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As Formas de Governos e

as Sociedades sem Estado


Trabalho de Historia
Turma:104
Grupo: Safira, Isabela Gonçalves, Júlia Oliveira, Gabriel Rezende
Sloniewski e Maria Luiza
Definição de Formas de Governo

• Paulo Bonavides, um dos maiores estudiosos de ciência política no


Brasil, diz que existem três momentos cruciais para o entendimento
das formas de governo em nossa história: a Antiguidade, com os
escritos de Aristóteles, a modernidade, com Maquiavel e
Montesquieu, e a contemporaneidade, com autores ligados ao direito
e à ciência política que determinam formas de governo adequadas ao
século XX.
• No entanto, a classificação mais completa dessas formas está no
livro Política, de Aristóteles, pois esse filósofo reconheceu, desde o
início, que, para tratar delas, é preciso reconhecer "o número de
pessoas que exercem o poder soberano" . A proposição aristotélica
impõe a ideia de que as formas de governo estão diretamente
relacionadas ao número de pessoas que exercem o poder soberano e,
de um modo direto ou indireto, estão ligadas ao poder estatal.
Formas de Governo

• Tipologias aristotélicas
Em sua obra política Aristóteles analisou as cidades-estados gregas e
propôs 6 formas de governo, distinguindo-se em legitimas (buscam o
interesse geral) e ilegítimas (buscam interesses de alguns).
LEGITIMOS ILEGITIMOS
• Monarquia (realeza) .Tirania
• Aristocracia .Oligarquia
• Democracia (república) .Demagogia (democracia)
Classificação de Aristóteles
Monarquia: o poder político concentra-se nas mãos de uma única pessoa, que
carrega consigo a soberania. O monarca deve estar capacitado para o cargo
que lhe compete, pois, caso contrário, o governo pode degenerar-se e tornar-
se uma tirania

Aristocracia: um grupo de pessoas aptas a governarem assume o poder. Caso


o governo seja injusto e não represente o povo, a tendência é que ele se
corrompa, tornando-se uma oligarquia.

Democracia: quando o corpo de cidadãos reúne-se para distribuir, entre si, o


poder político, temos uma democracia. No entanto, é necessário observar os
rumos que esse governo toma, pois a sua degeneração leva à demagogia, em
que representantes políticos têm um governo que beneficia certa parte da
população e esquece-se de outra parte.
Classificação de
Montesquieu
República: a s oberania, neste caso, está
concentrada nas mãos do povo, segundo
Bona vides. Pa ra que o povo una-se em benefício
própri o para l egislar, é necessário estabelecer as
noções de igualdade e de pátria. Podem s er formas
republicanas a aristocracia e a democracia, desde
que regidas por um corpo legislativo.

Monarquia: qua ndo se estabelece um corpo


l egislativo e o poder Executivo, que deve submeter-se
a o Legislativo, é composto por uma pessoa, tem-se
uma monarquia.

Despotismo: qua ndo o monarca corrompe-se, passa


por ci ma das l eis e ignora a Constituição, temos um
regi me despótico.
Classificação de Maquiavel

.Maquiavel é o autor de O príncipe, livro em que


orienta como os príncipes devem comportar-se
para alcançarem prestígio.

.República: nela há uma plural distribuição do


poder. Podem ser classificadas como
republicanas as democracias e algumas
monarquias.

