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ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO, TEORIA

INSTITUCIONAIS E CONSTRUÇÕES
HERMENÊUTICAS E AXIOLÓGICAS SOBRE A
ORDEM ECONÔMICA
GRUPO DE SEMINÁRIOS – GRUPO 2

KARLA VAZ FERNANDES LETYCIA LUZ AZEREDO

NAYRON TOLEDO WESLEY KOZAK LEAL


TEORIA INSTITUCIONAIS
Sistemas econômicos

 Para que possamos estudar o D. Econômico se faz necessário uma análise


básica dos sistemas econômicos
 A grande relevância nessa análise e abordar as suas diferenciações.
 Avelãs Nunes (1994 Apud Tavares 2011):
"Os sistemas distinguem-se :
- pela afirmação de determinadas forças produtivas
- determinadas formas de organização material da produção,
- a estrutura econômica ou infraestrutura – que desenvolvem determinadas
relações sociais de produção e a partir da qual se erguem e instalam
determinadas estruturas políticas, jurídicas, culturais, ideológicas
Sistemas econômicos

- identificar a forma adotada quanto à propriedade dos meios de


produção- verificando se há propriedade privada ou se é adotada a
propriedade coletiva dos meios de produção.
- análise dos agentes econômicos vai determinar se os trabalhadores se
apropriam do produto de seu trabalho ( capitalismo – individualismo) ou
não ( socialismo – coletividade).
Sistema Econômico

 SEGUNDO OSCAR DIAS COREIRA (1994 Aput Ramos Tavares 2011)


* o sistema econômico pode ser classificado em 5 tipos:
- dominial fechado
- artesanal
- Capitalista
- Planificada
- Coorporativa
Obs.: Para o autor o Capitalismo, a economia coorporativa e a planificada correspondem a
três tipos de ideologias políticas:
-as liberais
-as democracias
-o totalitarismo
Sistema Econômico

- Conclusão : Os sistemas econômicos são modelos amplos,


podendo apresentar variações na sua implementação prática.
E apesar de fazer a sua distinção não podemos compreender estes
sistemas de forma isoladas, incomunicáveis, mais sim de forma
conjunta.
CAPITALISMO

 DIAS COREIRA (1994 Aput Ramos Tavares 2011) – O capitalismo tem na


liberdade seu pressuposto, seu fundamento, a base ideal.
 È um sistema econômico no qual as relações de produção estão assentadas:
- na propriedade privada dos bens em geral ( em especial na produção)
- na liberdade ampla (inciativa e de concorrência)
- na livre contratação da mão de obra.
 No capitalismo são as próprias condições deste mercado que determinam o
funcionamento e equacionamento da economia.
 produto, serviços, meio de produção - são determinados pela oferta e pela
procura, não tem mecanismo ou norma estranha ao mercado
 Ao Estado cabe - garantir as condições para que esse sistema se desenvolva
livremente.
Característica essenciais do
capitalismo
 direito a propriedade privada das forças de produção;
 determinação de distribuição pelo mercado (não só para locar
seus recurso mas para estabelecer renda de diferentes classes
sociais).
 OBS.: Cabe salientar a importância de distinguir o que vem a ser
Individualismos, liberalismo e capitalismos, pois passaram a
apresentar confusão e distorções. Isso se deve ao fato de que o
individualismo acabou prevalecendo no meio capitalismo que tem
na liberdade seu fundamento e que impondo o individualismos,
começou a confundir com o liberalismo e com o próprio
capitalismo.
LIBERALISMO E O CAPITALISMO

 Abobbio ( 1986 apud Ramos Tavares 2011 ) o liberalismo e a doutrina do


estado mínimo. O estado e um mal necessário, mas e um mal.
O livre funcionamento dos mercados, o mecanismo dos preços e a
manifestação permanente das leis da oferta e da procura são as forças que
governam as economias liberais.
 DUCKER ( 2001 apud Ramos Tavares 2011 ) o capitalismo como ordem
social é a expressão da crença no progresso econômico como caminho
para a liberdade e igualdade dos indivíduos numa sociedade livre e
igualitária.
Deste modo o modelo capitalista pressupõe liberalismo econômico, e a
propriedade dos bens de produção, e esses pressupostos e que vão compor o
D. Econômico.
LIVRE CONCORRÊNCIA E SUA CONEXÃO COM O CAPITALISMO

 Fundamentos da Teoria Liberal (Adam Smith)


- Interesse individual (busca pelo lucro) seria determinante para a livre iniciativa,
e que na busca de seus interesses pessoais os indivíduos acabariam por
beneficia toda a sociedade .
- sustenta uma nova e revolucionária teoria do comportamento econômica
tendo como motivador da atividade econômica : o esforço uniforme,
constante de todo homem para melhorar a sua condição, seu interesse
próprio.
 Para o pensamento liberal – interesse próprio é a base principal dos mercados
autorregulados.
 Portanto, o modo livre do mercado implica a liberdade que, acaba gerando a
concorrência, definindo uma alegação adequada dos agentes econômicos.
Crise do capitalismo na atualidade

