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1.

Distinguir as diversas formas de integração económica (sistema de


preferências aduaneiras, zona de comércio livre, união aduaneira, mercado
comum/mercado único, união económica e união monetária)
Sistema de preferências aduaneiras: existência de vantagens aduaneiras no comércio entre países.

Zona de comércio livre: livre circulação de produtos entre os países-membros da zona, mantendo
cada país a sua pauta aduaneira com países terceiros.

União aduaneira: a livre circulação de bens entre os estados-membros é acompanhada de uma


pauta aduaneira comum no comércio com países terceiros.

Mercado comum/único: mercado sem fronteiras internas (livre circulação de bens. Serviços,
pessoas e capitais).

União económica: os países que constituíram um mercado comum adotam políticas económicas e
sociais comuns.

União monetária: manutenção da estabilidade dos preços, traduz-se pela definição de uma política
monetária única.

2. Apresentar as principais vantagens da integração (eficiência produtiva,


concorrência, ganhos do comércio livre, criação emprego, inovação)
• Aumento da produção, em resultado da especialização económica (vantagens comparativas
de cada país) e da obtenção de economias de escala decorrentes do alargamento do
mercado interno de cada país;
• Acréscimo dos fluxos de capitais, nomeadamente do investimento direto;
• Melhoria dos termos de troca no comércio externo, atendendo ao aumento da
competitividade externa e crescimento das trocas intrarregionais;
• Crescimento do emprego, do rendimento, do consumo e do bem-estar;
• Eliminação de tensões e conflitos em resultado da maior cooperação entre os países.

3. Enquadrar historicamente o surgimento da União Europeia, identificando


as principais etapas do seu processo de construção (Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço (1951), Comunidade Europeia de Energia Atómica,
Comunidade Económica Europeia (1957), Ato Único Europeu (1986), Mercado
Único Europeu (1982 Maastricht), União Europeia (Maastricht), União
Económica e Monetária (critérios de convergência - PEC)
CECA: nascida em 1951 pelo Tratado de Paris e por vontade da França, Alemanha, Bélgica, Holanda,
Luxemburgo e Itália. O seu objetivo económico foi constituir um mercado comum do carvão e do
aço.

CEEA: comunidade específica para a energia nuclear criada em 1957.

CEE: instituída pelo tratado de Roma, em 1957, com o objetivo de criar um mercado único europeu.
Ato Único Europeu (1986): introduziu alterações nos Tratados que instituem as Comunidades
Europeias e consagrou a cooperação política europeia. Institucionalizou o Mercado Único e reafirma
a Coesão Económica e Social. Aumentou também os poderes legislativos do PE com a introdução dos
processos de cooperação e de parecer favorável.

União Europeia: o Tratado da UE, assinado em 1992, em Maastricht, traduziu essa vontade de
transformar uma comunidade, essencialmente económica, numa união em que a componente
política fosse mais acentuada. Instituição de uma cidadania europeia e de uma união monetária
(euro).

UEM: o Tratado da UE veio consagrar a UEM como parte integrante das comunidades europeias,
tendo o Conselho europeu aprovado a criação de uma moeda única e a definição e execução de uma
política monetária comum, a cargo de uma instituição europeia, o Banco Central Europeu. Então o
Tratado da UE fixou os critérios de convergência da Maastricht, a cumprir pelos Estados da UE que
quisessem adotar a moeda única.

Critérios de convergência-PEC

Estabilidade dos preços A taxa de inflação (IHPC) não deverá ultrapassar


em mais de 1,5 pontos percentuais a taxa
média dos três países com a inflação mais baixa
Solidez das finanças públicas O défice orçamental não deverá ser superior a
3% do PIB
Sustentabilidade e credibilidade da As taxas de juro de longo prazo não poderão
convergência exceder em mais de 2 pontos percentuais as
verificadas nos três países com a inflação mais
baixa
Sustentabilidade das finanças públicas A dívida pública não poderá exceder 60% do
PIB
Estabilidade cambial As taxas de juro de longo prazo deverão ter-se
mantido nas margens de flutuação autorizadas,
pelo menos nos dois anos anteriores

4. Referir as instituições da UE e as suas principais funções


Conselho europeu: composto pelos chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros (define as
prioridades políticas das UE).

Conselho da UE: representa os Governos dos Estados-membros. Exerce a função legislativa,


cabendo-lhe aprovar as leis europeias e decidir as políticas necessárias à concretização dos tratados.

Comissão Europeia: representa os interesses da UE. Tem o poder de iniciativa da política europeia,
apresentando ao Conselho de Ministros da UE e ao Parlamento propostas de legislação para
aprovação, executa as decisões do Conselho; pões em prática as políticas europeias; executa o
orçamento; gere os fundos europeus; e representa a União junto de organizações internacionais.

Parlamento Europeu: representa os cidadãos europeus. Tem poder legislativo (aprova a legislação
europeia em conjunto com o Conselho da União), tem poder orçamental (aprova o orçamento da
UE) e controla a vida democrática da UE (pode destituir a Comissão e aprova a escolha para o lugar
de presidente da Comissão).
Tribunal de Justiça: garante o respeito pelo direito europeu.

BCE: gere o euro e a política monetária comum.

Tribunal de Contas: controla a gestão financeira da UE.

Comité económico e social (órgão consultivo): representa a sociedade civil da UE.

