo seria
o meio de alcança-lo a partir da socialização dos meios de produção e do seu controle
temporário pelo estado até que a organização social fosse colaborativa e igualitária a
ponto de o comunismo poder exercido.

Já o comunismo, por sua vez, é uma ideologia que propõe uma sociedade
sem classes e sem Estado, onde a propriedade e os recursos são compartilhados
igualmente entre todos os membros da sociedade. Nessa ideologia, não há mais a
necessidade de um Estado para regular a economia, pois a produção é organizada de
maneira descentralizada e colaborativa, por meio de comunidades locais ou conselhos
de trabalhadores. O objectivo final do comunismo é uma sociedade utópica, onde a
cooperação e o compartilhamento de recursos são incentivados e o individualismo é
minimizado.

DIREITO

O direito é um conjunto de normas que visam regular a vida de homem

em sociedade, ou seja, o direito tem como influência educativa, moldando as opiniões e
as condutas individuais e contribuem para fortalecer o entendimento dos valores morais
da sociedade.
É por meio dele que esses valores morais são detalhados e positivados,
por essa razão há necessidade de procurar perceber a história de Direito desde outrora
até na actualidade.

DIREITOS DOS PAÍSES SOCIALISTAS COM TENDÊNCIA COMUNISTAS

 Os países socialistas com tendência comunista têm uma abordagem
bastante diferente em relação aos direitos em comparação aos países capitalistas. Em
teoria, o socialismo/comunismo é uma ideologia que visa garantir igualdade e justiça
social, e muitos acreditam que isso inclui a protecção dos direitos humanos. No entanto,
na prática, a situação pode ser bem diferente.

Gilissen afirma que “ um sistema jurídico novo nasceu na Rússia depois da Revolução
de 19173”.

Baseado numa nova doutrina filosófica e política, o marxismo-

leninismo, o direito da União Soviética é um sistema revolucionário de direito que visa
alterar os fundamentos da sociedade pela colectivização dos meios de produção, tende a
instaurar uma sociedade comunista, na qual não haveria nem Estado nem direito, pelo
desaparecimento dos constrangimentos nas relações sociais.

Gilissen ressalta que para passar de uma sociedade capitalista a uma

sociedade comunista é necessária, todavia, uma fase intermediária, já admitida por Marx
e analisada, sobretudo, por Lenine. Durante esta fase, o Estado deve realizar, pela
ditadura do proletariado, as necessárias reformas por via legislativa, elaborando um
«direito socialista». A influência do sistema romanista de direito continua no entanto a
constituir uma parte considerável nos direitos socialistas, nomeadamente nos conceitos
e na terminologia jurídicos. A maior parte das Repúblicas populares que surgiram a
partir de 1945 adoptaram um sistema jurídico inspirado no da U.R.S.S.,
Checoslováquia, Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária, etc.
O sistema jurídico da China comunista apresenta particularidades em
virtude da influência da concepção tradicional do direito neste país, o mesmo acontece,
por outras razões, na Jugoslávia, em Cuba e noutros países.
A história dos direitos em países socialistas com tendência comunista é
marcada por tensões entre o Estado e os indivíduos, especialmente no que diz respeito à
liberdade de expressão, à liberdade de associação e ao direito de propriedade. Alguns
argumentam que esses países priorizavam os direitos económicos e sociais em
detrimento dos direitos políticos e civis.
Como uma ideologia política e económica no século XX. Esses países
buscavam uma sociedade igualitária e sem classes sociais, onde a propriedade dos

3
GILISSEN, John, Introdução histórica ao direito, Fundação Calouste Golbekian, Lisboa, 1988.
meios de produção pertencia ao Estado e onde o bem-estar colectivo era priorizado em
detrimento dos interesses individuais.
Os direitos nesses países eram baseados nessa visão colectivista, onde o
Estado era o responsável pela protecção e garantia dos direitos dos cidadãos, e não
apenas pela sua defesa. O Estado também era responsável por prover serviços básicos,
como saúde, educação e habitação para todos.