.Principado: diferentemente da república, o


poder no principado é, essencialmente,
concentrado nas mãos de um único governante,
que chefia o Executivo e o Legislativo.
Formas de governo para a ciência política e a
sociologia
A ciência política e a sociologia compõem as ciências sociais.
A ciência política visa compreender os diversos elementos do espectro
político, tais como governo, estado, leis, sistema jurídico, ação política etc. Já
a sociologia tem por finalidade compreender a sociedade de maneira mais
complexa e cientificamente metódica, criando um campo do saber que
formula leis para a organização social por meio de outros elementos
fornecidos por outras ciências, como a ciência política, as ciências jurídicas, a
economia e a antropologia.
A filosofia fornece, em muitos casos, elementos para que a sociologia, a
economia, a ciência política e a antropologia continuem operando. Quando
elegemos as teorias de Aristóteles, Montesquieu e Maquiavel para explicar
elementos políticos concernentes às formas de governo, por exemplo,
estamos reconhecendo a primazia da filosofia para tratar de política.
Formas de governo no Brasil
Quando o Brasil tornou-se independente de Portugal, em 1822, surgiu um novo império na América
do Sul sob o governo de Dom Pedro I. Nessa época, o Estado brasileiro foi governado por um regime
monárquico que estabeleceu, desde 1824, uma Constituição e abriu a possibilidade da formação de
um parlamento.
No ano de 1889, os republicanos, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, aplicaram um golpe
que destituiu o então imperador, Dom Pedro II, do poder, instituindo um
regime republicano presidencialista. Até 1930, a república passa por um regime oligárquico,
conhecido como política café com leite, em que apenas um grupo seleto de presidentes, produtores
de leite, de Minas Gerais, e de café, de São Paulo, assume o poder.
Em 1930, Getúlio Vargas toma o poder e estabelece um governo provisório. Após esse episódio, ele
aplica um golpe, fecha o parlamento e governa autoritariamente até 1945, o que caracteriza
uma forma não democrática de exercício do poder político.
Entre 1964 e 1985, o Brasil vive outra ditadura, a Ditadura Militar brasileira, que passa por períodos
de extremo autoritarismo, fechando o congresso em alguns momentos e impedindo a eleição
popular para a ocupação do cargo da presidência da república. Com exceção desses momentos
autoritários, que somam muitos anos, o Brasil viveu, desde 1889, sob o regime republicano.
Nação sem Estado
Uma nação sem estado é um grupo, geralmente um grupo étnico minoritário no
interior de um ou mais países, que almeja constituir o seu próprio Estado,
especificamente um Estado-nação. Uma vez que não existem critérios objetivos
para determinar se um grupo particular é uma nação ou se faz parte de um
Estado multicultural, o uso do termo é político e controverso, sendo normalmente
usados por movimentos separatistas. Muitas vezes, os defensores do separatismo
veem o Estado do qual fazem parte como uma forma de Império e seu domínio
como imperialismo. Eles geralmente rejeitam o princípio de um Estado multiétnico,
especialmente nos casos em que um grupo étnico busca a soberania.
Nem todas as minorias declaram-se como "sem Estado", mesmo quando elas
afirmam ser uma nacionalidade à parte. Os Estados podem reconhecer os grupos
étnicos minoritários e as nacionalidades em diferentes graus: reconhecimento
específico de direitos culturais e linguísticos, e permissão de certa autonomia
político-administrativa. Por exemplo, o Conselho da Europa estabeleceu desde
1992 a "Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias" para proteger alguns
direitos linguísticos e culturais específicos
Nações sem Estado
• Os curdos, palestinos, tibetanos, bascos e chechenos são exemplos de povos ou nações sem Estado.
Curdos: Essa é maior nação sem Estado do mundo. A população de origem curda soma mais de 26 milhões de pessoas, que estão
distribuídas nos territórios da Armênia, Azerbaijão, Irã, Iraque, Síria e Turquia, que abriga mais de 14 milhões. Os curdos r eivindicam a
criação de um Estado próprio (entre o norte do Iraque, oeste da Turquia e noroeste do Irã), denominado Curdistão.
Palestinos: Os Palestinos ocupam uma área do Oriente Médio. Essa nação, formada por mais de 7 milhões de pessoas, reivindica a
criação do Estado Palestino, além da reincorporação de terras ocupadas por Israel. Os constantes conflitos envolvendo árabes e
israelenses provocaram grandes fluxos migratórios de palestinos para o Líbano, Síria, Egito e Jordânia, fato que enfraqueceu a luta
pela formação do Estado Palestino. No entanto, a OLP (Organização para Libertação da Palestina) continua lutando pela autonom ia
política e territorial dessa grande nação.
Tibetanos: Formada por aproximadamente 6 milhões de pessoas, a nação tibetana, de tradição budista, solicita a criação de um
Estado próprio em uma região dominada pelos chineses. A China oprime de forma violenta os movimentos separatistas no Tibete,
além de estimular a emigração de chineses para essa região com o intuito de enfraquecer a cultura local.
Bascos: Com mais de 2,3 milhões de pessoas, a nação basca está presente na porção norte da Espanha e no sul da França. Esse grupo
ocupa essa região há mais de seis mil anos, possuindo língua e cultura própria. O grupo ETA (Pátria Basca e Liberdade) realiz ou vários
atentados terroristas como forma de pressão ao governo espanhol para reconhecer a autonomia do País Basco.
Chechenos: Majoritariamente mulçumanos, o 1,2 milhão de chechenos vivem nas montanhas do Cáucaso, que é território da
Federação Russa. Com a desintegração da União das Republicas Socialistas Soviéticas, a Chechênia declarou independência em 19 91,
entretanto, não foi reconhecida pelos russos, que oprimiram a população local de forma violenta, realizando massacres, estupros e
torturas.
Caxemiras: Habitada por 5 milhões de pessoas (4 milhões de muçulmanos e 1 milhão de hinduístas), essa região é dominada pela
Índia, Paquistão e China. A maioria dos habitantes (muçulmanos) solicita que o território seja anexado ao Paquistão, no entan to, os
hinduístas são totalmente contrários a tal fato.

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