abandonado o conceito de democracia e seria
semelhante à estratégia burguesa (gov por poucos)
 Crítica ao centralismo e o abandono da democracia
operária, esta deveria ser instaurada desde o início
 Liberdade de pensamento como suporte ao gov das
massas.
- Gramsci: Estado como hegemonia armada pela coerção.
 Função est: promover um único conceito de realidade
 Ideologia: ordem em que um modo de vida e
pensamento é dominante, um conceito de realidade é
diifundido.
 Hegemonia: tentativa da classe domin de estabelecer
uma visão de mundo como universal (usando sua
influência política) e moldar os interesses e
necessidades dos outros grupos.
• Democracia: democracia como barreira e oportunidade para
luta de classes;
A classe domin usa as instituições representativas como forma
de dominação, por meio da ilusão da participação das massas;
ao mesmo tempo, a democ oferece oportunid para classes
subalternas, de se inserirem no Estado e expandirem a democ
gradativamente- abre espaço para discussões sobre as
estratégias e lutas dos mov sociais
• Estado surge de condições materiais
• Estado abonaria como mediação de conflitos, ao contrário,
representa a própria relação de dominação.
• Estado é um aparelho repressivo da classe dominante
Ideologia como conceito
O que é “ideologia” num sentido teórico
Ideais políticos da “primeira modernidade”
A “2a modernidade”
Política não é só mera disputa de poder
Nela atuam valores e princípios compartilhados que a guiam afetam
as ações políticas e o próprio conteúdo da reflexão sobre política; não
há uma ideia universal sobre esse tema
IDEOLOGIA (2 significados + frequentes)
Em qualquer caso, vistas como representações normativas (como
deve ser) da ordem social, sem compromisso com qualquer padrão de
objetividade no conhecimento
↪ “FALSAS IDEIAS” - sentido negativo (ex: Marx)
↪ “PROJETO POLÍTICO” - sentido positivo (ex:Bobbio)
Ideologia como “falsas ideias”
Conjunto de falsas representações que servem para difundir, legitimar e
perpetuar os interesses das classes dominantes.
Aqueles que controlam os meios de produção material tb controlam os meios
de produção intelectual/espiritual, e os utilizam em seu favor.
2 interpretações: visão instrumentalista (elaborada por agentes da classe
dominante) e visão sistêmica (fruto do próprio sistema social)
Ideologia como “projeto político”
Conjunto de propostas ou de projetos políticos
Visões de como deve ser organizada a sociedade e qual deve ser a relação
sociedade-Estado, lançada na arena social com a intenção de orientar os
comportamentos políticos coletivos. Cada grupo tem uma visão diferente.
Podem emergir de valores da sociedade, ou ser produzidas pela ação política
deliberada de grupos sociais determinados.
O confronto entre as ideologias é positivo.
Uma visão (por alto) das ideologias (ou grupos de ideologias) de +
impacto da "1a modernidade"(séc XVIII/XX no mundo ocidental)
Liberalismo Socialismo Social-democracia
Não são conjuntos isolados de ideias, argumentos e projetos., há
superposições de temas, métodos e conclusões entre eles, e uma
infinidade de perspectivas distintas; grandes eixos de ideias de
guiaram nos últimos tempos; sem limites entre um e outro definidos
CONSERVADORISMO:: Estado centralizado
LIBERALISMO: Estado mínimo
Um Estado necessário, mas com interferência na vida pessoal e
econômica a menor possível, para que maior seja o espaço de
liberdade dos indivíduos
o Político:
Resulta a não interferência do estado na propriedade privada
Estado deve Interferir na vida das pessoas apenas para garantir as
liberdades fundamentais (vida, propriedade.. )
Nasce na luta da burguesia contra os Estados Absolutistas
Criador: John Locke, poder nasce da vontade dos cidadãos
Contrato social entre indivíduos
Especialmente fortalecido como ‘bom governo’ em contraste com as
experiências totalitárias do séc XX
Econômico:
Não interferência do Estado na vida econômica; garantir a
propriedade privada e a segurança
Princípio do livre mercado, ambição dos indivíduos gera benefícios
coletivos; o mercado livre gera prosperidade e eficiência máximas
Regulou o funcionamento do capitalismo por todo o século XIX
Na metade do séc XX, 2 fatores levaram à crise:
 Ordem empírica: Crise do capitalismo entre os anos 20 e
30. Ex: Crash bolsa de NY
 Ordem teórica: ideias de Keynes (1883-1946); intervenção
direta do estado levaria a resolução da crise do capitalismo
o Surgimento do Neoliberalismo
Anos 70: transformações econômicas, globalização e informatização
SOCIALISMO/ comunismo: Estado planejador
Superação do capitalismo e construção de um sistema social
alternativo
Marx em sua obra fornece características amplas e vagas sobre a
futura sociedade socialista (se afastar dos socialistas utópicos;
buscava ser fiel a procedimentos científicos)
Superação do capitalismo e construção de um sistema social
alternativo
↪ Abolição da propriedade privada dos meios de produção
1. Abolição das classes: fim da propriedade burguesa
2. Abolição do estado: onde não há classe, não há
necessidade de estado
↪ Socialismo real' movimentos revolucionários que buscaram
concretizar os ideais socialistas.
