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Blocos Econômicos
União Europeia
O maior bloco econômico mundial nasce em 1951, com seis países formadores
da Comunidade Econômica Europeia (CEE): Alemanha Ocidental, França, Bélgica,
Holanda, Itália e Luxemburgo. Ela cria quatro fundamentos: livre circulação de
mercadorias, de capitais, de serviços e de pessoas. Com o Tratado de Maastricht, em
1992, nasce a UE, e o bloco passa a reunir 12 países, com a adesão de Dinamarca,
Espanha, Grécia, Irlanda, Portugal e Reino Unido. Em 1995, ingressam Áustria,
Finlândia e Suécia.
Em 2002, entra em circulação a moeda comum, o euro, em 12 dos 15 países:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda,
Itália, Luxemburgo e Portugal. Posteriormente, mais seis países aderem ao euro:
Eslovênia (2007), Chipre (2008), Malta (2008), Eslováquia (2009), Estônia (2011) e
Letônia (2014).
Em 2004, mais dez nações ingressam no bloco: Chipre, Eslováquia, Eslovênia,
Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca. Em 2007
ingressam Romênia e Bulgária, e, em 2013, a Croácia passa a integrar o bloco,
somando os 28 países-membros atuais. Hoje, Turquia, Macedônia, Sérvia,
Montenegro, Islândia e Albânia são candidatos a ingressar no bloco.
Tratado de Lisboa
Para reforçar as instituições do bloco, os países-membros tentam aprovar uma
Constituição Europeia. A primeira versão é derrotada em 2005 em referendos
nacionais na França e na Holanda. O documento, reformulado com o nome de Tratado
de Lisboa, é aprovado em 2009 e define a atuação das instituições que compõem a
União Europeia. Veja as principais:
Pacto Fiscal
Desde a introdução do euro, a UE determina duas medidas principais para o
equilíbrio orçamentário: o déficit não pode ultrapassar 3% do PIB; e a dívida pública
não deve ser superior a 60% do PIB. No entanto, a crise expõe a fragilidade das
contas públicas da maioria dos países-membros, que ignoram as recomendações
fiscais. Para reforçar a disciplina, entra em vigor em janeiro de 2013 um pacto fiscal
que submete 25 dos 28 orçamentos nacionais a um rígido controle – ficam de fora
Reino Unido, República Tcheca e Croácia. Outra medida para estancar a crise é o
Mecanismo Europeu de Estabilidade, que cria, em 2012, um fundo de resgate de 700
bilhões de euros para socorrer economias endividadas. Uma união bancária é
SCHENGEN
Um dos maiores símbolos da integração continental também é afetado pela
crise. A Convenção de SCHENGEN, adotada em 1990, garante o livre trânsito dos
cidadãos entre 26 países (22 da UE, além de Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein)
e cerca de 400 milhões de pessoas. Com a turbulência econômica, aumenta a pressão
de muitos países-membros para ampliar o controle de fronteiras em casos específicos
de pressão migratória.
MERCOSUL
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi formado em 1991, por Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai, com o objetivo de promover a livre circulação de bens,
serviços e pessoas entre os estados-membros. A realidade é que, mais de duas
décadas após seu surgimento, o bloco sul-americano ainda luta para conciliar os
diferentes interesses de seus integrantes.
Em janeiro de 1995, o bloco adota a Tarifa Externa Comum (TEC), o que o
transforma de uma zona de livre-comércio (na qual há redução ou eliminação das
tarifas alfandegárias entre os países-membros) em união aduaneira (na qual se
Paraguai e Venezuela
Os chefes de Estado do MERCOSUL decidem, em junho de 2012, suspender o
Paraguai do bloco, em virtude do impeachment do presidente Fernando Lugo. O
MERCOSUL aproveita a suspensão para aprovar o ingresso da Venezuela no bloco –
o Congresso paraguaio era o único que ainda não ratificara a decisão. Em julho de
2013, após a eleição do novo presidente paraguaio, Horácio Cartes, é aprovada a
reintegração do país. O Paraguai, no entanto, afirma que só retornará ao MERCOSUL
depois que o Parlamento aprovar a entrada da Venezuela no bloco.
Além dos cinco membros, há ainda sete “países associados” ao MERCOSUL:
Bolívia, Equador, Chile, Colômbia, Peru, Guiana e Suriname. A Bolívia assina
protocolo de adesão ao bloco em 2012. Em 2013, o Equador inicia negociações com
o mesmo objetivo.
O MERCOSUL possui tratados de livre-comércio com a Comunidade Andina,
Egito e Israel. Em 2010, as negociações para a criação de uma área de livre-comércio
com a União Europeia (UE) são retomadas. Em novembro de 2013, Brasil, Uruguai e
Paraguai apresentam uma proposta para reduzir as barreiras em cerca de 90% do
comércio com a UE. A próxima rodada de negociação estava prevista para janeiro de
2014, mas depende de um avanço da oferta argentina, considerada pouco
abrangente.
Vejamos abaixo um quadro esquemático com os principais blocos econômicos
e suas características: