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Processo de abolição das barreiras comerciais entre 2 ou mais mercados de modo a unirem-se
e formarem um só mercado com características próprias.
Vantagens da integração:
1. Sistema de Referências Aduaneiras: forma mais simples de integração em que dois ou mais países concedem
entre si apenas algumas vantagens aduaneiras, não extensível a terceiros. Ex: países da Commonwealth.
2. Zona de Comércio Livre: forma de integração em que entre os países existe livre circulação de produtos, mas
não existe uma pauta aduaneira comum para países terceiros. Ex: EFTA (Associação Europeia de Comércio Livre);
NAFTA (North American Free Trade Association); ASEAM (Associação de Comércio Livre do Sudeste Asiático).
3. União Aduaneira: forma de integração em que além da livre circulação de produtos entre os Estados-Membros,
existe uma pauta aduaneira comum para países terceiros. Ex: CEE (Comunidade Económica Europeia)
4. Mercado Comum: forma mais avançada de integração em que, além da livre circulação de produtos, existe a
livre circulação de produtos, existe a livre circulação de pessoas, seguros e capital. (4 liberdades). Ex: EU (desde
1/1/1993), Tratado de Maastricht (1992, criou a EU).
5. União Económica: forma de integração semelhante ao mercado comum, mas a que acresce um conjunto de
políticas económicas e sociais de modo a reduzir as assimetrias existentes entre os Estados-Membros. Ex: PAC
(agricultura), FEADER (infraestruturas), FSE (qualificação).
6. União Económica e Monetária: formai mais aprofundada de integração em que os países membros aprofundam
as políticas comuns e além disso é criada uma moeda única.
1945 – Fim da II Guerra Mundial (1939-45) – Europa destruída economicamente e desorganizada politicamente
• Projeto de reconstrução da Europa, com base nos valores da paz, da democracia e do desenvolvimento, e
assente na cooperação entre países vencedores e vencidos (união).
• Plano Marshall – plano de ajuda financeira à reconstrução dos países europeus destruídos pela II Guerra
Mundial. Criado pelos EUA, em 1947.
• OECE - Organização Europeia de Cooperação Económica, criada em 1948.
Objetivos: coordenar a distribuição dos fundos do Plano Marshall e promover a cooperação entre os países
membros.
9 de maio de 1950 - R. Schuman propôs uma nova forma de cooperação política para a Europa, que criaria as
condições para a paz duradoura e o desenvolvimento: o controlo conjunto da produção do carvão e aço, matérias –
primas essenciais ao fabrico de armas e à industrialização da Europa.
1951 – Tratado de Paris: Foi criada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA).
Países fundadores: França, Alemanha (RFA), Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
Objetivo: criação de um mercado comum do carvão e do aço (matérias-primas para as indústrias).
1957 – Tratado de Roma: Foi criada a Comunidade Económica Europeia (CEE) pelos mesmos países fundadores
da CECA.
Objetivo: criação de um mercado comum para todas as mercadorias.
1ª etapa - criação de uma união aduaneira (concluída em 1968).
1986 – Ato Único Europeu: Objetivo: supressão dos últimos obstáculos à livre circulação e construção do
mercado único europeu (até final de 1992). A CEE passa a designar-se por Comunidade Europeia (CE).
1992 – Tratado de Maastricht, Tratado da UE: A Comunidade Europeia passou a designar-se União Europeia e
instituiu:
I. A Cidadania Europeia
Direitos do cidadão europeu:
• Circular e residir em qualquer país da UE;
• Votar e ser eleito nas eleições europeias e autárquicas do Estado de residência;
• Proteção diplomática e consular de um Estado-membro num país terceiro, quando o seu Estado de
origem não tenha representação;
1957: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo: países fundadores, sem grandes diferenças de
desenvolvimento das suas economias, embora arrasadas no pós guerra;
1º Alargamento - 1973: Reino Unido, Irlanda, Dinamarca (com a exceção da Irlanda na altura, são países com
economias desenvolvidas) - “Europa dos 9”;
2º Alargamento – 1981: Grécia (entrada de um país do sul. Os países do sul da Europa sempre apresentaram
economias mais frágeis. A partir de agora, é a Europa chamada a ser particularmente solidária) – “Europa dos 10”;
3º Alargamento – 1986: Portugal e Espanha (dois países do sul da Europa, com economias menos desenvolvidas e
que vão apelar à solidariedade europeia para a necessária convergência. Convive uma Europa rica - do centro e
norte; e uma Europa mais pobre - do sul) – “Europa dos 12”;
4º Alargamento – 1995: Áustria, Suécia e Finlândia (nesta altura, três países são notoriamente mais pobres,
passando a receber fundos para a coesão, ou seja, será neste período que a economia portuguesa apresentará maior
crescimento) – “Europa dos 15”
5 º Alargamento – 2004 - Alargamento a Leste: Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslovénia, Eslováquia,
Chéquia, Hungria, Malta e Chipre (aderiram vários países com economias muito atrasadas. Naturalmente, foi para
eles que passou a ser canalizada grande parte da ajuda comunitária, passaram a concorrer diretamente com
Portugal) – “Europa dos 25”
6º Alargamento – 2007: Roménia e Bulgária (entram os mais pobres dos países de Leste, atá à data) – “Europa
dos 27”
Os Orgãos da EU
A UE é uma organização supranacional. Portanto, possui órgãos próprios que, por um lado, representam os estados-
membros e, por outro, tomam decisões que a todos se aplicam.