- Revolução bolchevique (1917). revolução chinesa (1949), revolução
cubana (1959) e a revolução sandinista (1979)
- 2 elementos fundamentais: socialização dos meios de produção e
Estado a partir do partido único.
- Para alguns autores o socialismo soviético representava a própria
negação das ideias de Marx; contrariava o reino da liberdade e
igualdade.
↪ Foi desviada de seu caminho por causa da liderança totalitária de
Josef Stalin
tomada dos meios de produção e do estado pela autoridade estatal,
com planejamento centralizado da atividade econômica e um regime
autoritário, com partido único.
- Duas contribuições destacadas por Sell (2006)
1- Serviu como uma forma de os trabalhadores se organizarem e
lutarem pelos seus direitos.
2- Ajudou a consolidar o valor da igualdade no mundo moderno.
-Não é possível viver em plena liberdade sem condições sociais
básicas e sem justiça social
Plataforma para a organização dos trabalhadores e para a
introdução da igualdade e da justiça social no debate político;
ANARQUISMO: sociedade sem estado
SOCIAL - DEMOCRACIA
O capitalismo possui deficiências, mas não precisamos eliminá-lo, basta
compensar estas deficiências por meio da mediação do Estado.
Surgiu de um desdobramento do projeto do projeto socialista –
ideologia Reformista
-Capitalismo pode ser humanizado pela ação de forças políticas
-Divergência na forma de se chegar até a sociedade 'sem classes"
↪ Para os social-democratas conquista do poder via eleições
- Construção do Estado de bem estar social (Welfare State)
↪ Benefícios sociais aos trabalhadores (entendidos como direitos, não
como medidas ocasionais que os conservadores também usavam)
↪ Impostos altos para financiar os benefícios sociais
-Welfare State se encontrou em um dilema: suas fontes de renda
diminuíram e os seus dependentes aumentaram
-Crise fiscal do Estado
- Intensa política de privatização e cortes nos gastos sociais do
Estado, para combater isso, os sociais democratas passaram a
adotar um discurso de terceira via
Enorme impacto histórico (nos países ocidentais especialmente).
Contraditoriamente, enfraqueceu muito posição por transformações
radicais de natureza socialista
*Não é “chegar ao socialismo por outra via”, mas transformar o
capitalismo.
As decisões de voto estariam cada vez menos determinadas pela
dimensão esquerda/ direita e mais por critérios culturais
pessoais/identitários.
Mesmo que se admita que persistem a “pegada” das ideologias no
mundo político ocidental é inegavelmente menor do que há 50 ou 100
anos.
↘ Elementos para uma teoria ampliada da
Até porque existem novos e inadiáveis problemas coletivos
(meio ambiente, pautas de identidade) que não têm respostas nas
ideologias tradicionais. Necessidade de incorporar novos temas.
Isso não seria um mal em si (os totalitarismos mostram o perigo do
peso excessivo da ideologia no poder político). Mas como oportunidade
de ampliar projetos políticos na direção de incluir essas novas
dimensões, e assegurar que liberdade e igualdade continuem sendo
um relativo consenso entre as posições em debate → otimista.
REPRESENTAÇÃO POLÍTICA EM 3-D
representação política
(nas democracias atuais)
• Ampliação democrática X a deterioração da adesão popular às
instituições representativas; (+ países democráticos mas isso não tem
representado uma melhor qualidade nas represent.)