 Teoria de Keynes – a crença no sistema de mercado como regulador de


sim mesmo foi abandonada e passa a admitir e exigir a intervenção do
Estado, como agente essencial para o desenvolvimento da economia,
considerada única formula capaz de manter o bom funcionamento e o
equilibro necessário ao sistema econômico.
 O fato de o modelo capitalista não pautar a produção na satisfação das
necessidades sociais, coloca em risco o equilíbrio e justiça sociais mínimos.
 Cabe salientar que o declínio do sistema capitalista não significou a
ascensão de outro sistema.
SOCIALISMO

 É o modelo econômico embasado na autoridade - autoridade


centralizada e unificada na economia.
 regime socialista e resistente as liberdades ( principalmente as de cunho
econômico)
 karl Marx – proletariado é a única classe social capaz de destruir a
exploração do homem pelo homem, ao destruir o capitalismo chegando
ao poder pelo caminho da revolução.
 O que o socialismo desejava era a eliminação da propriedade privada
dos meios de produção.
 Seria a suprimento das necessidades da coletividade e não lucro (base do
capitalismo.
Base comum do socialismo:

 O direito de propriedade seja fortemente limitado


 Os principais recursos econômicos estejam sobre o controle das classes
trabalhadoras
 Sua gestão tenha por objetivo promover a igualdade social através da
intervenção do poder público
 Sociedade sem desigualdades
 A repartição de produto econômico ocorre por força da autoridade –
deriva de uma decisão central.
Deste modo, o socialismo se opõe frontalmente ao liberalismo, pois o
mercado livre é considerado como a origem da desigualdade – o estado não
só intervém na economia mais também comanda toda a atividade
econômica.
SOCIALISMO

 ENCICLICA RERUM NOVARUM - “adverte que os socialistas instigam os


pobres o ódio invejoso contra os que possuem, e pretendem que toda
propriedade de bens particulares, deve ser suprimida, e que os bens de
um indivíduo qualquer devem ser comuns a todos e que a sua
administração deve voltar para os municípios e os Estados.”
 ENCICLICA QUADRAGESIMO ANO, PIO XI - combatia dizendo que por falta
e lei econômica, o acumulo total do capital pertencia aos patrões, e que
a mesma lei condenava e também, acorrentava os operários a perpétua
pobreza e vida miserável.
CRIAÇÃO DO CONSELHO SUPREMO DA
ECONOMIA NACIONAL DA UNIÃO SOVIÉTICA

 Após a revolução de outubro de 1917, Lenine – 1º dirigente revolucionário do sistema


político econômico da Rússia, criou o Conselho Supremo da Economia
- Reunia amplos poderes operacionais
- Centralização das decisões econômicas
- Aboliu os mecanismos do mercado econômico e do sistema de preço.
 Obs.: passou a fixação de uma nova ordem econômica e a planificação global de
todas as atividades internas de produção, distribuição, consumo e investimento.
 Neste modelo, caracteriza-se por:
- Economia centralizada
- Exclusividade centro decisório
- Promovendo o planejamento vinculante e irresistível
- Intervenção do Estado de forma direta, procurando alcançar o maior número de questões
possíveis.
SOCIALISMO

 Esse modelo da ex -URSS – representa a concentração do socialismo e a


planificação da economia pelo Estado.
 Mais com a implantação do socialismo começou a aparecer injustiças de
ampla proteção ao individualismo e se mostrou incompatível com as
instituições democráticas.
 E o declínio do regime socialista se deu no início do século XX – com
exceção da China e Cuba, mais que já aceita uma flexibilização na
pratica, como abertura ao capital externo.
A DERROCADA DO SISTEMA SOCIALISTA E AS
DIFICUALDADES DO SISTEMA CAPITALISTA

 É preciso, face as dificuldades atuais do sistema capitalista e a derrocada do


sistema socialista, verificar as ocorrências geradoras de uma aproximação de
elemento próprios de um dos dois sistemas.
 Há fatalmente uma combinação de teses face ao colapso dos dois sistemas.
 O capitalismo provou não ser verdadeiro, por produzir inevitavelmente a sua
luta de classes rigidamente definidas. Já o socialismo provou ser ilusório pois
não pode abolir essas classes.
 A sociedade de classes do capitalismo é incompatível com a ideologia
capitalista, a qual, deixa de fazer sentido.
 Ambas as doutrina e ordens sociais fracassaram porque o conceito de que o
exercício da liberdade econômica pelo individuo gera consequências
automáticas, era ilusória.
 AVELÃS NUNES(1994 Apud Ramos Tavares 2011) - cada sistema que surge é
produto da evolução dialética do sistema que o precedeu.
A DERROCADA DO SISTEMA SOCIALISTA E
AS DIFICUALDADES DO SISTEMA CAPITALISTA