1. Conselho Europeu
• Composição: chefes de estado ou primeiros-ministros de cada estado-membro;
• Compete-lhe tomar as decisões políticas relevantes para a Comunidade/ define as prioridades políticas;
• A presidência é rotativa por 6 meses.
2. Comissão Europeia
• É o órgão fulcral da UE:
• É o órgão de iniciativa (é o órgão que apresenta propostas);
• É a “guardiã dos Tratados” (é o órgão que acompanha o cumprimento pelos vários estados-membros);
• É composto por comissários (um por estado-membro).
• Representa os interesses da UE.
3. Conselho de Ministros
• É o órgão decisório da UE. Ou seja, efetuada a proposta pela Comissão, este órgão reúne-se para decidir;
• É composto por 27 ministros em função da matéria a decidir (por exemplo, se o assunto é agrícola, reúnem-se os
27 ministros da agricultura).
4. Parlamento Europeu
• É composto por 705 deputados em representação proporcional dos estados-membros (Portugal tem 21
deputados);
• Além do poder de codecisão com o Conselho de Ministros em várias matérias, o Parlamento Europeu tem a
importante função de aprovar o orçamento da UE.
5. Tribunal de Justiça
• Tem por função fazer aplicar as normas do Direito Comunitário.
• Por exemplo, se Espanha dificultasse, de algum modo, a entrada de algum produto português, haveria lugar
a uma queixa contra a Espanha no TJ.
6. Tribunal de Contas
• Cabe-lhe fiscalizar as questões relativas à aplicação dos dinheiros da UE. Por exemplo, fiscaliza se Portugal
aplicou corretamente determinada quantia recebida através dos Fundos Comunitários.
Tomada de decisões na UE
As normas da UE
O Mercado Único
No seguimento do Tratado de Maastricht (Tratado da União Europeia) de 1992, nasceu o Mercado Único.
- Assim a partir de 1 de janeiro de 1993 acabaram os entraves à circulação de: Produtos, Pessoas, Serviços, Capitais.
Um dos passos essenciais foi a criação do “Espaço Shengen”: espaço de livre circulação de pessoas.
Espaço Shengen: Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, Bélgica, Luxemburgo, Eslovénia, Lichtenstein, Países
Baixos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia,
Aústria, Hungria (são da UE); Islândia, Noruega, Suiça (não fazem parte da UE).
A partir do momento em que existe um mercado sem fronteiras, torna-se necessário assegurar que a concorrência é
livre e leal. Para isso a UE, através da Comissão Europeia, impede que se adotem mediadas que desvirtuem a
concorrência livre e justa. Assim:
A título de exemplo: a atual ajuda de Portugal à TAP tem de ser autorizada por Bruxelas
A União Europeia
Não há dúvida de que o grande desafio até agora alcançado pela UE foi a criação de uma moeda única.
Mas introduzir uma moeda única não foi (e não é) um processo simples: é necessário um elevado nível de
convergência entre as economias dos estados-membros, de modo que a moeda comum se mantenha forte e estável.
Para se criar o Euro, foi preciso fixar metas, objetivos económicos, ligados com a estabilidade.
- O Tratado de Maastricht fixou, assim, os critérios de convergência para a adesão a uma futura moeda única
Critérios de Convergência
1. Critério da Estabilidade dos preços: a taxa de inflação não pode exceder 1,5% a média dos três países com taxa
mais baixa.
2. Critério do Equilíbrio das contas públicas: O défice orçamental não pode exceder 3% do PIB.
3. Critério da dívida pública: a dívida pública não deve exceder 60% do PIB.
4. Critério das taxas de juro: as taxas de juro de longo prazo não podem exceder em 2 pontos percentuais a média
dos três países com taxas mais baixas.