• Crise no sentimento da representação
• Tese: a recuperação dos mecanismos representativos depende de
uma maior compreensão do sentido da própria representação ↴
Transforma as dimensões de poder em canais específicos de relação
entre representantes e representados
• Modelo representativo inclusivo precisa contemplar
o formação da agenda,
o ao acesso aos meios de comunicação de massa e
o às esferas de produção de interesses coletivos.
Essa crise da representatividade se apoia em 3 evidências:
Evidência 1
• declínio do comparecimento eleitoral,
o queda na participação em eleições nas democracias
consolidadas
o Observação mais fácil sobre países democráticos há mais
tempo. Nos países latino- americanos, a é menos fácil
observar, devido à adoção do voto obrigatório.
Evidência 2
• ampliação da desconfiança em relação às instituições
o surveys indicam queda na participação eleitoral
o é possível postular uma confiança baixa nas instituições
representativas, mesmo nos países em que o
comparecimento às eleições é elevado
Evidência 3
• esvaziamento dos partidos políticos.
 o transição da democracia de partidos para uma nova
democracia de audiência, caracterizada pelo contato
"direto" (isto é, midiático) entre líderes e eleitores
o O papel dos meios eletrônicos de comunicação na redução
da influência dos partidos
(buscam compensar a desproporcionalidade na representação de
certos grupos)
• Propostas de introdução de novos mecanismos, voltados à
revitalização das instituições representativas.
• Nelas, há o reconhecimento de que a redução da confiança popular
nos parlamentos e nos partidos não é efeito da "alienação", da falta
de compromisso com a democracia ou de resquícios de valores
autoritários. É a constatação de que as instituições atualmente
privilegiam interesses especiais e concedem pouco espaço para a
participação do cidadão comum, cuja influência na condução dos
negócios públicos é quase nula.
Visões pluralistas X elitistas
• Elitismo
- A elite do poder (Mil s): o domínio de uma minoria, que monopoliza
todas as decisões-chave.
- Os 3 pilares da "elite do poder" eram os grandes capitalistas, os
principais líderes políticos e os chefes militares, que geravam uma
visão de mundo unificada e interesses compartilhados. Tais
mecanismos incluíam, o intercâmbio de posições entre os três setores
e a convivência nos ambientes das "altas rodas"
• Pluralismo
- Robert Dahl 'poliarquia': presença de uma multiplicidade de pólos de
poder, sem que nenhum seja capaz de impor sua dominação a toda a
sociedade.
- Multiplicidade de grupos que interagem com fluidez
O poder não é apenas a decisão, é também a formação da agenda
governamental. Ou seja, a disputa sobre os temas que devem ser
abordados no governo, para uma tomada de decisão é também um
processo fundamental para a democracia representativa. É uma das
perspectivas de poder.↴
• Perspectiva unidimensional: conflito na tomada de decisão
• Perspectiva bidimensional do poder: acrescentando, à sua
manifestação mais evidente (a tomada de decisão), uma face oculta, o
impedimento da expressão do conflito político
• Terceira dimensão: consciência, interesses
o reconhecimento de que as vontades são produzidas
socialmente e, mais ainda, que alguns agentes possuem
uma capacidade superior de influência na produção das
vontades de outros
(Ideia de eleição)
• A ideia de "democracia representativa", em que o processo eleitoral
ocupa um lugar central, hoje tornada lugar-comum, é bastante
recente. Para o pensamento clássico, no século XVIII -, democracia e
eleições não se confundiam.
• A função de representação política significa participar de processos
de tomada de decisão em nome de outros (primeira dimensão), mas
também participar da confecção da agenda pública e do debate
público em nome de outros.
• Vista como o momento da autorização para que outros decidam
em nome do povo, q permanece como titular último da soberania
• Autorização e accountability são os instrumentos de legitimação e
da manutenção do vínculo entre governantes e governados.
• Accountability: representante tenta manter a sua confiabilidade; e
você como representado mantém seu poder de controle ou
conferência sobre seu representante. Na eleição há o accountability,
veredito popular em que os eleitores julgam o comportamento dos
representantes
• A eleição contempla uma seleção, processo de escolha de pessoas
para que tomem decisões em nosso nome.
