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CURITIBA
SABRINA PEREIRA
POLÍTICA
CURITIBA
2022
SABRINA PEREIRA
POLÍTICA
CURITIBA
2022
REGIMES DE GOVERNO
Regimes de governo, são os modos como um governante ou um governo em
geral estabelece suas formas de poder. Existem três tipos de regimes que ditam, de
maneira geral, o maior ou o menor autoritarismo de um governo e a legitimidade
dele. São eles: regime democrático, regime autoritário e regime totalitário.
● REGIME DEMOCRÁTICO
Há uma soberania popular e o governo só pode ser justo e atender as
demandas da vontade geral se a maioria puder participar do processo, os regimes
democráticos elegem um corpo de cidadãos que participa da tomada de decisões
direta ou indiretamente. Temos, como exemplos, as democracias antigas e
contemporâneas, representativas ou participativas.
Nas democracias representativas, o corpo de cidadãos elege representantes
que cumprem o papel de legislar ou governar. Nas democracias participativas
diretas, é o próprio povo quem toma as decisões políticas, enquanto nas
democracias semidiretas, o povo elege representantes e participa da tomada de
decisões deles.
● REGIME AUTORITÁRIO
O autoritarismo como forma de governo assume o lugar de destaque quando
um governante ou um grupo de pessoas que participam do governo assumem o
poder e não reconhecem aos cidadãos (aqueles que participam da cidade) o seu
direito de tomada de decisão política.
Os regimes autoritários, muitas vezes, atuam à revelia das leis
constitucionais, tomando medidas arbitrárias que, de algum modo, alteram a vida
política e pública das pessoas. São regimes autoritários as ditaduras e o despotismo
na Modernidade. O Estado, nesse caso, é tomado por um governo opressor que
despreza os direitos da população.
● REGIME TOTALITÁRIO
O regime totalitário controla todos os aspectos da vida pública e particular das
pessoas.
No totalitarismo, pelo crescimento do Estado, os cidadãos são levados a viver
do modo como o líder totalitário quer, o que garante uma adesão uniforme das
massas ao governo. Essa foi a forma que os líderes do nazismo, do stalinismo e do
fascismo encontraram para manter toda a população sob controle e conseguir
manipular as massas de maneira a defenderem o Estado nacional acima de
qualquer coisa.
FORMAS DE GOVERNO
É o modo como um determinado governo organiza e divide seus poderes e,
sobretudo, como aplica o poder sobre quem é governado. Com o passar dos
tempos, as formas de governo sofreram mudanças e foram teorizadas por diferentes
filósofos e teóricos políticos. Entre as formas mais conhecidas, podemos citar:
tirania, monarquia, democracia, república, principado e despotismo.
● CLASSIFICAÇÃO DE ARISTÓTELES
Monarquia: o poder político concentra-se nas mãos de uma única pessoa, que
carrega consigo a soberania. O monarca deve estar capacitado para o cargo que lhe
compete, pois, caso contrário, o governo pode degenerar-se e tornar-se uma tirania.
Aristocracia: um grupo de pessoas aptas a governarem assume o poder. Caso o
governo seja injusto e não represente o povo, a tendência é que ele se corrompa,
tornando-se uma oligarquia.
Democracia: quando o corpo de cidadãos reúne-se para distribuir, entre si, o poder
político, temos uma democracia. No entanto, é necessário observar os rumos que
esse governo toma, pois a sua degeneração leva à demagogia, em que
representantes políticos têm um governo que beneficia certa parte da população e
esquece-se da outra parte.
● CLASSIFICAÇÃO DE MAQUIAVEL
República: nela há uma plural distribuição do poder. Podem ser classificadas como
republicanas as democracias e algumas monarquias.
Principado: diferentemente da república, o poder no principado é, essencialmente,
concentrado nas mãos de um único governante, que chefia o Executivo e o
Legislativo.