 a predominância dos elementos que informa um dado sistema não afasta


a sobrevivência de elementos de sistemas anteriores e a emergência dos
que prenunciam já em um estágio superior de evolução.
 Deste modo os tipos e ideais de capitalismo e socialismo são úteis por
indicarem diferença especial de problemas que os dois sistema tendem a
gerar.
 Portando da mesma maneira que o liberalismo político hoje em dia, e
intervencionista, em maior ou menor escala, o capitalismo é socialista, em
maior ou menor escala.
A DERROCADA DO SISTEMA SOCIALISTA E
AS DIFICUALDADES DO SISTEMA CAPITALISTA

 OSCAR DIAS CORREA (1994 Apud Ramos Tavares) – o liberalismo se


socializa enquanto o socialismo se capitaliza , ou se liberaliza.

 Na tentativa de superar os problemas gerados pelos extremos do


capitalismo e do socialismo, as economias contemporâneas têm evoluído
para a construção de sistemas mistos, reunindo elementos próprios de
cada um dos sistemas, mais procurando minimizar os aspectos negativos
constantes em cada um deles.
A participação do Estado na vida
econômica.
 A participação do Estado nas atividades econômicas passaram a ser
assuntos dos mais controvertidos.
 O Estado, é corresponsável no que se refere à economia nacional, e a sua
"interferência" nesse segmento é considerada, essencial e "natural".
 A progressiva implementação de políticas públicas, especialmente
aquelas de cunho social, também contribuiu para essa concepção de
Estado.
 Mais a relação entre o Estado e a economia é complexa, tendo em vista
as implicações com temas como a liberdade individual e, com o modelo
de constituição adotado.
Classificação dos Estados na
economia
 Estado liberal ou mínimo : o entendimento que o papel do estado na
sociedade deve ser o mínimo possível para que o Estado consiga entregar
serviços públicos de qualidade para a sociedade, com maior eficiência,
deixando apenas nas mãos de iniciativas privadas funções consideradas
não essenciais.
 O Estado interventor : caracteriza-se por ter um ideal, uma meta,
consistente na busca da melhoria das condições de vida pela prestação
positiva do Estado em diversos setores. As normas de intervenção são
normas de conduta no sentido de dirigir diretamente ou indiretamente o
comportamento dos indivíduos, sejam eles particulares, governantes,
funcionários, consumidores. Prescrevem como o individuo deve orientar
seus negócios, algumas são diretivas outras impositivas
Classificação dos Estados na
economia
 O Estado social : caracteriza pela intervenção do Estado na economia,
contra os postulados clássicos do liberalismo econômico.
O Estado passa a assumir responsabilidades sociais crescentes, como a
previdência, a habitação e a assistência social, incluindo saúde, saneamento
e educação, ampliando seu leque de atuação como prestador de serviços
essenciais. Também se aprimorou o papel do Estado como empreendedor
substituto, o que ocorre em setores considerados estratégicos para o
desenvolvimento, como no energético, minerário e siderúrgico, ou mesmo,
mais recentemente, em países desenvolvidos, nos setores de informática e
tecnológico.
Classificação dos Estados na
economia
 O Estado socialista: grau máximo de intervenção, fala-se, pois, de uma
economia centralizada.
A economia centralizada baseada na sobrevalorização do coletivo
identifica-se com o sistema socialista.
Neste modelo, o centro exclusivo para a tomada de decisões econômicas é
o próprio Poder Público.
Suprimem-se ou mitigam-se ao máximo as chamadas "leis do mercado",
substituídas pelo dirigismo, pelo controle, pelo planejamento e execução pré-
programada.
Esse sistema centralizado é também chamado de sistema de autoridade.
Classificação dos Estados na
economia
 O Estado "neoliberal" : Funda-se na presença do Estado sobre a economia,
portanto, na revalorização das forças do mercado, na defesa da
desestatização e na busca de um Estado financeiramente mais eficiente,
probo e equilibrado, reduzindo-se os encargos sociais criados no pós-guerra,
ainda que sem afastar totalmente o Estado da prestação de serviços
essenciais.
 Estado desenvolvimentista : O que se pretende, no momento atual, é promover
o desenvolvimento, não apenas econômico-financeiro (que é imprescindível),
mas também o desenvolvimento humano, e, para ele, concorre o
desenvolvimento das liberdades fundamentais.
A intervenção do Estado, será necessária, bem como as prestações de cunho
social sem que isso signifique a assunção de um modelo socialista. Da mesma
forma, a consagração da liberdade, incluindo a livre-iniciativa e a livre
concorrência, serão essenciais para que se implemente aquele grau de
desenvolvimento desejado.

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