Voto e eleição: trata-se do processo de escolha de delegados para
que tomem as decisões em nosso nome.
• Observar que a produção da agenda política não ocorre
prioritariamente por ação dos representantes eleitos; os diversos
grupos da sociedade disputam a hierarquização, inclusao ou exclusao
de temas na agenda
• Na prática política, os cidadãos comuns não escolhem um
representante para promover seus interesses, formulação que lhes
concede o papel ativo. Ao contrário, eles apenas reagem diante das
ofertas que o mercado político apresenta
• Função de representação política:: significa participar de processos
de tomada de decisão em nome de outros, mas também participar da
confecção da agenda pública e do debate público em nome de outros.
Dupla via que garante que o sistema funcione: você dá poder pela
eleição mas também confere ele.
• A mídia é o principal mecanismo de difusão de conteúdos simbólicos
nas sociedades contemporâneas e, uma vez que inclui o jornalismo,
tem o papel de reunir e difundir as informações consideradas
socialmente relevantes.
• Instrumento de formação de opinião e de qualificação de menção
política (garantir a representação)
• Discurso: a desigualdade de acesso à discussão pública não é efeito
apenas do controle da mídia, mas também da deslegitimação da
expressão dos dominados no campo político, que exige o manejo de
determinados modos de discurso.

(caminho para a solução da crise da representatividade)

• Sociedade civil são subgrupos que se formam de maneira auto
organizada para criar arenas públicas de organização de
preferências; se formam como uma expressão de uma visão política e
ideológica, representam a opinião daquele grupo) - indicativo da
pluralidade (esferas públicas concorrentes) - importantes para um
funcionamento orgânico e virtuoso da democracia
• Ampla gama de esferas públicas possíveis onde a cidadania pode
ser exercida e os interesses da sociedade representados e
remodelados
• Representação política mais adequada → presença de uma
sociedade civil desenvolvida e plural

O problema é abordado de forma limitada e as soluções propostas

passam por reforma no sistema eleitoral pela introdução de
mecanismos, mas só isso não vai corrigir o cerne do problema que é
a desigualdade profunda, fruto da desigualdade socioeconômica →
resolver ela.

• Busca aprofundamento do pluralismo político, dando vez para a

formação e chance de novos grupos de ascender e ter fala.
• Em segundo lugar, o reconhecimento do valor da autonomia, no
sentido de produção das regras sociais por aqueles que estarão
submetidos a elas. Regras estabelecidas devem ter base na
representação dos interesses e preferências de todos.
• A esfera política não está desconectada do restante da sociedade
e que, sem um mínimo de igualdade material e garantia das condições
básicas de existência, o funcionamento da democracia está
gravemente comprometido.
• Não há possibilidade de uma representação política mais adequada
sem a presença de uma sociedade civil desenvolvida e plural, na
medida em que tal sociedade civil é a própria base da prática dessa
cidadania

Participação, liberdade e
democracia
1951 - 2019
CP britânico especializado em teoria política e relações
internacionais; reconhecido como Teórico da democracia.
(modelos de democracia ao longo da história)
Conceitos centrais: Liberdade, Democracia, Participação
Relação Estado, sociedade civil de populações dominadas estão cada
vez + complexas e desordenadas
↪ Surgimento de uma nova direita e nova esquerda como reflexo de
revisão de Rousseau, anarquistas, marxistas libertários, pluralistas e
conceitos de liberdade e democracia.
› Apresentar a “Democracia Participativa”
› Estabelecer diferenças entre seus principais teóricos
› Nova Direita ≠ Nova Esquerda
› Conceito de liberdade altamente limitada e discutível.
› Assuntos de desigualdades sociais, econômicas e raciais são
tratados como ilegítimos.
› Liberdade não é só sobre ter igualdade perante a lei, mas tb ter as
capacidades de se dedicar a diferentes linhas de ação.