Comité das Regiões (órgão consultivo): consulta sobre as matérias importantes para as regiões da
UE.

Banco Europeu de Investimento: financia projetos de ajuda às regiões menos desenvolvidas da UE e


projetos que visem dar maior competitividade às empresas.

5. Conhecer o processo de decisão comunitária em linhas simples


6. Distinguir as componentes do orçamento da UE (receitas e despesas)
Receitas:

• Direitos cobrados nas importações de produtos provenientes de países terceiros;


• Contribuição proveniente do IVA de todos os Estados-membros;
• Contribuição de cada Estado-membro baseada no seu rendimento nacional bruto.

As receitas de cada ano são fixadas em função do total das despesas definidas pelas autoridades
orçamentais, verificando-se o princípio do equilíbrio orçamental: despesas iguais às receitas.

7. Conhecer os fundos comunitários – FSE, FEOGA, FEDER


O Fundo Social Europeu constitui o instrumento financeiro da União para apoiar as ações a
desenvolver no domínio do emprego, da formação, da proteção e da inclusão social, com vista à:

• Melhoria dos sistemas de formação profissional;


• Qualificação dos trabalhadores, nos domínios da ciência e da tecnologia;
• Criação de incentivos ao autoemprego;
• Prestação de assistência às pessoas em risco de exclusão;
• Diminuição das desigualdades entre homens e mulheres, no mercado de trabalho.

O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional visa a coesão económica e social, nomeadamente


através da criação de infraestruturas.

O Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola destina-se à promoção do desenvolvimento


rural e à reforma das estruturas agrícolas. O fundo de apoio está dividido em duas secções,
consoante a finalidade das ações desenvolvidas:

• A secção Orientação, que financia a modernização das estruturas agrícolas;


• A secção Garantia, que garante que o nível de preços dos bens no mercado permita aos
agricultores rendimentos dignos.
8. Relacionar as políticas comunitárias com correção dos desequilíbrios
macroeconómicos (política monetária e PEC), melhoria da capacidade de
ajustamento e necessidade de convergência real entre os países da EU –
coesão económico-social, Fundos, desenv. Regional)
Políticas Objetivos
Monetária PEC (orçamental) Correção dos desequilíbrios macroeconómicos,
Tratado Orçamental Ex: inflação, desemprego taxas de juro
Política regional (fundos – FEDER/FSE) Ajustamento sócio-económico C.E.S. (real)
Política de coesão

9. Explicitar problemas/desafios que, na atualidade, se colocam à área do


euro, destacando o papel do Banco Central Europeu, no âmbito da política
monetária (P.E.C.) (dívida, défices altos, inflação). (Princípio da solidariedade,
fundo estabilização financeira, programa de assistência)
Princípio da solidariedade: parte significativa das contribuições dos Estados da UE para o orçamento
(cerca de 1% do RNB) é transferida, através dos fundos europeus, para as regiões menos
desenvolvidas.

Princípio de subsidiariedade: a União intervém apenas se e na medida em que os objetivos da ação


considerada não possam ser suficientemente alcançados pelos Estados-Membros, tanto ao nível
central como ao nível regional e local, podendo, contudo, devido à dimensão ou aos efeitos da ação
prevista, ser mais bem alcançados ao nível da União (ex. Problema florestal em Portugal, quem
resolve o problema é o estado português e não a União).

Fundo de estabilização financeira: garantir estabilidade no sistema financeiro da Europa, provendo


assistências financeiras aos países da Zona do Euro.

Programa de assistência: em abril de 2011, Portugal pediu assistência financeira à UE, aos Estados-
membros da Zona Euro e ao FMI, pedido que envolveu um programa de ajustamento económico e
financeiro: reformas estruturais para melhorar a competitividade, medidas orçamentais que visam
reduzir o défice orçamental e a dívida pública e mecanismos de assistência ao setor financeiro.

10. Problematizar desafios que, na atualidade, se colocam à UE, entre outros,


o relançamento do projeto europeu, os problemas económicos (desemprego,
inflação, dívida) a globalização (mais concorrência, deslocalização,
desemprego) e as alterações climáticas (dependência energética)
Concorrência

A maior concorrência que se verifica nos mercados internacionais constitui um desafio para os
países da União e para as suas empresas, que têm de enfrentar, não apenas a concorrência das
grandes potências como os EUA e o Japão, como também a das chamadas economias emergentes,
como a China, o Brasil e a Índia.
Deslocalização das empresas

A crescente globalização em que as economias se tornam mais interdependentes e em que se


assiste à total liberdade de circulação de capitais no mundo, tem conduzido à transferência de
empresas da Europa para outros espaços geográficos onde conseguem custos de produção mais
baixos, dados os baixos salários, a menor proteção social do trabalho ou a inexistência de leis
favoráveis à proteção do ambiente, por exemplo.

A crise económica e o desemprego

Para muitas empresas europeias, a procura de novos mercados, em condições de produção mais
vantajosas em termos de rendimento, tem levado a processos de deslocalização, procedendo ao
fecho de instalações nos seus países e reabrindo as mesmas noutros espaços geográficos. Este
processo é gerador de maior desemprego, perda de riqueza e de rendimento nos países europeus. O
problema do desemprego, no contexto da globalização e da crise económica é objeto de
preocupação das instituições europeias.

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