● CLASSIFICAÇÃO DE MONTESQUIEU
República: a soberania, neste caso, está concentrada nas mãos do povo. Para que
o povo una-se em benefício próprio para legislar, é necessário estabelecer as
noções de igualdade e de pátria. Podem ser formas republicanas a aristocracia e a
democracia, desde que regidas por um corpo legislativo.
Monarquia: quando se estabelece um corpo legislativo e o poder Executivo, que
deve submeter-se ao Legislativo, é composto por uma pessoa, tem-se uma
monarquia.
Despotismo: quando o monarca corrompe-se, passa por cima das leis e ignora a
Constituição, temos um regime despótico.
SOCIALISMO
O socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu entre o fim do
século XVIII e a primeira metade do século XIX, no contexto da Primeira Revolução
Industrial. Baseada sobretudo no princípio de igualdade, a corrente socialista
emergiu como uma forma de repensar o sistema capitalista que vigorava na época.
De uma forma geral, quando falamos em socialismo frequentemente associamos o
termo à corrente marxista, mas essa não é a única forma de socialismo existente.
Existem duas correntes da teoria socialista:
● SOCIALISMO UTÓPICO
O socialismo utópico foi a primeira corrente socialista, desenvolvida ainda
durante a Primeira Revolução Industrial. Um dos seus grandes estudiosos foi o
filósofo e economista francês Claude-Henri de Rouvroy, mais conhecido por Conde
de Saint-Simon.
Para ele, era importante que as classes prósperas entendessem que
melhorar as condições de vida dos mais pobres implicaria na melhoria de suas
próprias condições de vida. Assim, o objetivo das instituições sociais seria o de
melhorar intelectual, moral e fisicamente, as condições da classe mais pobre e
numerosa. Tudo isso por meio do progresso industrial e científico.
As formulações destes socialistas eram modelos idealizados de sociedade,
por isso o nome de socialismo utópico. Marx criticou esse sistema ao apontar que,
apesar dos socialistas utópicos apresentarem ideais de uma sociedade mais justa e
igualitária, não mostraram os instrumentos e métodos necessários para que esses
objetivos fossem atingidos.
● SOCIALISMO CIENTÍFICO
O socialismo científico foi criado no século XIX, pautado em uma análise
histórica e científica do capitalismo. Por ter como pensadores Friedrich Engels e Karl
Marx, o socialismo científico é muito conhecido como marxismo. Segundo Marx e
Engels, em todas as épocas históricas a sociedade foi marcada pela luta de classes,
sendo essa relação caracterizada pelo antagonismo entre uma classe opressora e
uma oprimida. No sistema capitalista, essas classes são representadas,
respectivamente, pelos proprietários privados do capital, e portanto os donos dos
meios de produção, e do outro lado por uma massa de assalariados sem posses,
que dispõe apenas de sua força de trabalho.
O marxismo enxerga o proletariado como a única classe social capaz de
destruir essa forma de exploração do homem pelo homem, por meio da destruição
do capitalismo. Isso seria alcançado quando o proletariado chegasse ao poder, com
uma revolução. Ao atingir o poder, os trabalhadores eliminam as desigualdades,
abolindo as classes sociais e tornando a sociedade igualitária. Quando isso
acontecesse, estaria assinalada a passagem do socialismo para o comunismo.
COMUNISMO
O comunismo é uma ideologia política e socioeconômica que pretende
estabelecer uma sociedade igualitária, por meio da abolição da propriedade privada,
das classes sociais e do próprio Estado. Embora a ideia de igualdade baseada no
fim das classes tenha sido defendida por filósofos desde a antiguidade, o
comunismo está associado sobretudo à teoria dos pensadores Friedrich Engels e
Karl Marx.
No século XIX, a Revolução Industrial transformou o contexto econômico e
social dos países europeus. Ao mesmo tempo em que ocorria um pleno
desenvolvimento do novo sistema capitalista, boa parte da população vivia em
condições de miséria e exploração. Buscando uma solução para os diversos
problemas que atingiam as sociedades na Europa, intelectuais da época passaram a
propor sistemas políticos e econômicos que fossem uma alternativa ao sistema
capitalista. Uma dessas proposições foi o comunismo, que está no cerne da teoria
marxista.