› Discutir a relação entre os tipos de liberdade e a democracia
• Resultado de convulsões políticas (insatisfação da teoria política,
liberal e Marxista);
• Principal valor: Igualdade
• Democracia participativa
• Autores: Pateman, Poulantzas, Macpherson
• Crítica a que indivíduos são livres e iguais - olhar para além das
regras/normas formais; assimetria entre gênero, raça e classe;
• Crítica à liberais, nunca analisaram a assimetria de recursos e
oportunidades; ciclo vicioso na participação política e civil;
• Crítica ao Estado como longe de associações e práticas diárias,
como um juiz acima do bem e do mal, autoridade independente;
reproduz as desigualdades;
• Estado não é separado nem imparcial = cidadãos não são tratados
como livres e iguais;
• Eleições são insuficientes (para dizer que temos um estado
democrático, ela não equaliza os cidadãos como iguais).
• Contraposição ao Keynesianismo
• Principal valor: Liberdade (neoliberal)
• Democracia legal
• Autores: Hayek, Nozick
• Os 3 tem alguns pontos de partidas em comum
⤷ representam novo modelo de democ “Democracia Participativa”
⤷ Questionam a ideia de uma democracia liberal que os indivíduos são
livres e iguais
⤷ aceitam q existem dificuldades fundamentais com a teoria marxista
♥ CAROLE PATEMAN (1940 - hoje); Inglaterra
• Democracia participativa sob a ótica de desenvolvimento humano
(fim em si mesmo)
• Mtos indivíduos são impedidos pelo sistema de participar ativamente
da vida política e civil;
• Experiências de participação efetiva nas tomadas de decisões =
maior interesse dos cidadãos, + participação e pontos de vista;
transformação contínua se torna + efetiva;
• Democracia representativa é importante: coordenação de decisões,
pressões de tempo, diferenças de opinião, embates de interesses, com
liderança e eficiência;
• Existência formal de certos direitos é de pouco valor se as pessoas
não podem realmente tê-los.
• Liberdades tangíveis podem ser estruturadas nas esferas do
Estado e da soc civil;, liberdade com conteúdo concreto:, na forma de
liberdades particulares;
• Ignoraram as assimetrias de poder e de recursos sobre a liberdade
e igualdade nas relações do dia a dia
• Desigualdades reduzem a noção que os indivíduos são livres e iguais.
• Se o Estado é separado das associações e práticas do dia a dia ele
é visto como um aparato que o cidadão deve respeitar e obedecer;
• Estado está preso à manutenção e reprodução das desigualdades
da vida diária e, portanto, a lealdade é posta à prova;
• Relações público e privado
"As pessoas aprendem a participar participando" + Questões de vida
imediatas, de compreensão e visualização direta:
1) Maior controle sobre o curso da vida diária
2) Conectar com o entendimento mais macro; entendimento do
público e privado; alter ao contexto da política nacional
3) Estruturas de sociedade participativa fluida, experimentar gera
evidências para modelos.
 ♥ NICOS POULANTZAS (1936 – 1979) (Grego)
• Democracia popular não elimina democracia representativa
• Neomarxista - crítica à Rússia: não aplicou Marx, ou seja, ainda era
uma economia atrasada (precisava ser avançada para a transição);
Crítica ao próprio Marx, e Lenin; Substituição da democ
representativa por participativa como errônea, é preciso garantir
eleições gerais, liberdade irrestrita de imprensa e de Assembleia;
• Estado necessário pois não há vácuo de coordenação (se não há
alguém para coordenar essas mudanças, alguém vai ocupar esse
lugar de maneira não democrática)
• Responsabilidades com a sociedade, parlamento, partidos políticos, e
burocracia estatal.
• Lutas e movimentos locais devem assegurar a democratização/
responsabilidade, tendo liberdade e espaço.
• Enfatiza 2 mudanças que diz serem vitais para a transformação
do Estado.
1- o Estado deve ser democratizado, tornando parlamento,
burocracias estatais e partidos políticos mais abertos e responsáveis.