Em países como a China, Cuba, Vietnam e Coreia do Norte, o Partido

Comunista tem o controle absoluto do Estado e a liberdade individual muitas vezes é
limitada. A liberdade de expressão é fortemente restrita, a mídia é controlada pelo
Estado e a censura é comum. A liberdade de religião é frequentemente limitada, e a
perseguição de grupos religiosos e minorias étnicas também pode ocorrer.

Em relação aos direitos sociais, esses países podem ter um sistema de

protecção social abrangente, com acesso à educação, saúde e emprego garantidos pelo
Estado. No entanto, a liberdade de associação e o direito de greve podem ser fortemente
restringidos. Os trabalhadores muitas vezes são obrigados a se filiar a sindicatos
controlados pelo Estado, e a formação de sindicatos independentes pode ser considerada
uma ameaça ao regime.

Além disso, os países socialistas/comunistas podem não garantir os

mesmos direitos civis e políticos que os países democráticos. As eleições podem não ser
livres e justas, e o sistema judicial pode ser controlado pelo Estado, o que limita a
independência dos tribunais. Os dissidentes políticos e defensores dos direitos humanos
podem ser presos, perseguidos ou torturados pelo Estado, e a aplicação da lei pode ser
arbitrária.

CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES SOCIALISTAS COM TENDÊNCIA

COMUNISTAS

O direito nos países socialistas com tendência comunista é geralmente

caracterizado por um sistema legal baseado nas leis e regulamentos do Estado. Nestes
países, o Estado tem um papel central na determinação e aplicação das leis, e o sistema
legal é frequentemente considerado como um instrumento para alcançar os objectivos
políticos e económicos do governo.

Em muitos desses países, a Constituição é vista como a principal fonte de

autoridade legal, e é frequentemente enfatizada a importância da colectividade e do bem
comum em detrimento dos direitos individuais. Os tribunais são geralmente
subordinados ao Estado e, em alguns casos, são controlados pelo partido governante.

Além disso, o direito nos países socialistas com tendência comunista

tende a ser influenciado pela ideologia comunista, que defende a abolição da
propriedade privada e a socialização dos meios de produção. Nesse sentido, as leis
relacionadas à propriedade, negócios e contratos podem ser diferentes das dos sistemas
legais ocidentais.

CONCLUSÃO
 Chegando ao fim deste trabalho, depois de longas pesquisas concluímos
que, a história do direito em países socialistas com tendência comunista é complexa e
variada, com diferentes abordagens e ideologias em diferentes períodos e contextos
políticos, ou seja que os direitos nesses países eram baseados nessa visão colectivista,
onde o Estado era o responsável pela protecção e garantia dos direitos dos cidadãos, e
não apenas pela sua defesa e que o Estado também era responsável por prover serviços
básicos, como saúde, educação e habitação para todos.

Em geral, pode-se dizer que o direito nesses países foi moldado pela
necessidade de implementar as políticas do Estado e do partido governante, em vez de
seguir estritamente a tradição jurídica ou garantir os direitos individuais. Além disso, a
ideia de que a lei deve reflectir os interesses da classe trabalhadora e a luta contra a
exploração capitalista foram enfatizadas nesses sistemas jurídicos. No entanto, houve
variações significativas nos sistemas jurídicos de países socialistas com tendência
comunista ao longo do tempo e em diferentes regiões do mundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAVID, René, Os grandes Sistemas do Direito Contemporâneo, São Paulo, Martins
Fontes, 1998.
GILISSEN, John, Introdução histórica ao direito,2.a edição, 3.a ed.Lisboa,1979.

IMBERT, J. O Direito Antigo e a sua Projecção no Direito Moderno., Coimbra.

Almedina 1966.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich, Manifesto Comunista, Boi tempo Editorial, São
Paulo,2005.

NADER, Paulo, História do Direito, Editora Forense, Rio de Janeiro, 2013. p. 274.

NASCIMENTO, Walter, Vieira, Lições de História do Direito, 8. Ed. Rio de Janeiro,

Forense, 1996.
WOLKMER, António Carlos, Fundamentos de história do Direito, 2. Ed. Belo
Horizonte: Del Rey, 2002.