O comunismo, trata-se de um estágio posterior ao socialismo, quando já
havendo igualdade absoluta entre os cidadãos, o Estado poderia ser abolido,
eliminando as formas de opressão social, e a sociedade encontraria formas de se
auto regulamentar. Assim, os trabalhadores se tornariam proprietários do seu
trabalho e dos bens de produção.
CONSERVADORISMO
O conservadorismo é um pensamento político que defende a manutenção das
instituições sociais tradicionais – como a família, a comunidade local e a religião -,
além dos usos, costumes, tradições e convenções. O conservadorismo enfatiza a
continuidade e a estabilidade das instituições, opondo-se a qualquer tipo de
movimentos revolucionários e de políticas progressistas. Mas é importante entender
que o conservadorismo não é um conjunto de ideias políticas definidas, pois os
valores conservadores variam enormemente de acordo com os lugares e com o
tempo. Por exemplo, conservadores chineses, indianos, russos, africanos, latino-
americanos e europeus podem defender conjuntos de ideias e valores bastante
diferentes, mas que estão sempre de acordo com as tradições de suas respectivas
sociedades.
LIBERALISMO
Liberalismo é um conjunto de pensamentos conceituais (no caso político) e
uma doutrina econômica que defendem a liberdade individual como princípio básico.
O liberalismo surgiu no século XVII como um conjunto de teorias políticas que
sustentaram uma luta estrutural e política contra o Antigo Regime, ou seja, contra a
monarquia absolutista. Como teoria econômica, o liberalismo surgiu no século XVIII
para conferir uma estrutura conceitual ao novo movimento econômico que surgiu
com a alta industrialização iniciada neste século e consolidada no século seguinte.
Os principais teóricos do liberalismo clássico são Adam Smith, Alexis de
Tocqueville e Benjamin Constant. Já no liberalismo do século XX, adaptado às
novas demandas de mercado, temos teóricos como Ludwig von Mises e Friedrich
Hayek, representantes da Escola Austríaca de Economia, que originaram o
neoliberalismo e o libertarismo.
O liberalismo admite que não deveria haver um sistema opressor que
retirasse dos indivíduos a sua liberdade, deixando-os livres, na medida do possível,
para viverem e produzirem. Nesse sentido, surgiu o liberalismo econômico, proposto
pela primeira vez pelo filósofo e economista inglês Adam Smith. Smith defendia que
o Estado deveria ter o mínimo possível de participação e gestão na economia, pois
esta deveria ficar totalmente regulada por si mesma. Para o economista inglês,
haveria uma espécie de “mão invisível” do mercado econômico que atuaria na
regulação de todos os processos econômicos, sem necessitar de qualquer
interferência externa.
PROGRESSISMO
O progressismo pode ser considerado um antônimo para o conservadorismo,
ideia de que os valores hierárquicos e patriarcais devem ser preservados. Sendo,
então, o objetivo do progressismo buscar avanços sociais e políticos alinhados com
o espírito do tempo.
Progressismo se foi construindo baseado em três hipóteses fundamentais: a
científica, que fez das ciências naturais modelos a imitar no desenvolvimento das
ciências humanas e do próprio homem; a democrática, que viu na extensão do
poder de decisão política a todos os indivíduos o melhor resultado a que se poderia
chegar; a histórico-materialista, que fez da luta de classes o pré-requisito do
necessário progresso humano.
CONCLUSÃO
Concluo então que meu posicionamento político se encontra na esquerda,
muito próximo da extrema-esquerda, pois acredito no fim da propriedade privada
como solução dos problemas socioeconômicos atuais, que só se consolidará com a
revolução, através da conscientização das classes. E ainda como feminista marxista,
tenho convicção de que a liberdade feminina sob o patriarcado, só se dará com fim
do capitalismo, visto que essas duas instituições sociais andam juntas.
REFERÊNCIAS