2- a soc, por meio de novas lutas de formas locais, deve ser
democratizada, ou seja, sujeita a procedimentos que assegurem a
responsabilidade
♥ CRAWFORD MACPHERSON (1911 – 1987); Canadá
• Envolvimento direto e contínuo com o Estado
• Direito igual ao autodesenvolvimento Liberdade
• Reconhece dificuldades da democracia direta
• Combinação entre partidos competitivos e democracia direta
• Partidos genuinamente participativo,
Mais responsivos aos necessitados
• Ênfase na democracia participativa ao invés da democracia liberal,
com envolvimento direto e contínuo dos cidadãos na regulação;
↪ Em sociedades complexas e povoadas é difícil essa democracia
participativa radical (não consegue ocorrer em todas as tomadas de
decisão)
↪ Eleições necessárias; serem competitivas e + democráticas;
↪ Partidos e legislativo devem ser menos hierárquicos e mais
responsivos diante dos representados, ou seja, ser democratizados;
↪ Complementados na atuação no parlamento, por
organizações e comunidades locais
♥ ROBERT NOZICK (1938 - 2002); EUA
• Estado mínimo
• Corroboram com a liberdade
• Uso da força para defender direitos individuais
• Prioridade no indivíduo
♥ FRIEDRICH HAYEK (1899 - 1992); Austríaco / britânico
• Nobel de Economia (1974)
• Teoria austríaca dos ciclos econômicos Economia da informação
• Planejamento central gera totalitarismo e opressão
• Discussão sobre a forma apropriada e os limites da ação estado
• Significados dos conceitos de liberdade, igualdade e democracia
sempre estão em disputa
Aspecto chave: participação direta nas regulamentações; inclusive na
comunidade local, no trabalho…; ideia de desenvolvimento dos
cidadãos e dos grupos.
Crítica:
Nova direita baseada na democracia ‘legal’ não se sustenta no
Estado direto, os indivíduos não são livres e iguais no dia a dia real;
deve-se buscar oportunidades iguais.
Limitação das leituras sobre democ representativa nacional + democ
participativa local
Visões da nova esquerda representam futuro mais plausível?
Importante: mas deixa de fora questões centrais.
• Questões liberdade individual, distributivas (Justiça social) e processos
democráticos ainda postas e complexas de resolução;
• Confiança na razão democrática
• Pode haver tensões entre o individual e o coletivo para tomadas de
decisões/ instituições.
• Desconfiança com processos coletivos de tomadas de decisão;
Necessidade/ obrigação de engajamento para maior participação.
Questão principal para Held:
*Como garantir indivíduos livres e iguais, mesmas oportunidades de
participação nas estruturas que governam suas vidas, sem abrir mão
das liberdades individuais e questões distributivas.
Direito igual ao autodesenvolvimento precisa de uma “sociedade
participativa”
 Redistribuição de recursos materiais
 Acesso dos cidadãos a informação (decisões informadas)
Participação direta
 Não substitui a representatividade
 Participação feminina (sistema de cuidado infantil)
“Partidos participativos”: líderes partidários diretamente responsáveis
pelos membros
Aberto a experimentação política
Prestação de contas pela burocracia

O Público e o Privado
• Dualidade das relações de poder nas esferas público e privado;
• Contribuição de teorias feministas a essa análise da política e da
democracia a partir da crítica a essa dualidade, mostra a historicidade
da construção dessas esferas, que não se dá de maneira natural.
A dicotomia público e privado é fundante para a CP.
• Ao utilizar como critério de definição a separação entre elas, cria -
se uma espécie de linha divisória → gera a ideia de que o público e o
privado são independentes e opostos, e que um não afeta o outro
• Ohar como uma onstrução histórica para ter os detalhes e noções
de que a política também se desenvolve na esfera privada, carregam
noções de poder
Público Privado
Racional, imparcial, publicidade Emoção, natureza, privacidade
Espaço de interação entre iguais, Pessoas interligadas por laços de
teoricamente teriam princípios afeto (relações desinteressadas),
universais que guiariam as relações também seria onde podemos viver
nos espaços públicos, relacionadas a nossas privacidades
razão e os interesses
• Essa dicotomia, quando adotada pelo liberalismo, prevê uma
separação entre homens e mulheres anterior ao contrato social.
