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EVOLUÇÃO DO CONSTITUCINALISMO

O surgimento do Estado de Direito se deu justamente pela contraposição ao período anterior


de tirania e abusos de poder. Em suma, foi reacionário com vislumbre à liberdade, à
valorização do indivíduo, aos ideais de justiça e do bom governo que defendesse os direitos
fundamentais. Este processo não ocorreu da mesma forma em todos os países, tais como:

 a Inglaterra (a partir da rule of law, de base consuetudinária e material, na soberania


parlamentar e na garantia dos direitos civis)
 a França (estabeleceu o Estado legal composto pela Constituição formal firmada pela
soberania nacional e separação de poderes)

É importante observar que os países citados acima tiveram como eixo principal a política para
a afirmação da Constituição.

Por outro lado, os Estados Unidos objetivaram o poder constituinte do povo, o predomínio da
Constituição (como base da república e dos direitos) garantida pelo poder Judiciário
independente.

Portanto, o Estado de direito ou constitucional é criado a partir do Estado liberal, o qual é


resultado dos seguintes princípios: governo justo e limitado pela lei (no caso EUA e França
pela Constituição formal); separação de poderes (descentralização, fim da arbitrariedade);
direitos naturais (Estado garantidor); e legalidade (observância das leis que são submetidas a
todos). Entretanto, apesar de teoricamente valorizar a soberania popular, o Estado liberal
mostrou-se contraditório, já que a desigualdade ainda continuou de forma política, social e
econômica, separando o povo “não-cidadão” do cidadão. Este, por sua vez, poderia votar e ser
votado (através do voto censitário), além de acumular riqueza. Portanto, a busca pela justiça e
igualdade entre os indivíduos falhou ao privilegiar o segmento mais rico.

Sec. XX . A fase que se seguiu foi a do constitucionalismo social, com base nas lutas e revoltas
em busca dos direitos individuais pelo povo excluído anteriormente (antes era a revolução da
burguesia, AGORA DO PROLETARIADO). A ideia dessa fase seria o “Estado do bem-estar social”
que buscava a igualdade material, juntamente a intervenção estatal para realizar as liberdades
através dos direitos sociais, econômicos e culturais (ex. condições de igualdade para todos;
proibição do trabalho infantil; direito a educação e politica de saúde) DIREITOS SOCIAIS,
ECONOMICOS E CULTURAIS (trabalhistas, a saúde e a educação) p/ usufruir os direitos
previstos nas primeiras normatizações. Além disso, exigia-se a universalidade do voto, em
concordância a soberania popular. No caso dos EUA, esse processo se deu sem alteração da
Constituição liberal e o New Deal (intervencionista na esfera econômica para estimular); não é
um Estado social que nem BR ou a Europa.

Trabalho: Surge a ideia de criação da subsistência do trabalhador quando adoentar e ao


aposentar.

O ESTADO INTERVEM PARA PROPORCIONAR IGUALDADE AOS POVOS, pois o sistema excluía o
pobre.

As que tratam desse assunto, antes eram leis e nem direitos fundamentais eram:
a Constituição do México - México tinha o problema de concentração fundiária; na C. tratou
que a terra deveria cumprir uma função de produtividade social (ex. agrícola, pecuária etc), se
não deve desapropriar e repartir a terra.

e a de Weimar - faz idem a do México e influenciou toda a Europa. Entretanto, a crise


afundava a Alemanha e desolada pela 1GM, Hitler, populista, tomou o estado em nome de
sitio e essa Constituição não saiu do papel. Europa seguiu modelos autoritários.

APOGEU DO ESTADO SOCIAL – DECADA DE 50, modelo Europeu e não americano.


Por outro lado, as Constituições que seguiram após 2ª Guerra Mundial, observaram as
mudanças em seu texto seguindo as noções de Weimar e da C. de México, incluindo a
intervenção estatal, os direitos exigidos e a universalidade do voto, o direito a educação e a
saúde. Entretanto, em relação econômica, trouxe a privatização do Estado, fato que propiciou
o enriquecimento de grupos em cima do Estado. E empresas estatais, como energia, água etc
em serviços públicos essenciais para universalizar o acesso. O Estado intervencionista como
problema

CRISE DO ESTADO SOCIAL

1973 crise do petroleo, Mudanças econômicas (surge o fenômeno inflacionário: real e


manipulada) e sociais levaram à insatisfação do modelo anterior, assim surgindo duas
propostas:

 Estado neoliberal: objetivava o Estado mínimo, por meio da privatização de empresas


públicas, menor regulamentação do mercado. Assim, a sociedade seria um grande
mercado.
 Estado democrático de direito: valor a democracia em âmbito social e político, além da
colaboração estado e sociedade em prol da riqueza comum e justiça social.

Dessa forma, as propostas foram combinadas de forma que


constitucionalmente/normativamente seguia-se a concepção de Estado democrático de
direito, enquanto na prática era realizado o Estado neoliberal.

Em nova análise, surge o constitucionalismo democrático que, em geral, anseia a


“republicanização” da democracia juntamente a efetiva sociedade militante por suas causas.
Além disso, as leis deveriam ter aplicação prática (serem efetivas), em conjunto a soberania
popular aliada ao Estado garantidor. Nele, há respeito aos direitos fundamentais, base no
autogoverno popular e na cooperação entre as pessoas livres e iguais.
NEOLIBERALISMO X LIBERALISMO

Ideias comuns: o estado mínimo; mercado como grande produtor e distribuidor de riqueza;

Diferente pelo neoliberalismo: grande ênfase na política fiscal do Estado (política central;
Constitucionalismo da austeridade; o Estado deve gastar menos possível e gerar SUPERAVIT);
agora sociais: liberalismo era inteiro ao mercado, já o neoliberalismo reconhece que há
problemas de desigualdade e deseja que as políticas de educação, saúde e etc, o Estado deve
atuar em cooperação com o mercado para promover. Mercado cuida do nicho maior (saúde,
educação exceto o fundamental) e o restante o Governo. Este entraria com pagamentos de
bolsas.

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