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Monarquia
Por Emerson Santiago
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Monarquia é o nome dado ao regime político comandado por


um monarca (rei, imperador, príncipe, etc.) que exerce de
modo hereditário e vitalício, sem qualquer consulta ao povo.
O local onde o monarca vive e trabalha é chamada corte, e os
cidadãos de uma monarquia são referidos como súditos. Tal
sistema de governo predominou em todas as sociedades
humanas até o final do século XIX, momento em que o
regime republicano passa a ser preferido pela maioria dos
países.
Ilustração: Sashkin / Shutterstock.com
Desde o momento em que o ser humano adotou o estilo de
vida sedentário em detrimento ao nomadismo, dezenas de
séculos atrás, nós convivemos com sistemas monárquicos,
similares aos que existem ainda hoje. Nos grupos nômades, o
líder é aquele que demonstra habilidade em guiar seu povo,
não necessariamente garantindo o poder aos seus
descendentes. A prática da agricultura e o estabelecimento
das cidades permitiu a um grupo restrito acumular riquezas e
recursos, reter o poder em suas mãos, e passá-lo a seus
herdeiros. Um fator importante na conservação do poder era
a religião, pois todo o soberano, mesmo hoje, atribui a si e à
sua família uma bênção especial de Deus, que lhe garante o
comando sobre aquela coletividade. Aliás, com a monarquia,
costuma vir também uma religião oficial. No Brasil, por
exemplo, a religião cristã, de vertente católica, foi a religião
oficial do estado até o estabelecimento da república.

A maior parte dos regimes monárquicos, ao longo de sua


história teve cunho absolutista, ou seja, o rei tinha o poder de
tomar qualquer medida sem que sofresse oposição de seus
súditos, pois estavam resguardados pela riqueza, o poder de
seus exércitos, e a adoração religiosa da população. Assim foi
com os faraós do Egito ou com os imperadores romanos na
antiguidade. A idade média presenciou um esfacelamento dos
poderes constituídos na Europa, e a única instituição que de
fato tinha poder sobre a população, atuando como uma
verdadeira monarquia era a igreja católica. Os senhores
feudais exerciam o poder dentro de suas terras, os feudos, e
alguns tinham até mais poder que o monarca. Aos poucos,
surge o estado nacional, liderado pelo monarca, reinando
mais uma vez com poderes absolutos. O mais famoso destes
é sem dúvida Luís XIV, o rei-sol, que governou entre os
séculos XVII e XVIII, sendo autor da conhecida
expressão l’État cést moi (o Estado sou eu). O Brasil foi uma
monarquia durante boa parte do século XIX (de 1822 a
1889), uma completa exceção no continente americano,
povoado por repúblicas (apenas Haiti e México tiveram
brevíssimas experiências monárquicas no mesmo século XIX).

Com o surgimento das ideias humanistas e depois iluministas,


onde o homem passa a ter uma maior relevância, os regimes
monárquicos vão gradualmente perdendo espaço para os
regimes democráticos representativos. Hoje em dia, não há
mais nenhuma monarquia absolutista, e as que sobrevivem
são limitadas em seus poderes pelos parlamentos: são as
monarquias constitucionais.

Veja também: Absolutismo na Inglaterra, Absolutismo na


França, Monarquia feudal.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/formas-de-governo/monarquia/

Arquivado em: Formas de Governo

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