• Visível X invisível (Deus: nem os pensamentos são privados)
• Mudar com o estado moderno (Europa Ocidental) - indivíduo singular
que tem uma consciência particular dentro de si; pode criar sua
identidade, usa razão;
• Diferenciar o que é privado ou público, surge a lógica liberal → livre
arbítrio começa a crescer com a ideia do “eu singular”
↪ Não se dão de forma natural, são historicamente construídas;
• Espaço público melhor delimitado a partir do séc 17/18 (e Rev Fr),
passa a trazer valores associados (novos pensamentos, roupas,
aparência, linguagem, moda); importamos de como nos comportamos
na esfera pública;
• Surgimentos de papéis relacionados a questão de gênero (divisão
do trabalho) e ideia de que na esfera privada que a gente desenvolve
os afetos, a vida em família (mulher predominante) e na esfera pública
desenvolvimento dos interesses, política, estado (homem
predominante);
• Politização da vida cotidiana, tem a inserção de espaços públicos tb
na vida privada; interdependência entre eles;
• Teorias feministas: vêm defendendo as conexões entre as esferas,
mostrando as desigualdades e como elas na vida privada
comprometem a autonomia e a atuação das mulheres na vida pública.
Crítica: não deve isolar a política das relações de poder da vida
cotidiana; olhar em todos os espaços e esferas
• Formação de estereótipos: papel dos personagens na vida pública
ou privada, e a divisão da mulher como mais atuante da esfera
privada e o homem da pública → por mto tempo foram utilizados
para legitimar a subalternidade dos personagens da esfera privada
• Isso tudo faz com que a mulher tenha menos participação no
público e assim, não tenha voz.
• O comportamento na esfera privada legitima a pessoa na esfera
pública (precisamos olhar pras práticas das 2 esferas)
(mulheres com + aptidão para certos trabalhos e o homem para
outros)
• Desvaloriza os trabalhos onde a mulher teria mais aptidão sobre,
desvaloriza o trabalho doméstico e valoriza “os mais masculinos”
• Distribuição de tarefas e de responsabilidades diferentes
• Mulher com desvantagens para desenvolver com autonomia papéis
no espaço público;
• Ao separar o sujeito do seu corpo, as práticas também estariam
separadas destes, esse argumento colocou mulheres como mais perto
da natureza, incapazes de ser racional e em conjunto com a divisão
sexual do trabalho, as mulheres foram afastadas da política.
• Ao definir o que é público e o que é privado define-se tb o que é
masculino e o que é feminino.
Feminino - voltado para a domesticidade, cuidado, fragilidade e
maternidade enquanto vocação → condição de subalternidade.
Pior ainda para mulheres negras:
 Lélia Gonzalez 1980 - chama atenção para os
estereótipos sobre as mulheres no Brasil são racializados.
 Incide de maneiras diferentes sob as mulheres negras e
brancas, classe alta e baixa
Crítica feminista
• Objetivo: pensar as relações de poder a partir, tb, da esfera privada
• A vida se organiza também a partir da relação da família, cuidado,
interdependência;
• Importância da experiência, necessidades e hierarquias antes
naturalizadas sob a noção de uma cidadania universal.
• Ao ignorar a existência de sujeitos em detrimento de uma noção
generalizada de indivíduo, a lógica do modelo liberal-democrático cria
uma cidadania excludente.
O pessoal é político
Creche - Políticas Públicas de cuidado; Assédio - Debate e agenda
pública; Violência doméstica - Legislação

↪ Diferentes aspectos e acesso de acordo com a posição

hierárquica (social) que ocupa
• Privacidade e autonomia: cada pessoa deve conseguir definir o que
ela quer que seja privado e não forçar as pessoas a se colocarem
na privacidade
• Não está disponível para todas as pessoas

• Essa divisão também é importante:

Há uma crítica ao espaço privado e o quanto ele tem violência mas
também esse espaço é essencial para privacidade, onde pode
recarregar e deixar de lado o mundo do trabalho, dos afetos - o
importante seria escolher com autonomia qual o espaço da vida quer
manter privado e qual eu quer abrir pro público; não pode ser
imposto autoritariamente.
• Estado não deve invadir o privado, mas deve garantir os seu
espaço e as liberdades (por ex: deve criminalizar a violência no
privado, abusos)
• Quando garante a autonomia de um espaço íntimo e particular das
nossas vidas, é nesse espaço que podemos sair de valores
socialmente dominantes.

debate pós democrático no séc 21
Objetivo do texto: revisar a literatura contemporânea sobre pós
democracia destacando a incorporação deste debate pela teoria
democrática, sobretudo aquela pensada e trabalhada desde o Brasil.