5. Critério da Estabilidade Cambial: a oscilação cambial da moeda nacional não pode ultrapassar uma faixa estreita
durante dois anos.
Fixados os critérios de convergência, os estados tiveram de estabilizar a sua economia entre 1993 e 1998.
- Chegados a 01-01-1999, dos 15, 11 países aderiram à moeda única: GR não conseguiu; SWE, RU e DK não quiseram.
- Entretanto, os número de membros da UEM aumentou e, atualmente, a moeda única circula em 19 países:
Áustria, Bélgica, Chipre, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo,
Malta, Países Baixos, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Espanha.
Portanto, a partir do momento em que existe uma UEM, a estabilidade dos preços e a solidez e credibilidade das
contas públicas passam a ser assuntos de interesse comum, indispensáveis ao crescimento sustentado de toda a
economia europeia.
Ou seja, se Portugal não controla as suas contas públicas, isso é assunto de toda a UE, uma vez que destabiliza toda a
UEM;
Se Portugal tem um problema de inflação esse é um problema que contagia todo o espaço da moeda única.
Os Desafios da UE na Atualidade
A UE, sucessora e natural consequência da CEE que nasceu em 1957, assenta em valores fundamentais: Democracia;
Estado de Direito; Respeito pelos Direitos Humanos. Essa questão é é condição essencial para a adesão o respeito
por esses valores.
Todos os estados-membros estão em pé de igualdade.
- Assim, sempre que são tomadas decisões que envolvem aprofundamento da integração, todos os países são
chamados a pronunciarem-se
(o nível de riqueza dos países que compõem a UE é bastante diverso, sendo mais elevado nos países do CENTRO e
NORTE, e mais baixo nos países do SUL e LESTE.)
Uma das formas de encarar a maneira como os cidadãos europeus “sentem a sua Europa”, é a participação nas
eleições para o Parlamento Europeu. (na maioria dos países, a taxa de abstenção ultrapassa os 50%.)
1 – A GLOBALIZAÇÃO
- A UE deixou de ter somente a concorrência das grandes potências económicas, como o japão e os EUA, para passar
a ter a concorrência das economias emergentes (China, Índia, Brasil, etc);
- A UE debate-se com a deslocalização de empresas, que vão em busca de custos de produção mais baixos. Como
pode a UE concorrer com zonas do mundo onde não existe Estado Social, onde não existe proteção do trabalho,
onde não existem leis de proteção do ambiente, etc?
2- O ORÇAMENTO DA UE
- A UE tem de colocar em prática várias políticas económicas e sociais. Por exemplo, o princípio da solidariedade
financeira: transferência de fundos de países mais ricos para os países mais pobres, em que países como Portugal
recebe proporcionalmente mais fundos do que, por exemplo, a França.
- IVA intracomunitário;
Todos os anos, R = D
As Políticas Europeias
As Políticas Europeias têm em vista o bem-estar social e o progresso económico, sendo necessário uma atuação
conjunta, consertada entre todos os estados-membros.
- Políticas de Coesão e Solidariedade no domínio regional, agrícola e social: a UE é composta por países com graus
de desenvolvimento diferentes e é necessário promover a convergência entre eles;
- Políticas de promoção do Desenvolvimento Sustentável: nas áreas da energia, ambiente e inovação tecnológica.
OS FUNDOS EUROPEUS
Os instrumentos financeiros que a UE disponibiliza têm em vista financiar investimentos públicos e privados nos
mais diversos domínios: Infraestruturas, Modernização de setores e empresas, Qualificação dos recursos humanos,
Preservação ambiental, Energias renováveis, Etc.
É comum os Fundos serem agrupados em programas “multifundos”, que são disponibilizados periodicamente aos
estados-membros.
- FEDER: fundo financeiro dirigido à melhoria das infraestruturas; ex: estradas, portos, aeroportos, rede ferroviária,
tratamento de água – destina-se às zonas mais pobres da UE.
Objetivos da PAC:
- Regiões menos desenvolvidas (PIB per capita < 75% da média da UE);
- Regiões de transição (PIB per capita entre 75% e 90% da média da UE).
Portugal no contexto da UE
1986 – Adesão;
Início do séc. XX
• Aumentar a produtividade: aumento da qualificação dos recursos humanos, aumento da inovação e tecnologia
• Criação de condições para o investimento estrangeiro: condições fiscais adequadas, condições laborais
(flexibilidade na contratação, nos despedimentos, acabar com a rigidez na legislação laboral);
• Reforço do I&D nas áreas de maior competitividade.
Convergência: quando o PIB per capita/RN per capita se aproxima da média da UE.
Divergência: quando o PIB per capital/RN per capita se afasta da média da UE.