Você está na página 1de 2

Política regional da UE

A política regional da União favorece a redução das diferenças estruturais


existentes entre as regiões da União, o desenvolvimento equilibrado do
território comunitário e a promoção de uma igualdade de oportunidades efetiva
entre as pessoas. Fundada nos conceitos de solidariedade e de coesão
económica e social, concretiza-se através de diversas intervenções financeiras,
designadamente as dos Fundos Estruturais e do Fundo de Coesão.
Relativamente ao período de 2007-2013, a política regional da União Europeia
ocupa a segunda linha orçamental da União Europeia, com uma dotação de
348 mil milhões de EUR. Em 1986, o Ato Único Europeu introduziu o objetivo
de coesão económica e social. O Tratado de Maastricht (1992) institucionalizou
depois esta política no Tratado CE (artigos 158.º a 162.º).
Embora a UE seja uma das regiões mais prósperas do mundo, existem
grandes diferenças em termos de riqueza, tanto em cada país como entre os
vários países. Por exemplo, o país mais rico da UE, o Luxemburgo, é sete
vezes mais rico do que a Roménia e a Bulgária, que foram os últimos países a
aderir à UE e que são também os Estados-Membros mais pobres.
Todavia, o efeito de alavanca da adesão à UE, em conjugação com uma
política regional eficaz e adaptada a objetivos específicos, pode dar bons
resultados.

Promover a coesão económica e social


A política regional desenvolve-se em três áreas essenciais:
 Acompanhamento e apoio das políticas regionais dos estados-membros
e das regiões;
 Integração da dimensão regional nas restantes políticas comunitárias;
 Reforço da coesão económica e social através dos fundos estruturais,
principais instrumentos da solidariedade europeia.
Para o período de 2007-2013, as verbas dos fundos estruturais organizam-se
em torno de três grandes objetivos- convergência, competitividade e
cooperação-, destinando-se quase 80% do total às regiões menos favorecidas,
abrangidas pelo objetivo convergência.

Assimetrias regionais em Portugal


A nível nacional, também continuam a persistir desigualdades entre as
diferentes regiões, o que, naturalmente, se reflete no bem-estar e na qualidade
de vida da população.
E tal como a nível comunitário, também à escala nacional é importante que se
reforce a coesão económica e social, de modo a valorizar todo o território e
todos os seus recursos humanos e naturais.
O tratado de Lisboa
A União Europeia baseia-se nos princípios do Estado de direito, ou seja, todas
as medidas tomadas pela UE assentam em tratados que foram aprovados
voluntária e democraticamente por todos os países da UE. Por exemplo, se um
domínio de intervenção não for mencionado num tratado, a Comissão não pode
propor legislação nesse domínio.
Um tratado é um acordo vinculativo entre os países da UE. Nele estão
consagrados os objetivos da UE, as regras por que se regem as instituições
europeias, o processo de tomada de decisões e a relação entre a UE e os
países que a constituem.
As alterações aos tratados têm por objetivo tornar o funcionamento da UE mais
eficaz e transparente, preparar a adesão de novos países e introduzir novas
áreas de cooperação, como no caso da moeda única.
Ao abrigo dos tratados, as instituições europeias adotam a legislação que, em
seguida, é aplicada pelos países da UE. O texto integral dos tratados, da
legislação, da jurisprudência e das propostas legislativas pode ser consultado
na base de dados EUR-Lex.
Tratado de Lisboa
Assinatura: 13 de dezembro de 2007
Entrada em vigor: 1 de dezembro de 2009
Objetivos: tornar a UE mais democrática e eficaz e mais apta a resolver
problemas a nível mundial, como as alterações climáticas, permitindo-lhe falar
a uma só voz
Principais mudanças: reforço dos poderes do Parlamento Europeu, alteração
dos procedimentos de votação no Conselho, introdução da iniciativa de
cidadania, criação dos cargos de Presidente permanente do Conselho Europeu
e de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e de um novo serviço
diplomático da UE
O Tratado de Lisboa clarifica a repartição de competências:
 Competências da UE
 Competências dos países da UE
 Competências partilhadas

*Mais sobre o Tratado de Lisboa


O Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa (2004),
com objetivos idênticos aos do Tratado de Lisboa, foi assinado, mas não
chegou a ser ratificado.

Você também pode gostar