Argumento central: estamos vivendo um período de
desdemocratização (retrocesso, retração democrática) e que a crise
recente das democracias liberais está muito relacionada ao avanço do
neoliberalismo, no Norte e no Sul; ainda que seja com algumas
variações na forma, ritmo e intensidade da maneira em que esta
crise acontece nas diferentes sociedades.
› Associamos a um conjunto de políticas econômicas, enxugamento de
gastos e de controle rígido do orçamento público - não está errado,
mas não é somente isso ↴
› É uma racionalidade política (n só um conjunto de políticas
econômicas) que espalha a lógica da competição econômica e
financeirização para todas as esferas e das relações humanas
↪ objetivo de transformar indivíduos em empresas; como se
devêssemos agir buscando maximizar lucros econômicos, ter mais likes,
maximizar nossa produ; entra na cabeça, reprograma o Estado
› O estado neoliberal não é aquele que é provedor de direitos e
garante a lei, mas atua para criar as melhores condições para que o
mercado se estabeleça como eixo regulador da vida social, eixo
central das relações humana; idéia de Estado reprogramável;
› O Estado estimula os indivíduos a buscarem soluções individuais para
seus problemas (já que não garante direitos e as leis) - criando
políticas de qualificação profissional, incentiva o empreendedorismo -
Estado se isenta cada vez + de suas responsabilidades, privatizando
os serviços públicos e facilitando políticas que fortaleçam o mercado;
tb transfere a responsabilidade pela sobrevivência para os próprios
indivíduos
› Estado deixa de ser o garantidor dos direitos, e essa garantia é um
forte traço democrático
Golpe de 2016 no Br (wtf); Eleição do Trump em 2016 nos eua;
Referendo na Colômbia que tentou negar o acordo de paz; Brexit
↪ Esses eventos tem q estar no centro das preocupações da CP
(envolve a democracia)
↪ A CP brasileira, até agr não prestou a certa atenção à esse tema
› A democracia é um dos principais temas pra hist da CP
↪ ela se fundou como uma disciplina ligada à uma perspectiva
institucionalista, para garantir a estabilidade das políticas liberais;
nasce mais associada ao ideário liberalista do que o democrático; a
CP separa a política da economia, e essa é uma ideia fundada no
liberalismo (que sempre defendeu essa separação); liberalismo e
democracia não são a mesma coisa
› O liberalismo é um problema da democ, pois é a principal força
motriz que está promovendo um processo de retração democráti em
nível global.
Anos 90, mas + desenvolvido nos anos 2000
› Posterior ao momento democrático, processo de esvaziamento da
substância da democracia e das instituições democráticas em razão
do crescente poder político das grandes corporações globais; retira
cada vez mais as pessoas comuns a possibilidade de que elas sejam
protagonistas das decisões políticas;
› Na democracia a classe trabalhadora sindicalizada era protagonista
no processo político (grande poder na política e economia), inclusive
media forças com os capitalistas.
› Característica da pós-democracia: enfraquecimento e declínio da
classe trabalhadora, em que a grande protagonista são as
corporações privadas.
› Não significa a extinção da democracia, mas sim o enfraquecimento
das instituições democráticas, no ponto de vista formal, o regime
continua com elementos democráticos (com eleições livres, imprensa
livre).
› O atual processo de erosão da democracia está relacionado ao
avanço do neoliberalismo (um dos principais fatores que conduziram
ao momento pós democrático);
› O mercado se torna o eixo central de regulação da vida social ao
impor uma ditadura das finanças através de uma política fiscal e da
lógica da competição e concorrência para todos os indivíduos; vai
afetar todas as dimensões da existência humana
› Tentativa de neutralizar os conflitos que contrapõem a ordem
hegemônica;
› Violência política no Brasil sempre foi uma realidade
› Pontua que no Br e na Am Latina nunca houve regimes políticos
democráticos de caráter estável e duradouro como no Norte,
autoritarismo e liberalismo sempre viveram de forma relativamente
harmoniosa; no Br nunca houve grandes rupturas ao trocar de poder;
› O neoliberalismo como política de estado e modelo de gestão
nasceu no Chile - golpe militar 1973, dps levado ao Norte
› Diz que o Brasil pode ser considerado pós democrático, uma vez
que seu regime político vem esvaziando sua substância democrática
(desde 2016), mas sem extinguir formalmente a democracia; ainda
somos democrac, mas sofremos um processo de escalada autoritária.